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Dados da doença renal crônicas

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Dados da doença renal crônicas
O que é Insuficiência renal crônica?
A insuficiência renal crônica, também chamada de doença renal crônica, é a perda lenta do funcionamento dos rins, cuja principal função é remover os resíduos e o excesso de água do organismo.
Causas
A insuficiência renal crônica ocorre quando uma doença ou outra condição de saúde prejudica a função renal, causando danos aos rins – que tendem a agravar-se ao longo de vários meses e até mesmo anos.
Doenças e condições que geralmente causam a doença renal crônica incluem:
Diabetes dos tipos 1 e 2
Hipertensão
Glomerulonefrite, que é a inflamação dos glomérulos, unidades funcionais dos rins, onde ocorre a filtragem do sangue
Nefrite intersticial
Doença do rim policístico e outras doenças congênitas que afetam os rins
Obstrução prolongada do trato urinário, que acontece graças a condições específicas, como a hiperplasia prostática, pedras nos rins e alguns tipos de câncer
Refluxo vesicoureteral
Infecção renal recorrente, também chamada de pielonefrite
Doenças autoimunes
Lesão ou trauma aos rins
Uso excessivo de analgésicos e outros medicamentos
Uso de algumas substâncias químicas tóxicas
Problemas nas artérias dos rins
Nefropatia de refluxo
A insuficiência renal crônica leva a um acúmulo de líquidos e resíduos no organismo. Essa doença afeta a maioria dos sistemas e funções do corpo, inclusive a produção de glóbulos vermelhos, o controle da pressão arterial, a quantidade de vitamina D e a saúde dos ossos.
Fatores de risco
Os fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver insuficiência renal crônica incluem:
Diabetes
Hipertensão
Doenças cardíacas
Fumo
Obesidade
Colesterol alto
Ser afro-americano, nativo-americano ou asiático-americano
Ter histórico familiar de doença renal
Ter 65 anos de idade ou mais
Sintomas de Insuficiência renal crônica
A doença renal crônica piora lentamente com o tempo. Nos primeiros estágios, pode ser assintomática. A perda de função, geralmente, demora meses para ocorrer. Ela pode ser tão lenta que os sintomas não aparecem até que o funcionamento dos rins seja menor que um décimo do normal. Ou seja, quando a pessoa perceber, ela já costuma estar com o funcionamento dos rins completamente comprometido.
Os primeiros sintomas da insuficiência renal crônica, em geral, também ocorrem com frequência em outras doenças e podem ser os únicos sinais da insuficiência renal até que ela esteja em estágio avançado.
Os sintomas podem incluir:
Malestar geral e fadiga
Coceira generalizada (prurido) e pele seca
Dores de cabeça
Perda de peso não intencional
Perda de apetite
Náuseas
Outros sintomas podem aparecer, principalmente quando o funcionamento dos rins piora, incluem:
Pele anormalmente clara ou escura
Dor nos ossos
Sonolência e confusão
Dificuldade de concentração e raciocínio
Dormência nas mãos, pés e outras áreas do corpo
Espasmos musculares ou cãibras
Mau hálito
Fácil aparição de hematomas, hemorragia ou sangue nas fezes
Sede excessiva
Soluços frequentes
Baixo nível de interesse sexual e impotência
Interrupção do período menstrual (amenorreia)
Distúrbios do sono, como insônia, síndrome das pernas irrequietas eapneia noturna
Inchaço de mãos e pernas (edema)
Vômitos, normalmente pela manhã
Buscando ajuda médica
Procure ajuda médica se você apresentar quaisquer sinais ou sintomas de insuficiência renal crônica.
Se você tiver uma condição médica que aumenta o risco de doença renal crônica, o médico deverá fazer monitoramento constante da pressão arterial e da função renal por meio de exames de sangue e de urina, que deverão ser feitos com regularidade, bem como as consultas, que devem obedecer a uma periodicidade.
Na consulta médica
Marque uma consulta com um nefrologista, que é o médico especialista em rins. No consultório, descreva todos os seus sintomas e procure esclarecer todas as suas dúvidas também. Responda adequadamente às perguntas que o médico poderá lhe fazer. Vejas exemplos:
Quando os sintomas começaram?
Seus sintomas são frequentes ou ocasionais?
Qual a intensidade de seus sintomas?
Você tomou alguma medida para aliviar os sintomas? Qual? Funcionou?
Diagnóstico de Insuficiência renal crônica
A hipertensão está quase sempre presente durante todos os estágios da doença renal. Um exame neurológico pode mostrar sinais de dano nervoso. O médico pode escutar, com a ajuda de um estetoscópio, ruídos anormais no coração ou nos pulmões.
O exame de urina pode, ainda, mostrar proteínas ou outras alterações. Essas alterações podem aparecer de seis meses a dez anos ou mais, antes do aparecimento dos sintomas.
Os exames que verificam o funcionamento dos rins abrangem:
Níveis de creatinina
BUN (nitrogênio ureico no sangue)
Depuração de creatinina
A insuficiência renal crônica altera os resultados de vários exames. Cada paciente necessita verificar os níveis de alguns sais e minerais presentes no sangue regularmente, com a frequência de dois a três meses aproximadamente, com a realização de um hemograma completo e de um exame para checagem decolesterol. Veja as substâncias cujos níveis essa doença costuma prejudicar:
Potássio
Sódio
Albumina
Fósforo
Cálcio
Magnésio
Eletrólitos
As possíveis causas da insuficiência renal crônica podem ser identificadas em:
Tomografia computadorizada abdominal
Ressonância magnética abdominal
Ultrassom abdominal
Ultrassom renal
O médico pode, ainda, retirar uma pequena amostra do tecido que reveste os rins para análise laboratorial. Esse teste pode ajudar, também, a identificar as possíveis causas da insuficiência renal crônica.
 tratamento e cuidados
Tratamento de Insuficiência renal crônica
Controlar a pressão arterial é a chave para atrasar a maior parte dos danos causados pela insuficiência renal crônica. O objetivo desta fase do tratamento é manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg.
Outros tratamentos podem incluir:
Medicamentos especiais usados para ajudar a impedir que os níveis de fósforo no sangue fiquem muito altos
Tratamento para anemia, com adição de ferro à dieta, uso de suplementos orais de ferro, injeções intravenosas para suprir a necessidade dessa substância na corrente sanguínea e transfusões de sangue
Suplementos de cálcio e de vitamina D
Alterações na rotina e nos hábitos diários e alimentares também devem ocorrer. Aliados ao tratamento médico, essas adaptações à atual condição são essenciais para garantir a qualidade de vida do paciente.
Hemodiálise
O momento para começar a diálise depende de diferentes fatores, como os resultados dos exames de laboratório, a gravidade dos sintomas e a disposição do paciente para as sessões.
O paciente deve começar a se preparar para a diálise antes que ela seja efetivamente necessária. A preparação envolve aprender sobre a diálise e os tipos existentes, além dos procedimentos que devem ser realizados antes das sessões
O transplante de rim surge como uma das últimas opções para um paciente de insuficiência renal crônica.
Convivendo/ Prognóstico
Medidas caseiras devem ser tomadas em conjunto com o tratamento médico. Veja algumas dicas:
Não fume
Alimente-se de uma dieta com pouca gordura e colesterol
Faça exercícios leves e moderados regularmente
Tome medicamentos para reduzir o colesterol, se for necessário
Mantenha sua glicemia sob controle
Mudanças na dieta também deverão acontecer. Confira:
Limite a ingestão de líquidos
Seu médico poderá recomendar uma dieta com pouca quantidade de proteína
Pode ser necessário reduzir o sal, o potássio e outros eletrólitos também
É importante seguir uma dieta em que você possa obter calorias suficientes, principalmente se estiver perdendo peso
Complicações possíveis
Insuficiência renal crônica pode levar a complicações de saúde graves, como:
Anemia
Hemorragia gástrica ou intestinal
Dor nos ossos, nas articulações e nos músculos
Alterações da glicemia
Danos aos nervos de pernas e braços (neuropatia periférica)
Demência
Acúmulo de líquido ao redor dos pulmões (derramespleurais)
Insuficiência cardíaca congestiva
Doença arterial coronariana
Hipertensão
Pericardite
Derrame
Níveis altos de fósforo
Níveis altos de potássio
Hipertireoidismo
Maior risco de infecções
Lesões ou insuficiência hepática
Desnutrição
Abortos espontâneos e infertilidade
Convulsões
Debilidade dos ossos e maior risco de fraturas
Expectativas
Muitas pessoas somente são diagnosticadas com insuficiência renal crônica quando já perderam grande parte da função dos rins.
Não há cura para a doença renal crônica. Quando não tratada, ela normalmente evolui para falência renal terminal, que pode levar à morte. O tratamento durante toda a vida pode ajudar controlar os sintomas da doença renal crônica.
 prevenção
Prevenção
Para reduzir o risco de insuficiência renal crônica, siga algumas medidas, como essas:
Beba álcool com moderação
Faça uso moderado de medicamentos vendidos sem necessidade de prescrição médica em farmácias. O ideal é sempre consultar um médico antes de tomar qualquer tipo de medicação
Mantenha um peso saudável e pratique exercícios físicos regularmente
Não fume
Gerencie suas condições médicas com a ajuda do médico. Se você tem doenças ou condições que aumentam o risco de doença renal, converse com um especialista sobre a melhor forma de controlá-los.
Bibliografia : http://www.minhavida.com.br/saude/temas/insuficiencia-renal-cronica dia 6 de abril de 2015-04-06
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
O que é?
A insuficiência renal crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis e progressivas provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções.
O ritmo de progressão depende da doença original e de causas agravantes, como hipertensão, infecção urinária, nefrite, gota e diabete. Muitas vezes a destruição renal progride pelo desconhecimento e descuido dos portadores das doenças renais.
Em cada 5.000 pessoas uma adoece dos rins por vários tipos de doenças. Quando o rim adoece, ele não consegue realizar as tarefas para as quais foi programado, tornando-se insuficiente.
Geralmente, quando surge uma doença renal, ela ocorre nos dois rins, raramente atingindo um só. Quando o rim adoece por uma causa crônica e progressiva, a perda da função renal pode ser lenta e prolongada. Por isso, o acompanhamento médico das doenças renais é importante para prolongar o bom funcionamento do rim por muito tempo, mesmo com certos graus de insuficiência.
O rim pode perder 25%, 50% e até 75% das suas capacidades funcionais, sem causar maiores danos ao paciente. Mas, quando a perda é maior do que 75%, começam a surgir problemas de saúde devido às alterações funcionais graves e progressivas. Os exames laboratoriais tornam-se muito alterados.
As principais doenças que tornam o rim incapaz ou insuficiente são: 
	
	Hipertensão arterial severa
	
	Diabetes
	
	Infecção dos rins
	
	Nefrites
	
	Doenças hereditárias (rim com cistos)
	
	Pedras nos rins (cálculos)
	
	Obstruções
Como se reconhece a doença crônica renal?
São facilmente identificáveis os problemas clínicos que a insuficiência renal traz às pessoas: 
	
	Hipertensão arterial, de moderada a severa
	
	Anemia severa que não responde ao tratamento com sulfato ferroso
	
	Edema por todo o corpo, aumentando o peso
	
	Pele pálida (cor de palha)
	
	Fraqueza, cansaço, emagrecimento, coceira no corpo, falta de apetite Náuseas e vômitos
	
	Cheiro desagradável na boca, pelo aumento da uréia no sangue
	
	Piora da hipertensão arterial
	
	Aumento do volume de urina sempre muito clara (nunca mudando de cor)
	
	Necessidade freqüente de urinar, com tendência de maior volume à noite
	
	Nas mulheres, alterações menstruais e abortamento fácil
Como se previne?
A melhor maneira de retardar a fase final da IRC é seguir todas as recomendações médicas e evitar os fatores agravantes da lesão renal, que são: 
	
	Reagudização das glomerulonefrites e dos processos inflamatórios do rim
	
	Infecções urinárias agudas e crônicas
	
	Agravamento e descontrole da hipertensão arterial
	
	Dietas inadequadas (sal, proteína, água e potássio)
	
	Diabete descompensado
	
	Uso indiscriminado de corticóides e antinflamatórios
	
	Obstruções das vias urinárias (próstata, cálculos, tumores)
Como se trata?
A permanência no estágio crônico pode ser breve ou longa, dependendo do tipo de doença que afeta o rim, dos cuidados e orientações recebidos.
Nas fases iniciais da IRC diminuir proteínas, sal e alimentos que contenham fósforo é fundamental no tratamento dietético. Remédios para reduzir a perda de albumina na urina ajudam a preservar a função renal. O controle adequado da pressão arterial em quem tem pressão alta e do diabetes também são aspectos muito importantes no tratamento.
Se a doença continuar destruindo o rim até atingir 90% de sua atividade, os 10% restantes muito pouco poderão fazer para manter a saúde do paciente. Nesse momento, a dieta, os diuréticos, os anti-hipertensivos e outros medicamentos ajudam muito pouco. Torna-se necessário o uso da diálise e/ou o transplante renal.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Que doença atingiu o meu rim?
Qual a capacidade funcional atual do meu rim?
O que devo fazer para evitar a evolução da minha doença renal?
Quando terei que fazer hemodiálise? 
Leia Mais: Insuficiência Renal Crônica | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/insuficiencia-renal-cronica#ixzz3WY80zF7B 
(c) Copyright 2001-2014 - ABC da Saúde Informações Médicas Ltda 
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INTRODUÇÃO ÀS DOENÇAS RENAIS
O ser humano possui dois rins que têm cor vermelho-escuro e forma de um grão de feijão. Em uma pessoa adulta os rins medem 12cm cada um e pesam 130 a 170g cada um. Localizam-se nas costas um de cada lado da coluna e são protegidos pelas últimas costelas.
Passam pelo rim aproximadamente 1.200 a 2.000 litros de sangue por dia que chegam através das artérias renais. No interior dos rins, as artérias dividem-se em vasos, cada vez menores, até formarem um enovelado de vasos muito finos que constituem o glomérulo. O glomérulo é o verdadeiro filtro do rim, por onde o sangue passa e é filtrado, eliminando todas as substâncias indesejáveis através da urina. Existem aproximadamente um milhão de glomérulos em cada rim.
A urina é formada pela eliminação da água desnecessária, dos sais e outros produtos que não devem ser acumulados no nosso sangue. A quantidade diária de urina formada a partir de 1.200 a 2.000 litros de sangue que passam pelo filtro renal, é da ordem de 1,2 a 1,5 litros de urina por dia. Partindo do rim, a urina inicia a sua caminhada para o exterior, descendo pelo ureter, chegando à bexiga e saindo pela uretra. Na urina é eliminado diariamente, além da água, sódio, cálcio, fósforo, uréia, ácido úrico e inúmeros outros produtos do catabolismo do nosso organismo. O trabalho metabólico aproveita o que serve para o organismo e rejeita o que não deve ser assimilado (produto catabólico) e envia ao rim para ser eliminado por ser desnecessário.
Para que servem os rins?
Entre as muitas funções do rim salientam-se as seguintes: 
 
	1.
	  
	
	O rim é responsável pela eliminação dos resíduos tóxicos produzidos pelo nosso organismo como a uréia e o ácido úrico. É a sua função de filtração, de limpeza ou de depuração.
	2.
	  
	
	O rim controla o volume dos líquidos, portanto qualquer excesso de água no corpo é eliminado pela urina; é o chamado efeito diurético.
	3.
	  
	
	O rim exerce controle sobre os sais de nosso corpo, eliminando os seus excessos ou poupando-os nas situações de carência.
	4.
	  
	
	A partir do controle do volume (líquidos) e dos sais, ele exerce grande influência sobre a pressão arterial e venosa do nosso organismo.
	5.
	  
	
	O rim produz e secreta hormônios: a eritropoetina, a vitamina D e a renina. A eritropoetina interfere na produção dos glóbulos vermelhose a sua falta pode levar a uma anemia de difícil tratamento. A vitamina D, calciferol, controla a absorção intestinal de cálcio. E a renina, junto com a aldosterona, controla o volume dos líquidos e a pressão arterial de nosso organismo.
Como se reconhece que o rim está doente?
O rim pode ser atingido por doença de origem imunológica, inflamatória, infecciosa, neoplásica, degenerativa, congênita e hereditária.
A primeira atitude da pessoa é observar a urina, seu volume, sua cor, seu cheiro e a maneira como é eliminada (jato). O volume de urina pode estar aumentado ou diminuído. Grandes volumes diários de três a quatro litros ocorrem na diabete e podem ser a manifestação inicial de outras doenças renais. A cor pode se manifestar turva, esbranquiçada ou sanguinolenta.
O ato de urinar pode ter alterações como dor, ardência, urgência, ou urinar em pequenas quantidades em inúmeras micções diurnas ou noturnas. Pode ocorrer também a presença de inchaço nos pés, mãos e olhos. Quando o rim está inflamado, infectado ou aumentado por tumor ou obstrução ocorre dor nas costas ou flancos. Um dos sintomas iniciais de doença renal pode ser a presença freqüente de micção noturna, ou seja, a pessoa é acordada durante a noite porque está com vontade de urinar.
Quando há cálculos a dor é aguda, intensa e em cólica. Os principais fatores de risco para doença renal são: hipertensão (pressão alta), diabetes, idade acima de 60 anos, estória de doença renal na família e presença de doença cardíaca ou cardiovascular. Outros sintomas que não são específicos de doença renal, mas que podem aparecer em estágios mais avançados da doença renal crônica, quando já ocorre redução importante da função renal são: cansaço e fraqueza por anemia, falta de apetite, náuseas e vômitos.
Outros sinais que podem aparecer são a pele pálida e seca, sinais de anemia, e aumento da pressão arterial.
Caso haja suspeita que a pessoa tenha doença renal os exames iniciais são o exame de urina e a dosagem da creatinina no sangue. O exame de urina pode evidenciar perda de proteína, glicose, sangue, pus e bactérias. A creatinina é uma substância que existe no sangue e constitui um produto do metabolismo muscular, sendo razoavelmente constante. Suas taxas variam de acordo com a massa muscular do indivíduo. Quando ocorre aumento nas taxas de creatinina significa que há uma diminuição da capacidade de filtração dos rins. Outro exame simpels que pode ser realizado é a ecografia dos rins ou do abdome que pode demonstrar a presença de cálculos, sinais de obstrução das vias urinárias, alterações na forma e tamanho do rim.
As principais doenças do rim e suas características mais comuns 
 
	
	Nefrite
	
	Caracteriza-se pela presença de albumina e sangue na urina, edema e hipertensão.
	
	Infecção Urinária
	
	O paciente se queixa de dor, ardência e urgência para urinar. O volume urinado torna-se pequeno e freqüente, tanto de dia como de noite. A urina é turva e mal cheirosa podendo surgir sangue no final da micção. Nos casos em que a infecção atingiu o rim, surge febre, dor lombar e calafrios, além de ardência e urgência para urinar.
	
	Cálculo Renal
	
	A cólica renal, com dor no flanco e costas é muito característica, quase sempre com sangue na urina e em certos casos pode haver eliminação de pedras.
	
	Obstrução Urinária
	
	Ocorre quando há um impedimento da passagem da urina pelos canais urinários, por cálculos, aumento da próstata, tumores, estenoses de ureter e uretra. A ausência ou pequeno volume da urina é a queixa característica da obstrução urinária.
	
	Insuficiência Renal Aguda
	
	É causada por uma agressão repentina ao rim, por falta de sangue ou pressão para formar urina ou obstrução aguda da via urinária. A principal característica é a total ou parcial ausência de urina.
	
	Insuficiência Renal Crônica
	
	Surge quando o rim sofre a ação de uma doença que deteriora irreversivelmente a função renal, apresentando-se com retenção de uréia, anemia, hipertensão arterial, entre outros.
	
	Tumores Renais
	
	O rim pode ser acometido de tumores benignos e malignos. E as queixas são de massas palpáveis no abdômen, dor, sangue na urina e obstrução urinária.
	
	Doenças Multissistêmicas
	
	O rim pode se ver afetado por doenças reumáticas, diabete, gota, colagenoses e doenças imunológicas. Podem surgir alterações urinárias em doenças do tipo nefrite, geralmente com a presença de sangue e albumina na urina.
	
	Doenças Congênitas e Hereditárias
	
	Um exemplo dessas doenças é a presença de múltiplos cistos no rim (rim policístico).
	
	Nefropatias Tóxicas
	
	Causadas por tóxicos, agentes físicos, químicos e drogas. Caracterizam-se por manifestações nefríticas e insuficiência funcional do rim.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
O inchume nos olhos ou nas pernas sempre é indício de doença renal?
Os meus rins estão doentes porque eu urino sangue?
A infecção urinária sempre é do rim?
Tenho um parente com rim policístico. Eu posso ter essa doença também, devido ao parentesco?
A insuficiência renal atinge os dois rins?
O tratamento da insuficiência renal crônica pode melhorar os meus rins? 
Leia Mais: Introdução às Doenças Renais | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/introducao-as-doencas-renais#ixzz3WY8e60RX 
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INTRODUÇÃO ÀS DOENÇAS RENAIS
O ser humano possui dois rins que têm cor vermelho-escuro e forma de um grão de feijão. Em uma pessoa adulta os rins medem 12cm cada um e pesam 130 a 170g cada um. Localizam-se nas costas um de cada lado da coluna e são protegidos pelas últimas costelas.
Passam pelo rim aproximadamente 1.200 a 2.000 litros de sangue por dia que chegam através das artérias renais. No interior dos rins, as artérias dividem-se em vasos, cada vez menores, até formarem um enovelado de vasos muito finos que constituem o glomérulo. O glomérulo é o verdadeiro filtro do rim, por onde o sangue passa e é filtrado, eliminando todas as substâncias indesejáveis através da urina. Existem aproximadamente um milhão de glomérulos em cada rim.
A urina é formada pela eliminação da água desnecessária, dos sais e outros produtos que não devem ser acumulados no nosso sangue. A quantidade diária de urina formada a partir de 1.200 a 2.000 litros de sangue que passam pelo filtro renal, é da ordem de 1,2 a 1,5 litros de urina por dia. Partindo do rim, a urina inicia a sua caminhada para o exterior, descendo pelo ureter, chegando à bexiga e saindo pela uretra. Na urina é eliminado diariamente, além da água, sódio, cálcio, fósforo, uréia, ácido úrico e inúmeros outros produtos do catabolismo do nosso organismo. O trabalho metabólico aproveita o que serve para o organismo e rejeita o que não deve ser assimilado (produto catabólico) e envia ao rim para ser eliminado por ser desnecessário.
Para que servem os rins?
Entre as muitas funções do rim salientam-se as seguintes: 
 
	1.
	  
	
	O rim é responsável pela eliminação dos resíduos tóxicos produzidos pelo nosso organismo como a uréia e o ácido úrico. É a sua função de filtração, de limpeza ou de depuração.
	2.
	  
	
	O rim controla o volume dos líquidos, portanto qualquer excesso de água no corpo é eliminado pela urina; é o chamado efeito diurético.
	3.
	  
	
	O rim exerce controle sobre os sais de nosso corpo, eliminando os seus excessos ou poupando-os nas situações de carência.
	4.
	  
	
	A partir do controle do volume (líquidos) e dos sais, ele exerce grande influência sobre a pressão arterial e venosa do nosso organismo.
	5.
	  
	
	O rim produz e secreta hormônios: a eritropoetina, a vitamina D e a renina. A eritropoetina interfere na produção dos glóbulos vermelhos e a sua falta pode levar a uma anemia de difícil tratamento. A vitamina D, calciferol, controla a absorção intestinal de cálcio. E a renina,junto com a aldosterona, controla o volume dos líquidos e a pressão arterial de nosso organismo.
Como se reconhece que o rim está doente?
O rim pode ser atingido por doença de origem imunológica, inflamatória, infecciosa, neoplásica, degenerativa, congênita e hereditária.
A primeira atitude da pessoa é observar a urina, seu volume, sua cor, seu cheiro e a maneira como é eliminada (jato). O volume de urina pode estar aumentado ou diminuído. Grandes volumes diários de três a quatro litros ocorrem na diabete e podem ser a manifestação inicial de outras doenças renais. A cor pode se manifestar turva, esbranquiçada ou sanguinolenta.
O ato de urinar pode ter alterações como dor, ardência, urgência, ou urinar em pequenas quantidades em inúmeras micções diurnas ou noturnas. Pode ocorrer também a presença de inchaço nos pés, mãos e olhos. Quando o rim está inflamado, infectado ou aumentado por tumor ou obstrução ocorre dor nas costas ou flancos. Um dos sintomas iniciais de doença renal pode ser a presença freqüente de micção noturna, ou seja, a pessoa é acordada durante a noite porque está com vontade de urinar.
Quando há cálculos a dor é aguda, intensa e em cólica. Os principais fatores de risco para doença renal são: hipertensão (pressão alta), diabetes, idade acima de 60 anos, estória de doença renal na família e presença de doença cardíaca ou cardiovascular. Outros sintomas que não são específicos de doença renal, mas que podem aparecer em estágios mais avançados da doença renal crônica, quando já ocorre redução importante da função renal são: cansaço e fraqueza por anemia, falta de apetite, náuseas e vômitos.
Outros sinais que podem aparecer são a pele pálida e seca, sinais de anemia, e aumento da pressão arterial.
Caso haja suspeita que a pessoa tenha doença renal os exames iniciais são o exame de urina e a dosagem da creatinina no sangue. O exame de urina pode evidenciar perda de proteína, glicose, sangue, pus e bactérias. A creatinina é uma substância que existe no sangue e constitui um produto do metabolismo muscular, sendo razoavelmente constante. Suas taxas variam de acordo com a massa muscular do indivíduo. Quando ocorre aumento nas taxas de creatinina significa que há uma diminuição da capacidade de filtração dos rins. Outro exame simpels que pode ser realizado é a ecografia dos rins ou do abdome que pode demonstrar a presença de cálculos, sinais de obstrução das vias urinárias, alterações na forma e tamanho do rim.
As principais doenças do rim e suas características mais comuns 
 
	
	Nefrite
	
	Caracteriza-se pela presença de albumina e sangue na urina, edema e hipertensão.
	
	Infecção Urinária
	
	O paciente se queixa de dor, ardência e urgência para urinar. O volume urinado torna-se pequeno e freqüente, tanto de dia como de noite. A urina é turva e mal cheirosa podendo surgir sangue no final da micção. Nos casos em que a infecção atingiu o rim, surge febre, dor lombar e calafrios, além de ardência e urgência para urinar.
	
	Cálculo Renal
	
	A cólica renal, com dor no flanco e costas é muito característica, quase sempre com sangue na urina e em certos casos pode haver eliminação de pedras.
	
	Obstrução Urinária
	
	Ocorre quando há um impedimento da passagem da urina pelos canais urinários, por cálculos, aumento da próstata, tumores, estenoses de ureter e uretra. A ausência ou pequeno volume da urina é a queixa característica da obstrução urinária.
	
	Insuficiência Renal Aguda
	
	É causada por uma agressão repentina ao rim, por falta de sangue ou pressão para formar urina ou obstrução aguda da via urinária. A principal característica é a total ou parcial ausência de urina.
	
	Insuficiência Renal Crônica
	
	Surge quando o rim sofre a ação de uma doença que deteriora irreversivelmente a função renal, apresentando-se com retenção de uréia, anemia, hipertensão arterial, entre outros.
	
	Tumores Renais
	
	O rim pode ser acometido de tumores benignos e malignos. E as queixas são de massas palpáveis no abdômen, dor, sangue na urina e obstrução urinária.
	
	Doenças Multissistêmicas
	
	O rim pode se ver afetado por doenças reumáticas, diabete, gota, colagenoses e doenças imunológicas. Podem surgir alterações urinárias em doenças do tipo nefrite, geralmente com a presença de sangue e albumina na urina.
	
	Doenças Congênitas e Hereditárias
	
	Um exemplo dessas doenças é a presença de múltiplos cistos no rim (rim policístico).
	
	Nefropatias Tóxicas
	
	Causadas por tóxicos, agentes físicos, químicos e drogas. Caracterizam-se por manifestações nefríticas e insuficiência funcional do rim.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
O inchume nos olhos ou nas pernas sempre é indício de doença renal?
Os meus rins estão doentes porque eu urino sangue?
A infecção urinária sempre é do rim?
Tenho um parente com rim policístico. Eu posso ter essa doença também, devido ao parentesco?
A insuficiência renal atinge os dois rins?
O tratamento da insuficiência renal crônica pode melhorar os meus rins? 
Leia Mais: Introdução às Doenças Renais | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/introducao-as-doencas-renais#ixzz3WY8e60RX 
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ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL
Informações para pessoas que sofrem de insuficiência renal crônica, em especial, para aquelas cujo estágio da doença alterou sua vida e que precisam se submeter ao tratamento conservador, dialítico ou ao transplante renal.
O que é o rim ?
O rim é um órgão duplo, situado na parte mais posterior do abdômen; um deles fica junto à coluna, à direita, logo abaixo do fígado; o outro se situa à esquerda, logo abaixo do baço. Cada rim pesa em torno de 150 gramas e mede de 11 a 12 cm.
É um órgão extremamente vascularizado, recebendo a quarta parte de todo o sangue que sai do coração. O sangue que passa pelos rins é filtrado, retirando as impurezas através de um processo chamado de filtração renal. Assim, o rim é um órgão depurador de substâncias indesejáveis ou que estejam em excesso no nosso organismo e, por isso, precisam ser eliminadas.
A urina produzida diariamente tem um volume de 700 a 1500 mililitros, contém sais (sódio, potássio, cálcio, fósforo, amônia) e outras substâncias, como uréia, creatinina e ácido úrico. O volume de urina aumenta ou diminui conforme a necessidade de eliminar água, evitando que falte ou se acumule no organismo. Além de eliminar as impurezas e controlar o volume dos líquidos do organismo, o rim produz hormônios. Dentre os muitos hormônios produzidos pelos rins, destacam-se a eritropoetina, que ajusta a produção de glóbulos vermelhos evitando a anemia e a vitamina D3, que regula a absorção do cálcio no intestino.
Doenças renais
Infelizmente, uma em cada 5.000 pessoas adoece dos rins por motivos diversos.
Quando o rim adoece, ele não consegue realizar as tarefas para as quais foi programado, tornando-se insuficiente. As principais doenças que tornam o rim incapaz ou insuficiente são as seguintes: 
 
	
	Nefrites (50%)
	
	Hipertensão arterial severa
	
	Infecção dos rins
	
	Diabete (25%)
	
	Doenças hereditárias (rim policístico)
	
	Pedras nos rins (cálculos)
	
	Obstruções
necessidade de terapia renal substitutiva (diálise ou transplante).
 de um lado só. Quando a doença renal se torna irreversível, na maioria das vezes, a perda da função é lenta e progressiva. Daí a importância do acompanhamento e da orientação médica, que visa a prolongar o funcionamento adequado do rim, mesmo com algum grau de deficiência.
A perda de 25%, 50% ou de até 75% das funções renais apresenta poucos 
problemas médicos. Porém, perdas superiores a 75% da função renal alteram Das doenças acima citadas, muitas podem ser evitadas quando precocemente ificadas e acompanhadas pelos médicos especializados em doenças renais (nefrologistas).A detecção precoce também auxilia no controle da doença e para evitar a progressão da mesma, evitando que ela atinja os estágios mais avançados onde há 
Geralmente, quando surge uma doença renal, ela ocorre nos dois rins, raramente de tal modo o funcionamento do organismo, que modificam a qualidade de vida do paciente.
São facilmente identificáveis os problemas clínicos que a insuficiência renal traz aos pacientes que perderam mais de 75% da função do rim: 
 
	
	hipertensão arterial, de moderada a severa;
	
	anemia severa, que não responde ao tratamento com sulfato ferroso;
	
	edema por todo o corpo, aumentando o peso;
	
	pele pálida (cor de palha);
	
	fraqueza, cansaço, emagrecimento, coceira no corpo;
	
	anorexia, náuseas, vômitos e gastrite;
	
	cheiro desagradável na boca (cheiro de urina);
	
	piora da pressão arterial e aborto em mulheres grávidas;
	
	aumento do volume e da micção urinária, com maior volume urinário noturno.
	
	a urina é sempre muito clara e da mesma cor;
	
	alterações dos exames plasmáticos, uréia sempre superior a 150mg% e a creatinina maior do que 6mg%.
Quando a doença avança, destruindo 90% da capacidade funcional do rim, os 10% restantes pouco poderão fazer para manter a saúde do paciente.
Neste estágio da doença, o médico deve avisar que o tratamento conservador sozinho não terá mais efeito desejado e a diálise irá substituir o rim irreversivelmente doente e incapaz de manter a vida do paciente crônico.
O que é a diálise ?
É um processo mecânico e artificial utilizado para limpar o sangue das impurezas acumuladas pelo organismo. Os "tóxicos" que devem sair do organismo são eliminados através de uma membrana filtrante do rim artificial ou a do peritônio (uma membrana do nosso abdômen). Assim, existem dois tipos de diálise: a peritoneal que usa o peritônio como membrana filtrante e a hemodiálise que usa uma membrana artificial como filtro.
Para realizar uma hemodiálise o sangue deve chegar ao filtro em grande quantidade num volume superior a 200 ml. Para obter um volume de sangue tão grande é necessário que um cirurgião vascular una uma veia a uma artéria do braço para aumentar bastante o volume de sangue que passa no vaso, tornando-o volumoso e resistente. A fístula artério-venosa, assim formada, deverá ser sempre bem protegida e vigiada pelo paciente para ter um longo período de uso. Uma hemodiálise eficiente e prolongada depende muito dos cuidados com a fístula artério-venosa.
Para isso, é preciso manter o braço limpo sem traumatismos e infecções. A ruptura ou o corte da fístula produz uma perda rápida e importante de sangue. Se isto acontecer fora do local onde o paciente realiza as hemodiálises, ele deve colocar um garrote bem apertado acima da fístula, cobrindo o local com um pano limpo e dirigir-se, imediatamente, a um hospital preparado para atender estas emergências.
Em caso de qualquer outra alteração na fístula, tal como um ponto vermelho ou se surgir um aumento de temperatura local ou geral, o médico deve ser imediatamente comunicado.
Qual o efeito da diálise ?
O rim artificial tem a mesma capacidade do rim humano. Assim, uma hora de diálise equivale a uma hora de funcionamento do rim normal. A diferença é que, no tratamento dialítico, realizamos 3 sessões de 4 horas cada uma, num total de 12 horas semanais. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias, perfazendo 168 horas semanais. Assim, o tratamento com rim artificial, deixa o paciente 156 horas sem depuração (168-12=156). Apesar destas poucas horas (12 horas semanais em média), já está provado que uma pessoa pode viver bem nesse esquema de hemodiálise.
A hemodiálise é adequada quando o paciente vive em boas condições: 
 
	
	sem hipertensão (inferior a 150/90 mm/hg);
	
	sem edema e sem falta de ar;
	
	sem grande aumento de peso entre uma e outra hemodiálise;
	
	com o potássio normal (menos de 5);
	
	sem acidose (pH do sangue);
	
	com o fósforo normal (menos de 5)
	
	com anemia discreta e sem desnutrição
	
	com uma fístula funcionante.
Com estas condições, poderá viver muito tempo realizando hemodiálise.
A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas. Por isso, os médicos controlam os sinais exteriores: temperatura corporal, peso, edema, pressão arterial, tosse, falta de ar, anemia e estado da fístula em cada sessão de hemodiálise. Uma vez por mês devem ser solicitados exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, creatinina, potássio, cálcio, fósforo, ácido úrico e sódio (sal). É importante verificar,também, o pH sangüíneo, a nutrição (albumina) e a anemia (hemograma).
Cuidados necessários durante o tratamento dialítico 
 
	
	Dieta
Comer bem, sem sal e com a quantidade de água ajustada, é o grande trunfo do paciente em hemodiálise. Quem consegue isso é um felizardo. Por isso, informe-se com seu médico o que pode e o que não pode comer para conseguir manter seu estado nutricional em boas condições. Lembre-se que comer carne faz menos mal do que sal e água, porque o rim artificial depura muito bem a uréia. O doente renal crônico precisa cuidar da sua alimentação, principalmente, da ingestão de calorias, proteínas, açúcares e gorduras em quantidades adequadas para não emagrecer.
	
	Água
A água do nosso organismo é eliminada 90 % pelos rins e 10% pela respiração, pele e fezes. Assim, quem não urina e bebe água, vai acumulá-la, aumentando o peso. O que fazer então? Equilibrar a entrada e saída de água, ou seja, se a quantidade de urina é de 500 ml, o paciente só pode beber 500 ml de líquidos. Mas atenção, todos os alimentos têm água. Alguns, praticamente, só têm água, como as frutas. Outros têm 50% de água quando cozidos, como feijão, arroz, legumes, grãos e massas. Esta água deve ser somada também. A água é um grande risco para quem não urina, pois cria muitas complicações e alguns pacientes podem perder a vida nestas complicações. Algumas das complicações do excesso de água são: tremores, tonturas, náuseas, dores de cabeça, hipertensão, falta de ar, edema generalizado, insuficiência cardíaca e edema agudo de pulmão. Se o doente renal crônico urinar menos de 500 mililitros por dia, deve abandonar os copos grandes, usar aqueles para vinhos ou mesmo os pequenos copos para licor. As frutas podem ser consideradas como água pura ingerida. Quando, no verão, a sede é muito grande, chupar pequenos cubos de gelo feitos com água pura: a água pura gelada "mata" mais a sede do que qualquer outro tipo de líquido. Se gostar de água mineral com gás, também pode tomar.
	
	Sal
É um dos maiores inimigos do doente renal, pelas diversas complicações que causa e, logicamente, também afeta os pacientes em hemodiálise. O sal e a água juntos produzem sede intensa, edema, falta de ar, aumento de peso, hipertensão, tonturas, mal-estar, confusão mental, tremores e abalos musculares. Cada pessoa doente tem um limite de sal que pode ingerir. O seu médico vai lhe dizer qual é a quantidade que pode ingerir por dia, em gramas.Informação prática sobre o sal Tente se acostumar com comida praticamente sem sal. Para manter o sabor, use temperos verdes, ou outras especiarias. Fuja dos enlatados e de carnes processadas, tais como salames, presuntos, mortadelas, salsichas, sardinhas em lata e outros embutidos semelhantes.
	
	Proteínas
Existem dois tipos de proteínas: as de origem animal (alto valor biológico) e as de origem vegetal (baixo valor biológico). O nosso organismo utiliza e assimila melhor as proteínas animais que as vegetais, por isso, para o doente renal crônico é melhor ingerir proteína animal: carnes, ovos, leite, queijos. Consulte seu médico para saber qual a quantidade diária que pode ingerir. Proteínas de origem vegetal, tais como amêndoas, amendoim, aveia, cacau, ervilha seca, feijões, soja e seus derivados devem ser consumidos com parcimônia, por serem de baixo valor biológico. Três gramas de proteínas vegetaisequivalem a uma de alto valor, mas produzem mais uréia para ser eliminada. Os conselhos dietéticos de um nutricionista sempre serão importantes e bem recebidos.
	
	Açúcar
Se você não tem problema com os açúcares, nem é diabético, é importante que ingira boas quantidades de açúcares, porque eles diminuem a produção de uréia (menor catabolismo protéico).
	
	Gorduras
Como em toda alimentação sadia, não se deve usar mais do que 20% em gordura. O azeite de oliva é um excelente alimento, use-o nas saladas e nos alimentos para aumentar as calorias. Evite as gorduras animais e frituras.
	
	Potássio
O potássio deve ser ingerido com muito cuidado, pois seu excesso no doente renal crônico é muito perigoso. Os alimentos mais ricos em potássio são: frutas secas (uva, damasco e ameixa), amêndoa, amendoim, avelã, bacalhau, cacau, castanhas, chocolate em pó, cogumelo, ervilha, fava, feijões, leite em pó, lentilha seca, melado e rapadura de cana, gérmen de trigo e caldas das compotas de frutas. As frutas, em geral, contêm muito potássio. A banana é a fruta que contém mais potássio. Elas não devem ser ingeridas, em demasia, por dois motivos: ninguém consegue comer pouca quantidade e elas são em sua maioria constituídas quase só de água, o que prejudica o controle do potássio e dos líquidos. Se você tem problema de potássio alto, atente para estes alimentos. Se tiver "desejos" de comer frutas, deve ingeri-las durante a sessão de hemodiálise, pois o rim artificial se encarrega de eliminar o excesso de potássio.
	
	Cálcio
No nosso organismo, os ossos sustentam os músculos, protegem o cérebro dos traumatismos e armazenam o cálcio e o fósforo. Os rins normais controlam o cálcio e fósforo do nosso corpo, poupando ou eliminando estes sais quando necessário. Na insuficiência renal, ocorre um desequilíbrio do cálcio e do fósforo, provocando doença óssea (osteodistrofia renal). Isto ocorre porque o rim é o produtor de um hormônio, a Vitamina D³, que promove a absorção do cálcio no intestino. Sem a Vitamina D³, a taxa de cálcio no sangue é sempre inferior ao normal (hipocalcemia). Havendo hipocalcemia, o organismo tenta normalizar a taxa de cálcio através da retirada de cálcio do osso, surgindo a osteodistrofia renal. Assim o osso desmineralizado apresenta-se dolorido, fratura fácil e o andar pode ser difícil. Com a queda do cálcio, o fósforo aumenta e produz coceiras por todo o corpo, acompanhadas de lesões dermatológicas. O tratamento da hipocalcemia é feito com uma ingestão abundante de cálcio, junto com a Vitamina D³, que, além de melhorar o cálcio, também regulariza o fósforo.
	
	Fósforo
Os alimentos ricos em fósforo devem ser ingeridos com cuidado. Os alimentos que devem ser evitados são: amêndoa, amendoim, aveia, bacalhau, cacau em pó, castanha de cajú, farinha de soja, feijão, gema de ovo, germen de trigo, leite desidratado, chocolate, bacalhau e peixes salgados, sardinha em conserva, alguns tipos de queijo, alimentos desidratados ou salgados em geral. Se o médico lhe recomendar atenção e cuidado com o fósforo, procure evitar esses alimentos e solicite medicação para diminuí-lo no sangue. É importante retirar o excesso de fósforo do organismo para evitar que, junto com a hipocalcemia, provoque e acentue as lesões ósseas. Quando há excesso de fósforo no sangue, o paciente se queixa de muita coceira pelo corpo todo.
	
	Remédios
O paciente de insuficiência renal crônica sempre vai necessitar deles para tratar a hipertensão, anemia, hipocalcemia e hiperfosfatemia. Siga rigorosamente a prescrição do seu médico.
Transfusões
Quando a anemia é muito intensa, pode provocar sintomas, como tontura, cansaço, falta de ar, dor no peito, coração acelerado (taquicardia) e queda de pressão arterial. Nesta situação, a transfusão de glóbulos torna-se necessária. Quanto menos transfusões, menos complicações, como hepatite e sensibilização imunológica, que podem dificultar o transplante futuro. PPara evitar as transfusões é importante tratar adequadamente a anemia associada a doença renal crônica coma reposição de ferro, vitaminas e eritropoetina quando necessário.
Instruções gerais
Com os rins artificiais modernos e o uso de medicações adequadas, o tempo de sobrevivência e a qualidade de vida dos renais crônicos vêm melhorando muito.
Como o indivíduo com insuficiência renal é potencialmente produtivo é importante que ele seja orientado para adquirir capacidade física para o trabalho. Os exercícios para o sistema cardiovascular são importantes para aumentar o desempenho diário.
Além disso, o paciente que faz hemodiálise deve: comparecer a todas as sessões de diálise; realizar sempre diálises de no mínimo quatro horas; evitar o excesso de sal, potássio, fósforo e água; manter a taxa de uréia do plasma inferior a 150 mg% e manter a fístula em boas condições. As mulheres, devem evitar a gravidez, porque piora o estado geral de saúde e o aborto é muito comum.
Quem pode fazer transplante ?
Todo o paciente renal crônico pode submeter-se a um transplante, desde que apresente as seguintes condições: 
 
	
	possa suportar uma cirurgia;
	
	não apresente doenças em outros órgãos, por exemplo: cirrose, câncer, acidentes vasculares;
	
	não tenha infecção ou focos ativos: urinários, dentários, tuberculose, fungos;
	
	não tenha problemas imunológicos provocados por muitas transfusões e/ou múltiplas gravidezes.
Se o paciente tiver um doador vivo aparentado é melhor. Porém, em todo o mundo, cresce o número de transplantes de cadáver. Esperar um rim de cadáver, entretanto, no nosso país, requer paciência e hemodiálises por um longo período, às vezes anos.
Durante o tempo em que aguarda um transplante ou enquanto estiver em hemodiálise, o paciente renal crônico deve assumir algumas atitudes: 
 
	
	manter os seus familiares informados sobre a doença renal crônica;
	
	observar e avisar o médico de qualquer desvio ou complicação que tenha surgido;
	
	conhecer todas as condutas para evitar as complicações;
	
	lutar pela doação de órgãos, ajudando e incentivando as campanhas neste sentido
	
	lutar para que todos tenham acesso e facilidades no tratamento, quando infelizmente adoecerem.
Um lema e uma luta: "Não enterre seus rins, transplante-os!"
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
A hemodiálise é segura?
Quais são as principais complicações das diálises?
Qual é a melhor diálise?
A lista para o transplante é para todos?
O doador vivo fica prejudicado com um só rim? 
Leia Mais: Orientações para Pacientes com Insuficiência Renal | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/orientacoes-para-pacientes-com-insuficiencia-renal#ixzz3WY9T19Ev 
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INSUFICIÊNCIA RENAL (IR)
Para manter estável o meio interno do organismo, o rim, através de suas funções: 
 
	
	Remove as substâncias indesejáveis do nosso corpo filtrando uréia e ácido úrico.
	
	Reabsorve a albumina e sais desejáveis como o sódio, potássio, cálcio.
	
	Excreta substâncias desnecessárias como o fósforo e o hidrogênio.
	
	Secreta hormônios para o controle do volume, da pressão arterial, do cálcio e fósforo e da formação de hemácias.
Há algumas situações que lesam o rim agudamente, outras levam anos para o dano tornar-se aparente. As doenças que lesam as diferentes estruturas dos rins são, entre outras, as nefrites, o diabete, a hipertensão arterial, infecções urinárias, obstruções das vias urinárias e as hereditárias.
A insuficiência renal é um diagnóstico que expressa uma perda maior ou menor da função renal. Qualquer desvio funcional, de qualquer uma das funções renais, caracteriza um estado de insuficiência renal. Mas, somente a análise dessas funções nos permite afirmar que há perda da capacidade renal e estabelecer níveis de insuficiência renal. Nenhuma prova isolada é suficientemente exata ou fiel para avaliar a função renal, por isso, devem serfeitas várias provas, analisando a filtração, a reabsorção, a excreção e a secreção renal.
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA)
A falta abrupta e intensa de água (desidratação severa), a perda repentina de sangue (hemorragias) ou do plasma (queimaduras) faz com que não haja formação de urina (anúria) ou somente de pequenas quantidades de urina por dia (oligúria).
A perda de água, sangue ou plasma são as principais causas de insuficiência renal aguda (IRA), provocadas por falta de volume do líquido circulante.
A queda de pressão arterial por diversos fatores, como falta de líquidos, doenças do coração (infarto) e substâncias ou medicamentos que baixem a pressão, podem diminuir a força de filtração e a urina não se forma.
Pode ocorrer também que substâncias tóxicas ingeridas ou injetadas destruam parte do rim e suas funções sejam alteradas agudamente. Outra situação comum que resulta em IRA é a obstrução das vias urinárias. A urina é formada, mas é impedida de sair, e em conseqüência surge anúria ou oligúria.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC)
Muitas doenças renais são irremediavelmente progressivas. Quanto mais elas progridem ou se agravam, mais danos causam ao rim. As lesões perturbam a funcionalidade do rim, provocando a insuficiência renal crônica pela perda irreversível de suas funções.
A suspeita de IRC é caracterizada pela presença de doenças renais e suas manifestações. A insuficiência renal é comprovada através de exames laboratoriais. Dosagens elevadas de uréia, ácido úrico e creatinina no sangue ocorrem por defeito crônico de filtração do rim doente.
Na urina, a densidade urinária é sempre baixa mostrando a incapacidade do rim em concentrar a urina. Por isso, os pacientes com insuficiência renal crônica nos informam que sua urina é sempre clara e que nunca muda de cor.
Em todos os casos de insuficiência renal crônica, encontra-se uma anemia de difícil tratamento, que só responde com o uso de eritropoetina, um hormônio secretado pelo rim. Quando há doença renal crônica, o rim perde a capacidade de produzir esse hormônio.
Outros dados clínicos mostram a incapacidade do rim de eliminar substâncias tóxicas e excretar o pigmento amarelo que tinge a pele. Por isso, a pele do renal crônico é pálida e amarelada. Quando a lesão renal é superior a 50% da massa renal, surge hipertensão arterial.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Qual a doença que atingiu o meu rim?
Qual a capacidade atual de funcionamento do meu rim?
Se eu tiver que fazer, quando deverei iniciar hemodiálise?
Que devo fazer para evitar a evolução da minha doença renal?
A que nível de insuficiência a uréia começa a subir?
Leia Mais: Insuficiência Renal | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/insuficiencia-renal#ixzz3WY9xpSo6 
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DOENÇA RENAL CRÔNICA
A Doença Renal Crônica (DRC) consiste em lesão renal e geralmente perda progressiva e irreversível da função dos rins. Atualmente ela é definida pela presença de algum tipo de lesão renal mantida há pelo menos 3 meses com ou sem redução da função de filtração. Ela é classificada em estágios de acordo com a evolução conforme o quadro abaixo: 
	Estágio
	Descrição
	Filtração Glomerular (FG)
	0
	Risco de doença renal HAS, Diabetes, Familiar c/DRC
	> 90 mL/min
	1
	Lesão renal
	> 90 mL/min
	2
	Lesão renal, leve FG
	60 - 89 mL/min
	3
	Moderada FG
	30 - 59 mL/min
	4
	Avançada FG
	15 - 29 mL/min
	5
	Falência renal
	< 15 mL/min 
diálise ou transplante
É conhecido atualmente que cerca de um em cada 10 adultos é portador de doença renal crônica. A maioria destas pessoas não sabe que tem esta doença porque ela não costuma ocasionar sintomas, a não ser em fases muito avançadas. Em muitos casos o diagnóstico precoce e o tratamento da doença nas suas fases iniciais podem ajudar a prevenir que a doença progrida para fases mais avançadas (inclusive com a necessidade de tratamento com hemodiálise ou transplante de rim). Como a doença renal muitas vezes está associada com diabetes, pressão alta e doenças do coração, o seu tratamento também ajuda a evitar outras complicações como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e derrames. Por isso, é importante saber algumas coisas a respeito da doença renal e saber como preveni-la e detectá-la.
Os rins são os principais órgãos responsáveis pela eliminação de toxinas e substâncias, que não são mais importantes para o organismo. Eles também são fundamentais para manter os líquidos e sais do corpo em níveis adequados. Alem disso eles ajudam produzindo alguns hormônios e participam no controle da pressão arterial. Por isso, doenças nos rins e a sua perda de função levam a uma série de problemas como: 
	
	Pressão alta
	
	Doenças no coração
	
	Anemia
	
	Inchume
	
	Alterações em ossos e nervos.
As pessoas com maior risco de ter doenças nos rins são aquelas que tem: 
	
	Diabetes
	
	Pressão alta
	
	Pessoas com doença renal na família
	
	Idosos
	
	Pessoas com doenças cardiovasculares.
Apesar da doença renal não ocasionar muitos sintomas, é importante conhecer alguns sintomas que podem estar relacionados à doença renal: 
	
	Fraqueza
	
	Cansaço
	
	Inchaço em rosto, pés ou pernas
	
	Dificuldades para urinar
	
	Urina com espuma
	
	Urina com alterações na sua cor (escura ou avermelhada)
	
	Aumento ou diminuição da quantidade de urina.
As principais causas de doença renal crônica são: 
	
	Hipertensão (pressão alta)
	
	Diabetes
	
	Glomerulonefrites
	
	Doenças hereditárias como a Doença Policística
	
	Obstruções (pedras nos rins, tumores)
	
	Infecções nos rins
Como se Previne?
O mais importante a saber é que a doença renal e todas estas complicações mencionadas acima podem ser facilmente identificadas e o seu tratamento pode evitá-las.
Algumas medidas simples são capazes de detectar se você tem doença renal ou se tem maior risco de ser portador da mesma. Basta medir a pressão arterial e pedir ao seu médico para fazer um exame de urina, e a dosagem no sangue da creatinina. O exame de urina pode mostrar a presença de proteína, cuja presença continuada pode indicar uma lesão renal em fase inicial. A creatinina é uma substância do sangue que é filtrada pelos rins, por isso o seu aumento no sangue significa que há uma diminuição da função dos seus rins. Com a dosagem da creatinina no sangue o seu médico pode, através de fórmulas simples, calcular a filtração glomerular, verificar se você tem Doença Renal Crônica e em que estágio ela se encontra. Outra lembrança importante é que a doença renal em suas fases iniciais tem um tratamento simples e eficaz, principalmente a base de dieta, medicações para tratamento de pressão alta e diabetes, quando estas doenças estiverem presentes e remédios para reduzir a eliminação de proteínas pelos rins.
Em resumo, a doença renal crônica é comum, pode ser uma ameaça para a sua saúde, é fácil de identificar e tem um tratamento eficaz. Caso você tenha dúvidas não hesite em procurar o seu médico para obter mais informações e fazer uma revisão de saúde.
Abaixo, você pode fazer um teste bastante simples que vai dizer qual o risco de você ter doença renal.
Você tem doença renal? Faça este teste e saiba seu escore.
Descubra se você pode ter doença renal crônica agora. Cheque cada uma das afirmações que for verdadeira para você. Se uma afirmação é falsa ou você não tem certeza, coloque zero. Então some todos os pontos. 
	Idade
	Resposta
	Pontos
	Entre 50 e 59 anos
	Sim
	2
	Entre 60 e 69 anos
	Sim
	3
	Mais que 70 anos
	Sim
	4
	Sou mulher
	Sim
	1
	Tive/tenho anemia
	Sim
	1
	Tenho pressão arterial alta
	Sim
	1
	Sou diabético
	Sim
	1
	Tive um ataque cardíaco ou derrame
	Sim
	1
	Tive/tenho insuficiência cardíaca .
	Sim
	1
	Tenho doenças circulatórias nas pernas
	Sim
	1
	Tenhoproteína na urina
	Sim
	1
	Total
	
Se você marcou 4 ou mais pontos:
Você tem 20% de chances de ter doença renal crônica. Na sua próxima visita ao médico, uma amostra de seu sangue deve ser coletada para a dosagem de creatinina. Somente um profissional de saúde pode determinar com certeza se você tem doença renal.
Se você marcou de 0 a 3 pontos:
Você provavelmente não tem doença renal agora, mas pelo menos uma vez ao ano você deve procurar seu médico para fazer uma revisão de saúde. 
Recomendações que as pessoas com Doença Renal Crônica devem seguir: 
	
	Manter a pressão arterial controlada
	
	Reduzir a ingestão de sal
	
	Reduzir o potássio
	
	Manter os níveis de glicose sob controle, se diabético
	
	Evitar o uso de antiinflamatórios
	
	Moderar o consumo de proteína animal (carnes, ovos e leites e derivados).
Fonte: ARCH INTERN MED, vol. 167, 26/02/2007, p. 378. – SCREENING FOR OCCULT RENAL DISEASE (SCORED) 
Leia Mais: Doença Renal Crônica | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/nefrologia/doenca-renal-cronica#ixzz3WYAeXZXk 
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CÓLICA RENAL
Sinônimos:
cólica uretral ou cólica nefrítica
O que é?
É uma dor aguda, intensa, oscilante (vai e vem) proveniente do aparelho urinário superior (rim). É uma das dores mais atrozes da medicina e geralmente causada por pedras (cálculos) no rim ou no ureter. A pedra causa obstrução da urina que vem do rim, dilatando-o. Essa dilatação renal é a fonte da dor. Existem outras causas de cólica renal, como coágulos, ligadura cirúrgica do ureter ou mesmo compressões extrínsecas do ureter por tumores.
É uma das urgências urológicas mais frequentes, atingindo homens e mulheres na proporção três para um respectivamente.
O que se sente?
A dor lombar é o sintoma principal, forte, em cólica com irradiação anterior para o abdômen e para baixo em direção ao testículo no homem ou para os grandes lábios na mulher. Se a obstrução for mais baixa em direção à bexiga pode haver dor abdominal e sintomas urinários (micções freqüentes, ardência para urinar).
Não há posição do corpo relacionada com a dor nem posição que a alivie. Geralmente o paciente está agitado. Náuseas e vômitos freqüentemente acompanham o quadro.
Como se faz o diagnóstico?
As queixas e sinais acima descritos junto com a percussão dolorosa do rim fazem suspeitar fortemente de cólica renal. A percussão renal é feita batendo-se com o punho fechado sobre as costas do paciente onde se localiza o rim.
Um exame físico completo é necessário a fim de se descartar outras patologias.
O exame qualitativo de urina (comum de urina) geralmente apresenta sangramento microscópico (hematúria microscópica), principalmente se houver pedra.
Exames de imagem são freqüentemente solicitados. Dentre eles, os mais comuns são as radiografias simples de abdômen , a urografia venosa (radiografia dos rins com a utilização de contrastes venosos) e a ecografia abdominal total. Em casos de mais difícil diagnóstico, a tomografia computadorizada (85% de sensibilidade), a ressonância nuclear magnética devem ser solicitadas.A ureteroscopia é um método cada vez mais frequente principalmente por permitir tratamento concomitante.
Geralmente o diagnóstico é obtido sem maiores dificuldades. Entretanto, algumas situações podem confundir o dignóstico principalmente quando há náuseas e vômitos: apendicite, constipação, colecistite, diverticulite, gastrites agudas, pancreatite, aneurisma e dissecção da aorta, tumores, etc.
Como se trata?
De imediato, a dor deve ser tratada com analgésicos, anti-espasmódicos e anti-inflamatórios dados por via oral, intramuscular ou endovenosa conforme a gravidade do caso. O paciente pode ser tratado em casa. Caso o seu quadro seja mais grave ou a dor não ceda com medicação rotineira, uma internação hospitalar está indicada para aplicação de medicações mais potentes como os analgésicos opióides. Náuseas e vômitos deverão ser tratados concomitantemente.
Após o controle da dor, deve-se combater a causa da obstrução, por exemplo, fazendo a retirada da pedra. A desobstrução pode ser feita temporariamente através de tubos especiais chamados de cateteres. Um desses freqüentemente usado é o cateter duplo-J com extremidades torcidas de maneira que, quando colocados dentro do aparelho urinário, não se desloquem. Em muitos casos de pedra, estas são eliminadas espontaneamente com alívio imediato da dor.
Uma vez resolvido o problema (cálculo eliminado ou removido), deve-se solicitar ao pacientes exames a fim de se diagnosticar a causa do cálculo (estudo metabólico). Dosagens na urina e sangue das seguintes substânciais: cálcio, fosforo, acido úrico, creatinina, citrato, magnésio, sódio, fosfatase alcalina.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
De onde vêm os cálculos?
Cálculos podem causar câncer?
A alimentação tem importância como causa dos cálculos renais? 
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 DOENÇA RENAL CRÔNICA(DRC) - PROBLEMAS E SOLUÇÕES
05.10.2012 - DOENÇA RENAL CRÔNICA(DRC) - PROBLEMAS E SOLUÇÕES
Marcus G. Bastos
Wander Barros do Carmo
Rodrigo Reis Abrita
Ellen Christine de Almeida
Denise Mafra
Darcília Maria N. da Costa
Jacqueline de A. Gonçalves
Lúcia Antônia de Oliveira
Fabiane Rossi dos Santos
Rogério B. de Paula
RESUMO
O número de pacientes com doença renal crônica (DRC) está aumentando em todo o mundo em escala alarmante. A magnitude do problema é tão grande que tem levado autoridades médicas a considerá-lo como um problema de saúde pública. No Brasil, as atenções com a DRC se restringem quase que exclusivamente ao seu estágio mais avançado, quando se necessita de terapia renal substitutiva. Contudo, a evolução da DRC depende da qualidade do atendimento ofertado muito antes da ocorrência da falência funcional renal. Nesta revisão, os autores chamam a atenção para a necessidade do diagnóstico precoce da DRC, a pertinência do encaminhamento imediato para acompanhamento nefrológico e para a importância da implementação de medidas que retardem a progressão da doença, assim como a correção de suas complicações e comorbidades mais freqüentes. Finalmente, discutem o papel do atendimento multidisciplinar ao paciente renal crônico e o seu possível impacto favorável no tratamento da doença. (J Bras Nefrol 2004;26(4): 202-215).
D e s c r i t o r e s : Doença renal crônica. Epidemiologia. Diagnóstico precoce. Encaminhamento imediato. Tratamento. Atenção multidisciplinar.
INTRODUÇÃO
Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do corpo humano. Assim, não é surpresa constatarmos que, com a queda progressiva do ritmo de filtração glomerular (RFG) observada na doença renal crônica (DRC) - e conseqüente perda das funções regulatórias, excretórias e endócrinas -,ocorra o comprometimento de essencialmente todos os outros órgãos do organismo. Quando a queda do RFG atinge valores muito baixos, geralmente inferiores a 15 mL/min, estabelece-se o que denominamos falência funcional renal (FFR), ou seja, o estágio mais
avançado do continuum de perda funcional progressiva observado na DRC.
A constatação, a partir da década passada, da alta incidência e prevalência da DRC vem alarmando a comunidade científica mundial. Admite-se que, para cada paciente em terapia renal substitutiva (TRS), existam de vinte a trinta outros com DRC em seus diferentes estágios1. Também preocupante é a observação da inadequabilidade dos cuidados de saúde oferecidos na evolução da DRC. A otimização do manuseio clínico na DRC envolve o diagnóstico imediato da doença, encaminhamento precoce para os cuidados especializados e a implementação das medidas de retardo da progressão da doença, identificação e correção das complicaçõese comorbidades mais comuns, bem como educação e preparo para TRS. No
presente artigo, os autores identificam os principais problemas observados na DRC e discutem as soluções que poderão determinar uma melhor qualidade dos cuidados de saúde oferecidos aos pacientes.
DEFINIÇÃO DA DRC
A National Kidney Foundation (NKF), em seu documento Kidney Disease Outcomes Quality Initiative ( K / D O Q I )2, definiu a DRC baseada nos seguintes critérios:
• Lesão presente por um período igual ou superior a 3 meses, definida por anormalidades estruturais ou funcionais do rim, com ou sem
diminuição do RFG, manifestada por anormalidades patológicas ou marcadores de lesão renal, incluindo alterações sangüíneas ou urinárias, ou nos exames de imagem;
• RFG <60 mL/min/1,73 m2 por um períod ³3 meses, com ou sem lesão renal.
Baseado nesta definição, o grupo de trabalho que desenvolveu o K/DOQI propôs a seguinte classificação para a DRC (tabela 1):
Tabela 1. Estagiamento da DRC.
E s t á g i o                                                          Descrição                                                     RFG                                                                                                                                                                             (mL/min/1,73 m2)
I                                              Lesão renal com RFG normal ou aumentado                        ³90
II                                             Lesão renal com leve diminuição do RFG                            60-89
III                                            Lesão renal com moderada diminuição do RFG                30-59
IV                                            Lesão renal com acentuada diminuição do RFG               15-29
V                                             Falência renal funcional ou em TRS                                       <15
A proposta de estagiamento da DRC tem algumas vantagens, posto que uniformiza a terminologia empregada, evita a ambigüidade e a superposição dos termos atualmente empregados e facilita a comunicação entre os profissionais da equipe de saúde envolvidos nos cuidados
dos pacientes, e destes com os pacientes e seus familiares.
PROBLEMAS COM A DRC
Sobrecarga Socioeconômica
O número de pacientes portadores de DRC está aumentando em todo o mundo. Nos Estados Unidos da América, estima-se um crescimento anual de 6% de novos casos de FFR. O quadro atual é de uma taxa de incidência que dobra a cada 10 anos e uma prevalência que aumentou de 166.000 casos em 1990 para cerca de 372.000 em 20003. Entre os americanos, estima-se que de 6 a 20 milhões apresentam algum grau de diminuição
do RFG, indicando que o número ascendente de FFR continuará aumentando. Mantidas as tendências de aumento da prevalência e da incidência da DRC observadas nas últimas duas décadas, pode-se prever que, no ano de 2010, cerca de 175.000 novos pacientes necessitarão de alguma forma de TRS, aumentando para cerca de 650.000 o número de americanos necessitando deste tipo de tratamento, a um custo total estimado de
U S $ 2 8 , 33.
No Brasil, embora os números sejam mais modestos e nem sempre precisos, não deixam de ser preocupantes. As informações obtidas junto à Sociedade Brasileira de Nefrologia e Ministério da Saúde são semelhantes: a prevalência de pacientes necessitando de TRS dobrou nos últimos 5 anos. Em 2000, a taxa de incidência anual já tinha atingido 101 pacientes por milhão da população (pmp). Semelhantemente ao observado em outros países, o custo do tratamento da TRS no Brasil é muito alto. Por exemplo, em Juiz de Fora, gastase, mensalmente, cerca de R$1.400,00 por paciente em TRS e cerca de R$11,00 com os demais usuários do Sistema Único de Saúde. Apesar dos recursos envolvidos, muitos brasileiros não têm acesso à TRS: enquanto cerca de 800 a 1.200 pmp fazem diálise na América do Norte e no Japão, no Brasil apenas 323 pmp estão usufruindo
dessa modalidade terapêutica, ou seja, cerca de 70% dos pacientes não se beneficiam da TRS. Assim, poderíamos comparar a DRC a um enorme iceberg, onde a sua ponta, que se projeta acima do nível do mar, corresponderia aos pacientes em TRS e a parte submersa, de dimensão muito
maior e desconhecida, corresponderia à DRC em seus diferentes estágios.
Tabela 2. Parâmetros de qualidade a serem alcançados nos pacientes com DRC (baseado nas referências de nº 2, 26, 27, 33, 36, 48 e 52).
Parâmetros                                                                         Índices a ser alcançados
Pressão arterial (mmHg)
Proteinúria <1,0 g/24h                                                                    130/80
Proteinúria ³1,0 g/24h                                                                     120/75
Proteinúria, g/24h                                                                              <0,3
Hemoglobina, g/dL                                                                            >12
Fósforo, mg/dL                                                                                   <4,5
Cálcio, mg/dL                                                                                      >8,5
Produto cálcio/fósforo                                                                        <55
Potássio, mEq/L                                                                                 <5,5
Albumina, g/dL                                                                                    >3,5
Bicarbonato sérico, mEq/L                                                                ³22
Hemoglobina glicosilada, %                                                           <7,5
LDL colesterol, mg/dL
Diabéticos                                                                                           <100
Não-diabéticos                                                                                   <120
Qualidade do Atendimento ao Paciente Com DRC
Historicamente, a qualidade do tratamento oferecido aos pacientes com DRC têm sido considerada inadequada e avaliada infreqüentemente. Contudo, as publicações recentes de diretrizes sobre os cuidados ótimos recomendados para os pacientes portadores de DRC oferecem
a oportunidade de se estabelecerem parâmetros a serem alcançados e, assim, garantir melhor qualidade de atendimento. A tabela 2 sumariza as principais recomendações para um ótimo cuidado na DRC e destaca a importância do controle do diabetes, da pressão arterial (PA), manutenção dos níveis de proteinúria em valores inferiores a 1 g/dia, correção da anemia, correção das alterações do metabolismo do fósforo e cálcio, da acidose e prevenção da desnutrição.
Em estudo recente, Israni et al.4 identificaram, em um Centro Acadêmico de Atenção Primária na cidade de Boston, EUA, que a qualidade do atendimento aos pacientes com DRC era inadequada em termos de controle pressórico, tratamento com IECA ou BRAT1, avaliação da proteinúria e encaminhamento para tratamento nefrológico. Infelizmente, este quadro não é diferente daquele encontrado em nosso meio. Ao avaliarmos os
indicadores de controle clínico ótimo na DRC registrados em prontuários de pacientes com hipertensão arterial e/ou diabetes com creatinina ³1,5 mg/dL na mulher e ³2,0 mg/dL no homem, em um ambulatório do SUS, constatamos que somente 35% dos pacientes apresentam pressão arterial sistólica nos limites recomendados, 35% dos casos não faziam uso de IECA, 48% dos diabéticos apresentavam glicemia acima de 110 mg/dL e que, em somente 28% e 16% dos prontuários, havia registros de hemoglobina e proteinúria, respectivamente. Para nossa surpresa, não havia nenhum registro de dosagem de cálcio, fósforo, bicarbonato ou albumina5. O estudo evidenciou claramente a necessidade de otimização das medidas que retardam a progressão da doença renal e chama a atenção para o desconhecimento, principalmente entre os médicos de outras especialidades, sobre as principais complicações e comorbidades presentes nesta população de pacientes com altíssimo risco de evolução paraFRF.
PROPOSTAS DE SOLUÇÕES
A solução para os problemas relativos à DRC é complexa e envolve, pelo menos, três ações principais: 1. O diagnóstico precoce da DRC; 2. O encaminhamento imediato para acompanhamento especializado; e 3. A identificação e a correção das principais complicações e comorbidades da DRC, bem como o preparo do paciente (e seus familiares) para a TRS.
CONCLUSÃO
A DRC é um problema clínico importante, cuja evolução depende da qualidade do tratamento ofertado em seus estágios menos avançados. O diagnóstico precoce da doença, o encaminhamento imediato para acompanhamento nefrológico e a implementação das medidas que retardam
a progressão da DRC, aliadas ao diagnóstico e tratamento das suas complicações e comorbidades são estratégias fundamentais no manuseio adequado da doença. Contudo, a complexidade da DRC e o impacto devastador que ela provoca na família são indicadores da necessidade de
uma abordagem que vai muito além dos aspectos médicos, na qual se privilegie o processo educativo, preferencialmente com o apoio de uma equipe multidisciplinar.
REFERÊNCIAS
1. Jones C, McQuillan G, Eberhardt M, Herman W, Goresh J, et al. Serum creatinine levels in the US population: Third National Health and Nutritional Estimation Survey (correction appears in Am J kidney Dis 2000;35:178). Am J Kidney Dis 1998;32:992-9.
2. K/DOQI clinical practice guidelines for chronic kidney disease: evaluation, classification and stratification. Am J Kidney Dis 2002;39:Suppl 2:S1-S246.
3. Xue JL, Ma JZ, Louis TA, Collins AJ. Forecast of the number of patients with end-stage renal disease in the United States to the year 2010. J Am Soc Nephrol 2001;12:2753-8.
4. Israni A, Korzelius C, Townsend R, Mesler D. Management of chronic kidney disease in an Academic Primary Care Clinic. Am J Nephrol 2003;23:47-54.
5. Batista LKC, Fuchs RC, Oliveira T, Belchior JFE, Galil AG, Bastos MG. Management of chronic kidney disease in patients of high risk. Am J Kidney Dis 2003;41:A15.
6. Lopes MLV. Detecção de doenças renais: Estudo populacional em um bairro da cidade do Recife – PE. [Tese de Doutorado]. São Paulo (SP): Univ. Fed. de São Paulo. Escola Paulista de Medicina; 2001.
7. Plata R, Silva C, Yahuita J, Perez L, Schieppati A, Remuzzi G. The first clinical and epidemiological program on renal disease in Bolivia: a model for prevention and early diagnosis of renal diseases in the developing countries. Nephrol Dial Transpl 1998;13:3034-6.
Bibliografia : http://www.anjosdaenfermagem.org.br/enfermagem_historiadaenfermagem.php
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/11286/enfermagem-um-breve-historico##ixzz3WfMly6uD
Bibliografia : Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/18866/a-fascinante-vida-de-ser-enfermeira##ixzz3WiaLbbAQ

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