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seminario de processo civil III

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CAROLINA SIMOÕES LIBONATTI RA00135734
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO 
1º SEMESTRE DPC II - NOTURNO – 2014 
SEMINÁRIO Nº 04/14 - OPOSIÇÃO E NOMEAÇÃO À AUTORIA 
OPOSIÇÃO - Considerando os dois exemplos abaixo: 
a) Walter e Rubens postulam em ação de conhecimento pelo procedimento ordinário em face de Mário, cobrar a quantia de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais). Flávio, alegando ser seu o crédito em litígio, ajuíza oposição com o fim de recebê-lo. 
b) Geraldo e Luiz reivindicam uma casa de campo de Sandro. Horácio, que se pretende proprietário da referida casa, ajuíza oposição em face de Geraldo, Luiz e Sandro, para que o imóvel seja reconhecido como seu e lhe seja entregue (condenação de dar ou entregar). 
Pergunta-se: 
1.Nos exemplos citados, quais os objetos da oposição? 
R:No exemplo A, o objeto seria a quantia de cinquenta mil reais que Flávio alegou como sendo seu crédito e, no exemplo B, a casa de campo que Horácio alega ser o proprietário, querendo que este imóvel seja reconhecido e entregue a ele.
2. Quais as partes opoentes e quais os opostos? 
R: Os opoentes são Flávio e Horácio; e os opostos são Walter, Rubens, Márcio, Geraldo, Luiz e Sandro.
3. Considerando que Walter, Rubens e Sandro obtenham ganho de causa, ou seja, pronunciamento de mérito favorável, quais os litigantes que foram excluídos? 
R: Flávio e Horácio.
4. Se Flávio e Horácio não ajuizassem oposição, nas ações supra mencionadas, as decisões nelas proferidas farão coisa julgada em relação a seus direitos? 
5. Quantas ações novas integram a relação jurídica com as oposições interpostas por Flávio e Horácio? 
R: Serão duas ações novas que se juntarão as ações principais. Instaurada a oposição, esta e a ação principal terão o mesmo procedimento, correndo simultaneamente e serão decididas, a final, por uma sentença que será uma sob o aspecto formal, embora, na verdade, estruturalmente, esteja-se diante de duas sentenças que decidem na verdade duas lides. Art. 59 CPC.
6. Caso haja mais de uma ação movida por Flávio, qual a natureza de cada uma, considerando a classificação de ações já expendida em sala de aula? 
7. Delimite no procedimento ordinário os momentos, inicial e final, para a apresentação de oposição. 
R:A oposição propriamente dita só ocorrerá se for oferecida antes da audiência de instrução e julgamento, caso em que será apensada aos autos principais, havendo dai pra frente, unidade procedimental e decisão conjunta.
A lei prevê, entretanto, que a oposição também pode ser oferecida depois da audiência, só que, nesta hipótese, não haverá unidade procedimental nem decisória. Pode o juiz suspender o andamento do processo principal, até 90 dias, para julgá-lo, com a oposição, se estimar que este prazo seria suficiente. Se isso não acontecer, será a oposição julgada independentemente e na verdade, não se terá tratado propriamente de oposição. Nessas hipóteses, haverá exclusivamente distribuição por dependência( art.109 CPC). Tem-se entendido que a oposição pode ser oferecida até o transito em julgado.
8. Novamente considerando a classificação expendida em sala de aula, qual a espécie de litisconsórcio que formam os réus da oposição? 
 R: Os opostos serão litisconsortes necessários passivos. É imprescindível, todavia, que se remarque tratar-se aqui de litisconsórcio, necessário, no sentido de que, se não estiveram ambos os opostos presentes no polo passivo da ação intentada pelo opoente, não se estará diante de oposição. Isso quer dizer que não se trata de litisconsórcio, necessário, no sentido que anteriormente se estudou.
Por isso é que os litisconsortes serão tratados como autônomos. Desta regra é sintoma o art.58 do CPC, que estabelece que, reconhecendo um dos opostos o pedido a procedência do pedido, deve o processo prosseguir contra o outro .
9. No caso do exemplo "b", caso Roberto venha também a pretender ajuizar oposição, por entender ser o legítimo proprietário da casa de campo, deverá o Juiz de Direito admitir? 
R: Para que este e possa entrar por meio do instituto da oposição em processo alheio já pendente, é necessário que a pretensão que deverá deduzir seja, no todo ou em parte, incompatível com o que “pretendem” autor e réu. Já que a oposição significa exercício de direito de ação, é necessário que se verifique, com relação ao opoente, e à pretensão que deduz, o preenchimento das condições da ação e dos pressupostos processuais.
10. Segundo os critérios conhecidos para se dirimir antinomias, no momento processual de defesa dos opostos aplicar-se-á o prazo de 15 (quinze) dias expresso no art. 57, ou terá lugar a regra do artigo 191 (ambos do CPC)? 
R: Aplicar-se-á o prazo de 15 dias. O art.57 do CPC, alude que os opostos serão citados na pessoa de seus advogados, para contestar o pedido no prazo de 15 dias, podendo este apresentar as 3 espécies de resposta : exceção, contestação e reconvenção.
11. No caso do exemplo "b", caso Sandro reconheça a procedência da ação proposta por Horácio, extinguir-se-á a oposição? 
R: Se o autor reconhecer a procedência do pedido do opoente, ademais, estará “renunciando, obviamente, à pretensão contra o réu da demanda originária”. Por outro lado, se ambos os opostos reconhecem a procedência do pedido do opoente, haverá em favor deste uma resolução de mérito (art. 269, II do CPC).O STJ já se manifestou acerca da possibilidade de julgamento da oposição antes da ação principal, mesmo quando distribuída antes da audiência, quando se verificar demora ou intuito das partes em obstar o andamento da ação principal, de modo a prejudicar a regra disposta no artigo 59 do CPC, a qual estabelece o julgamento conjunto das ações. 
12. Admitindo-se que, no caso do exemplo "a", Flávio ao ajuizar sua oposição apresentasse, em sede de preliminar, exceção de incompetência territorial, você, como Juiz, decidiria de que maneira? Fundamente. 
R: Não aceitaria já que é necessário que o juiz da ação originariamente proposta seja competente para julgar a oposição, em função de critérios que geram competência absoluta (matéria e função), e não relativa.

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