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TRAUMA ORTOPÉDICO

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TRAUMA ORTOPÉDICO
Cirurgias, Assistência de Enfermagem, Semiologia e Risco Cirúrgico
Eudes Wendell
Katia Gemaque
Mayara Sales
Sérgio Silva
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Trauma ortopédico
O trauma ortopédico é definido como lesões músculo esqueléticas resultantes de acidentes que variam desde traumas de baixa energia, como acidentes domésticos, quedas simples, entorses; até traumas de alta energia, como acidentes de trânsito, queda de alturas ou mesmo resultantes de esporte de alto rendimento. 
Cirurgia DO TRAUMA 
A especialidade do trauma ortopédico foca nos procedimentos de urgência e emergência, realizados em pacientes que sofreram algum tipo de fratura nos membros inferiores ou superiores. Esse tipo de paciente diferencia-se dos outros devido à necessidade de atendimento o mais breve possível (dentro da primeira semana após o trauma), muitas vezes necessitando de intervenções cirúrgicas nesse período, ou em alguns casos é necessário a manipulação, imobilização e acompanhamento da evolução da fratura.
Cirurgias ortopédicas: subespecialidades
Ortopedia infantil;
Traumatologia do aparelho locomotor;
Cirurgia de ombro e cotovelo;
Cirurgia da coluna vertebral;
Artroscopia e traumatologia desportiva;
Oncologia ortopédica;
Cirurgias da mão;
Cirurgia do quadril;
Cirurgia do joelho;
Cirurgia do pé e tornozelo;
Lesões elementares em traumatologia
Fratura é a lesão traumática associada à solução de continuidade do osso. Nessas lesões com frequência se faz necessária a reabilitação física e profissional destes traumatizados.
Luxação é a perda do contato entre as superfícies articulares. Pode ser de natureza traumática, congênita ou patológica e seu atendimento requer mais urgência do que os das fraturas.
Entorse é o estiramento ou rompimento dos ligamentos, tecido fibroso que liga os ossos e as articulações.
Ferimento com extensão <1 cm
sem evidência 
de contaminação.
 
Ferimento com
extensão >1 cm
sem tecido mole
arrancado do osso.
Ferimento grande com cobertura adequada do osso por tecidos moles.
Ferimento grande com avulsão do periósteo. Osso exposto.
Ferimento grande com lesão arterial importante.
luxação
entorses
Assistência de enfermagem
Cuidados no pré-operatório
O principal cuidado é a prevenção de infecção uma vez que tratamento de infecções ósseas podem ser demorados, podendo levar a cronicidade, instalando-se um quadro secundário de osteomielite.
Atender o paciente conforme suas necessidades psicológicas (esclarecimento de dúvidas);
Avaliar o estado nutricional;
Verificar SSVV;
Estimular hidratação;
Pesar o paciente;
Colher materiais para exames conforme prescrição médica;
Orientar higiene oral e corporal antes de encaminhar o paciente para o centro cirúrgico;
Assistência de enfermagem
Preparo da área operatória
Deve ser cuidadosamente efetuado, pois é um dos fatores que contribui para prevenção de infecção:
Remoção de gorduras e detritos da pele;
Tricotomia x integridade da pele;
Cuidados com as unhas;
Assistência de enfermagem
Cuidados no transoperatório
Os cuidados não se restringem somente à prestação de cuidados diretos ao paciente. Para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias certas condições que a enfermagem deve prover:
Material para anestesia e cirurgia (soluções, pomadas, material para curativo, medicamentos, instrumental, etc.);
Verificar condições de limpeza da sala; 
Posicionar equipamentos móveis (suporte para soros, baldes para lixo, escadinha, suporte de hampers, etc.);
Observar segurança da sala como posicionamento dos fios e chão molhado;
Assistência de enfermagem
Recepção no Centro Cirúrgico
A atuação da enfermagem nesse período necessariamente requer que seus profissionais tenham conhecimento a cerca de todos os eventos que acontecem durante o procedimento cirúrgico;
Realizar leitura do prontuário do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação do paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido;
Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram devidamente realizados, como a administração de medicamentos do paciente;
Verificar SSVV;
Assistência de enfermagem
Assistência no CRPA
Permanecer na sala de CRPA até o paciente recuperar 50% a 75% dos SSVV;
Avaliar SSVV de 15/15 min e depois de 30/30 min;
Avaliar oxigenação, estimulando o movimento respiratório;
Observar ocorrência de vômitos, lateralizar cabeça;
Limpar vias aéreas e aspirar se necessário;
Manter vigilância, manter curativo limpo e seco;
Tomar medidas para aliviar a dor;
Realizar balanço hídrico;
Informar a família sobre o estado do paciente;
Assistência de Enfermagem
Cuidados no pós-operatório
Receber e transferir paciente da maca para o leito com cuidado, observando sondas e soro etc.
Posicionar o paciente no leito, conforme tipo de anestesia;
Controle térmico, manutenção da função respiratória;
Observação do estado geral;
Verificação de anormalidades no curativo;
Observação do funcionamento de sondas, cateteres e drenos;
Controle dos SSVV;
Realização de mudança de decúbito;
Observar o estado de consciência;
Administrar medicações conforme prescrição;
semiologia
Os fundamentos da semiologia ortopédica são apresentados, divididos em: inspeção geral, exame da marcha e dos segmentos do sistema músculo esquelético: coluna vertebral, ombros, cotovelos, mão, quadris, joelhos e pés.
A semiologia ortopédica engloba todos os passos técnicos comuns à semiologia de outros aparelhos e adiciona a avaliação da movimentação articular, força e alguns testes específicos. O exame deve ser metódico e realizado sempre na mesma sequência.
semiologia
Inspeção geral: O paciente deve ser examinado de frente, de costa e de ambos os lados. Atenta-se para postura, simetria corpórea, atitudes e capacidade de movimentação. Deve-se tomar distância suficiente para se ter visão global do indivíduo.
Exame da marcha: Marcha é a sequência dinâmica de eventos que permitem que o indivíduo se desloque, mantendo a posição bípede. A marcha normal é clica, com fases alternando-se com o apoio e balanço do membro inferior.
SEMIOLOGIA SEGMENTAR
 A coluna divide-se em segmentos cervical, torácico, lombar e sacral. 
O segmento cervical tem curvatura lordótica, isto é, de concavidade anterior e termina em C7, cujo processo espinhoso é o mais saliente da região e serve como reparo anatômico. Patologias degenerativas senis tendem a aumentar a curva lordótica.
A coluna torácica tem curvatura cifótica estimada radiologicamente em, no máximo, 40 graus. Processos senis, principalmente osteoporose, levam o aumento progressivo da curvatura (corcunda), provocando acentuação da prega transversal na transição do tórax com o abdômen.
SEMIOLOGIA SEGMENTAR
A coluna lombar tem curvatura lordótica que pode estar aumentada ou diminuída. O segmento lombar é o mais móvel e o responsável pela maior parte da mobilidade do tronco. A pesquisa da movimentação é feita com o indivíduo de pé sendo: flexão, extensão, inclinação lateral direita e esquerda, rotação (torção) direita e esquerda.
Manobra de inclinação do tronco ou de Adams para
visualizar melhor a assimetria provocada por uma escoliose. Quando o paciente se inclina ocorre saliência de um dos lados (giba).
Risco cirúrgico
O tratamento cirúrgico traz consigo todos os riscos de uma cirurgia (riscos anestésicos, infecção, etc.), mas tem o grande mérito de, por meio de um alinhamento anatômico e estabilização adequada dos fragmentos, permitirem reconstituições adequadas e reabilitação precoce. 
Ao se considerar o tratamento de uma fratura devem ser levadas em consideração as características clínicas do paciente como:
 risco cirúrgico;
 profissão;
 idade;
 lado dominante, etc.. 
Risco cirúrgico
Para se operar uma fratura é necessário o estudo prévio e planejamento de cada caso, com opção pela técnica mais adequada. A assepsia e antissepsia devem ser rigorosas e o trato com as partes moles e o osso não deve acrescentar traumas que possam comprometer o resultado
final como, por exemplo, interferência com a vascularização, ou causar lesões de nervo.

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