Tipos de pesquisa ALunos

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Pesquisa em Psicologia 
Principais Tipos de Pesquisa: 
Pesquisa descritiva e experimental 
Pesquisa Básica e Aplicada 
 
Classificação das pesquisas 
Seis dimensões: 
1. Natureza 
2. Finalidade 
3. Tipo 
4. Estratégia 
5. Temporalidade 
6. Delineamento 
 
 
Natureza da Pesquisa 
• Qualitativa e quantitativa: 
 
 
• Diferentes pontos de vista 
 
Finalidade 
• Básica ou fundamental: 
Conhecimento científico 
 
• Aplicada: 
Finalidade comercial 
Tipos 
• Descritiva 
• Experimental 
Estratégias 
• Coleta de dados: 
Local 
Método de coleta 
Instrumentos 
Sujeitos 
• Fonte de informação: 
Sujeitos (pessoas ou animais) 
Fenômenos (eventos sociais, físicos) 
Objetos (estrelas e planetas, substâncias químicas, etc) 
• Atentar para diferença de pesquisa documental: 
revisão bibliográfica 
Temporalidade e Delineamento 
• Longitudinal: investigação ao longo do tempo 
Tipo 
Operativo 
Posição do 
Investigador 
Referência 
temporal 
Desenho do Estudo 
Agregado 
Observacional 
Transversal Estudo ecológico 
Longitudinal 
Estudo ecológico de 
séries temporais 
Intervenção Longitudinal Ensaio comunitário 
Indivíduo 
Observacional 
Transversal Inquérito (Survey) 
Longitudinal Coorte e caso-controle 
Intervenção Longitudinal Ensaio clínico 
Almeida Filho & Barreto, 2012 
Temporalidade e Delineamento 
Estudo transversal 
Transversal: dados em um determinado 
momento do tempo (“fotografia”) 
 
• Exposição e doença determinadas 
simultaneamente. Em geral uma única vez. 
• Não é possível distinguir a temporalidade dos 
eventos. 
• Sugere a presença de associação entre 
desfecho e fatores de risco 
Estudo Transversal 
Estudo transversal - usos 
 Descrever a frequência de doenças; 
 Medir a frequência de doenças; 
 Medir a frequência e características de fatores de risco 
conhecidos; 
 Identificar novos fatores de risco; 
 Planejar serviços e programas de saúde; 
 Avaliar serviços e programas de saúde. 
Tipos de estudos (indivíduo) e perguntas 
EXPERIMENTAL OBSERVACIONAL ou 
Ensaio Clínico Coorte 
Casos- 
controles 
Transversais/ 
Prevalência 
A intervenção funciona? 
Qual a causa dos 
problemas de saude? 
Qual a frequência dos problemas de saúde? 
CASOS e CONTROLE 
Tempo 
Efeito Exposição 
Efeito 
Tempo 
COORTES 
(ou de incidência ou longitudinais) 
Exposição 
Tempo 
TRANSVERSAIS (direção do tempo) 
Exposição 
SIM 
NÃO 
Caso 
Não 
Caso 
Caso 
Não 
Caso 
Doença 
Tempo 
Início 
do 
Estudo 
Prospectivo 
ESTUDO DE COORTE 
População 
livre de 
doença 
 Usos para estudos de seguimento: 
 monitorizar a incidência de doença 
 identificar os determinantes para ocorrência da doença 
 monitorizar a sobrevida associada à doença 
 identificar fatores associados à progressão da doença 
 Indicações para um estudo de coorte : 
 Quando há forte evidência da associação entre exposição e 
doença 
 Quando a exposição é rara, mas a incidência entre expostos é 
elevada 
ESTUDO DE COORTE 
OUT 
06 
QUI 
12 
doentes 
10% frequência 
108 
mulheres 
OUT 
27 
QUI 
2016 
2016 
2017 
2017 
2017 
2018 
2018 
OUT 
27 
SÁB 
2018 
OUT 
27 
SÁB 
Longitudinal 
Identifica novos casos de 
uma situação ou doença 
 
Grupo caso 
(doentes) 
 
 
Grupo 
controle 
(não doentes) 
 
exposto 
não exposto 
exposto 
não exposto 
CASO-CONTROLE 
Avaliação da exposição 
 
 
 
 
• Estudo observacional, analítico, unidade de análise 
indivíduo 
• Se inicia com a identificação de pessoas com desfecho 
específico – doença, óbito ou sequela, (casos) e um grupo 
de controle sem o desfecho (controle). 
• % de casos expostos Vs % de controle expostos 
• Identificar fatores que ocorram com maior frequência em 
casos do que em controles, 
• Que poderiam elevar ou reduzir o risco de 
desenvolvimento do desfecho. 
• Unidade de análise sujeito (indivíduo ou animais) 
Mede o que se espera modificar 
 Aplica-se um experimento  acompanha ao longo do 
tempo  mede novamente o que esperava modificar 
 analisa se houve mudança após o experimento ou 
não 
 Estudos experimentais laboratoriais 
 Estudos experimentais clínicos: 
 Ensaio clínico ou Intervenção 
Estudos 
OBSERVACIONAIS 
Transversal 
Caso-controle 
Coorte 
Formulação de hipótese p/ 
Estudos EXPERIMENTAIS 
Incluindo os EC 
Passos no Desenvolvimento da Intervenção 
Desenvolvimento da intervenção 
Avaliação da intervenção 
Piloto 
Conhecimento 
teórico – Estudos 
observacionais 
Operacionalização 
da intervenção 
Ensaio clínico 
definitivo 
0 3 6 9 12 15 
Convencional (1138) 
Intensivo (2729) 
%
 p
a
c
ie
n
te
s
 c
o
m
 e
v
e
n
to
 
Anos de randomização 
Redução risco: 16% 
p = 0,052 
0 
10 
20 
30 
IAM e morte súbita 
UKPDS Group. Lancet 1998 
Controle Glicêmico e Risco CV 
United Kingdom Prospective Diabetes Study 
(UKPDS) 
Trabalho: Projeto de pesquisa 
Apresentação e Entrega 2 aulas anteriores à AV2 
Chamada 
ROTEIRO DE PERGUNTAS PARA O FILME 
“E A VIDA CONTINUA” 
 
1. O que desencadeou a investigação da doença? 
 
2. Quais as ações desencadeadas a partir do alerta do CDC? Foi 
utilizado algum tipo de raciocínio no processo de investigação? Como 
foram construídas as evidências? 
 
3. Pensando em tipos de estudos, como classificamos o estudo feito no 
filme? 
 
4. Quais foram os “efeitos colaterais” observados no processo de 
investigação? Quais as principais implicações da adoção da categoria 
de grupo de risco como abordagem de prevenção do agravo? 
 
5. Quais conflitos de interesse aparecem no filme? As evidências 
produzidas tornaram-se políticas publicas? 
1.1. O momento inicial – o “estranhamento” 
1.2. Nos atendimentos clínicos os profissionais passam a identificar: 
Aumento inusitado no número de casos de pessoas com 
pneumonia por pneumocistis carini com evolução fatal - 
doença que aparece em indivíduos imunodeprimidos; 
Aparecimento de vários casos de câncer de pele (Sarcoma de 
Kaposi) em adultos jovens e com evolução grave – diferente 
da evolução, do padrão de faixa etária e do grupo 
populacional que costumava atingir – italianos acima de 60 
anos; 
Identificação de casos principalmente em homens, jovens e 
gays. 
Os casos com evolução inusitada são notificados ao sistema 
de saúde. 
1. O que desencadeou a investigação da doença? 
2.1. Estudar e acompanhar os casos estranhos 
Caracterizar o quadro clínico e a evolução do caso (atípica, grave e letal). 
Identificar características comuns das pessoas que adoeciam: idade, 
sexo, estado civil, hábitos; 
Buscar pessoas acometidas para coletar mais informações além das 
existentes nos prontuários médicos, saber de contato com outros casos 
semelhantes - Busca ativa de novos casos. 
 
Permite identificar: que acometiam mais homens gays, jovens com 
atividade sexual intensa, que frequentavam sauna (não se sabe a 
transmissão) num primeiro momento – causa também aumento da 
estigmatizarão, do pré-conceito – peste gay, câncer gay, “castigo divino” 
para os que tinham comportamento aberrante? - conflito de fechar ou 
não as saunas – ainda mecanismo desconhecido 
2. Quais as ações desencadeadas a partir do alerta do CDC? 
Foi utilizado algum tipo de raciocínio no processo de 
investigação? Como foram construídas as evidências? 
Estudo quantitativo observacional e ao longo do tempoObjetivo: 
Descrever as características da doença (quem ela atinge, como atinge, 
etc) 
Mas principalmente ... 
Identificar a causa da mesma (o que é o agente causador? Como é 
transmitido? Onde fica?) 
3. Pensando em tipos de estudos, como classificamos o 
estudo feito no filme? 
• O preconceito; a estigmatização em “grupos de risco”, que além do 
sofrimento das pessoas, da segregação (medo do toque, abraço e 
prestar assistência) também possibilitou o aumento da epidemia ao 
considerar que os outros não corriam risco de contrair a doença e, 
portanto, não precisariam se proteger – conceito de grupo de risco, 
comportamento de risco e vulnerabilidade; 
• Epidemiologia ou a observação e associações que fazemos no 
coletivo não se aplicam da mesma maneira no caso singular, a 
epidemiologia não identifica todas as necessidades de saúde; 
 4. Quais foram os “efeitos colaterais” observados no processo de 
investigação? Quais as principais implicações da adoção da categoria 
de grupo de risco como abordagem de prevenção do agravo? 
O caso do fechamento das saunas (não se conhecia bem os mecanismos 
de transmissão) – reforça mais X luta pelo reconhecimento e respeito, 
O dono de uma sauna, com interesse majoritariamente econômico 
Falta de recursos para investigação principalmente quando estava 
circunscrita a comunidade gay - luta por verbas. 
Interesse econômico (exames e gastos com uso de sorologia para 
transfusão) X a possibilidade de evitar casos de uma doença fatal, 
fechamento das saunas. 
Conflito de ética acadêmica (vaidade) : Robert Gallo 
Conflito de interesses políticos (diversos) – isso interfere em diversas 
questões, inclusive no financiamento para pesquisas e conseqüências 
relacionadas a seus resultados. 
Pesquisas e descobertas melhoram a vida, diminuem o numero de 
mortes X acesso. 
5. Quais conflitos de interesse aparecem no filme? As evidências 
produzidas tornaram-se políticas publicas? 
Metodologia Qualitativa 
 
•Metodologia qualitativa mais recente - dec 20: antropologia 
Malinowski (estudo com comunidades nativas da Oceania para 
observação da cultura) --> Método etnográfico 
• Maior importância na área da saúde: mais que qualificar, mas 
sim as vivências e as situações estudadas serem significadas pelo 
indivíduo ou pelo coletivo. 
• Significado: estruturante em como as pessoas significam as 
coisas em sua vida, também como vivenciam o processo de saúde 
e adoecimento 
Metodologia Qualitativa 
 
•Entendimento do significado individual ou coletivo de 
determinada condição (doença, agravo, etc) 
• Método qualitativo nas Ciências Naturais é diferente daquele das 
Ciências Humanas e da Saúde. 
• Denzin e Lincoln: estudo das "coisas" em seu setting natural com 
o objetivo de dar sentido, entender qual o significado de tal 
fenômeno para aquele que o vivencia 
•Bogdan e Biklen: entendimento do processo de significação para 
determinadas culturas, individuos ou comunidades 
 
 
 
 
 
Metodologia Qualitativa 
 
• Principal foco: conhecer em profundidade as vivências e as 
significações feitas pelo individuo e não medir comportamento 
• Morse e Field (enfermeiras): 
•Métodos indutivos (dados do campo), holísticos, êmicos (sob 
a perspectiva do olhar do entrevistado), subjetivos e 
orientados; 
•Usados para compreender, interpretar, descrever e 
desenvolver características relacionadas ao fenômeno (à 
situação, adoecimento, condição de saúde, etc) ou ao setting. 
 
Metodologia Qualitativa 
 
•Minayo: método estruturado que visa incorporar a questão do 
significado e da intencionalidade como inerente as ações, às 
relações e às estruturas sociais. 
•Estruturas sociais: como sendo interferindo no advento das ações 
e na transformação das mesmas. 
•Método clínico-qualitativo: setting das vivências em saúde: visa 
interpretar significados (psicológicos, sociais-culturais) trazidos 
pelo indivíduo, sobre os múltiplos fenômenos relacionados ao 
processo saúde-adoecimento. 
 
Metodologia Qualitativa 
 
--> uso de referencial teórico que irá auxiliar na discussão dos 
resultados. 
Olhar interdisciplinar pautado em 3 pilares: 
•Existencialista --> acolhimento das angústias e ansiedades da 
existência humana 
•Clínica --> Aproximação terapêutica 
•Psicanalítica --> escuta de aspectos psicodinâmicos mobilizados 
 
 
Características do método qualitativo 
 
1.Busca de significado das coisas 
2.Ambiente natural do sujeito como campo de investigação 
3.Pesquisador como o próprio instrumento da pesquisa 
4.Metodo com força no rigor da validade dos dados coletados: 
estuda tende a levar o pesquisador mais próximo a essência do 
fenômeno 
5.A generalização não é dos resultados, mas sim dos 
conhecimentos originais produzidos. 
Atividade em sala de aula 
 
Ler Resumo, Introdução e Métodos dos artigos e identificar: 
- Qual o objetivo do estudo? 
- Qual o método utilizado? 
- Qual instrumento usado para avaliação dos resultados?