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AV2 - processual civil 3

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4037952398A
15/06/2020 23:21
Nome: Valdemir Calvo de Galiza Filho		Matrícula: 201804101982	
Disciplina: CCJ0244 / DIREITO PROCESSUAL CIVIL II	Data: 17	/ 06	/ 2020	
Período: 2020.1 / AV2	Turma: 3001
OBSERVAÇÕES:
Leia com atenção as questões antes de responder. As questões devem ser respondidas somente à caneta azul ou preta, na folha de respostas.
Será observada uma tolerância máxima de 30 minutos para a entrada dos alunos após o início da prova. Nesse período, nenhum aluno poderá deixar a sala. Terminada a prova, o aluno deverá entregar ao professor a folha de questões e a folha de respostas, devidamente identificadas.
É proibido o uso de equipamentos eletrônicos portáteis e consulta a materiais de qualquer natureza durante a realização da prova. Questões objetivas e discursivas que envolvam operações algébricas devem possuir a memória de cálculo na folha de respostas. Boa prova.
 	 de 2,00
1.
Mário promoveu em face de Demerval, uma ação de conhecimento pelo procedimento comum, requerendo a entrega por parte de Demerval, de um semovente (Um Touro de Raça Nobre) ou a indenização equivalente (se impossível cumprir tal obrigação) no valor de R$-500.000,00 (Quinhentos mil reais). Na petição inicial, o advogado do autor
deduziu entre os pedidos, a designação de audiência de conciliação, conforme artigo 319 do Código de Processo Civil atual. Recebida a inicial pelo magistrado, o mesmo determinou a citação do réu, porem, indeferiu o pedido de
designação da audiência de conciliação, sob o fundamento de que, o momento para conciliar acontece apenas no início da audiência de instrução e julgamento, quando esta audiência é permitida no processo, o que ocorre em caso de
deferimento de prova oral. INDAGA-SE: a. A decisão do magistrado guarda coerência com a legislação processual
vigente? Fundamente sua resposta. b. Porque se afirma que a audiência de instrução e julgamento é Una e Contínua? Fundamente sua resposta.
 	 de 2,00
2.
Em uma ação de conhecimento pelo procedimento comum, se observou a existência de um litisconsórcio passivo formado por 03 (três) réus, sendo que cada um deles constituiu advogados distintos, de diferentes escritórios.
Observou-se também que o autor na petição inicial alegou fato comum, em face de todos os réus. Regularmente citados, no prazo da defesa, apenas um dos litisconsortes apresentou contestação nos autos, de modo que, o autor, verificando a ausência de contestação dos demais, peticionou ao juízo requerendo que fosse aplicada a sanção de revelia aos réus de decidiram não apresentar defesa. Conclusos os autos ao magistrado, este indeferiu o pedido do autor, fundamentando que no caso em debate, a contestação apresentada por um dos litisconsortes aproveita aos
demais, afastando-se, portanto, a aplicação da revelia. INDAGA-SE: a. Esclarece de forma argumentada se a decisão do magistrado está correta ou está incorreta? b. Esclareça de forma argumentada e fundamentada, qual o principal efeito material decorrente da aplicação da revelia ao réu no processo civil?
 	 de 2,00
3.
O médico José é devedor de R$100.000,00, débito esse originado de contrato de compra e venda, vencido e não pago, no qual figura como credor o advogado Mário. Diante do inadimplemento, Mario ajuizou ação de cobrança, pelo
procedimento comum, previsto no Código de Processo Civil, pleiteando apenas o pagamento do débito. Após instrução probatória, o Juiz proferiu sentença de mérito, sendo que, condenou José a pagar o débito acrescido dos danos morais sofridos pelo autor, no importe de R$10.000,00, sofridos em razão do inadimplemento contratual. Considerando as regras relacionadas a sentença, previstas no Código de Processo Civil, responda, fundamentadamente: a) Qual o conceito de sentença e seus elementos essenciais? b) No caso concreto, é possível o Magistrado condenar José ao
pagamento dos danos morais?/
 	 de 2,00
4.
Joaquim adquiriu um veículo zero quilometro, modelo HBX350, motor 3.0, na cor branca, da marca Ching Ling, junto a concessionária ABC Comércio de Veículos Ltda., representante comercial da montadora chinesa no Brasil. Com uma semana de uso o veículo começou a apresentar vários problemas, sendo levado a concessionária. Ocorre que, passados quatro meses a concessionária não solucionou o problema e não efetivou a troca do produto. Diante deste fato, o autor
ingressou com uma ação de obrigação de fazer contra a concessionaria e a montadora, requerendo a tutela específica, ou seja, a troca do veículo defeituoso por outro do mesmo modelo. Em suas contestações, as Empresas alegaram que, não poderão cumprir o pedido do autor, tendo em vista que o veículo deixou de ser comercializado e produzido tendo em vista os constantes defeitos. Considerando o caso concreto, responda de forma fundamentada, ou seja, com base nos princípios e normas processuais, como o MM. Juiz poderá sentenciar?
 	 de 2,00
5.
Everaldo estacionou seu carro em determinado local permitido por lei, em uma rua de sua cidade, em frente a um condomínio de apartamentos, sem portaria e sem porteiro. Após estacionar, Everaldo saiu do carro e fora até uma farmácia próxima. Ao retornar, chegando à frente de seu veículo, encontrou Fábio, um amigo de infância, do qual havia perdido contato, passando a discorrer uma longa conversa. De repente, ambos ouviram um barulho e, Everaldo percebeu que uma pessoa havia jogado de um dos apartamentos do condomínio à frente, uma cadeira e, que a mesma havia caído em cima de seu automóvel, lhe causando prejuízos. No mesmo momento, Everaldo buscou saber quem era o responsável, até que fora surpreendido por Vânia, uma mulher de seus 30 anos de idade, que descera de seu apartamento no 5º andar do condomínio e se apresentou como a responsável pela conduta, afirmando que estava tendo uma briga conjugal e, pelo seu estado de ânimo exacerbado, lançou contra Everaldo diversas palavras de baixo calão, afirmando que, o mesmo não deveria ter estacionado seu carro no local e, que se havia algum prejuízo, que procurasse seus direitos, virando de costas e subindo ao seu imóvel. Diante do caso, Everaldo pegou o contato de Fábio e foi embora. Após resolver o conserto de seu carro, em torno de, 07(sete) meses, Everaldo, incentivado por sua esposa procurou um advogado relatando o caso e perguntando se podia ajuizar contra Vânia alguma medida judicial, contudo, a única testemunha dos fatos (Fábio) havia sido internada em um Hospital, onde, nos correntes 30(trinta) dias faria um procedimento preparatório para uma cirurgia delicada com alto risco de morte ou lesão mental. O advogado, então, lhe respondeu que seria possível ajuizar uma ação de indenização por danos morais e materiais, mas que o dano moral é pedido de necessita essencialmente de prova testemunhal e, no caso de Everaldo, como o mesmo não fez nenhum boletim de ocorrência, até a prova dos fatos para fins de comprovação do dano material, também se vincularia a prova testemunhal, contudo, em uma ação de rito ordinário como a do seu caso, até a realização da audiência de instrução e julgamento, não haveria mais como produzir a prova oral, lhe sugerindo propor uma ¿Demanda Probatória Autônoma de Descoberta de Prova¿, a fim de obter a colheita da prova testemunhal antecipadamente, a fim de no futuro, instruir o processo principal. INDAGA-SE:
a. A ¿Demanda Probatória Autônoma¿ sugerida pelo advogado à Everaldo está correta? Caso positivo a conceitue e exponha como ocorre seu rito processual? Caso negativo aponte a medida correta que deveria ser adotada, conceituando-a e explicando seu rito processual?
Campus:
PARÁ
Prova Impressa em 15/06/2020 por
JEFFERSON CHRYSTYAN DE OLIVEIRA COSTA
Respostas/
 
Questão 1
Letra A
A decisão do magistrado não guarda coerência com a legislação processual vigente, já que o NCPC se utiliza de novas técnicas de solução de conflitos e, não somente da jurisdição. O NCPC tráz uma previsão de meios alternativos para resolução de conflitos entre as partes e, é direito das mesmas manifestarem vontades de resolveremseus conflitos por uma autocomposição, que é uma audiencia realizada logo no inicio do processo, aonde já pode ser manifestada pelo autor já na sua petição inicial de acordo com o disposto no CPC (BRASIL ,2015), aonde o art. 319, VII, ressalta que: “A petição inicial indicará: Inciso VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. 
Nesse sentido menciona Fredie Didier Jr: 
“Mediação e conciliação são formas de solução de conflito pelas quais um terceiro intervém em um processo negocial, com a função de auxiliar as partes a chegar à autocomposição. Ao terceiro não cabe resolver o problema, como acontece na arbitragem: o mediador/conciliador exerce um papel de catalisador da solução negocial do conflito” (FREDIE DIDIER JR - Curso de Direito Processual Civil: Introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento – Salvador: Ed. Jus Podivm 2015, pag. 275).
 	Se a petição inicial tiver preenchido todos os seus requisitos como está previsto no CPC (BRASIL ,2015), frisado no art. 334: “Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência”. O magistrado verificando que não é o caso de dar improcedencia liminar do pedido, ele deve dar um despacho inicial positivo, determinando para que o réu seja citado para que compareça caso seja da vontade das partes numa audiência preliminar de conciliação ou mediação, o que inequivocadamente o juiz indeferiu no caso concreto analisado. Também é importante ressaltar-mos que réu deve ser citado com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência, para possibilitar que o mesmo possa contratar um advogado para instruí-lo e acompanhá-lo na audiência.
Também existem hipóteses em que a audiência não será realizada, como dito no CPC (BRASIL ,2015), no parágrafo quarto, nos incisos I e II do art. 334, ressaltam que: ”§ 4º A audiência não será realizada: Inciso I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; Inciso II - quando não se admitir a autocomposição”.
Caso aja a autocomposição, o acordo vai ser homologado por sentença e, a partir disso vai passar a valer como titulo executivo judicial, ou seja, ele vai poder ser executado no mesmo procedmento de cumprimento de sentença, porque foi foi feito um acordo entre as partes dentro de um processo judical que foi homologado pela autoridade judiciaria que presidia o processo, logo esse acordo terá o mesmo peso de uma sentença. Por mais que o NCPC inspire filosoficamnete a conciliacao ou mediação, nunca deve ser imposto as partes, elas são previstas para as partes que desejem conciliar ou mediar, então a necessidade que essa vontarde seja inequivoca entre as partes, isso não pode ser fruto de pressoes dos magistrados e nem dos advogados. Se não chegarem num acordo o processo segue em frente e, então abre-se o prazo para defesa do réu, de acordo com o disposto no CPC (BRASIL ,2015), no art. 335, I que ressalta, “O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data; Inciso I: da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição”.
Questão 1
Letra B
A audiência de instrução e julgamento é Una e Contínua porque em regra temos quer ter somente uma audiencia de instrução e julgamento no processo, ou seja no momento que ela comece ela tem que terminar de forma contínua. Mas de forma excepcional e justificada ela pode ser cindida na ausencia de perito ou de testemunha, desde que haja concordancia entre as partes, porque com uma cisão sem concordancia das mesmas ocorreria o risco das testemunhas do autor serem inquiridas num dia e do do réu em outro dia, prejudicando uma das partes no processo. Também se não for possivel fazer a instrução, alegação final e julgamento no mesmo dia, o magistrado poderá marcar para a data mais próxima possivel sempre em pauta preferencial. 
Tudo isso encontramos com referência no CPC (BRASIL ,2015), disposto no art. 365; paragrafo único, que destaca “A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes. Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta preferencial”.
Moacyr Amaral Santos ressalva, contudo, que:
“não se interromperá o depoimento da parte ou de testemunha, assim como a exposição e os esclarecimentos do perito. Iniciado o debate oral, não poderá ser suspenso”. (AMARAL SANTOS, Moacyr. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, v. 2, cit., p. 293).
 	Questão 2
Letra A
A decisão do magistrado está correta, pois trata-se de um listisconsórcio unitário, ou seja, quando o órgão jurisdicional tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes, já que o autor em sua petição inicial alegou fato comum, em face de todos os réus. Essa situação encontramos com referência no CPC (BRASIL ,2015), aonde o art. 116, ressalta que: “O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes”.
Em relação ao indeferimento, o magistrado fundamentou sua decisão em relação ao CPC (BRASIL ,2015), aonde o art. 117, evidencia que: “Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar”. Quando disse que , a contestação apresentada por um dos litisconsortes aproveitaria para os demais, ou seja, o ato de um no caso exposto beneficiará os demais litigantes, afastando-se, portanto, a aplicação da revelia como prescrito no CPC (BRASIL ,2015), como no art. 345, I, destaca que “A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: Inciso I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação”. Encontramos também disposto no CPC (BRASIL ,2015), frisado no o art. 344 mencionado que “Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor”.
Como ensina José Carlos Barbosa Moreira:
“Diz respeito ao modo por que se regerão as relações dos litisconsortes entre si e com a parte contrária, nos casos em que seja necessário ou não o litisconsórcio - a situação jurídica litigiosa submetida à apreciação judicial tem de receber disciplina uniforme, não se concebendo que a decisão da lide seja uma para esta e outra para aquele co-litigante; tal é o problema do regime especial característico ao litisconsórcio unitário”. (MARQUES, José Frederico. Manual de Direito Processual Civil. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1975. v. I (Teoria Geral do Processo), p. 259 e 260).
Questão 2
Letra B
O principal efeito material decorrente da aplicação da revelia ao réu no processo civil é a presunção de veracidade das alegações de fato feitas pelo demandante. Encontramos disposto no CPC (BRASIL ,2015), aonde o art. 344, ressalta que “Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor”.
Nesse sentido menciona Cândido Dinamarco associa a revelia do réu: 
“ao interpretar o direito, o juiz fará ordinariamente o controle de todos os pressupostos de admissibilidade do julgamento do mérito, extinguindo o processo ex officio quando faltar algum, apesar de o réu estar omisso e, obviamente, nada haver suscitado a respeito; também interpretando o direito, o juiz julgará improcedente a demanda inicial sempre que os fatos constitutivos, ainda que tomados por existentes, não produzam perante odireito material a consequência afirmada pelo autor. Nenhuma presunção incide sobre o direito” ( Instituições de Direito Processual Civil , 3, 6ª ed., São Paulo, Malheiros, 2009, p. 562. V).
/
Questão 3
Letra A
O conceito de sentença encontra-se no CPC (BRASIL ,2015), no §1º do art. 203, sentença é "o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução". Assim, a sentença é o ato do juiz que extingue o processo com ou sem resolução de mérito, ou que rejeita ou acolhe os pedidos do autor. Sentença é a decisão do juiz sobre os pedidos formulados na petição inicial, ainda que o processo prossiga.
No conceito de Didier Jr: 
"sentença, no procedimento comum ou nos procedimentos especiais, é o pronunciamento do juízo singular que encerra uma fase do processo, seja ela cognitiva ou executiva". (JÚNIOR, BRAGA, & OLIVEIRA, 2015).
O elementos da sentença estão previstos no CPC (BRASIL ,2015), no art. 489; Incisos I, II, II, evidenciando que: “São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem”.
Questão 3
Letra B
No caso concreto, não é possível o Magistrado condenar o querelado ao pagamento de danos morais, já que o querelante ajuizou ação de cobrança, pleiteando apenas o pagamento do débito. Encontramos essa situação no CPC (BRASIL ,2015), aonde o art. 492 e seu parágrafo único, ressaltam que: “É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado; Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional”. E ainda, no CPC (BRASIL ,2015), em seu art. 141, frisa que: “O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte”./
O juiz ao proferir uma decisão, deve ficar adstrito ao pedido formulado pelas partes, para impedir que não ocorram os conhecidos vícios de decisões citra, ultra e extra petita. A doutrina costuma chamar essa vinculação do juiz de princípio da adstrição, congruência ou correlação. Por ultra petita, que é o caso que ocorre no caso concreto analisado, aonde a decisão do magistrado foi além do pedido, concedendo ao autor mais do que ele pleiteou. Nessa situação o juiz não foge ao que foi pedido numa análise ampla, mas concede a mais do que foi requerido na inicial. A relação com a causa de pedir continua existindo, contudo, no pedido é que há excesso, ou seja, vício de quantidade. Com isso o Tribunal não anulará toda a decisão, mas apenas o que não estava no pedido.
Como ensina Humberto Theodoro Júnior afirma que essa sentença é parcialmente nula:
“não indo além do excesso praticado, de sorte que, ao julgar o recurso da parte prejudicada, o Tribunal não anulará todo o decisório, mas apenas decotará aquilo que ultrapassou o pedido”. (THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, v. I, 51ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 2010, p. 521).
Questão 4
O Juiz se verificar procedente o pedido poderá anuir beneficio especifico ou determinar deliberações para garantir um resultado prático do resultado. Encontramos disposto no CPC (BRASIL, 2015), em seu art. 497, parágrafo único, ressaltam que: “Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante”.
A respeito do referido dispositivo legal, Fredie Didier Jr. leciona:
“(…) O juiz pode instaurar a execução de sentença que impõe prestação de fazer, não-fazer ou dar coisa distinta de dinheiro (arts. 536 e 538, CPC). Não há necessidade de provocação da parte. O mesmo não acontece com a execução de sentença para pagamento de quantia, que depende de provocação da parte (art. 513, §1º, CPC)” (Curso de Direito Processual Civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento. Vol. 1, 18ª ed., 2016, Editora Juspodivum, p. 146 – Grifamos).
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.
Art. 538. Não cumprida a obrigação de entregar coisa no prazo estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.
A conversão em perdas e danos se dará somente se o autor requerer, sem prejuízo da multa fixada pelo magistrado para obrigar o réu a cumprir sua obrigação especifica. Encontramos tais situações no no CPC (BRASIL, 2015), em seu art. 497, que evidencia que: “A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente”. E também no CPC (BRASIL, 2015), em seu art. 500, frisa que: “A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cumprimento específico da obrigação”.
Questão 5
A Demanda Probatória Autônoma sugerida pelo advogado à Everaldo está correta, porque a antecipação da prova pode ser requerida nos casos em que venha se tornar difícil ou impossível a verificação de determinados fatos no curso do processo, aonde seu cliente tinha relatado que sua única testemunha (Fábio) do caso havia sido internada em um Hospital, onde, nos correntes 30(trinta) dias faria um procedimento preparatório para uma cirurgia delicada com alto risco de morte ou lesão mental. Então o advogado orientou corretamente para entrar com essa medida, para garantir no futuro desenrolar do processo essa prova testemunhal, e essa prova seria fundamental no processo. Esses fundamentos encontramos no CPC (BRASIL ,2015), em seu art. 381, Inciso I, II, II, ressaltam que: “A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: Inciso I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; Inciso II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; Inciso III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. Sendo que no caso concreto analisado, o que justificaria a antecipação de prova, seria o descrito no Inciso I do referido artigo.
	
Ainda prosseguindo com o rito o requente terá que na petição inicial, apresentar as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair. Tudo isso encontramos disposto no CPC (BRASIL ,2015), em seu art. 382; § 1º, § 2º , § 3º , § 4º, onde evidenciam que: “Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair. § 1º O juiz determinará, de ofício ou a requerimento daparte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso. § 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas. § 3º Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora. § 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
E para concluir o mesmo, os autos ficarão no cartório durante 1 (um) mês como disposto no CPC (BRASIL ,2015), em seu art. 383; parágrafo único, frisando que: “Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados. Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.
Como observa Fredie Didier Jr:
“Eis aqui uma novidade do CPC atual. O direito à produção da prova nasce do fato de, com a prova produzida, surgir chance para a solução do caso por autocomposição. Não se pressupõe urgência, muito menos risco de que a prova não possa ser produzida futuramente. Estimula-se a propositura da ação probatória autônoma na esperança de que a prova produzida estimule as partes a resolver o problema consensualmente... Também aqui há o reforço à ideia de que as provas também possuem as partes como destinatárias. Busca-se a produção antecipada da prova para que se possa obter um lastro probatório mínimo para o ajuizamento de uma demanda futura ou a certeza de que essa demanda seria inviável”. (DIDIER Jr., Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de Direito Processual Civil. Salvador: Jus Podium, 2015. v.2. p. 140).

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