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Poder familiar
Introdução
a.1) Historico – pátrio poder
- igualdade entre pai e mãe
OBS: a doutrina reconhece a imprecisão terminológica do instituto, ou seja, o termo que sugere indevida ampliação de sua titularidade uma vez que se restringe aos genitores.
 Autoridade Parental
Poder dever:
Obrigações ( deveres)
Faculdade ( direitos)
OBS: Maria Helena Diniz
“ É o conjunto de direitos e deveres exercidos pelos pais em igualdade de condições, quanto a pessoa e aos bens de seus filhos menores não emancipados, a fim de que possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe em vista do melhor interesse da infância e juventude.”
OBS: contudo da autoridade parental compreende o interesse em sentido amplo dos filhos.
características
b.1) irrenunciável – indisponível
b.2 indelegável – intransferível
Imprescritível
OBS¹: o não exercício, não se confunde com o abandono. O não reconhecimento de filiação. Art. 1.630 CC- poder familiar
OBS²: A CF 227 e 229
Com característica em que pese a doutrina, o poder familiar tem acento constitucional, mesmo com severas criticas por parte dos constitucionalistas.
Direito assistencial no direito de família, compreende os institutos como o poder familiar, a tutela e a curatela.
OBS³: art 224-CP: Crime de abandono, repercussão criminal da inobservância do poder familiar, seguindo-se a regra geral do direito penal, pune-se apenas condutas dolosas.
Titularidade – pai e mãe.
Artigos 1.630
1.633 – poder exclusivo da mãe.
Direito de convivência.
Conteúdo do poder familiar – 1.634
OBS: trata-se de rol exemplificativo, uma vez que a atenção ao melhor interesse dos filhos, não permite ao legislador cuidas de todas as hipóteses.
OBS²: os incisos do art 1.634 se comunicam com o art. 22 do ECA.
Item 1) conteúdo de ordem pessoal ( quanto a pessoa dos filhos)
Criação e educação ( I)
Consentimento para exercício de direito ( III,IV, V), falar em seu nome ou emprestar validade ( VII) e perante terceiros ( II e VIII)
Inciso VI, no exercício do poder familiar é admitida a nomeação de sucessor para o exercício de tutela, resguardando-se interesse ulterior dos filhos nas situações de morte ou impossibilidade de exercício desde que inexistente ou impossibilidade o genitor.
d-2) Quanto aos bens: trata-se de administração legal, inerente a defesa dos interesse dos filhos, na forma do art 1.689 CC, gerando para os pais o usufruto dos bens dos filhos de sua autoridade e a responsabilização perante terceiros, inclusive ao FISCO ( tributário), e o dever de prestar contas que pode ser exigido pela parte e pelo MP.
Suspensão e extinção do poder familiar
e.1) Suspensão – art 1.637 do CC ( judicial) - 12.318/10
Notadamente em caráter cautelar, verificada em medidas liminares, cujo pleito definitivo poderá ser a destituição do poder familiar, o afastamento do exercício do poder familiar mostra-se necessário, especialmente em situações de risco, quando seja por abuso ou negligencia, em decisão fundamentada o juiz impede a continuidade de tal situação.
O pedido poderá ser feito pelo MP ou interessado ( partes adotantes), o fundamento em regra, envolve profissionais multidisciplinados, bem como agente públicos envolvidos, como o caso de conselheiros tutelares, psicólogos...
OBS: A função do curador de interesse do infante cabe ao MP, segundo entendimento do STJ, afastando-se assim a defensoria publica de ter função
LEI 12.318/10 – lei da alienação parental – trata-se de norma jurídica que firma como infração a conduta daquele que tem a guarda, a autoridade parental ou vigilância, que induz ou instiga sentimentos de repudio em relação a um de seus genitores, afetando-se o vinculo afetivo, especialmente em sua formação psicológica.
Em situação de alienação parental,cabe medida de ação cautelar.
e.2) Extinção não judicial natural- Morte e maioridade.
Emancipação ( voluntario) 
Consentimento para casar – casou, emancipou! – artigo 1.634
OBS: não judicial. Art 5º cc
Hipotese de judicial – apenas com o transito em julgado estabelece procedimento.
Art 155, 156, 157, 158 – citação e resposta.
Prazo Maximo de 120 dias.
Restituição – 155 a 163 ECA
Adoção CC- 1.618 e 1.619 e 39 ao 52 do ECA.
Decisão criminal – 23,§ 2º ECA.
GUARDA
Introdução – considera-se como expressão básica do poder familiar, vinculando-se ao guardião as responsabilidade inerentes ao exercício de criar, proteger e educar aquele que encontra-se sob sua atribuição.
Modalidade – 1.583 a 1.590
A legislação traz duas modalidades de acordo com a doutrina
Lei CC – unilateral – pai ou mãe
 Doutrina – compartilhada – REGRA
E alternada de nidação 
Guarda compartilhada
De acordo com a doutrina, o compartilhamento da guarda deve ser flexível de acordo com as peculiaridades de cada caso sem afetar diretamente o direito de coabitação e alimentos.
Adoção
Evolução histórica
Antiguidade- a finalidade da adoção inicialmente tem caráter patrimonial, especialmente voltada a preservação de patrimônio familiar, quando a inserção de novo membro a família expõe o continuísmo pela ausência de filhos.
Brasil-
b.1) ordenação – filipinas, manuelinas, afonsinas
b.2) lei 20/10/1823
b.3) cc 1916 – no mínimo o adotante deveria ter 50 e não podia ter filhos.
b.4) Lei 3.130/1957 – idade diminuiu para 30 anos e podia ter filhos. Deve haver uma idade de 16 anos entre o adotante e o adotado.
b.5) código dos menores
B.6) CF/88 – 227,§6º - o § 6º do art 227, trouxe ao Maximo patamar normativo a proteção aos adotados, impondo tratamento idêntico aos filhos naturais.
b.7) ECA- 8.069/90- O ECA inicialmente dispõe apenas de adoção de criança e adolescente. Os adotados maiores continuavam regidos pelo CC – idade para adotar caiu para 21 anos.
b.8) cc/02 e lei 12.010/09- Com a redução de idade para capacidade plena do adotante – 18 anos.
OBS sobre a lei 12.010/09 – o CC teve alterações significativas promovidas por esta lei, em especial a unificação implícita de procedimentos para maiores ou menores no ECA.
Conceito – Ato Juridico excepcional, por meio do qual uma pessoa ou duas, observado preceito legal, confere a outra condição de filho.
Art 39, § 1º ECA
Caracteristicas
Judicial- art 47 do ECA – inicio – sentença constitutiva, não se adota por escritura publica.
OBS: com exceção da adoção internacional, recursos interpostos contra sentença deverá ter efeito apenas devolutivo, observando-se o § 7º do art 47
OBS: Desta forma, efeitos secundários como a guarda provisória em favor do adotante é preservada mesmo se recorrida à sentença 
Excepcional- sempre foi excepcional. LEI 12.010/09 reconheceu a excepcionalidade
Família por extensão- verifica-se todos os parentes possíveis antes de colocar para adoção.
A lei 12.010/09 – inovou trazendo a família ampliada ou extensa, sendo esta considerada a partir de parente fora do vinculo de filiação. Por exemplo: avós, tios primos...
Deve-se observar inclusive nos casos de adoção internacional a existência de interessados cadastrados, os brasileiros residentes no exterior, sendo aqueles dentro do instituto de adoção,sua excepcional expressão.
Delimitação do adotante
Há requisitos para adotar:
- art 40 ECA
* 18 anos
* adoção individual
* adoção conjunta
* adoção unilateral – padrasto ou madrasta adota o filho natural do seu companheiro.
A adoção unilateral é reconhecida quando o adotante pleiteia tornar seu filho, aquele consanguíneo de seu cônjuge ou companheiro. 
OBS: o rompimento do vinculo de parentesco com os familiares do genitor biológico “ substituído” é efeito sensível à critica doutrinaria, merecendo cuidados à luz do maior interesse do adotando.
OBS²: o art 48 estabelece o direito subjetivo de o adotante ter acesso ao procedimento de adoção para a satisfação de interesses voltados à sua genealogia.
Adoção conjunta: art 42,§ 2º - indispensável a comprovação de estabilidade familiar. A identificação de entidade familiar pelo § 2º exige a proteçãoisonômica de todas as entidades familiares, inclusive a homoafetiva.
OBS: ainda que desfeita a sociedade conjugal, o ECA permite a adoção em seu § 4º do art 42, devendo ser ponderada a condição de prévio acordo sobre a guarda e visitas.
A guarda compartilhada é destacada no § 5º como medida a ser firmada
A exigência etária ( 18 anos) deve ser satisfeita ao menos por um dos interessados.
O prodigo em tese pode adotar se maiores de idade, porem o que é levado em conta é o maior interesse do adotando.
O prodigo segunda a doutrina, não pode adotar em razão de presumível contrariedade aos principios que orientam o ECA, como o caso do melhor interesse, prioridade absoluta e proteção integral.
O § 6º do art 42, a adoção pode ser deferida se o adotante falecer durante o processo ( antes da sentença) 
No caso do falecido a constituição do vinculo parental, será retroativa à data do óbito ( ou abertura as sucessão).
Consentimento ( pais presentes) – art 45 – o adotando a partir dos 12 anos deve ser ouvido.
Efeitos
Rompimento do vinculo – rompimento de vinculo original. Destitui todo o vinculo familiar.
Art 41 ECA
Exceção dos vínculos matrimoniais,que permanecem.
Irrevogabilidade – art 48- A manifestação de interesse confirmada por sentença transitada em julgado, recebe a imutabilidade própria da coisa julgada, admitindo-se somente sua extinção em caráter não voluntario como os casos de perda do poder familiar.
Repercussão do registro civil – art 47, § 5º - bem como os demais §§ -pode mudar o pré nome.
Repercussão na nacionalidade – não perde a nacionalidade pela adoção.
Efeitos patrimoniais- Direitos sucessórios recíprocos nos termos do art 41,§ 2º do ECA, devendo-se observar a ordem de vocação hereditária.
OBS: a relação patrimonial cessa-se com o rompimento do vinculo em relação à família original.
Adoção Internacional – art 46,§ 4º
Art 51, caput – ECA e art 52.
Caracterizado pelo domicilio dos interessados em adotar a medida somente será admitida observando-se rigorosamente as exigências internalizadas nos arts. 51 e 52 do Eca, inclusive em relação aos cadastros a serem mantidos pelo juízo da infância e órgãos federais e estaduais que compõe o sistema de proteção da criança e adolescente.
TUTELA
“Tutela é um instituto de caráter assistencial, que tem por escopo substituir o poder familiar.
Protege o menor não emancipado e seus bens se seus pais faleceram, declarados ausentes ou suspensos/destituídos do poder familiar”.
 - Maria Helena Diniz.
Noções gerais – 1.728 CC , 36 e SS do ECA.
O caráter assistencialista compreende não apenas orientação, m as especialmente o sustento de necessidades básicas do tutelado em caráter material ( moradia, alimentos, vestuários, etc) quanto imateriais ( educação e proteção a sua dignidade) substituindo assim a titularidade de poder familiar. Verificada não se fala de tutela em menor emancipado.
OBS: trata-se de múnus público ( função exercida por um particular, cujo interesse público sobressai em especial no exercício do poder familiar ( gestão do patrimônio do tutelado)
Não corre prescrição entre tutor e tutelado – art 932,II CC ( responsabilização)
Art 197,III CC- não corre prescrição entre tutelado e tutor durante a tutela.
Objetivo – Proteger o incapaz, menor de idade de forma ampla, estabelecendo autoridade parental quando ausente.
Fundamento :
1º Garantia do melhor interesse do tutelado.
2º mera ausência do poder familiar
Essa ordem deve ser observada.
Classificação
3 classes de tutores
Tutor testamentário- Preferencia sobre os demais –ele é escolhido POR UM OU AMBOS separadamente para exercer tal função.
Quem tem o poder familiar suspenso, o ato é nulo.
Art 1729 CC
O enunciado 528 da 5ª jornada de Direito Civil equipara o codicilo ( manifestação de ultima vontade sobre bens e despesas de menor vulto) ao documento autentico apto para nomear tutor.
Outros instrumentos públicos também poderão nomear tutto, sendo observada a apreciação judicial.
Na modalidade escolhida por testamento o art 1.863 do CC proíbe testamento conjuntivo.
Tutor legitimo- art 1.731 CC – natureza subsidiaria à forma anterior
Parente consanguíneo – o mais próximo.
Parentes colaterais- o mais proximo.
Dentre a vocação preferencial firmada pelos incisos do art 1731 do CC, o juiz atenta ao melhor interesse do tutelado, poderá flexibilizar a ordem de preferência.
Tutor dativo- 1.732 do CC – na ausência de tutor testamentário ou tutor legitimo.
É a 3ª classe subsidiaria de tutela, cujo requisito a ser observado pelo juiz é a idoneidade e a residência do tutelado ( melhor interesse do tutelado)
OBS: o magistrado que deixar de nomear tutor ou nomeando fora da oportunidade de vida, arcará pessoalmente com as responsabilidade de prejuízo sofridos do tutelado.
DATIVO não é poder do magistrado é um dever! – 1.744, I, CC)
Tutor irregular ou “ à brasileira”
OBS: toda tutela é estabelecida judicialmente. Nas situações onde crianças ou adolescentes são criados de forma irregular, formalmente não se fala em tutela. Contudo, parte da doutrina denomina irregular ou “à brasileira”, cujos efeitos serão reconhecidos na forma de regularização de guarda ou adoção, restringindo-se ao período de convivência prévia.
OBS: a tutela irregular deve ser continuamente combatida por órgãos da criança, como o conselho tutelar, MP e especialmente escolas infanto juvenis.
Das partes
Dos tutelados – menores de 18 anos, não emancipados
Dos tutores- toda pessoa idônea que não ostente impedimentos ao exercício da tutela nos termos do art. 1735 do CC
- aqueles sem capacidade plena ( inciso I), aqueles que apresentem conflitos de interesse com o tutelado ( inciso II e III) e os que tiverem condenação ou que fracassaram neste mister, ou exerçam função incompatível ( incisos, IV, V e VI)
Recursos admitidos ( excusas dos tutores) 1.736 do CC
São hipóteses que justifique o declínio da nomeação ao exercício da função
- constitucionalidade duvidosa dada à isonomia de gênero, estabelecida no inciso I do art 5º da CF
Pro-tutela- para efeito de fiscalização da gestão do patrimônio do tutelado, o juiz pode tutelar um pro-tutor, cuja função é fiscalizatoria.
OBS: embora não seja parte, o MP deve atuar em todas as fases na defesa do interesse do tutelado.
Atribuições – cuidar, zelar, educar, socorrer, usufruir...
Atuação independente ou autônoma.
OBS: o tutelado a partir dos 12 anos deve ser ouvido ( se não for ouvido, poderá ser anulado)
OBS: decisões sem caráter patrimonial.
Atuação dependente de autorização – 1.748 do CC
OBS: a autorização judicial visa ampliar a blindagem protetiva do patrimônio do tutelado, impondo-se avaliação judicial e posterior alvará de realização do ato.
OBS: a autorização pode ser posterior ao negocio jurídico.
Atuação vedada – art 1.749 CC- o tutor não pode dilapidar os bens do tutelado.
P.S – bens imóveis regas especificas no art 1.750, havendo requisitos a serem observados pelo juiz.
7) Responsabilidades – Dever de prestação de contas, ao corre prescrição, responsabilidade subjetiva. Art 1.752 CC
Responsabilidade com relação à terceiros- aplica-se a regra do art 932 e 933
Responsabilidade afetiva com direito a ação regressiva por parte do tutelado em relação ao autor.
CURATELA
Noções gerais
“curatela tem por objetivo proteger a pessoa padecente de alguma incapacidade ou de certa circunstância que impeça a sua livre manifestação de vontade, resguardando –se com isso, também o seu patrimonio, como se dá na linha da curatela dos bens de ausentes, disciplinada nos arts. 22 à 25 do CC.
A pessoa padecente de alguma incapacidade.
OBS: o curatelado ao deixar a mera condição de interditado, teve o reconhecimento jurídico de proteção de seu interesse direto, havendo a necessidade de se ponderar o melhor interesse individual, sobrepondo-se à convivência do curador e/ou família. Titularizando-se portanto sua manifestação de vontade mesmo por meio de curatela ou tomadade decisão apoiada.
Conflito “aparente” de normas.
Código civil 2002 – 1.767 a 1.783.
Convenção internacional da pessoa com deficiência – decreto 6949/09- OBS: nos termos do § 3º do art 5º da CF, o referido tratado observou o rito qualificado ( 3/5 em dois turnos) de inserção de normas convencionais no ordenamento jurídico, ostentando natureza de norma constitucional,blindada por clausula pétrea. ( CF 60, § 4º, IV)
( Hierarquia, especialidade, cronologia)
Novo código de processo civil – 13.105/15 – conflito procedimental
Lei brasileira de inclusão. Ou estatuto da pessoa com deficiência – 13.146/15
OBS: a doutrina procura a melhor solução que harmonize o procedimento judicial da interdição e os avanços do estatuto da pessoa com deficiência.
Sujeitos – curador e curatelado.
Curador – nomeação judicial cujo vigor tem natureza processual.
Curatelado- restringindo-se à curatela de direito de família – Toda pessoa padecente de incapacidade ou de certa circunstância que impeça sua livre manifestação de vontade.
Art 1768 do CC – I,III e IV ( sempre maiores de idade)
1779- o nascituro na hipótese do art 1779 e P.U poderá ser curatelado se falecido o pai e gestante não ter poder familiar ( curatela estendida ou prorrogada) - pode ser questão de prova.
Objetivo – É proteger a pessoa padecente de alguma incapacidade ou de certa circustancia que impeça a sua livre manifestação de vontade, resguardando também o seu patrimonio.
3.1) principios : a convenção de pessoa com deficiência, impõe a adoção de principios humanizadores, afastando-se definitivamente a “coisificação” do curatelado.
a) maior protagonismo do interditado. Garantir oportunidade para o exercício de interesse subjetivo e vontade nos aos civis.
b) proporcionalidade entre as medidas restritivas e a autonomia – afastando-se da “morte civil” a interdição deve pautar-se na menor intervenção de autonomia do curatelado, restringindo-se ao necessário para o ato.
c) continuo acompanhamento – a curatela deve ser fiscalizada e prestações de contas exigidas.
d) temporalidade – com a capacidade jurídica reconhecida, a curatela não é perpetua, reservando-se para os atos civis inerentes.
Estabelecimento da curatela- 747 ao 764 NCPC C/C 1768 ao 1783 do CC. Sujeitos ao exame de vigência/revogação.
Observa-se o devido processo judicial com intervenção obrigatória do MP e provimento judicial especifico.
4.1) Legitimidade ativa: art1.78 do CC C/C 747 NCPC, cujo rol de legitimados difere-se apenas pelo próprio interessado em ser curatelado ( IV,acrescentado pela lei 13.146/15 no art 1768 do CC)
OBS: legitimação da própria pessoa vai ao encontro dos principios humanizados, estabelecidos pela convenção internacional de pessoa com deficiência, reconhecendo relativamente autonomia em busca de maior proteção pessoal ou patrimonial.
OBS²:MP, NCPC E CC 1769 – onde se verifica sua natureza subsidiária ( na ausência dos demais legitimados) e em caso de doença mental grave ( interdição total)
4.2) Provimento judicial – art 751 e 755 do NCPC
OBS: a primeira audiência de entrevista permite maior cognição do magistrado que não fica limitado aos termos da inicial, permitindo assim, necessário detalhamento da intervenção.
Existe o contraditório – 752 do NCPC.
OBS: A instrução probatória é ampla a critério do juiz, das partes e do MP que oficiará, sendo admitido pericia, bem como a oitiva de equipe multidisciplinar que visitará o interditando.
4.3) Indicação do curador- a nomeação se dará por sentença judicial,nos termos do art 755 do NCPC, prevalecendo aquele que melhor possa atender os interesses do curatelado, sendo fixado limites,segundo as características pessoais e desenvolvimento mental do interdito.
OBS: A sentença de nomeação é meramente declaratória segundo doutrina majoritária, havendo assim mero reconhecimento de situação pré-existente.
4.4) Inexistência de transito em julgado da interdição: por força do art 756 do NCPC a interdição poderá ser revista, tenso seus efeitos cessados total ou parcialmente, sem que haja óbice temporal da coisa julgada.
OBS: art. 1777 autoriza o levantamento da interdição ( extinção)
Tomada de decisão apoiada – art 1783-A
5.1) Noções- trata-se de inovação do estatuto de pessoa com deficiência que estabelece meio para pessoa com deficiência obtenha informações e elementos, de 2 pessoas escolhidas de sua confiança para exercer sua capacidade.
5.2) Caracteristicas- procedimento judicializado com participação obrigatória do MP e com regras subsidiárias referentes a prestação de contas da curatela.
OBS: A formalização do procedimento requer termo de compromisso, com limites para os apoiadores, em caso de negocio jurídico de risco ou prejuízo relevante, deverá ser ouvido o MP na hipótese de divergência entre o autor ( pessoa apoiada) e os apoiadores.
5.3) Procedimento – a validação judicial além de observar o rito, devem respeitar tanto a autonomia da pessoa apoiada, que pode findar o procedimento, quanto dos apoiadores, que podem declinar da sua função. Concluida por meio de homologação, reconhece-se a natureza de jurisdição voluntária.
Alimentos
Noções gerais- Tratasse de relação jurídica, fundada na solidariedade, visando a satisfação de necessidades, presumidas ou não , a fim de garantir o mínimo existencial e digno.
 Tipos:
Alimentos de direitos de família
Alimentos indenizatórios, compensatório, laborais, etc- Excluem-se do nosso objeto de estudo.
Nomenclatura- 
Alimentos provisionais- de acordo com a doutrina, trata-se de expressão ultrapassada, esclarecendo apenas que possuía natureza cautelar e foi descartada pelo NCPC. – alimentos provisórios.
Alimentos definitivos – Expressão de contra parte à anterior, todavia criticado pela doutrina, uma vez que seu objeto não faz coisa julgada material, sendo possível sua revisão sempre que haver modificação fática dos critérios adotados.
2- Expressão de “solidariedade” familiar
2.1- art 1º, III – fundamentos – dignidade
 Art. 3º - objetivo – solidariedade
 Art. 6º
 Art. 226 e 229 
 Art. 5º LXVIII – possibilidade por divida de alimentos.
2.2) Princípios-
1º) principio da garantia do mínimo existencial
2º) Principio da eticidade
3º Principio da boa-fé objetiva
OBS: De acordo com a doutrina, a solidariedade familiar impõe comportamento ético necessário para a eficácia horizontal do Direito à vida, firmado no art 5º e exigível entre aqueles com vínculos familiares, sendo recíproca.
3- Natureza jurídica- 
3.1 Direito de Personalidade – Doutrina Majoritária defende que os alimentos derivam do Direito à vida, não se prestando para fins patrimoniais como garantia de divida de negociação futura e disponibilidade perante terceiros. – Maria Berenice Dias – Nelson Rosenvald.
3.2- Direito ESPECIAL patrimonial com finalidade pessoal- Segundo doutrina clássica, apesar de limitada, mantinha-se sua natureza patrimonial.
4- Especies:
Alimentos naturais – “necessarium Vitae” ( seria o mínimo)
Alimentos civis – “ necessarium personae”- ( mais amplo)
OBS: A previsão § 2º do art 1.694, por indicar “culpa” do rompimento conjugal típico da separação judicial, não está recepcionada pela nova redação do §6º do art 226 da CF. O art 1.704 e seu P.Ú encontram-se em idêntica situação, sendo norma especifica.
5- Pressupostos
5.1- Vinculo ou fato gerador da obrigação de alimento
a) autoridade parental – entre pais e filhos, presunção legal de necessidade do alimentando, incapacidade do alimentando- com 18 anos acaba a autoridade parental e entra a relação de parentesco.
b) Relação de parentesco – vinculo familiar de assistência, deve-se fazer prova efetiva da necessidade, o estudo até a graduação, sinaliza necessidade quando entre pais e filhos.
c) mutua assistência – entre cônjuges ou companheiros, prestação de ordem TEMPORÁRIA independentemente das condições das partes.
5.2) Critério arbitramento.
Binômio – necessidade de alimentos, possibilidade do alimentante.
Trinômio-Necessidade do alimentando, possibilidade do alimentante e razoabilidade para a preservação da condição social.
características 
Personalíssimo – intransmissível
a.1) alimentando ( credor)
a.2) alimentante – no caso de morte, fica dentro das forças de herança. Pode recorrer aos avós.
Crédito alimentício ≠ direito aos alimentos.
Irrenunciável – indisponível do direito – 1.707 
OBS: nas hipóteses alimentos fundados na mutua assistência, a pretensão restringe-se a existência de entidade familiar, cuja dissolução impede tal pretensão. Assim divórcios ou dissoluções de união estável sem imediata fixação de alimentos, impede posterior pretensão, gerando idênticos efeitos das clausulas de renuncia.
Impenhorável – NCPC – 833 e incisos.
Imprescritível- 1.797 – o não exercício do direito aos alimentos por si só não extingue a pretensão.
OBS: o credito alimentício que vem a ser materializado pela execução de alimentos, sujeita-se ao prazo prescricional de 2 anos – art 206,§ 2º CC que deverá observar as situações cabíveis do art 197 e 198 do CC
Há prescrições a partir dos 16 anos.
Irrepetivel – Qualquer excesso não gera ao devedor o direito ao ressarcimento do valor excedente.
Atualidade – pela natureza do direito, presume-se a necessidade premente dos alimentos, ou seja, contemporânea ao pedido – Divida mais recente tem prioridade.
f.1) coação pessoal – incidente nos creditos mais recentes, impondo-se prisão civil a dividas de até 3 meses e todas as que vencerem no decorrer do processo,nos termos da sumula 309 do STJ.
OBS: a prisão civil poderá ser fixada de 30 a 90 dias, de acordo com a reincidência, sendo automaticamente posto em liberdade e o credito convertido para coação patrimonial, vencido o período de segregação ( prisão) – não pode recair prisão novamente por isso.
f.2) coação patrimonial – utilizado para creditos anteriores aos últimos 3 meses, seguindo o rito comum de execução, ou seja, direcionado aos bens do devedor. O STJ admite a positivação do devedor no rol de inadimplentes ( SPC/SERASA), como meio legitimo para compelir o adimplemento da obrigação.
Meios de satisfação – 
Objeto dos alimentos.
Pecuniário – deve ser fixada EM REGRA em dinheiro, em exceção pode ser em outra natureza. INDEXADA AO SALÁRIO MINIMO E ATUALIZADO JUNTO A ESTE.
Bens in natura
Bens gravídicos – Nova espécie de alimento fixado pela lei 11.804/08 – alimentos direcionados à gestando, tutelando o interesse do nascituro, assim titulariza a grávida, para buscar suporte financeiro para a gestação, compreendendo alimentos especiais ( dieta especifica) e despesas com exames, tratamento e acompanhamento medico e psicológico.
OBS: O Deferimento liminar depende de provas e a decisão concessiva será convertida em alimentos “ comuns” após o nascimento até posterior revisão. – o pai pode pedir indenização se não for realmente o pai.
Pode iniciar o processo contra 2 supostos pais,mas apenas um irá pagar.
BENS DE FAMÍLIA- inalienabilidade do imóvel da família.Trata-se de condição especial à imóvel que o torna inalienável ou impenhorável, resguardadas pontuais execuções.
Modalidades-
Legais – lei 8.008/90 – independe de manifestação de vontade.
OBS: O STJ ampliou para solteiros e solitários a condição de proprietários de bem de família, ou seja,alargou-se o sentido da expressão família.
OBS²: Atente-se para as exceções do art 2º da lei 8.009/90, notadamente dividas vinculadas ao imóvel como tributárias, previdenciárias.
Convencionais – 1.711 até 1.722- Ato voluntário de proteção de bens de família regido integralmente pelo CC.

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