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Aplicação da norma ISO 17025 a um laboratório de metrologia

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NORMA ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005: UMA ANÁLISE APLICADA AO LABORÁTORIO DE 
METROLOGIA DIMENSIONAL DO INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ 
 
Aluno: Natanael Bartolomeu Abreu da Silva 
Orientador: Francisco Rilke Linhares Araújo, Esp. 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará 
Av. Treze de Maio, 3081, Benfica - Cep:60040-531 - Fortaleza-Ce 
E-mail: natanaelabreu@outlook.com 
 
Abstract: Today, standardization of procedures is the way most used by organizations that wish to 
achieve certain quality benchmark in their products and services. Establishing standardized 
procedures that follow a rigorous pre-established system is therefore not only a competitive differential 
for companies, but a necessity, a point that can determine their permanence or not in the current 
market, which continually demands products and services that meet strict standards not only of 
quality, but also of safety and social responsibility. This is no different for those companies and 
organizations that provide testing and calibration services. Such services, which are widely used by an 
increasingly large industrial segment, must be made in such a way to guarantee complete uniformity 
of results, as well as to provide the required quality standard. In this context, we have normative 
standards, national and international, that help companies that perform tests and calibration to 
maintain their quality and management standards within acceptable limits. This is the case of ISO/IEC 
17025, which deals with the general requirements for the competence of testing and calibration 
laboratories. The present work presents the results of a research carried out within a metrology 
laboratory, where the general requirements established by the ISO/IEC 17025 are compared with the 
reality found in the laboratory. 
Keywords: Management, ISO/IEC 17025, Metrology, Quality. 
 
Resumo: Padronização de procedimentos é hoje a maneira mais utilizada por organizações que 
desejam atingir determinado referencial de qualidade em seus produtos e serviços. Estabelecer 
procedimentos padronizados e que devem seguir um rigoroso sistema pré-estabelecido tornou-se 
então não só um diferencial competitivo para as empresas, mas uma necessidade, um ponto que 
pode determinar sua permanência, ou não, no mercado atual, que exige continuamente produtos e 
serviços que atendam padrões rigorosos não somente de qualidade, como também de segurança e 
responsabilidade social. Isso não é diferente para aquelas empresas e organizações que fornecem 
serviços de ensaio e calibração. Tais serviços, amplamente utilizados por um segmento industrial 
cada vez mais abrangente, devem ser realizados de forma tal que possam garantir uma completa 
uniformidade nos resultados, além de proporcionar o padrão de qualidade requerido. Nesse contexto 
aparecem os textos normativos, nacionais e internacionais, que auxiliam empresas a manterem seus 
padrões de qualidade e gestão dentro de limites aceitáveis. É o caso da norma ABNT NBR ISO/IEC 
17025, que trata dos requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração. O 
presente trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa realizada dentro de um laboratório de 
metrologia, onde os requisitos gerais estabelecidos pela norma são comparados com a realidade 
encontrada no laboratório. 
Palavras-chave: Gestão, ISO/IEC 17025, Metrologia, Qualidade. 
 
1. Introdução 
 
 Problemas e não conformidades em produtos e processos são circunstâncias presentes em 
toda organização. A maneira como essas organizações agem frente a essas circunstâncias é que vai, 
na maioria das vezes, determinar a sua posição competitiva dentro do mercado em que atua, por que 
em grande medida o resultado de uma determinada ação frente a uma não conformidade tem 
impactos significativos no resultado final do produto ou serviço oferecido. Surge então, dentro deste 
contexto, a necessidade da existência de um Sistema de Gestão capaz não somente de corrigir não 
conformidades nos processos administrativos e produtivos, como também de prevenir e até mesmo 
 2 
prever sua ocorrência, de modo a garantir que o produto final esteja adequado em termos de 
qualidade, segurança e responsabilidade social àquilo que a organização deseja produzir, pois, de 
acordo com Cerqueira (2006), “toda decisão deve estar orientada para a eficiência no uso dos 
recursos e para a eficácia em atingir os resultados desejados.”. 
 Define-se sistema de gestão como um conjunto de elementos bem determinados que de 
alguma forma possam interagir ou se relacionar, e para os quais voltaremos nossa atenção porque 
temos o interesse de saber como se comportam em relação aos níveis de desempenho que 
previamente estabelecemos (CERQUEIRA, 2006). Num contexto de organizações, sistemas de 
gestão são então o conjunto de políticas e procedimentos que atuam entre si no intuito de atingir o 
resultado desejado, e esse resultado pode ser um produto ou serviço. 
 Para garantir esse resultado esperado, os sistemas de gestão precisam agir sobre todos os 
modos potenciais de não conformidades, e esses modos estão ligados a diferentes setores do 
negócio, que podem ser a qualidade, o meio ambiente, a segurança, a saúde ocupacional de seus 
colaboradores ou a responsabilidade social. A figura 01 ilustra esse aspecto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01 – Modos potenciais de falha em uma organização 
(Fonte: Adaptado de CERQUEIRA, 2006, pg. 35) 
 
 A análise do risco envolvido com a não conformidade potencial é essencial para a 
determinação do nível de controle requerido e deve considerar o efeito da falha, caso ocorra, e a 
probabilidade de ela ocorrer (CERQUEIRA, 2006). Para cada um desses modos potenciais de falha 
deve existir um sistema de gestão específico que objetiva agir de modo a garantir que a não 
conformidade associada a ele venha ocorrer. A integração entre si desses sistemas de gestão é o 
que mais se aproxima daquilo que se denomina por Sistema de Gestão Integrado. 
 A figura 01, apesar de não ilustrar com totalidade todos os setores de abrangência de um 
sistema de gestão integrado, pode servir de base, com adequada precisão para o estudo em questão, 
para analisarmos os diferentes setores pela qual o sistema de gestão de uma organização deve atuar 
para garantir o resultado esperado. Dentre esses setores é de extrema importância destacar aquele 
que pode ser visto como o de maior impacto nos resultados: o sistema de gestão da qualidade. 
 Qualidade, agora compreendida como um sistema de gestão, é um conceito surgido em 
meados da revolução industrial e que vem sofrendo inúmeras mudanças ao longo dos anos, devido 
principalmente ao aperfeiçoamento e melhoria dos processos produtivos. O tema, portanto, precisa 
ser interpretado à luz do ambiente de produção vigente na época (CARVALHO, 2012). 
 Antes da revolução industrial não havia grandes processos de produção, e um determinado 
bem ou serviço era produzido por um artesão ou fazendeiro. A qualidade desse bem era medida 
quase que unicamente pela percepção do cliente, que em geral estava próximo do produtor direto. 
Com a revolução industrial e o advento da produção em massa essa qualidade passou então a ser 
medida pelo produto, e o controle era feito quase que totalmente através da inspeção. Nessa época 
as necessidades dos clientes não eram direcionadoras da concepção do produto (CARVALHO, 
2012). Com o surgimento de estudos na área de controle estatístico de processos, por volta dos 
 3 
Os departamentos de 
produçao e 
engenharia
O departamento de 
inspeção
As necessidades do 
mercado e do consumidor
Toda a cadeia de produção, 
desde o projeto atéo 
mercado, e a contribuição de 
todos os grupos funcionais
Uniformidade do 
produto com menos 
inspeção
Uniformidade do 
produto
Todos os departamentos, 
embora a alta gerência só se 
envolva perifericamente
"Gerencia" a Qualidade
Todos na empresa, com a 
alta gerência exercendo forte 
liderança
Planejamento estratégico, 
estabelecimento de objetivos 
e mobilização da organização
Programas e sistemas
Instrumentos de 
medição
Orientação e 
abordagem
Responsável pela 
Qualidade
Métodos
Ênfase
Instrumetos e 
técnicas estatísticas
"Contrói" a qualidade
"Controla" a 
qualidade
"Inspeciona" a 
qualidade
RESUMOS DAS CARACTERÍSTICAS DAS ERAS DA QUALIDADE
ERA DA QUALIDADE
Identificação das 
características Gestão da Qualidade TotalGarantia da Qualidade
Contole Estatístico 
de Processo
Inspeção
anos 20, a qualidade passou então a não mais ser orientada ao produto, aqui o foco se tornou o 
processo, e a perspectiva de satisfação do cliente começou então a ganhar força nas ações das 
organizações. Após a era do controle de processo surge o período da “Garantia da Qualidade”, em 
que a ênfase se tornou toda a cadeia de produção, desde o projeto até o mercado. Por último temos 
a era atual, que é era da Gestão da Qualidade Total, e aqui a ênfase se tornou a necessidade do 
mercado e do consumidor (MARTINS E COSTA NETO, 1998). O quadro 01 resume essas eras da 
qualidade. 
 
 
 
 
 
Tabela 01 – Resumo das eras da qualidade. 
Fonte: Adaptado de MARTINS e COSTA NETO, 1998. 
 
 Diante do exposto é importante observar que no mercado atual, que busca ininterruptamente 
a excelência em seus processos e o uso eficiente dos recursos, sistema de gestão da qualidade não 
é mais visto como uma ferramenta que gera apenas vantagem competitiva para as empresas e/ou 
organizações que o implementam, hoje este assunto é considerado essencial para qualquer grupo de 
pessoas que deseja fornecer produtos ou serviços que atendam a necessidade específica de seus 
clientes. A Gestão da Qualidade, com todas as suas implicações humanas e gerenciais dentro dos 
mais diversos ambientes corporativos, está relacionada ao modo como uma determinada empresa ou 
organização executa seus processos de forma a garantir um produto ou serviço final que esteja de 
acordo com um referencial previamente estabelecido pela alta administração. 
 Feigenbaum (1986) definiu qualidade dos produtos e serviços como “as características totais 
combinadas (enquanto produto e enquanto serviço) do marketing, da engenharia, da fabricação e da 
manutenção, através das quais os produtos e serviços em uso atenderão às expectativas dos 
clientes.” (FEIGENBAUM, 1986 apud OLIVEIRA, 2014). 
 Contudo, foram verificados conflitos e problemas de desequilíbrio em muitas empresas que 
usaram essa definição para seus processos de Gestão da Qualidade, principalmente entre o pessoal 
de Controle de Qualidade e o pessoal de RH. A incorporação de conceitos da teoria comportamental 
pelo TQC (Total Quality Control – Controle da Qualidade Total) japonês, o surgimento de técnicas 
para realizar o desdobramento da função qualidade e a ênfase no trabalho em equipe (como forma 
ideal de realizar projetos relacionados à qualidade) vieram suprir parcialmente as lacunas deixadas 
nessa proposta de Feigenbaum (Adaptado de OLIVEIRA, 2014). 
 Ao longo do século XX, com o desenvolvimento de teorias e práticas na área de gestão e 
qualidade e o surgimento de uma economia globalizada, viu-se a necessidade de estabelecer 
padrões de processo que pudessem ser implementados a nível mundial. Nesse contexto surgem 
órgãos nacionais e internacionais, como a ISO (International Organization for Instandardization) e a 
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ABNT (Agência Brasileira de Normas Técnicas), que após o mapeamento e teste de determinados 
padrões no intuito de elaborar um cronograma de qualidade que seja estruturado e passível de 
verificação, criam textos normativos que auxiliam empresas e organizações a implementarem 
processos confiáveis e que resultam em padrões reconhecidos de segurança e qualidade. Esses 
textos normativos, como as normas da série ISO 9000 – Sistemas de Qualidade – Requisitos, assim 
como as demais normas existentes relativas aos demais sistemas de gestão, representam o 
resultado de uma análise criteriosa dos principais modos de falha que podem ocorrer na produção de 
bens e serviços. Ao adotá-los como padrão para seu Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), a 
organização estará se assegurando de que aqueles modos de falha que mais frequentemente 
ocorrem estarão sendo identificados e analisados, e que as atividades relacionadas a eles estarão 
sendo constantemente controladas (CERQUEIRA, 2006). 
 Neste contexto de normas para padronização de processos a fim de se obter sistemas de 
qualidade confiáveis e eficientes, os laboratórios possuem um papel de grande importância. Existem 
hoje uma quantidade razoável de textos normativos direcionados especificamente a esses ambientes, 
e a importância desses textos se dá por diferentes motivos. Entre eles podemos citar o fato de que é 
através de resultados laboratoriais que muitos setores da indústria baseiam suas decisões, entre 
esses setores podemos citar a área médica, farmacêutica, química, petroquímica, siderurgia e 
automobilística. 
Se os laboratórios não forem capazes de gerar resultados confiáveis e precisos, o futuro e a 
segurança dos setores que dependem de seus serviços estarão seriamente comprometidos. A 
confiabilidade nos resultados analíticos é um dever de qualquer laboratório (pesquisa ou rotina), pois 
os efeitos desses resultados podem ser devastadores (OLIVARES, 2015). É com o intuito de ajudar 
os laboratórios a manterem seus processos de trabalho dentro de padrões internacionais de 
qualidade que existem normas específicas para eles, entre elas podemos citar a NBR ISO/IEC 17025, 
que estabelece os requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração. 
A importância desse estudo ultrapassa as fronteiras institucionais do IFCE, podendo se tornar 
um arcabouço apropriado para qualquer laboratório de metrologia, principalmente aqueles ligados a 
instituições de ensino, que tenha intenções similares com relação à norma em estudo. 
O objetivo final é conhecer, com o maior grau de precisão possível, quão adequado à norma 
em estudo está o sistema de gestão do laboratório de metrologia dimensional do Instituto Federal do 
Ceará. Defini-se como objetivos intermediários levantar, junto à norma, todos os requisitos definidos 
por ela e um levantamento abrangente sobre o atual sistema de gestão do laboratório em estudo. 
 
2. Metodologia 
 
 O trabalho, realizado dentro do laboratório de Metrologia Dimensional – LMD do 
departamento da Indústria do Instituto Federal do Ceará intenciona fornecer à gerência do espaço um 
conhecimento inicial sobre seu sistema de gestão atual e como esse sistema de gestão se adéqua à 
principal norma internacional relacionada às organizações que trabalham com serviços de ensaio e 
calibração, área em que atua o laboratório em questão. Através do conhecimento prévio sobre seu 
sistema de gestão e sobre quão próximo esse sistema está em relação à norma ISO/IEC 17025, a 
gerência do laboratório terá subsídios suficientes para tomar decisões assertivas no intuito de tornar 
seus processos mais compatíveis com padrões internacionais de qualidade, podendo obter junto ao 
INMETRO – Instituto Brasileiro de Metrologia, certificação que ateste sua competência técnica e 
gerencial de fornecer serviços de ensaio e calibração confiáveis e que atendem os mais rigorosos 
referenciais de qualidade. É importante ressaltar que o detalhamento deum sistema de gestão passa 
por etapas complexas e de extrema dificuldade. Devido a isso a pesquisa referente a este trabalho 
não teve como objetivo fornecer todas as informações sobre o sistema de gestão do Laboratório, 
tendo em vista a complexidade dessa tarefa. Pretende-se dar as primeiras informações para que a 
gerência tenha condições iniciais de elaborar um plano de desenvolvimento do seu sistema de 
gestão. 
 A metodologia aplicada a este trabalho teve caráter bibliográfico, na qual as informações 
necessárias para atingir o objetivo final foram levantadas no texto da norma que é objeto de estudo e 
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em normas complementares da série ISO 9000. Em complemento à pesquisa bibliográfica foi feito um 
levantamento de campo junto às instalações do laboratório a fim de se conhecer seu sistema de 
gestão. 
 A pesquisa foi feita em três momentos distintos, sendo eles: 
 
Primeiro momento – Levantamento bibliográfico dos requisitos contidos na norma: Nesta etapa foi 
feita uma análise criteriosa do texto da norma, apresentando como resultado todos os critérios 
técnicos e gerenciais nela contidos. 
 
Segundo momento – Pesquisa de campo no Laboratório de Metrologia Dimensional: Neste momento 
da pesquisa foram feitas algumas visitas ao ambiente físico do laboratório a fim de obter informações 
sobre seu sistema de gestão. 
 
Terceiro momento – Comparação entre os requisitos da norma e o sistema de gestão do laboratório: 
Aqui os resultados do primeiro e do segundo momento da pesquisa são comparados. As informações 
dessa etapa da pesquisa serão apresentadas em tabela na aba “Resultados” deste documento. 
 
Os textos que serão apresentados seguirão a ordem da pesquisa. 
 
3. A Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 
 
 A norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, que será mencionada nas sessões que seguem apenas 
como ISO 17025, teve sua primeira edição lançada em 2001. Os requisitos técnicos dessa primeira 
edição foram baseados nas normas ABNT ISO/IEC Guia 25 e EN 45001, aos quais ela substituiu. 
Essas duas normas tratavam de assuntos técnicos referentes às atividades de laboratórios. Os 
requistos de gestão dessa versão de 2001 da ISO 17025 tinham como referência as normas ABNT 
NBR ISO 9001:1994 e ABNT NBR ISO 9002:1994. Com a substituição dessas duas normas pela 
ABNT NBR ISO 9001:2000, uma segunda edição da ISO 17025 se tornou necessária, tendo sido 
lançada em 2005 e que serviu como base da pesquisa deste trabalho. 
 O objetivo da norma é especificar os requisitos gerais para a competência de laboratórios em 
realizar ensaios e/ou calibrações, incluindo amostragem. A norma se aplica a todas as organizações 
que realizam ensaios e/ou calibração. Aplica-se a todos os laboratórios, independente do número de 
pessoas ou da extensão do escopo das atividades de ensaio e/ou calibração. Para que o laboratório 
se aplique aos objetivos da norma ele precisa realizar uma ou mais das atividades cobertas por ela, 
tais como amostragem e projeto/desenvolvimento de novos métodos. Ela deve ser utilizada por 
laboratórios no desenvolvimento do seu sistema de gestão para a Qualidade, operações técnicas e 
administrativas (ver figura 02). É importante ressaltar que a norma não cobre requisitos 
regulamentares e de segurança sobre a operação de laboratórios. 
 Os laboratórios de calibração e ensaio que atenderem aos requisitos da ISO 17025 operarão 
um sistema de gestão da qualidade para as suas atividades de ensaio e calibração que também 
atende aos princípios da ABNT ISO 9001. 
 
Figura 02 – Sistema de Gestão proposto pela ISO 17025 
Fonte: Autor 
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4.6 - Aquisição de serviços e 
suprimentos
4.9 - Controle de trabalhos de ensaio 
e/ou calibrações não conforme
4.8 - Reclamações
4.7 - Atendimento ao clientes
4.5 - Subcontratação de ensaios de 
calibrações
CRITÉRIOS DA DIREÇÃO - TÓPICOS
Tópico Resumo
Fornece normas gerais para a organização do pessoal e administrativa do 
laboratório
Estabelece regras gerais para o laboratório realizar sub-contratação de 
ensaios e/ou calibrações
4.4 - Análise crítica de pedidos, 
propostas e contratos
4.3 - Controle de documentos
4.2 - Sistema de Gestão
4.1 - Organização
Normaliza os procedimentos de análise de pedidos, propostas e contratos de 
trabalho do laboratório
Estabelece princípios gerais para emissão, armazenamento e controle de 
documentos
Fixa princípios gerais para o sistema de gestão integrado e para o sistema de 
gestão da qualidade
4.15 - Análise crítica pela direção
Estabelece ações para o controle de trabalhos que não atendem aos padrões 
estabelecidos pelas políticas do laboratório
Afirma que o laboratório deve manter um política e procedimento para lidar 
com reclamações recebidas de clientes
Fixa procedimentos gerais para o atendimento aos clientes do laboratório
Provê requisitos gerais para a contratação de serviços, compra de 
suprimentos e seleção de fornecedores
Estabelece que a alta Direção deve realizar análises críticas do sistema de 
gestão periodicamente, e fornece critérios para essa análise
Provê regras gerais para os procedimentos de auditoria interna no sistema de 
gestão
Fixa princípios para o preenchimento, identificação, coleta e armazenagem de 
registros de ensaio
Estabelece que deve existir procedimentos para ações que previnam a 
ocorrência de não conformidades
4.10 - Melhoria
Fornece princípios de ação frente à desvios nas operações técnicas ou nos 
procedimentos do sistema de gestão
Normaliza uma postura de melhoria contínua da eficácia do sistema de 
gestão do laboratório 
4.14 - Auditorias internas
4.13 - Controle de registros
4.12 - Ação preventiva
4.11 - Ação corretiva
 O texto da norma se divide em duas sessões principais, que são os requistos da direção e os 
requisitos técnicos. 
 
3.1 Requisitos da Direção 
 
 Composto por 15 tópicos (ou itens), cada um com seus respectivos subitens, que abrangem 
diferentes assuntos relacionados à gestão, qualidade e trabalhos administrativos, os requisitos da 
Direção estabelecidos aqui são baseados na ISO 9001:2000. A tabela 02 traz um resumo de cada um 
dos tópicos tratados. Posteriormente será abordado de forma mais detalhada aqueles tópicos 
considerados mais pertinentes. 
 
Tabela 02 – Resumo dos tópicos abordados em Requisitos da Direção. 
Fonte: Autor 
 
3.1.1 Organização 
 
 A organização deve ser legalmente responsável com relação às possíveis licenças 
necessárias para seu funcionamento. É mandatório que o laboratório regido pela ISO 17025 tenha 
pessoal gerencial e técnico com competência e os recursos necessários para desempenhar as 
tarefas, que incluem também implementação, manutenção e melhoria do sistema de gestão. Essa 
equipe precisa também identificar a ocorrência de desvios do sistema de gestão ou dos 
 7 
procedimentos para a realização dos trabalhos técnicos. O laboratório precisa garantir que sua 
equipe esteja livre de pressão e influências indevidas, sejam elas comerciais, financeiras ou de 
qualquer natureza, interna ou externa, que possam afetar a qualidade dos seus trabalhos. 
 O laboratório precisa também definir sua estrutura organizacional e gerencial e as relações 
entre a gestão da Qualidade, operações técnicas e serviços de apoio. É necessário especificar a 
responsabilidade e a autoridade de toda a equipe que gerencia, realiza ou verifica trabalhos que 
afetam a qualidade dos ensaios e/ou calibrações. A supervisão da área técnica que realizam esses 
ensaios e/ou calibrações precisa ser adequada, inclusive daqueles em treinamento, e precisa ser 
realizada por pessoal qualificado que tenha conhecimento dos métodos e procedimentos, com a 
finalidade de cada ensaio e/ucalibração e com a avaliação dos resultados. 
 O laboratório precisa ter gerência técnica, responsável por todas as operações técnicas, e 
uma gerência da qualidade, responsável por assegurar que o sistema de gestão da qualidade seja 
implementado e seguido permanentemente. É importante ressaltar que esse gerente da qualidade 
precisa ter acesso direto à alta direção, onde são tomadas as decisões sobre as políticas e/ou 
recursos do laboratório. 
 
3.1.2 Sistema de gestão e gestão da qualidade 
 
 Um dos pontos de maior abrangência para as operações é o requisito estabelecido de que a 
organização que deseja ter seus procedimentos de acordo com o que é definido pela ISO 17025 
precisa estabelecer, implementar e manter um sistema de gestão apropriado ao escopo das suas 
atividades. O laboratório deve documentar suas políticas, sistemas, programas, procedimentos e 
instruções. A documentação do sistema deve ser comunicada, compreendida, estar disponível e ser 
implementada pelo pessoal apropriado. 
 As políticas do sistema de gestão do laboratório relativas à qualidade devem ser definidas 
num manual da qualidade. Ele deve conter o propósito do sistema de gestão com respeito à 
qualidade, um requisito de que todo o pessoal envolvido nas atividades de ensaio e calibração 
abrangidos pelo laboratório deve estar familiarizado com a documentação da qualidade e implemente 
as políticas e os procedimentos nos seus trabalhos, o comprometimento da direção do laboratório 
com a conformidade à norma e com a melhoria contínua da eficácia do sistema de gestão e as 
atribuições e responsabilidades da gerência técnica e do gerente da qualidade, incluindo suas 
responsabilidades por assegurar a conformidade com a norma ISO 17025. 
 
3.1.3 Controle de documentos e registros 
 
 O laboratório deve estabelecer e manter procedimentos para controlar todos os documentos 
que fazem parte do seu sistema de gestão, devendo haver procedimentos também para identificar, 
coletar, indexar, acessar, arquivar, manter e dispor os registros técnicos e da qualidade. Todos os 
documentos emitidos para o pessoal do laboratório como parte do sistema de gestão devem ser 
analisados criticamente e aprovados para uso por pessoal autorizado, antes de serem emitidos. 
 Todos os registros devem ser mantidos seguros e com confidencialidade. O laboratório deve 
preservar também, por período definido, uma cópia de cada relatório de ensaio ou certificado de 
calibração emitido. 
 
3.1.4 Aquisição de suprimentos 
 
 O laboratório deve ter uma política e procedimento para a seleção e compra de serviços e 
suprimentos utilizados que afetam a qualidade dos ensaios e/ou calibrações. Devem existir 
procedimentos para a compra, recebimento e armazenamento de reagentes e materiais de consumo 
do laboratório que sejam importantes para o ensaio e as calibrações. O laboratório deve avaliar 
também os fornecedores dos materiais de consumo, suprimentos e serviços críticos que afetem a 
qualidade dos trabalhos, e deve manter registros dessas avaliações e listar os que foram aprovados. 
 
 8 
3.1.5 Controle de trabalhos não conformes 
 
 O laboratório deve ter uma política e procedimentos que devem ser implementados quando 
qualquer aspecto do seu trabalho de ensaio e/ou calibração, ou o resultado deste trabalho, não 
estiverem em conformidade com seus próprios procedimentos. Onde a avaliação indicar que o 
trabalho não conforme pode se repetir ou que existe dúvida sobre a conformidade das operações do 
laboratório com suas próprias políticas e procedimentos, ações corretivas devem ser seguidas 
imediatamente. 
 
3.1.6 Ações corretiva e preventiva 
 
 A ISO 17025 estabelece princípios específicos para os laboratórios agirem frente a ações não 
conforme. Entre esses princípios está o de que o laboratório deve estabelecer uma política e um 
procedimento e deve designar autoridades apropriadas para implementar ações corretivas quando 
forem identificados trabalhos não conformes ou desvios das políticas e procedimentos no sistema de 
gestão ou nas operações técnicas. O procedimento para a ação corretiva deve iniciar com uma 
investigação para a identificação da(s) causa(s) raiz do problema. Vale pontuar que a ação corretiva 
deve também prevenir a reincidência do problema, e que deve haver um monitoramento dos 
resultados para garantir que as ações corretivas tomadas sejam eficazes. 
 A norma estabelece também que as melhorias necessárias devem ser identificadas, assim 
como as potenciais fontes de não conformidade, sejam técnicas ou referentes ao sistema de gestão. 
É importante observar que a norma define ação preventiva como um processo pró-ativo para a 
identificação de oportunidades de melhoria, e não uma reação à identificação de problemas ou 
reclamações. 
 
3.1.7 Auditorias internas 
 
 Procedimentos de auditoria em sistemas e processos são de extrema relevância em 
organizações que desejam manter seus padrões de acordo com aquilo que foi previamente 
estabelecido. Com intuito de ajudar os laboratórios a permanecerem com um sistema de gestão 
adequado, a norma ISO 17025 estabelece que deva haver, periodicamente e de acordo com um 
cronograma e um procedimento pré-determinados, auditorias internas das atividades. O programa de 
auditoria interna deve cobrir tanto os elementos da área de gestão quanto da área técnica, incluindo 
as atividades de ensaio e/ou calibração. 
 As constatações da auditoria devem ser registradas e as ações corretivas dela decorrentes. 
As atividades de acompanhamento da auditoria devem verificar e registrar a implementação e a 
eficácia das ações corretivas tomadas. 
 
3.1.8 Análise crítica pela Direção 
 
 A ISO 17025 estabelece em várias das suas sessões que a gerência do laboratório deve 
estar envolvida em todos os procedimentos realizados no mesmo, procedimentos que podem ser de 
planejamento, controle ou execução. Ela estabelece também que a alta direção deve, de acordo com 
um cronograma e um procedimento pré-determinado, realizar periodicamente uma análise crítica do 
sistema de gestão do laboratório e das atividades de ensaio e/ou calibração, para assegurar sua 
contínua adequação e eficácia, e para introduzir mudanças ou melhorias necessárias. Essa análise 
crítica deve considerar, entre outros pontos, a adequação das políticas e procedimentos, o resultado 
de auditorias internas recentes, ações corretivas e preventivas e recomendações para melhoria. 
 
3.2 Requisitos técnicos 
 
 Aqui são estabelecidos os diversos critérios técnicos para que o laboratório garanta que os 
seus resultados de análise sejam corretos e confiáveis. 
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 Composta por 10 tópicos (ou itens), cada um com seus respectivos subitens, essa sessão 
trata de pontos que tenham impacto direto nos resultados de ensaios e/ou calibrações realizados pelo 
laboratório. Entre os assuntos tratados aqui podemos citar qualificação técnica da equipe, 
instalações, rastreabilidade de medição e equipamentos. A tabela 03 traz todos os tópicos tratados 
nessa sessão. Aqueles considerados mais pertinentes ao escopo deste trabalho serão abordados 
com uma maior riqueza de detalhes posteriormente. 
 
 
Tabela 03 – Resumo dos tópicos abordados em Requisitos Técnicos 
Fonte: Autor 
 
3.2.1 – Generalidades 
 
 A ISO 17025 afirma que são diversos os fatores que determinam a correção e a 
confiabilidade dos ensaios e/ou calibrações realizados pelo laboratório, como ilustra a figura 03. 
Dentre esses fatores podemos citar aqueles relacionados ao pessoal, fatores de acomodações e 
condições ambientais, métodos de ensaio e calibração e validação de métodos, equipamentos, 
rastreabilidade da medição, entre outros. A extensãona qual esses fatores contribuem para a 
incerteza total da medição difere entre tipos de ensaio e entre tipos de calibração. Devido a isso o 
laboratório deve levar em conta seus diferentes tipos de ensaio e calibração para uma correta 
previsão de como cada um desses fatores influenciará nos resultados dos seus trabalhos. 
 
 
5.2 - Pessoal
Provê requisitos técnicos gerais para o pessoal ligado às ativides de ensaio 
e/ou calibração.
REQUISITOS TÉCNICOS - TÓPICOS
Tópico Resumo
5.1 - Generalidades
Estabelece fatores gerais que determinam a confiabilidade técnica dos 
ensaios e/ou calibrações.
5.3 - Acomodações e condições 
ambientais
Determina condições gerais para as instalações onde são realizados ensaios 
e/ou calibrações, e fixa cuidados com as condições ambientais.
5.4 - Métodos de ensaio e calibração e 
validação de métodos
Fixa regras para os procedimentos de ensaio e calibração e estabelece 
princípios para a definição dos parâmetros de incerteza das medições
5.5 - Equipamentos
Estabelece requisitos gerais para os equipamentos usados nos trabalhos de 
ensaio e/ou calibração
5.9 - Garantia da qualidade de 
resultados de ensaio e calibração
Estabelece que o laboratório tenha procedimentos de controle de qualidade p/ 
monitorar a validades dos ensaios, e fixa critérios para esse monitoramento
5.10 - Apresentação de resultados Provê requisitos para a emissão de resultados de ensaio e calibração
5.6 - Rastreabilidade de medição
Determina ações de calibração e padrões de referência de medição que 
devem ser mantidos pelo laboratório a fim de garantir a correta calibração dos 
instrumentos
5.7 - Amostragem Fixa princípios gerais para os procedimentos de amostragem
5.8 - Manuseio de itens de ensaio e 
calibração
Determina que o laboratório precisa ter procedimentos para o transporte de 
itens de ensaio e calibração, e estabelece outros cuidados sobre esse itens.
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2.1 Pessoal 
 
 A direção do laboratório deve assegurar a competência de todos os que operam 
equipamentos específicos, realizam ensaios e/ou calibrações, avaliam resultados e assinam relatórios 
de ensaio e certificados de calibração. A direção deve estabelecer também as metas referentes à 
formação, treinamento e habilidades da equipe do laboratório. Devem existir uma política e 
procedimentos para identificar as necessidades de treinamento e proporcioná-las ao pessoal. 
 É mandatório também que o laboratório utilize pessoal que seja empregado ou contratado por 
ele. Onde for utilizado pessoal técnico e pessoal chave de apoio, adicional ou contratado, o 
laboratório deve assegurar que estes sejam supervisionados e competentes, e que trabalhem de 
acordo com o seu sistema de gestão. Deve haver descrições das funções de todas as pessoas, seja 
gerencial, técnico ou pessoal chave de apoio, envolvidas em ensaios e calibrações. 
 
3.2.3 Acomodações e condições ambientais 
 
 As instalações do laboratório para ensaios e/ou calibração, incluindo mas não se limitando a 
fontes de energia, iluminação e condições ambientais, devem ser tais que facilitem a realização 
correta dos ensaios e/ou calibrações. O laboratório deve assegurar que as condições ambientais não 
invalidem os resultados ou afetem adversamente a qualidade requerida de qualquer medição. Devem 
ser tomados cuidados especiais quando são realizados amostragem, ensaios e/ou calibração em 
locais diferentes das instalações permanentes do laboratório. 
 O acesso e o uso das áreas que afetam a qualidade dos ensaios e/ou calibrações devem ser 
controlados e devem ser tomadas medidas que assegurem uma boa limpeza e arrumação no 
laboratório. 
 
3.2.4 Métodos de ensaio e calibração e validação de métodos 
 
 O laboratório deve utilizar métodos e procedimentos apropriados para todos os ensaios e/ou 
calibrações dentro do seu escopo. Estes incluem amostragem, manuseio, transporte, armazenamento 
e preparação dos itens a serem ensaiados e/ou calibrados e, onde apropriado, uma estimativa da 
incerteza de medição, bem como as técnicas estatísticas para análise dos dados de ensaio e/ou 
calibração. 
 A introdução de métodos de ensaio e calibração desenvolvidos pelo laboratório para uso 
próprio deve ser uma atividade planejada e deve ser designada a pessoal qualificado e equipado com 
recursos adequados. 
Figura 03 – Fatores que influenciam a confiabilidade técnica 
Fonte: Adaptado de Müller e Diniz, 2007 
 
 11 
 Com o objetivo de confirmar que os métodos são apropriados para o uso pretendido, o 
laboratório deve validar os métodos não normalizados, métodos criados/desenvolvidos pelo próprio 
laboratório e métodos normalizados usados fora dos escopos para os quais foram concedidos. A ISO 
17025 define validação como a confirmação por exame e fornecimento de evidência objetiva de que 
os requisitos específicos para um determinado uso pretendido são atendidos. 
 Além de disso, um laboratório de calibração ou um laboratório de ensaio que realiza suas 
próprias calibrações deve ter e deve aplicar um procedimento para estimar a incerteza de medição de 
todas as calibrações e tipos de calibrações. Nos casos em que a natureza do método de ensaio 
impede o cálculo rigoroso, metrológico e estatisticamente válido da incerteza de medição, o 
laboratório deve pelo menos tentar identificar todos os componentes de incerteza e fazer uma 
estimativa razoável. 
 Quando são utilizados computadores ou equipamento automatizado para aquisição, 
processamento, registro, relato, armazenamento ou recuperação de dados de ensaio ou calibração, o 
laboratório deve assegurar que o software de computador desenvolvido pelo usuário esteja 
documentado em detalhes, que sejam estabelecidos e implementados procedimentos para a 
proteção dos dados e que os computadores e equipamentos automatizados sejam conservados. 
 
3.2.5 Equipamentos 
 
 O laboratório deve ser aparelhado com todos os equipamentos para amostagem, medição e 
ensaio requeridos para o desempenho correto dos ensaios e/ou calibrações. Esses equipamentos 
devem ser operados por pessoal autorizado. Instruções atualizadas sobre o uso e manutenção do 
equipamento devem estar prontamente disponíveis para uso pelo pessoal apropriado do laboratório. 
 Sempre que for praticável, todo o equipamento sob controle do laboratório que necessitar de 
calibração deve ser etiquetado, codificado ou identificado de alguma outra forma, para indicar a 
situação de calibração. Os equipamentos de ensaio e calibração, incluindo tanto hardware como 
software, devem ser protegidos contra ajustes que invalidariam os resultados dos ensaios e/ou 
calibrações. 
 
3.2.6 Rastreabilidade de medição 
 
 Todo equipamento utilizado em ensaios e/ou calibrações, incluindo os equipamentos para 
medições auxiliares, que tenha efeito significativo sobre a exatidão ou validade do resultado do 
ensaio, calibração ou amostragem, deve ser calibrado antes de entrar em serviço. O laboratório deve 
estabelecer um programa e procedimento para a calibração dos seus equipamentos. Para 
laboratórios de calibração, o programa de calibração do equipamento deve ser projetado e operado 
de forma que assegure que as calibrações e medições feitas pelo laboratório sejam rastreáveis ao 
Sistema Internacional de Unidades (SI). 
 Existem certas calibrações que atualmente não podem ser estritamente realizadas nas 
unidades do SI. Nesses casos, a calibração deve fornecer confiança nas medições pelo 
estabelecimento da rastreabilidade a padrões apropriados. 
 O laboratório deve ter um programa e procedimento para a calibração dos seus padrões de 
referência. Tais padrões dereferência de medição mantidos pelo laboratório devem ser utilizados 
somente para a calibração e não para outras finalidades, a não ser que o laboratório possa 
demonstrar que seu desempenho como padrão de referência não seria invalidado. Esses materiais 
de referência devem, sempre que possível, ser rastreáveis às unidades de medida SI, ou a materiais 
de referência certificados. 
 
3.2.7 Amostragem 
 
 O laboratório deve ter um plano e procedimentos para amostragem, quando ele realiza 
amostragem de substâncias, materiais ou produtos para ensaio ou calibração subsequente. Os 
planos de amostragem devem, sempre que viável, ser baseados em métodos estatísticos 
 12 
apropriados. O processo de amostragem deve abranger os fatores a serem controlados, de forma a 
assegurar a validade dos resultados do ensaio e calibração. 
 Vale ressaltar que a ISO 17025 define amostragem como um procedimento definido, pelo 
qual uma parte de uma substância, material ou produto é retirada para produzir uma amostra 
representativa do todo, para ensaio ou calibração. 
 
3.2.8 Manuseio de itens de ensaio e calibração 
 
 O laboratório deve ter procedimentos para o transporte, recebimento, manuseio, proteção, 
armazenamento, retenção e/o remoção dos itens de ensaio e/ou calibração, incluindo todas as 
providências necessárias para a proteção da integridade do item de ensaio ou calibração e para a 
proteção dos interesses do laboratório e do cliente. 
 O laboratório deve ter procedimentos e instalações adequadas para evitar deterioração, perda 
ou dano no item de ensaio ou calibração durante o armazenamento, manuseio e preparação. 
 
3.2.9 Garantia da qualidade de resultados de ensaio e calibração 
 
 O laboratório deve ter procedimentos de controle da qualidade para monitorar a validade dos 
ensaios e calibrações realizados. Este monitoramento deve ser planejado e analisado criticamente e 
pode incluir o uso regular de materiais de referência certificados e/ou controle e ensaios ou 
calibrações replicados. 
 Os dados do controle de qualidade devem ser analisados e, quando estiverem foram dos 
critérios pré-definidos, deve ser tomada ação planejada para corrigir o problema e evitar que 
resultados incorretos sejam relatados. 
 
3.2.10 Apresentação de resultados 
 
 Os resultados de cada ensaio, calibração, ou séries de ensaios ou calibrações realizados pelo 
laboratório devem ser relatados com exatidão, clareza, objetividade, sem ambiguidade e de acordo 
com quaisquer instruções específicas nos métodos em ensaio ou calibração. Esses resultados devem 
ser relatados, normalmente, num relatório de ensaio ou num certificado de calibração, e devem incluir 
toda a informação solicitada pelo cliente e necessária à interpretação dos resultados do ensaio ou 
calibração. 
 Cada relatório de ensaio ou certificado de calibração deve incluir pelo menos as seguintes 
informações: 
 
i. Um título (por exemplo: “Relatório de ensaio” ou “Certificado de calibração”); 
ii. Nome e endereço do laboratório e o local onde os ensaios e/ou calibrações foram 
realizados, se diferentes do endereço do laboratório; 
iii. Identificação inequívoca do relatório de ensaio ou certificado (tal como número de 
série); 
iv. Nome e endereço do cliente; 
v. Identificação do método utilizado; 
vi. Uma descrição, condição e identificação não ambígua, do(s) item(s) ensaiado(s) ou 
calibrado(s); 
vii. Data do recebimento do(s) item(s) de ensaio ou calibração, quando isso for critico 
para a validade e aplicação dos resultados; 
viii. Referência ao plano e procedimentos de amostragem utilizados pelo laboratório ou 
por outros organismos; 
ix. Resultados do ensaio ou calibração com as unidades de medida, onde apropriado; 
x. Nome(s), função(ões) e assinatura(s) ou identificação equivalente da(s) pessoa(s) 
autorizada(s) para a emissão do relatório de ensaio ou do certificado de calibração; 
 13 
xi. Onde pertinente, uma declaração de que os resultados se referem somente aos itens 
ensaiados ou calibrados. 
 
 Outros itens podem ser incluídos, dependendo do tipo de documento emitido (se relatório de 
ensaio ou certificado de calibração) e da natureza do material analisado. Esses outros itens são 
definidos em outras partes da norma. 
 O formato deve ser projetado de modo a atender a cada tipo de ensaio e calibração realizada 
e para minimizar a possibilidade de equívoco ou uso incorreto. 
 
4. Sistema de gestão do Laboratório de Metrologia Dimensional do IFCE 
 
 Definir o sistema de gestão de qualquer organização, com todos os seus pontos e 
particularidades, é uma tarefa extremante complexa e difícil. É necessário conhecer com clareza a 
estrutura interna e externa da organização, sua missão, visão e valores, os domínios de sua 
influência e seu quadro de pessoal. Devido a isso é importante dizer que esta etapa da pesquisa não 
pretendeu fechar todo o assunto com relação ao sistema de gestão do laboratório em estudo. A 
intenção é fornecer as primeiras informações sobre o sistema gerencial do laboratório, principalmente 
o sistema de gestão da qualidade, a fim de se comparar com os requisitos estabelecidos na norma 
ISO 17025. 
 O laboratório de metrologia dimensional do Instituto Federal do Ceará é o local onde são 
realizadas as aulas práticas e teóricas das áreas de metrologia dos cursos do departamento da 
Indústria desde mesmo instituto. Para isso o laboratório dispõe de um espaço com quatro ambientes 
diferentes, como ilustra a Figura 04. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 04 – Layout do Laboratório de Metrologia Dimensional do IFCE 
Fonte: BENEVIDES, Thiago. 2017 
 
 O laboratório possui uma estrutura de pessoal enxuta, composta por um professor, que 
responde pela coordenação do espaço, três bolsistas e três voluntários, todos estudantes dos cursos 
da área da indústria do IFCE. Esses bolsistas e voluntários compõem três equipes distintas, cada 
uma com um bolsista e um voluntário. Essas três equipes são responsáveis por dar suporte as 
atividades do laboratório, cada uma cobrindo um turno diferente do dia, manhã, tarde e noite. A 
missão do laboratório é ser um espaço de excelência no ensino e aprendizado de metrologia para as 
centenas de alunos dos cursos da área da Indústria do IFCE. Atividades de pesquisa na área de 
calibração, metrologia e qualidade também são realizadas ali. 
 Ao longo de cada semestre letivo são ministradas aulas práticas e teóricas na área de 
metrologia e calibração. Durante as aulas práticas os estudantes têm a oportunidade de conhecer e 
utilizar os principais instrumentos de medição presentes na indústria atualmente, dentre esses 
instrumentos podemos citar o paquímetro e micrômetro, instrumentos de grande importância para 
toda atividade que demande algum tipo de medição. 
 Ao longo do ano de 2017 o espaço do laboratório serviu de objeto de pesquisa para 
estudantes da disciplina de Gestão da Qualidade do curso de Eng. Mecatrônica do IFCE. O objetivo 
 14 
da pesquisa era desenvolver, estruturar e aplicar um Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, que 
fosse adequado à realidade física e humana do LMD. Durante a pesquisa foram feitas algumas 
intervenções físicas no ambiente do laboratório. O resultado dessa pesquisa foi o início do primeiro 
sistema de gestão da qualidade do laboratório em estudo. Esse sistema inicial, que é o atual SGQ do 
LMD, não cobre todos os processos existentes, principalmente os processos relacionados às 
atividades de ensaio e calibração e alguns processos de cunho administrativo, necessitando passar 
por auditorias internas a fim de se constatar sua abrangência quanto às atividades realizadas no 
LMD. As fotosabaixo ilustram alguns dos pontos de abrangência do atual SGQ existente. Dentre 
esses pontos os de maior relevância são aqueles relacionados à organização e armazenagem de 
documentos e a adequação do espaço físico dos diversos ambientes do LMD. 
 
Figura 05 – Sistema de armazenagem de documentos do laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 06 – Classificação das pastas do sistema de armazenagem de documentos 
 
 
 15 
Figura 07 – Sistema de armazenagem de documentos 
 
Figura 08 – Sistema de armazenagem de instrumentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 09 – Mapa de risco do Laboratório 
 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Sala da coordenação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 - Sala da máquina de medir por coordenadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Sala de aula 
 
 17 
Sistema de Classificação
Nível de conformidade com a normaGrau
Não conforme, com identificação de melhoria
Não conforme
03 Conforme
02
01
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 – Sala de medições 
 
 Apesar do modelo inicial do SGQ desenvolvido no laboratório não cobrir todos os processos, 
ele serve de forma adequada como base para um Sistema de Gestão da Qualidade estruturado e 
formalizado, necessitando apenas de uma reformulação e um comprometimento maior da equipe do 
laboratório quanto à importância e relevância de um bom SGQ. 
 
5. Resultados e discussões 
 
 Feita as análises, tanto do texto normativo contido na ISO 17025 como do sistema de gestão 
do laboratório, em especial seu sistema de gestão da qualidade, foi elaborada uma tabela 
comparativa entre os requisitos estabelecidos na norma e o sistema gerencial do LMD. Para esse 
processo de comparação usou-se como critério aquilo que é estabelecido no texto normativo contido 
na norma ISO 19011:2002 - Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão da qualidade e/ou 
ambiental. A norma ISO 19011 estabelece na sua sessão 6.5.5 que as constatações de auditorias 
devem indicar conformidade ou não conformidade com o critério de auditoria, e que essas 
constatações podem identificar oportunidades para melhoria. De acordo com esse critério definiu-se 
então três graus diferentes de adequação, no intuito de facilitar o processo de comparação. Esses 
três níveis são: 01 - não conforme, 02 - não conforme com identificação de melhoria e 03 – conforme. 
A tabela 04 traz um resumo desse sistema de classificação baseado na ISO 19011. A diferença entre 
os graus 01 e 02 é que o grau 02 expressa um atributo que já vem sendo desenvolvido pela equipe 
do laboratório, enquanto que um quesito classificado como grau 01 está totalmente em desacordo 
com o texto da ISO 17025. Para cada requisito da norma foi dado uma classificação diferente de 
conformidade do sistema de gestão do LMD, com base naquilo que é definido no texto da ISO 19011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 04 – Sistema de classificação usado para comparar o texto da ISO 17025 com o sistema de gestão do LMD 
 18 
02
02
4.15 - Análise crítica pela direção
Grau de conformidade 
com a ISO 17025*
TABELA COMPARATIVA - CRITÉRIOS DA DIREÇÃO
01
01
02
02
02
01
01
Não aplicável
Não aplicável
01
Não aplicável
Não aplicável
02
4.10 - Melhoria
4.11 - Ação corretiva
4.12 - Ação preventiva
4.13 - Controle de registros
4.14 - Auditorias internas
Tópico 
4.1 - Organização
4.2 - Sistema de Gestão
4.3 - Controle de documentos
4.4 - Análise crítica de pedidos, propostas e contratos
4.5 - Subcontratação de ensaios e calibrações
4.6 - Aquisição de serviços e suprimentos
4.7 - Atendimento ao cliente
4.8 - Reclamações
4.9 - Controle de trabalhos não conforme
 Como resultados foram geradas duas tabelas de comparação entre os requisitos da ISO 
17025 e o sistema de gestão do LMD. As tabelas são mostradas a seguir, uma para os requisitos da 
Direção (Tabela 05) e outra para os Requisitos Técnicos (Tabela 06). Os itens 4.4, 4.5, 4.7 e 4.8 dos 
requistos da direção foram classificados como não aplicáveis, tendo em vista que esses tópicos 
tratam de assuntos relacionados a laboratórios que prestam serviços privados de ensaio e calibração, 
atividade que, nesse primeiro momento de adequação, não condiz com a realidade do Laboratório de 
Metrologia Dimensional do IFCE. 
 
 
Tabela 05 – Comparação entre os requisitos da direção da ISO 17025 e o sistema de gestão do LMD 
*Classificação feita com base na norma ISO 19011:2002 (ver Tabela 04) 
 
 É importante ressaltar que os itens 4.3 e 4.13, Controle de documentos e Controle de 
registros, respectivamente, foram os que mais se aproximaram em estar de acordo com a ISO 17025. 
Esses pontos, no entanto, estão relacionados às políticas do laboratório no que concerne à 
armazenagem de documentos, não tratando se o laboratório possui ou não todos os documentos 
relacionados a seu sistema de gestão. É necessário então uma especial atenção a esses tópicos à 
medida que o laboratório criar os documentos relacionados ao seu sistema de gestão, porque com o 
 19 
01
01
01
5.9 - Garantia da qualidade de resultados de ensaio e calibração
5.10 - Apresentação de resultados
Grau de conformidade 
com a ISO 17025*
Não aplicável
02
02
01
02
015.4 - Métodos de ensaio e calibração e validação de métodos
5.5 - Equipamentos
5.6 - Rastreabilidade de medição
5.7 - Amostragem
5.8 - Manuseio de itens de ensaio e calibração
5.1 - Generalidades
5.2 - Pessoal
02
5.3 - Acomodações e condições ambientais
TABELA COMPARATIVA - REQUISITOS TÉCNICOS
Tópico 
aumento de volume de documentos será necessário um sistema mais rigoroso e preciso para o 
respectivo controle desses documentos. 
 
Tabela 06 - Comparação entre os requisitos técnicos da ISO 17025 e o sistema de gestão do LMD 
*Classificação feita com base na norma ISO 19011:2002 (ver Tabela 04) 
 
 O item 5.1 foi classificado como não aplicável porque ele trata de generalidades sobre os 
fatores técnicos que comprometem o resultado de um ensaio e/ou calibração, não possuindo nenhum 
parágrafo normativo propriamente dito. Os demais itens foram classificados de acordo com a 
realidade encontrada no laboratório em estudo. 
 Os gráficos 01 e 02 mostrados a seguir ilustram com mais clareza a real situação do sistema 
de gestão do laboratório em estudo com os requisitos estabelecidos na ISO 17025. Para os dois 
gráficos os valores foram calculados apenas com relação à quantidade de itens que são aplicáveis ao 
escopo de atividades do LMD. Tanto para os requisitos da direção como para os requisitos técnicos 
não foram encontrados pontos com grau de conformidade 03. 
 
 
Gráfico 01 – Porcentagem dos requisitos da direção em conformidade com a norma ISO 17025 
45% 55% 
Requisitos da Direção 
Porcent. de itens do 
laboratório com grau 
de conformidade 01 
Porcent. de itens do 
laboratório com grau 
de conformidade 02 
Porcent. de itens do 
laboratório com grau 
de conformidade 03 
 20 
 
 
 
Gráfico 02 – Porcentagem dos requisitos técnicos em conformidade com a norma ISO 17025 
 
 Vale ressaltar que o número de subitens para cada item da norma não é o mesmo, o que 
implica que alguns itens, como o item 4.2 – Sistema de Gestão e o item 5.4 – Métodos de ensaio ecalibração e validação de métodos, possuem uma quantidade maior de princípios normativos. 
 
6. Conclusão 
 
 A partir dos resultados mostrados pode-se concluir que o Laboratório de Metrologia 
Dimensional do Departamento da Indústria do IFCE possui um sistema de gestão ainda em 
desenvolvimento, carecendo de políticas de gestão e qualidade, além de procedimentos 
operacionais, tanto administrativos quanto técnicos, estruturados e protocolados. 
 É importante ressaltar a capacidade constatada de o laboratório em estudo se tornar um 
padrão de referência em calibração e medição. Foi verificado durante a pesquisa que o ambiente 
físico do LMD, seu pessoal técnico e seus equipamentos não estão distantes daquilo que é 
estabelecido como padrão pelo texto normativo da ISO 17025. Faz-se necessário apenas uma 
adequada estruturação de gestão técnica e administrativa. 
 
Agradecimentos 
 
 Agradeço primeiramente a Deus, que tem me sustentado ao longo dos anos e a quem atribuo 
o pouco conhecimento que tenho sobre a vida e a realidade das coisas. 
Aos meus pais e família, por todo o amor e apoio, sem eles eu não conseguiria ter chegado 
até aqui. 
À querida amiga e auditora interna da norma em estudo, Mayara Povoa. Sua paciência em 
tirar minhas dúvidas e sua disponibilidade em corrigir partes desta obra foi de grande importância 
para o resultado final. 
Ao Prof. Rilke Linhares, coordenador do Laboratório de Metrologia Dimensional do IFCE e 
orientador desta pesquisa, por sua abertura e disponibilidade. 
Ao Instituto Federal do Ceará, por mais essa oportunidade de crescimento pessoal e 
profissional. 
Aos amigos Elias e Joemy, pelo incentivo para a elaboração desse trabalho, e a todos os 
outros que de alguma forma me ajudaram na concretização desta tarefa, muito obrigado! 
 
 
 
 
56% 
44% 
Requisitos Técnicos 
Porcent. de itens do 
laboratório com grau de 
conformidade 01 
Porcent. de itens do 
laboratório com grau de 
conformidade 02 
Porcent. de itens do 
laboratório com grau de 
conformidade 03 
 21 
Referências 
 
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Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração. ABNT, 2005. 
 
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 9001:2000: Sistemas 
de Gestão da Qualidade – Requisitos. ABNT, 2008. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 19011:2002 - 
Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental. ABNT, 2002. 
 
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Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, 2017. 
 
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