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MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS NEUROANATOMOFISIOLOGIA AULA 3 Prof.ª PATRÍCIA COELHO PSICOLOGIA 2012 SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) Encéfalo Medula espinhal Sistema Nervoso Somático(SNS) Sistema Nervoso Autônomo (SNA) Simpática Parassimpática Nervos cranianos, espinhais, gânglios e terminações nervosas voluntário Coordena principalmente os órgãos internos involuntários Bulbo ou Medula oblonga Cerebelo Ponte Mesencéfalo Cérebro = Hemisférios Cerebrais + Diencéfalo GENERALIDADES ■ Medula significa miolo, o que está por dentro → medula óssea, suprarenal; ■ Medula espinhal = dentro do canal espinhal; ✓ Porção mais caudal do sistema nervoso central é o órgão mais simples desse sistema e onde o tubo neural é menos modificado; ✓ Massa cilindróide que ocupa totalmente o canal vertebral ( homem = +/ 45cm e mulher = menor); ✓ Cranialmente limitase com o bulbo no nível do forame magno e caudalmente termina no nível da segunda vértebra lombar; ✓ Termina afilandose para formar o cone medular e o filamento terminal. A medula espinhal estendese do forame magno do osso occipital até a parte superior da segunda vértebra lombar. FORMA E ESTRUTURA GERAL ■ Forma aproximadamente cilíndrica, ligeiramente achatada no sentido antero posterior; ■ Seu calibre não é uniforme, pois apresenta 2 dilatações (intumescência cervical e lombar); ■ Sua superfície apresenta 1 fissura e 4 sulcos longitudinais; ■ No corte transversal da medula espinhal → interno = substância cinzenta e periférico = substância branca; Substância cinzenta ■ Constituída de neuróglia, corpos de neurônios e fibras predominantemente amielínicas; ■ Apresenta forma de H ou de borboleta; ■ Dividida em 3 colunas/cornos: ✓ Coluna Anterior (de onde saem as radículas anteriores ou motoras); ✓ Coluna Lateral (só aparece de T1 a L2 , abriga neurônios préganglionares do SN simpático); ✓ Coluna Posterior (onde entram as radículas posteriores ou sensitivas). ■ No centro da substância cinzenta, está o canal da medula = região onde se encontra a comissura cinzenta ou intermédia central. Substância Branca ■ Constituída de neuroglia e fibras predominantemente mielínicas que sobem e descem na medula; ■ Podem ser agrupadas de cada lado em 3 funículos; ✓ Funículo Anterior (entre a fissura medial anterior e sulco lateral anterior); ✓ Funículo Lateral (entre sulco lateral anterior e lateral posterior); ✓ Funículo Posterior (entre sulco lateral posterior e mediano posterior) → na porção cervical da medula, dividese em fascículo grácil e cuneiforme pelo septo intermédio posterior. CONEXÕES COM NERVOS ESPINHAIS – SEGMENTOS MEDULARES ■ Os filamentos radiculares que emergem dos sulco lateral anterior e sulco lateral posterior se unem para formar, respectivamente, as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais; ■ As raízes ventral e dorsal se unem a cada nível para formar o nervo espinhal, distalmente ao gânglio espinhal, presente na raiz dorsal; ■ O segmento medular é demarcado pelas radículas correspondentes a cada nervo espinhal; ■ Os nervos espinhais são formados por fibras motoras (ventrais) e fibras sensitivas (dorsais); ■ Existem 31 pares de nervos espinhais: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo; ■ Quando emergem da coluna vertebral os nervos espinhais se unem de cada lado, em 3 pontos para formar os plexos cervical, braquial e lombossacro. TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR ■ No adulto a medula termina no nível da 2ª vértebra lombar = L2 ; ■ Abaixo de L2, o canal vertebral contém prolongamentos das raízes nervosas dos nervos espinhais mais caudais e as meninges que, junto com o cone medular, formam a cauda eqüina; ■ A diferença entre o tamanho da medula espinhal e da coluna vertebral ocorre porque a coluna óssea cresce mais que a medula; ENVOLTÓRIOS DA MEDULA ESPINHAL ■ As membranas que envolvem a medula espinhal são: ➢ duramáter; ➢ Aracnóide; ➢ piamáter. Dura máter ■ Duramáter: ✓ + externa; ✓ possui grande número de fibras colágenas; ✓ + espessa e resistente; ✓ envolve toda a medula como se fosse um dedo de luva = saco dural. ✓ seus prolongamentos embainham os nervos espinhais continuando como epineuro. ■ Aracnóide: ✓ Localizase entre a duramáter e a piamáter; ✓ Compreende um folheto justaposto a dura máter e se une através das trabéculas aracnóides à pia –máter; ■ Pia – máter: ✓ Membrana + interna e delicada,aderida à superfície da medula espinhal; ✓ Se adere intimamente ao tecido nervoso e penetra na fissura mediana anterior; ✓ De cada lado da medula espinhal forma uma prega longitudinal = ligamento denticulado; ✓ Continua caudalmente ao cone medular formando o filamento terminal que perfura o saco dural no nível da 2ª vértebra sacral, formando o filamento da duramáter espinhal que ao inserirse no periósteo da superfície dorsal do cóccix, forma o ligamento coccígeo. ■ São 3 os espaços entre as meninges: ✓ Epidural ou extradural (entre duramáter e periósteo do canal espinhal, contém tecido adiposos, grande número de veias e o plexo venosos vertebral interno); ✓ Subdural (entre duramáter e aracnóide, fenda estreita com pequena quantidade de líquido para não aderirem às membranas); ✓ Subaracnóideo (contém maior quantidade de líquor) As meninges são revestimento de tecido conjuntivo que circunda o encéfalo e a medula espinhal Granula��es Aracn�ides Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. ■ OBS: A exploração clínica do espaço subaracnóideo entre as segundas vértebras lombar e sacral (L2 e S2) são realizadas com as seguintes finalidades: ✓ Fins terapêuticos; ✓ Diagnósticos (meningites, hemorragias); ✓ Medida de pressão do líquor; ✓ Introdução de substâncias para contraste em radiografias (ar, iodo); ✓ Anestésicos → anestesias raquidianas e epidurais. Punção Liquórica Visão dorsal do pescoço dissecado. * Demonstração da dura máter cervical aberta expondo a medula espinhal. *Observamse os nervos cervicais e a formação do plexo braquial. É possível identificarse os gânglios das raízes dorsais. Leitura complementar • NEUROANATOMIA FUNCIONAL – Ângelo Machado – capítulos 4 e 15. • FUNDAMENTOS DE NEUROANATOMIA – Ramon Cosenza – capítulo 6. • NEUROANATOMIA – Marco Antônio Rocha – capítulo 1.
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