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anotações de aula do 1º gq e 2º hq - José Mário Wanderley - Processo Civil II

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Anotações de aula referentes à cadeira de Processo Civil II, de autoria de Paulo Roberto 
Xavier. 
 
 
PROCESSO CIVIL II 
 
02/08/2016 
 
Processo de conhecimento 
Prof. Jose Mario Wanderley 
 
Todos os atos a serem praticados no projeto a fim de conter lesão a direito material. 
 
Verificar se houve, ou não, violação ao direito material e , se constatada a lesão, agir contra 
a mesma, a partir da narrativa autoral. 
 
Grande parte da demanda forense se constitui de processos de conhecimento. 
Ação é provocar o judiciário, pois o judiciário é inerte - princípio da inércia processual. 
Ação varia em função do pedido. 
toda vez que a norma prevê um direito material, sem a correspondência de um procedimento 
específico, utilizar-se-á o processo de conhecimento. 
O processo de conhecimento também é muito utilizado pela aplicação subsidiária aos demais 
procedimentos, naquilo que ele é silente. 
A disposição sobre a petição inicial do processo de conhecimento se aplica a qualquer outro 
processo. 
O processo de conhecimento não se limita apenas ao provimento declaratório. 
 
Conhecimento 
1° grau - 
1. Petição inicial 
 
 
2. Sentença 
 
2° grau - recursal - processo civil III 
 
Trânsito em julgado - processo civil IV 
Execução 
Entrega da pretensão 
 
Diferença entre processo e procedimento 
 Processo = relação processual (direitos, deveres, relação jurídica) + procedimento (atos, 
concreto). 
O processo é a relação jurídica e o procedimento são os atos concretos que concretizam o 
processo. 
 
Procedimento comum ordinário - rito geral. 
Procedimento dos juizados especiais - rito diferenciado. 
Apesar da diferença, aplicam-se a ambos o proceso de conhecimento 
 
Assuntos a revisar 
TGP 
• Modos de resolução de conflito. 
• Princípios. 
• Jurisdição - competência. 
• Ação. 
• Processo. 
Processo ciivil I 
• Partes - incluindo litisconsórcio. 
• Juiz - incluindo competência. 
• Advogado. 
 
• MP. 
• Terceiros. 
• Atos processuais: 
a. Forma dos atos 
b. Nulidades 
c. Tempo e lugar dos atos 
d. Espécie de atos 
e. Prazos. 
 
Bibliografia. 
Livre a indicação. 
Didier, Marioni e Humberto Theodoro. 
 
Prova - 
4 questões abertas. 
 
04/08/2016 
Formação e suspensão do processo 
 
Premissas: 
 
• Princípio da inércia processual: 
A jurisdição não atua de ofício, apenas quando provocado por aquele que quer ter a sua 
pretensão deduzida em juízo, para a resolução do mérito. 
Caso não haja interesse processual, o processo é extinto sem resolução de mérito. 
A partir da provocação do judiciário, o processo segue tramitação por impulso oficial. 
 
Ação = direito de provocar o judiciário, o direito de agir é potestativo. 
A petição inicial é o ato solene para expressar o direito de ação. 
 
 
• Relação processual e procedimento 
Processo = composto por relações processuais e procedimentos, sendo aquelas o abstrato, 
os deveres processuais das partes e os procedimentos são os conjuntos de atos. O processo 
é a soma dos dois elementos. 
 
Formação do processo. 
Forma-se o processo no momento imediatamente posterior ao exercício do Direito de ação. 
A partir do ato solene de declarar sua vontade de provocar o poder judiciário e de iniciar o 
processo, exercido através da distribuição da petição inicial no órgão competente, a qual 
tornar-se-á o primeiro ato do procedimento iniciado. Distribuição da petição inicial. 
Não é suficiente redigir a petição inicial, nem tão pouco a declaração expressa dessa vontade, 
pois é necessária a distribuição da petição inicial no órgão competente. 
 
TRAMITAÇÃO 
 
1. Distribuição da petição inicial. 
1° ato do procedimento. 
 
O órgão que recebe a petição inicial é o distribuidor. 
O processo se inicia com a distribuição formal da petição inicial. 
Considera-se o processo iniciado a partir da verificação de seus efeitos. 
A redação da peça, e pagamento das custas, são momentos pré-processuais. 
As normas de direito material se aplicam a partir desse momento. 
 
Suspensão do processo (sobrestamento) 
Iniciado o processo, após a provocação do poder judiciário, ocorrerá a sua tramitação regular 
caracterizada pela prática de atos processuais em sequência, por impulso processual, até que 
ocorra o término do processo pela efetiva entrega da pretensão e consequente resolução do 
conflito. 
A tramitação do processo, até a resolução com ou sem mérito, por impulso oficial. 
 
Entretanto, em situações excepcionais, expressamente tipificadas na norma processual, para-
se a prática de atos por tempo determinado ou indeterminado, até que sejam removidas as 
causas de suspensão, permitindo-se a retomada da prática de atos a partir do ponto que 
cessou. 
A suspensão temporária, por tempo determinado ou indeterminado, da prática de 
procedimentos, não a relação processual. 
A tramitação será retomada a partir do último ato do procedimento antes da suspensão. 
 
• Suspensão é excepcional. 
• Hipóteses taxativas de suspensão previstas em lei, não cabendo ao magistrado ou às 
partes. 
 
Obs: durante a suspensão do processo é vedada a prática de atos processuais pelas partes, 
ou pelo juízo, salvo os atos urgentes ou os atos para evitar o perecimento de direitos. 
• Urgentes: o ato. 
São aqueles que, por características específicas, deverão ser praticados naquele momento 
sob o risco de inviabilização posterior do próprio ato processual. 
O critério de urgência é a viabilidade da prática do ato depois da suspensão. 
 
• Para evitar perecimento do objeto: o objeto. 
Quando circunstâncias externas ao processo estiverem colocando em risco a integridade do 
bem jurídico objeto do processo, admite-se a tomada provisória de providências durante a 
suspensão apenas para a proteção deste objeto. 
Ex: alienação judicial de bem perecível. 
Antecipação de tutela. 
Liminar. 
Durante a suspensão da tramitação, também se admite a prática de atos para remover a 
suspensão. 
 
obs2: prazos pendentes durante a suspensão. 
Iniciada a contagem do prazo em momento imediatamente anterior à causa de suspensão, 
este prazo será retomado ao fim da suspensão pelo exato período em que faltar. 
 
 
09/08/2016 
HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO PROCESSO - Art. 313 do CPC 
Pressupostos processuais subjetivos da parte: 
Parte: 
• Capacidade de ser parte: PF ou PJ podem ser parte. 
• Capacidade de estar em juízo: Aqueles que tem capacidade plena para os atos da vida 
civil. Os incapazes precisam ser representados. 
• Capacidade postulatória: Advogado. 
Satisfeitos os três, está construída a capacidade processual. 
As três capacidades devem estar presentes quando da formação do processo e continuarem 
presentes neles. 
 
I - Morte ou perda da capacidade processual 
1.1 Morte: 
• Da parte: o tomar conhecimento da morte da parte, o juiz suspenderá o processo por 
prazo indeterminado até que sejam intimados todos os sucessores prováveis para, 
querendo, realizar a chamada habilitação. Isto é, assumir o processo do lugar da parte 
falecida. 
a suspensão perdura a intimação. Podendo, ou não, haverem habilitados. Com a intimação 
do último, o prazo voltará a fluir. 
O único ato que pode ser praticado durante essa suspensão é a intimação de todos os 
prováveis sucessores. 
 
Caso não haja habilitação: 
• Para os herdeiros, se não se habilitarem, serão responsáveis pelas consequências do 
processo. 
 
• Representante 
A presença de um representante legal era necessária para o preenchimento da capacidade 
deestar em juízo da parte incapaz, sendo a sua morte causa de suspensão do processo por 
prazo indeterminado até que seja efetivamente substituído o representante. 
A única consequência possível é a substituição do representante, o incapaz não pode ser 
prejudicado. 
 
 
• Procurador 
A morte do procurador afeta a capacidade postulatória, sendo necessário suspender o 
processo por prazo determinado, durante o qual deverá providenciar a indicação de novo 
advogado ou defensor público. 
Prazo determinado. 
Obs: se o autor deixar de indicar novo advogado, o processo será extinto. 
Se o réu deixar de indicar, o processo continua sem a sua participação, até que ele indique. 
 
Obs2: se a procuração original outorgava poderes a dois ou mais advogados, a morte de um 
deles não produz a suspensão do processo. 
 
1.2 Perda da capacidade 
• Parte 
• Representante legal 
• Procurador 
Aplica-se o mesmo que é disposto pela morte do procurador. 
 
2. Por convenção das partes. 
O processo pode ser suspenso por até 6 meses, pela vontade das partes. 
Independe de decisão judicial. 
Um prazo limite inferior a 6 meses pode ser convencionado pelas partes 
O processo só pode ser suspenso por este motivo, mesmo que o prazo tenha sido suspenso 
por prazo limite inferior a 6 meses. 
 
Obs: a prática de qualquer ato processual pelas partes faz presumir o desaparecimento da 
vontade conjunta e encerra a suspensão do processo. 
 
3. Pela arguição de impedimento ou suspensão 
Neste caso, o processo ficará suspenso por prazo indeterminado até que o órgão superior 
decida sobre o impedimento ou suspeição do juiz. 
 
O tempo que o tribunal levará para julgar se o juiz é impedido ou suspeito. 
 
Obs: a arguição desmotivada da matéria, com claro propósito de retardar o processo, 
configura ato de litigância de má fé. 
 
4. Pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas - IRDR 
Recebido o incidente pelo tribunal, o processo ficará suspenso pelo prazo necessário ao 
julgamento do referido incidente, de modo a evitar a existência de decisões divergentes. 
Todos os processos de mesma matéria permanecerão suspensos até o IRDR. 
A decisão do IRDR valerá para todos aqueles processos. 
 
5. Quando a sentença de mérito: 
Trata-se da hipótese de suspenso por prejudicialidade, na qual o processo, aparentemente 
concluso para julgamento, permanecerá suspenso, por prazo indeterminado, aguardando 
informação necessária da resolução do conflito. 
 
5,1 depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de 
inexistência da relação jurídica que constitua o objeto de outro processo pendente. 
Processo de outra competência, a ser julgado por outro juízo. 
Ex: ação civil ex delicto: pedindo de indenização por um delito. O juiz do cível só pode julgar 
o mérito do processo quando o juízo criminal defina a autoria do crime, com o proferimento 
da sentença. 
Suspenso por prazo indeterminado. 
Ex: ação de execução numa vara cível aguardando uma ação de falência tramitando em outra 
vara. 
 
5.2 tiver de ser proferida somente após a verifica o determinado fato ou produção de 
certa prova, requisitada a outro juízo. 
Diligência pendente. O juiz só pode julgar após a diligência solicitada seja realizada. 
Como a carte precatória remetida a outro juízo, ou a produção de uma prova. 
 
6. Por motivo de força maior. 
 
Fatos naturais, ou sociais, que possam suspender a atividade forense do fórum. 
Como fatos sociais, pode ser uma greve. 
 
7.Quando se discutir em juízo questão decorrente de acidente e fatos de navegação de 
competência do tribunal marítimo. 
Na hipótese de litígios envolvendo embarcações, o juiz suspenderá o processo aguardando 
as provas produzidas pelo órgão arbitral chamado tribunal marítimo. 
 
8. Nos demais casos que este código regula: 
Este inciso permite a existência de hipóteses específicas de suspensão não enquadradas nas 
hipóteses gerais anteriores. 
Ex: a suspensão da fase de cumprimento enquanto se procura bens do devedor. 
 
11/08/2016 
PETIÇÃO INICIAL 
 
Premissas 
• Princípio da inércia processual: o judiciário é inerte, mas após a propositura da ação, o 
processo é movido por impulso oficial 
• Ação: direito de provocar o judiciário, direito público, subjetivo e incondicionado. Uma vez 
provocado, o judiciário não pode se negar a recepcionar e processar. Para o exercício do 
direito de ação, basta que o reclamante tenha a percepção de que teve seu direito material 
lesionado. O direito de ação é incondicionado pois é autônomo em relação ao direito 
material, nem há contraprestação. O direito de ação é potestativo, pois os efeitos 
dependem de uma declaração de vontade. Só há o exercício do direito de ação com a 
distribuição da petição inicial. 
• Sem a petição inicial, não há o exercício do direito de ação. 
A petição inicial consiste no instrumento previsto na legislação processual através do qual o 
direito de ação é exercido, provocando o poder judiciário para a obtenção do processo, 
tornando-se esse instrumento o primeiro ato do procedimento. 
 
Características da petição inicial 
• Formal: a liberdade na elaboração do instrumento esta circunscrita às normas de direito 
processual. Há liberdade para redigir, mas há limites. 
 
• Solene: aquele cujo os requisitos de forma integram a existência e a validade do ato. Na 
ausência dos requisitos de forma, o juiz vai ordenar a emenda da petição inicial, sob pena 
de extinção do processo. 
• Escrito: o instrumento é materializado sob a forma escrita. 
 
Obs: "queixa" dos juizados especiais (petição inicial oral): nos juizados especiais predomina 
a oralidade, o que não significa que todos os atos sejam orais. 
O procedimento dos juizados especiais admite que a parte ou seu procurador compareça ao 
órgão distribuidor desprovido de um documento escrito e declare, oralmente, a sua vontade 
de iniciar o processo, bem como as informações necessárias a preencher os requisitos 
obrigatórios da petição inicial. Entretanto, tais declarações serão, obrigatoriamente, reduzidas 
a termo e assinadas pelo declarante. 
 
Obs2: nos procedimentos que tramitem pelo PJe, o instrumento permanece sendo escrito, 
porém a entrega material do documento é substituída pelo envio dos arquivos com a 
respectiva informação e pela assinatura digital. 
 
Obs3: informalidade no procedimento dos juizados especiais: a informalidade do 
procedimento dos juizados não significa ausência de formas, mas sim redução de formas, 
com o propósito de facilitar a prática dos atos. 
 
Revisar: tempo e lugar do ato processual. 
O horário de expediente forense do foro é o tempo para a prática do ato processual, a 
distribuição da inicial. 
No PJe, o tempo para a prática do ato, a distribuição da inicial, é o horário de disponibilidade 
do sistema. 
 
16/08/2016 
REQUISITOS FORMAIS DA PETIÇÃO INCIAL - Art. 319 do CPC 
 
1. indicação do juízo a que se dirige - aplicação das regras de competência. 
Obs: competência. 
Qual a justiça competente? Competência absoluta, que é prevista na CF e nas CEs. 
• Eleitoral 
 
• Trabalhista 
• Federal 
• Estadual: Recebe tudo o que não for de competência nos demais ramos do poder 
judiciário, é da justiça comum estadual, competência residual. A autoridade é o juiz de 
direito. 
Qual o foro competente? 
Competência relativa em razão do lugar. 
Regra geral: domicílio do réu. 
Em se tratando de responsabilidade aquiliana, o foro é o local da ocorrência. 
 
Qual o juízo competente? 
Organização judiciária, que é definida por leis federais e leis estaduais.Organização judiciária 
significa a divisão de trabalho, por órgãos, do judiciário. 
Não se enquadrando em nenhuma vara especializada, a competência é da vara cível. 
Nas comarcas de vara única, ela é competente para qualquer matéria. 
Só não se submete ao sorteio da distribuição em caso de prevenção (juízo prevento, processo 
extinto sem resolução de mérito). 
 
Hipótese de prerrogativa de foro? 
Na maioria dos casos, não. 
Se for hipótese de competência funcional, as informações até então obtidas serão adaptadas 
aos órgãos internos do respectivo tribunal. 
Desembargador relator é a autoridade a quem se dirige, no caso de prerrogativa de foro em 
tribunal. 
 
2. Qualificação das partes - Art. 319, II do CPC 
A qualificação das partes tem a função de verificar a legitimidade para a causa e viabilizar a 
comunicação dos atos processuais. 
As informações descritas no inciso II do Art. 319 do CPC configura o mínimo que deverá ser 
apresentado para que a qualificação seja válida. Entretanto, quanto mais detalhada for a 
qualificação, mais eficiente ela será. São o mínimo de informações para viabilizar a 
propositura da ação. 
 
Obs1: A parte que não dispuser de todas as informações mínimas poderá, ainda assim, 
distribuir a petição a inicial, desde que expressamente requeira ao juiz a realização de 
diligências para a obtenção das demais informações. 
Obs2: Existe informação obrigatória da qualificação, não prevista no referido Art., qual seja, a 
indicação do endereço profissional do advogado. 
 
3. Causa de pedir – Art. 319, III do CPC 
As razões pelas quais foi procurado o poder judiciário. 
• Causa de pedir remota: origem do direito afirmado. 
• Causa de próxima: narra fática da suposta ameaça ou violação ao direito, o litígio. 
obs1: salvo o procedimento do JEC, considera-se não fundamentada a petição inicial 
fundamentada apenas em fatos. 
obs2: na fundamentação, a parte não está obrigada a reproduzir o teor da norma, bastando a 
simples referência. 
 
4. Pedido 
O pedido conterá o conjunto de providenciais a serem realizadas pelo poder judiciário para 
corrigir a lesão ou ameaça ao direito material. 
O pedido deve ser direcionado ao judiciário. 
 
5. Valor da causa 
Este requisito informa que será elaborado, conforme regras preestabelecidas no CPC, e 
servirá como base de cálculo para todas as obrigações decorrentes do processo. 
• custas. 
• Multas. 
• Honorários de sucumbência. 
• 
Regra geral: o valor da causa será equivalente ao benefício econômico pretendido, aquilo que 
a parte vai ganhar, ou deixar de perder com a procedência do seu pedido. 
Regras específicas: 
• Imóveis: o valor da causa é o valor da avaliação do imóvel. 
• Alimentos: o valor da causa equivale a 1 ano de pensão alimentícia. 
 
• Locação: o valor da causa é equivalente a 1 ano de aluguel. 
Havendo mais de um pedido desses, soma-se. 
 
Exceção: valor por estimativa. 
O valor é livremente estipulado pelo advogado. 
• Causas desprovidas de benefício econômico. 
• Quando não for possível quantificar desde logo o benefício econômico. 
 
6. Protesto por provas 
A parte autora deverá apresentar, desde o início, a maneira como pretende provar os fatos 
alegados na petição inicial através de uma das seguintes modalidades: 
• Genérico: a parte reserva em seu favor todos os meios de prova previstos na legislação, 
deixando para especifica-los após a defesa do réu, quando da abertura da fase de 
instrução. A vantagem é a possibilidade de escolher as provas em outro momento do 
processo. A desvantagem é que a escolha das provas é o juiz. 
• Específico: A parte indica, já na petição inicial, quais provas irá utilizar. A vantagem é que 
o juiz fica vinculado a produzir a prova que você pediu. A desvantagem é que não é 
admitido outro meio de prova. 
• Dispensa expressa: a parte afirma que os fatos alegados já estão provados pelos 
documentos que acompanham a inicial, dispensando a fase de instrução. A vantagem é 
que o processo será mais célere e a desvantagem é a preclusão do direito de produzir 
novas provas. 
 
Obs: o protesto por provas é o único requisito obrigatório da petição inicial cuja ausência 
jamais poderá resultar na extinção por indeferimento, mas tão somente na perda do direito de 
produzir provas. A consequência é a preclusão do direito de produzir provas. 
 
7. A opção pela realização, ou não, da audiência preliminar de conciliação ou mediação. 
Se a parte não se posicionar pela realização da audiência preliminar, ela é presumida e o juiz 
é obrigado a realizar a audiência preliminar. Obviamente, o direito de opção preclui 
 
 
 
 
19/08/2016 
4. Pedido 
O pedido conterá o conjunto de providenciais a serem realizadas pelo poder judiciário para 
corrigir a lesão ou ameaça ao direito material. 
O pedido deve ser direcionado ao judiciário. 
Os pedidos constituem um conjunto de providencias para que o poder judiciário possa sanar 
a ameaça, ou lesão, ao direito material. 
O conjunto de providencias é dirigido ao órgão judicial. 
O pedido não é dirigido ao réu, pois todas as oportunidades de o réu agir voluntariamente já 
se esgotaram. 
 
Características do pedido 
Todo pedido será certo e determinado. 
Certeza: o pedido será certo quando houver clareza em relação ao seu objeto (o que se 
pede?) Qual a providência a ser realizada. 
Determinação: clareza quanto ao seu alcance. Ou seja, quanto aos limites em que será 
apreciado. Alcance no sentido de como, quanto, quando, quem, de que maneira, etc... 
Esses requisitos são imprescindíveis à validade da petição inicial. 
Obs: a ausência de qualquer dessas características resultará na correção do pedido, sob pena 
de extinção do processo. 
 
Obs2: pedido certo e genérico 
Em situações excepcionais, expressamente previstas, o autor está autorizado a formular 
pedido certo sem precisar estabelecer, desde logo, os limites da sua apreciação, deixando a 
determinação para ser feita pelo juiz durante o processo. 
Hipóteses 
• Ações universais: são aqueles processos cujo o objeto do pedido esteja relacionado a 
uma universalidade de fato e de direito reconhecida pela legislação. Universalidade é um 
conjunto de bens que, por ficção jurídica, são tratados como um só ex: massa falida, 
espolio, condômino, acervo de biblioteca. 
nestes casos, o autor está autorizado, quando elaborar o pedido, a fazer referência ao 
conjunto sem precisar determinar cada um dos bens que o compõe. 
 
 
• Quando não for possível determinar logo as consequências do ato ilícito 
Hipótese de indenização. 
Fazer pedido certo ou genérico, em se tratando de indenização, é uma escolha. Se o dano 
material já for mensurado, o pedido deve ter valor equivalente. 
Contudo, quando a mensuração não for possível, o pedido de indenização pode ser feito, com 
o valor a ser arbitrado por este juízo. 
 
• Quando a determinação do pedido depender de informação a ser prestada pelo réu 
Assimetria de informações. 
Mesmo o réu ser detentor das informações necessárias à determinação do pedido, e instrução 
do processo, isso não pode obstar a propositura da ação, sendo determinado ao réu, no 
processo, a prestar as informações. 
 
Princípio da vinculação do juízo ao pedido - adstrição ou congruência 
O juiz deverá apreciar o pedido nos exatos limites em que foi formulado na petição inicial, sob 
pena de nulidade da sentença. 
 
Obs: Pedidos "implícitos" 
a norma processual autoriza que o juiz aprecie algumas matérias, ainda que não 
expressamente requeridas na petição inicial, uma vez que seriam consequência lógica 
efetivamente realizado. 
• Obrigaçãosucessiva ou de trato sucessivo 
Tratando o objeto do processo de obrigação de trato sucessivo, a parte autora só está 
obrigada a fazer referência às prestações vencidas até o momento da propositura da ação, 
considerando-se implícitas todas as prestações que vencerem durante o processo. 
O motivo se deve ao autor não saber quantas prestações vão vencer ao longo da tramitação 
do processo. 
 
• Aplicação de juros de mora: o juiz só está autorizado a conhecer de ofício se a parte fez 
pedido certo e determinado, em relação à obrigação principal. 
 
• Honorários advocatícios: o juiz está autorizado a apreciar, de ofício, e mesmo que não 
pedido, por serem consequência do trabalho realizado. No CPC1973, não era possível. 
 
 
Classificação dos pedidos 
Pedido simples: representa uma única pretensão a ser realizada. 
Pedido composto: abrange duas ou mais pretensões organizadas numa das seguintes 
modalidades: 
• Pedido alternativo: representado pela conjunção "ou". 
Nesta modalidade, a parte autora apresenta duas ou mais pretensões, sem qualquer ordem 
de preferência, dando-se por satisfeita caso o juiz julgue procedente qualquer uma delas. Ex: 
p1 ou p2 ou p3. 
 
• Pedido sucessivo: representado pela conjunção "se". 
o pedido sucessivo apresenta duas ou mais sucessões, organizadas segundo uma ordem de 
prioridade, pela qual a pretensão seguinte só será realizada SE julgado improcedente a 
pretensão anterior e prioritária. 
Se o primeiro pedido for julgado procedente, o processo é extinto com resolução de mérito. 
Se o primeiro for julgado improcedente, o segundo pedido será apreciado, e o mesmo ocorrerá 
se o segundo também for julgado improcedente 
 
• Pedido cumulativo: representado pela conjunção "e". 
O autor requer duas ou mais pretensões, simultaneamente, sem qualquer ordem de 
preferência entre elas. 
O pedido cumulativo, logo, é a soma de todas as pretensões. 
 
23/08/2016 
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL 
 
Trata-se da apreciação pelo juiz em relações à presença de vícios formais na elaboração da 
petição inicial, vícios estes insanáveis ou que não foram sanados no momento oportuno, cuja 
presença é prevista como causa de extinção do processo. 
Refere-se apenas a vícios formais. 
O indeferimento da petição inicial não é ignição improcedência, pois em nada se relaciona 
com o direito material da parte. 
 
Obrigatoriedade da admissibilidade da inicial 
O juiz somente poderá determinar a continuidade do processo com a citação do réu se a 
petição inicial estiver livre de defeitos de forma, seja desde o início, ou seja, porque estes já 
foram corrigidos. 
Quando se fala em admissibilidade é o dever que o juiz tem de ler a petição inicial, para 
constatar eventuais erros, para só assim citar o réu. 
O que leva a extinção do processo é ausência de correção pela parte autora. 
 
Obs: a admissibilidade da inicial é um dos poucos atos passíveis de delegação ao escrivão 
ou chefe de secretaria. 
 
Hipóteses de indeferimento 
I - Inépcia 
• Falta de pedido ou causa de pedido. 
Inépcia é espécie de indeferimento. 
Esta hipótese corresponde a verificação de defeitos na elaboração do pedido e ou na causa 
de pedir. 
A petição inicial é defeituosa por omissão, por não ter inserido o pedido ou causa de pedir. 
Obs: considera-se não fundamentada a petição inicial baseada exclusivamente em fatos. 
• pedido indeterminado, salvo as hipóteses de pedido genérico: se o pedido não for 
determinado quanto à sua qualidade e quantidade, a petição inicial será inepta. 
• A narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão: incompatibilidade lógica. O 
fundamento não é congruente com o pedido, são incompatíveis. Logo, um dos dois seria 
corrigido. 
• Pedidos incompatíveis entre si 
O pedido composto não poderia ter sido feito pelo fato de não poderem ser objeto do mesmo 
processo. 
Pedidos de competência diversa: o juízo não pode apreciar um dos pedidos que excedem à 
competência do mesmo. 
Pedidos de auto excludentes: os pedidos não têm coerência lógica, pois se excluem. Ex: 
divórcio e declaração se nulidade do casamento. 
Obs: a discussão parcial de uma obrigação não isenta o adimplemento do restante da 
prestação. Ex: parcelas controvertidas de um financiamento 
 
 
II - Parte manifestamente ilegítima. 
Nesta situação, apenas da leitura da petição inicial, o juiz percebe que uma das pessoas 
indicadas na qualificação não teria legitimidade para a causa. Isto é, não teria participado da 
relação jurídica que deu origem ao conflito. 
Só pode figurar como partes aquelas pessoas que participaram da relação jurídica, logo que 
não se pode litigar, em nome próprio, direito alheio. 
Esta hipótese remete a um vício de qualificação. 
• Ilegitimidade ativa: diz respeito ao autor. Se reconhecido, o vício será insanável. 
• Ilegitimidade passiva: como o réu ainda não foi citado, a parte autora será intimada para 
qualificar o réu correto. Vicio sanável. 
 
III - Interesse processual 
Requisito formal que se mostra por: necessidade + adequação + utilidade. 
Para o interesse processual, é necessária a presença simultânea desses três elementos. 
 
• Necessidade: deve haver um conflito, o juízo não encontrou a lide na causa de pedir 
próxima. Vicio da causa de pedir. 
• Adequação: vício da qualificação. Erro da indicação do procedimento. 
• Utilidade: vício no pedido. O pedido formulado não é compatível com o procedimento 
escolhido. O juízo determinará a elaboração de um pedido adequado ao procedimento. O 
pedido esta correto, mas inadequado ao procedimento indicado. 
 
IV - Não atendidas as prescrições do Art. 106 e 312 do CPC 
• Art. 106: não indicação do endereço do advogado. Vicio sanável, o juízo determinará sua 
inclusão. 
• Art. 321: abrange todos os demais defeitos da petição inicial não enquadrados nas 
hipóteses anteriores. 
Ex: ausência ou má elaboração do valor da causa. 
Ausência das informações mínimas da qualificação. 
Fim da petição inicial 
 
 
25/08/2016 
Defesa do réu 
 
Premissas: 
• Contraditório: oportunidade 
• Ampla defesa: disponibilidade dos meios de defesa. 
Obs: ampla defesa n 
 
O réu só vai se usar de defesas indiretas ou prejudiciais quando houver 
 
1. Defesa indireta 
Arguição de vícios formais na inicial do autor. 
• dilatória 
O réu indica a presença de um vício formal cuja a única consequência possível é a sua 
correção. 
Ex: incompetência absoluta 
O processo só pode voltar a tramitar com a apreciação da questão. 
 
• Peremptória 
O réu alega a presença de determinados vícios previstos como causa de extinção do 
processo, caso o autor não possa corrigir ou não o corrija no momento oportuno. 
Os defeitos arguidos nessa defesa são causa de extinção 
 
Meios de defesa 
• Preliminar de contestação 
• Incidentes processuais 
A grande maioria 
 
2. Defesa prejudicial de mérito. 
 
Esta defesa, por sua vez, consiste na alegação de fatos impeditivos, modificativos ou 
extintivos do exercício do direito material cujo o acolhimento resolve o conflito de interesses, 
total ou parcialmente, mas prejudica a análise da titularidade do direito bem como da 
presença, ou não, de lesão ou de ameaça. 
A defesa prejudicial de mérito trata de questões que resolvem o conflito. Resolvem o conflito, 
total ou parcialmente, mas sem discutir o mérito. 
Ex: prescrição, decadência, renúncia, transação, compensação (resolve parcialmente o 
objeto). 
Obs: tanto a defesa indireta, quanto a prejudicial de mérito, são de natureza eventual, podendo 
ou não ocorrer no processo, dependendo apenas de indícios dr víciosou de matérias 
prejudiciais. 
 
Meios de defesa 
• Preliminar de contestação 
• Ação declaratória incidental. 
Obs: As matérias prejudiciais serão alegadas via preliminar de contestação se a parte ré 
dispuser, desde logo, de todos os elementos necessários a demonstrar a referida questão. 
Por outro lado, se a demonstração da matéria prejudicial ainda depender de produção de 
prova futura, deverá ser alegada através de ação declaratória incidental. 
 
3. Defesa direta ou de mérito 
Aprecia diretamente o direito material objeto do conflito e tem por finalidade obter a 
improcedência dos pedidos do autor. 
Obs: dentre as três modalidades, a defesa indireta, caso o réu decida se defender, é a única 
cuja presença será sempre obrigatória. a ausência do mérito equivale ao reconhecimento da 
procedência do pedido 
A defesa direta sempre será feita pelo réu. 
 
• Negativa da titularidade do direito material 
O autor não possui o direito que alega ter. 
• Negativa da lesão ou da ameaça do alegado na inicial 
O autor detém o direito material, mas o direito material do réu não sofreu ameaça ou lesão. 
 
 
Os dois meios, que podem ser usados simultânea ou alternativamente, visam obter a 
improcedência do pedido, o julgamento do mérito. 
 
Meios de defesa 
• Mérito de contestação 
• Reconvenção 
 
06/09/2016 
Requisitos formais da contestação: 
As regras da contestação se aplicam aos demais processos que usam subsidiariamente as 
regras do processo de conhecimento. 
 
I - Indicação do órgão julgador 
A contestação será dirigida ao órgão que realizou a citação. 
Obs: Também integra este requisito a obrigatória Indicação do número e do tipo do processo, 
informações contidas na citação. 
Obs2: Nas citações realizadas por carta, o réu poderá optar entre apresentar a contestação 
ao órgão que executou a citado ou a a que originalmente a determinou. Nas duas hipóteses, 
a contestação é válida. 
 
II - Qualificação das partes. 
O réu deverá apresentar na contestação o mesmo conjunto de informações mínimas 
obrigatórias previstas para a petição inicial, de forma completa ou remissiva. quando da 
qualificação remissiva, a qualificação remete aos dados da petição inicial, com a expressão 
"já qualificado na inicial" 
 
Obs: ao realizar qualificação remissiva, o réu assume como corretos todos os dados 
constantes na petição inicial, não podendo questiona-los posteriormente. Decorrente dos 
princípios da cooperação e boa-fé processual. 
Obs2: também se aplica à contestação a obrigatória Indicação do endereço profissional do 
advogado do réu. 
III - fundamentação 
 
• Preliminares de contestação: este primeiro capítulo tem como finalidade a alegação de 
vícios formais e ou prejudiciais de mérito, caso aplicáveis, eventualmente, a aquele litígio. 
Obs: a relação de questões previstas no CPC, para serem alegadas em preliminar de 
contestação é meramente exemplificativa. Qualquer outro defeito, ou prejudicial não prevista, 
pode ser arguido na preliminar. 
• Mérito de contestação: por sua vez, este capítulo tem por objeto a alegação de 
argumentos fáticos e jurídicos, com a finalidade de obter a improcedência dos pedidos do 
autor, apenas tendo está finalidade, seja pela negativa do direito ou negativa da lesão ou 
ameaça. 
Obs: a elaboração do mérito deverá seguir as presentes regras previstas no CPC: 
- ônus da impugnação individual dos fatos alegados: o réu deverá impugnar, 
detalhadamente, cada um dos fatos alegados pelo autor na petição inicial, pois eventual que 
não for impugnado será presumido verdadeiro. Ou seja, não precisada ser provado pelo autor 
na instrução. 
- ônus de impugnação dos fundamentos jurídicos de cada pedido do autor: o réu deverá, 
ainda, impugnar os fundamentos jurídicos de cada pedido do autor, pois o pedido não 
impugnado será reconhecido em sua procedência. 
 
IV - Pedido 
Em regra, o pedido na contestação limitar-se a ao acolhimento das preliminares, se houver e 
a improcedência dos pedidos formulados na petição inicial. 
 
Obs: reconvenção ou pedido contraposto. 
No atual CPC, primando pela economia processual, a reconvenção é incidental, oferecida no 
âmbito do mesmo processo, na mesma peça da contestação. 
em determinadas situações previstas na legislação processual, admite-se que o réu peça 
providencias em benefício próprio, no documento da contestação. 
 
V - Protesto por prova. 
Mesmas regras previstas para a petição inicial. 
• Específico 
• Genérico 
• Dispensa 
 
 
 
08/09/2016 
 
Defesa do réu 
Princípio da simultaneidade da defesa 
Todos os instrumentos de defesa deverão ser apresentados dentro do prazo para a 
contestação e em momento anterior ou simultâneo a ela. 
Nenhum instrumento de defesa pode ser trazido aos autos após o decurso do prazo de 
contestação. 
Obs: a apresentação antecipada da contestação significa renúncia ao prazo excedente, bem 
como aos meios de defesa não apresentados. 
Obs2: Após a apresentação da contestação estarão preclusos os meios de defesa não 
utilizados 
 
Meios de defesa 
I - Incidentes processuais 
Algumas matérias, relativas a vícios formais, por sua relevância, são escolhidas pelo 
legislador para a apreciação em separado, de modo a não atrapalhar o regular 
prosseguimento do processo. 
• Vícios formais escolhidos para apreciação em separado. 
 
Trata-se do incidente de uma fração do processo original que, por ficção jurídica, é retirada 
para a apreciação externa, cuja a decisão afetará o processo e dele é parte integrante. 
Em autos físicos, o incidente forma um apenso aos autos do processo principal, uma nova 
autuação deste. 
Incidente não é processo autônomo. 
Se o incidente não for concluído a tempo da conclusão dos autos para julgamento, a 
tramitação do processo é suspensa. 
Obs: a legislação processual informa, de maneira expressa e tipificada, quais as matérias que 
estarão sujeitas aos incidentes processuais, sendo esta a única forma de argui-las. 
A matéria do incidente processual só pode ser alegada no incidente processual, havendo 
expressa previsão legal e dentro do prazo da contestação. 
Se o vício não for alegado no incidente, não pode ser alegado depois. 
 
 
• Incidente de impugnação ao valor da causa. 
O autor apresentou um valor da causa fixado inobservando as regras de fixação. 
 
• Incidente de falsidade documental 
Alegação de uso, pelo autor, de documento falso. 
Constatado pelo magistrado, o documento será desentranhado dos autos. 
 
• Incidentes de impugnação da justiça gratuita 
Se o réu achar que o réu tem condições patrimoniais para arcar com as custas processuais. 
 
II - Ação declaratória incidental 
Trata-se de um processo autônomo, dependente em conexo, através do qual o réu irá alegar 
a presença de questão prejudicial de mérito que, por sua complexidade, não foi possível 
apresentar na contestação. 
Por ser complexa a questão, a propositura da ação declaratória incidental visa evitar a 
preclusão, 
Se a matéria prejudicial tem condições de ser provada naquela oportunidade, ela será arguida 
e preliminar de contestação. 
 A ação declaratória incidental será usada quando a prejudicial for complexa, sendo objeto de 
um processo paralelo ao principal. 
A maioria das prejudiciais de mérito são arguidas em preliminar. 
 
• Processo autônomo. 
• Processo dependente do principal: vinculado ao processo original. Sendo o processo 
original extinto, ele é extinto por perda de objeto. Bem como tudo que ocorrer com o 
principal repercute nele 
• Processo conexo ao principal: julgamento por única sentença. 
 
O incidenteé um apenso, separado por ficção jurídica, e ação declaratória incidental é um 
processo paralelo, que tem como objeto apenas o provimento declaratório do incidental, seu 
objeto. 
 
 
Requisitos: 
• Petição inicial 
• distribuição 
• Pagamento de custas. 
 
III - Reconvenção ou pedido contraposto 
A reconvenção é parte integrante da contestação, e, na vigência do CPC73, tinha natureza 
de processo autônomo. 
Este instrumento será utilizado quando, além de obter a improcedência dos pedidos do autor, 
o réu pretender alguma providência em benefício próprio, sendo cabível apenas na presença 
dos seguintes requisitos: 
• Mesma competência para a província requerida: o pedido deve ser da mesma 
competência do juízo que conheceu o processo original. 
• Mesma causa de pedir do pedido original: o pedido da reconvenção deve se basear nos 
mesmos fatos e direitos, causa de pedir, arguidas pelo autor. 
• Cabimento do pedido no procedimento do processo original: ex: não cabe uma 
reconvenção pedindo execução, em se tratando de uma ação declaratório. 
 
Obs: questões de ordem pública 
Algumas matérias, por sua importância, foram escolhidas pelo legislador para serem 
enquadradas nesta categoria, não se submetendo à preclusão. 
Deste modo, poderão ser alegadas a qualquer tempo e grau de jurisdição, por simples petição, 
ainda que não alegadas na contestação. 
Obs: não precluem e, por não precluir, podem ser alegadas a qualquer momento e podem ser 
conhecidas de ofício pelo juiz. 
• Impedimento do juiz. 
• Incompetência absoluta 
• Defeito de representação ou nulidade da procuração. 
 
14/09/2016 
 
 
Revelia 
Premissa: Contraditório no processo civil. 
Diferentemente do processo penal, no processo civil o exercício do contraditório, pelo réu, se 
dá com a citação e a oportunidade de defesa. O réu não é obrigado a se defender. 
 
Natureza jurídica: corresponde ao exercício irregular da defesa, conforme definido em cada 
legislação. 
 
Procedimento comum - Art. 344 do CPC: se caracteriza pela ausência de contestação válida. 
Mesmo tendo sido entregue a contestado, podem a ter vícios que a invalida, como vício de 
representação, perda do prazo e indeferimento. 
Procedimento dos juizados (oral): a contestação não é critério, o sendo o não comparecimento 
do réu à primeira audiência. Mesmo que o advogado esteja presente na audiência, munido de 
contestação inclusive, o réu será revel se não comparecer à audiência. 
 
Obs: o fato processual revelia, caracterizado pelo exercício irregular da defesa, não se 
confunde com seus eventuais efeitos jurídicos, pois haverá situações em que a revelia estará 
presente, mas não será verificado o efeito. 
 
Efeitos da revelia 
a) preclusão da matéria objeto da contestação: as matérias que poderiam ser arguidas na 
contestação precluem. O ato de contestar precluiu. Apesar disto, o réu pode praticar todos os 
atos anteriores pois, mesmo não tendo contestado, já estava processo desde a citação válida. 
Obs: este efeito da revelia não atinge as chamadas matérias de ordem pública, porque estas 
não precluem. 
 
b) presunção relativa de veracidade dos fatos alegados na inicial 
Toda presunção no processo civil é relativa, admitindo prova em contrário. Logo, o 
acolhimento das alegações é discricionariedade do magistrado. 
Logo, os fatos alegados não precisam ser provados. Assim, a única coisa presumida com a 
revelia são os fatos alegados, o que não implica, necessariamente, com a procedência dos 
pleitos autorais. 
Obs: ocorrida a revelia, não está o juiz vinculado a decidir em favor da parte autora, estando 
apenas o fato alegado dispensado de prova. 
 
 
Hipóteses em que, presente a revelia, não se verifica efeito - Art. 345 do CPC: 
I - Pluralidade de réus: em litisconsórcio, se um réu contesta, beneficia aos demais, mesmo 
tendo havido revelia para os outros réus. O princípio, neste caso, é absoluto. 
 
II - Litígio versar sobre direitos indisponíveis 
A natureza do objeto afasta os efeitos da revelia, mesmo havendo revelia. 
Ex: Direitos relativos a incapazes, direitos públicos, direitos da personalidade. 
 
III - ato solene (forma indispensável à prova do ato) 
Atos solenes não se presumem. 
 
IV - Alegações inverossímeis ou contraditórias às provas constantes dos autos 
As alegações autorais não condizem com as provas, ou faltarem com a verdade de forma 
latente. 
Obs: as hipóteses descritas no Art. 345 são meramente exemplificativas, existindo outras 
situações em que a revelia não produz efeitos. 
 
Ex: réu revel citado por edital. 
A citação por edital só será válida com a nomeação do curador especial (defensor público, 
promotor ou advogado dativo). 
 
Fim do conteúdo para o 1° gq 
 
04/10/2016 
Providências Preliminares 
A produção de prova na instrução só será necessária se o processo estiver de livres de vícios 
formais e ou prejudiciais de mérito e ainda restarem fatos não provados, que sejam relevantes 
para o julgamento. 
Cabe ao juiz verificar tais circunstâncias, ainda na fase postulatória e antes de iniciar a 
instrução, de modo a evitar desperdício de tempo e a prática desnecessária de atos. 
 
Se forem acolhidos vícios formais, não requer produção de provas. 
 
Fases do processo de conhecimento: 
• Fase postulatória: argumentos das partes. 
• Fase instrutória: produção de provas. 
• Fase decisória: autos conclusos para julgamento e elaboração da sentença. 
 
As providenciais preliminares visam averiguar as condições de procedibilidade, e necessidade 
de produção de provas, para seguir, ou não, à fase de instrução. Os atos Instrutórios só são 
praticados se necessários, afim de evitar atos desnecessários, princípio da economia 
processual e celeridade. 
O processo só irá para a instrução se houver condições de julgamento de mérito. 
As providenciais preliminares consistem, portanto, num conjunto de atos processuais a serem 
praticados pelo juiz, ao final da fase postulatória e antes da fase de instrução, de natureza 
eventual, cujo conteúdo poderá afetar a produção de provas e a elaboração da sentença. 
Atos que podem, ou não, serem praticados e a prática deles afetam a instrução e a elaboração 
da sentença. 
 
Providencias: 
 
1. Fixação dos pontos controvertidos 
Após o exercício da defesa, o juiz verificará quais fatos alegados ainda não foram provados, 
reservando apenas aqueles relevantes para o julgamento de mérito do conflito, pois estes 
serão o objeto da fase re instrução. 
A prática deste ato é desnecessária se não houver instrução. 
Fatos a serem provados: 
• Fatos alegados não provados relevantes para o julgamento. 
• Como serão provados? - será verificado os meios de prova solicitados no protesto de 
provas. Se o protesto fora genérico, o juiz escolhe o meio de prova, se o protesto fora 
específico, a prova será produzida pelo meio escolhido pelo autor ou réu. Se houve a 
dispensa de produção de provas, não há instrução. 
 
2. Reconhecimento dos efeitos da revelia 
 
Verificando o juiz que houve revelia no processo, deverá cumprir o dever de informar as partes 
da ocorrência da revelia e sobre a presença, ou não, dos respectivos efeitos. 
Ato meramente declaratório: a revelia é causada apenas pelo comportamento do réu, a 
revelia já aconteceu, o juiz apenas declara e informa os efeitos. Os efeitos da revelia são 
produzidos com força de lei, ex lege. 
É eventual pois, na grande maioria dos processos, o réu se defende. 
 
3. Réplica 
Replica não é obrigatória. 
Se o juiz verificar que o réu, em preliminar de contestação, alegou a presença de vícios 
formais ou de prejudiciaisde mérito, deverá ouvir a parte autora em 15 dias, exclusivamente 
sobre a matéria arguida. 
O ato é eventual pois a maioria das contestações não tem preliminar. 
Dever do juiz de ouvir do autor está vinculada à presença de preliminar de contestação (vício 
formal ou prejudicial de mérito). 
Se não houver preliminar, e o autor não for ouvido, este não fora prejudicado. 
Obs: a replica não serve para modificar ou ampliar a petição inicial, devendo limitar-se apenas 
à questão alegada em preliminar de contestação. 
Obs2: excepcionalmente, se para rebater a preliminar arguida, o autor fizer uso de documento 
novo, o réu será ouvido apenas sobre o teor deste documento. 
 
Um dos problemas da morosidade são petições simples após à réplica. 
 
O processo de conhecimento tem dois atos postulatório tem 2 atos, e o terceiro é, 
eventualmente, a réplica. 
 
06/10/2016 
 
Quem tem o dever de ouvir a parte autora e fixar os pontos controvertidos é o juiz. 
 
Providencias preliminares 
4. Saneador (fase de saneamento). 
 
A fase de instrução somente terá qualquer utilidade se o processo tiver condições de 
julgamento efetivo de mérito, isto é, estiver livre de defeitos formais e de prejudiciais de mérito. 
Só há justificativa de produzir provas se o juiz for julgar procedente, ou improcedente, o mérito 
da pretensão do autor. O uso das provas é para a sentença de mérito, pressupõe um processo 
livre dessas questões. 
Neste sentido, se o réu alegou em preliminar a presença das referidas questões, tem o 
juiz o dever de aprecia las ao final da fase postulatória como condição de abertura, ou 
não, da fase de instruções. 
 
Saneador é o dever de apreciação de questões alegadas em preliminar, que são: 
• Vícios formais. 
• Prejudiciais de mérito. 
O processo que não tenha esses vícios, não vai haver saneador. 
O saneador deve ser entendido na perspectiva dispositiva ao magistrado, o dever de apreciar 
o que fora arguido nas preliminares. 
O legislador, com isto, prévia a promoção do princípio da economia processual, evitando a 
prática de atos desnecessários. 
 
As consequências podem ser: 
• Acolhe: o resultado da apreciação é uma sentença de extinção do processo sem 
resolução de mérito, 
• Rejeita: rejeita por não haverem vícios e prejudiciais, ou pelo vício ter sido sanado ou a 
prejudicial não afeta o direito material do autor. Rejeitando, o juiz vai editar uma decisão 
interlocutória declarando saneado o processo, decisão esta fundamentada no fato de estar 
livre de vícios e prejudiciais, tendo o processo condições de julgamento de mérito, 
podendo entrar na instrução. 
 
Obs1: uma vez declarado saneado o processo, o juiz se vincula à realizar a instrução e a 
proferir sentença de mérito, estando preclusas as referidas questões. 
Obs2: presentes as referidas questões, a realização do saneador é condição para o 
prosseguimento do processo, não podendo o juiz deixar para fazer depois da instrução. 
 
5. Decisão pelo julgamento antecipado da lide. 
Tem relação direta com a realização da instrução. 
 
Em circunstâncias excepcionais, o juiz poderá decidir de forma fundamentada pela não 
realização da fase de instrução, uma vez que naqueles casos a produção de provas seria 
desnecessária. 
O conteúdo da decisão versa sobre a utilidade de se realizar a instrução. 
Se o juiz profere tal decisão, afirma que não vai realizar instrução pela mesma não ser 
necessária. O juiz não vai fazer a instrução não por vícios, mas por ela não ser util. 
Recebe está denominação em virtude da circunstância de que, com a não realização da 
instrução, a sentença de mérito que só viria após a produção de provas ser deslocada para 
momento anterior imediatamente após à fase postulatória. 
Essa decisão, por meio de decisão interlocutória, pretendeu o legislador permitir que a parte 
adversa, se contrariada, poder interpor agravo de instrumento. 
A regra geral é a fixação dos pontos controvertidos a serem objeto de produção de provas na 
instrução, e, a decisão pela não realização da instrução, interlocutória, ser fundamentada. 
 
Hipóteses: 
• Quando a questão de mérito for unicamente de direito: não existe alegações fáticas a 
serem provadas. Podem até ser arguidos questões de fato, mas elas não são relevantes. 
• Quando os fatos alegados já estiverem provados pelos documentos que 
acompanham a inicial ou a contestação: 
• Quando o juiz acolher a presunção decorrente da revelia: a presunção é relativa, mas 
se o juiz acolhe a presunção da revelia, ele deve dispensar a instrução e a decisão ser 
fundamentada no acolhimento da presunção da revelia. 
a decisão deve dizer, expressamente, se vai fazer, ou não, e motivar. 
 
 Confissão garante que a questão será unicamente de direito. 
 
11/10/2016 
Teoria das provas 
1. Natureza jurídica 
São meios formais, admitidos na norma processual, os quais serão utilizados para demonstrar 
a existência e as características de um fato, desde que relevante para o julgamento de mérito 
de conflito. 
• Demonstrar a existência do fato. 
• Demonstrar caracterizada. 
 
2. Objeto de prova 
Os fatos relevantes do processo. 
Apenas fatos são objeto de prova. 
O autor ter, ou não, direito, não cria ou não direito à parte. 
 
Obs1: "prova de direito" 
Quando na pretensão da parte estiver baseada em determinados tipos de norma, será ônus 
desta provar a existência e a vigência da norma como condição para que seja apreciada na 
sentença. 
Serve para o juiz apreciar a norma. 
Existência e vigência são fatos da norma. 
Objeto: 
• Municipal 
• Estadual 
• Estrangeira: contratos internacionais, e matéria de família e sucessões. Apenas o 
dispositivo deve ser traduzido. 
• Consuetudinária: se prova por meio de testemunhas do local da prática do costume. 
Obs2: princípio iuria novit curiae (o juiz sabe o direito). 
Esse princípio não dispensa a fundamentação. 
Estando a pretensão da parte baseada em legislação federal, será ônus do juiz verificar se 
a norma existe e se está vigente. 
 
Meios de prova 
Prova-se os fatos alegados através dos meios de prova em direito admitidos, bem como 
através dos meios moralmente lícitos. 
 
1. Meios em direito admitidos 
São os meios típicos, expressamente previstos na norma processual. 
• Testemunha. 
• Perícia. 
 
• Prova documental. 
 
2. Meios moralmente lícitos 
São os meios atípicos. 
Embora não previstos na norma processual, serão admitidos desde que seu uso não viole 
direito fundamental. 
A existência de meios atípicos é a abertura do CPC para novos meios de prova. 
O juiz não pode negar um meio prova por ele ser atípico. 
 
Fatos que independem de prova: 
1. Notórios 
Considera-se notório o fato aquele que todos, inclusive o juiz, tenham acesso pela simples 
regra de experiência. 
regra de experiência: porque é vivido por todos. 
O fato so é notório se todos vivenciam as consequências dele. 
 
2. Confessados 
São aqueles fatos utilizados pela parte autora e expressa ou tacitamente confirmados pelo 
réu. 
A confissão civil é o reconhecimento da procedência do fato. A confissão não vincula o juízo. 
Confissão tácita ocorre com a não impugnação do fato na contestação. 
 
3. Incontroversos. 
São aqueles fatos utilizados simultaneamente por ambas as partes como fundamento de suas 
pretensões. 
No confessado, apenas o autor utiliza contra o réu, enquanto que os Incontroversos são 
usados pelas duas partes. 
As causas de pedir são as mesmas. 
 
4. Presumidos 
 
Trata-se de uma categoria residual que absorve todos os outros fatos em que hajam 
presunção relativa de veracidade.Ex: revelia. 
 
5. Impertinentes ou irrelevantes. 
Os fatos que não tenham relação com o conflito a ser resolvido não precisam ser provados. 
 
13/10/2016 
Instrução 
Teoria das provas 
1. Princípio da persuasão racional ou do livre convencimento motivado. 
É livre o julgador para apreciar e valorar as provas produzidas conforme o grau do seu 
convencimento sobre o fato alegado, desde que indique expressamente, nos fundamentos da 
sentença, qual prova lhe convenceu e por que. 
Esse princípio se trata da livre apreciação das provas. 
Todas as provas são produzidas dirigidas ao juiz para os convencerem dos fatos alegados. 
As provas não são das partes, mas sim do juízo, mesmo as produzidas de ofício, sendo elas 
igualmente apreciadas. 
O juiz produzirá provas para se convencer dos fatos alegados, tendo condições de julgar o 
mérito, procedente para o autor ou improcedente para o réu. 
 
Obs: inexiste hierarquia entre as provas. 
As provas têm uma gradação de convencimento diferente, não importando se são típicas ou 
atípicas. Podendo uma prova ter sido determinante para a um determinado processo, e para 
outro processo ser irrelevante, variando em função da matéria de cada caso. 
O acervo probatório é discutido caso a caso, referente a cada processo. 
 
Obs2: condução da instrução pelo juiz 
O órgão julgador é quem conduz a instrução, de modo a excluir fatos irrelevantes ou provas 
desnecessárias. 
Ex: parte autora arrolou 10 testemunhas, mas se convenceu com o depoimento da terceira 
testemunha, não tendo o juiz que ouvir as demais. 
 
 
Obs3: iniciativa de prova 
As provas serão produzidas a requerimento das partes, por solicitação do assistente ou do 
MP, quando a intervenção deste for obrigatória e, por fim, poderá ser produzida de ofício por 
iniciativa do próprio juiz. 
 
• Partes 
• Assistente 
• MP 
• Juiz 
O juiz não está adstrito às provas solícitas, podendo produzir menos, por serem irrelevantes, 
ou produzir mais, de ofício, importando a gradação de convencimento de cada prova. 
 
Obs4: conversão do julgamento em diligência 
Ainda que o processo esteja em plena fase decisória, autos conclusos para sentença, o juiz 
não estas tá vinculado a julgar o mérito do conflito se não estiver convencido acerca dos fatos 
alegados. Desse modo, poderá, por decisão interlocutória fundamentada, fazer o processo 
retornar à anterior fase de instrução, para a produção de prova específica, finda a qual 
retornará o processo para obrigatório julgamento. 
Estando o processo na fase decisória, o juiz só pode proferir a sentença ou converter o 
julgamento em diligência, retornando o processo para a frase instrutória. 
A decisão interlocutória deve ser fundamentada, indicando qual prova será produzida. 
Com a produção da prova, o processo volta, automaticamente, para a fase decisória, devendo 
o juiz proferir a sentença. 
A elaboração da sentença é retardada para a produção de uma prova, só podendo o mesmo 
utilizar do instituto uma única vez. 
Essa hipótese é comum no caso de juiz que não participou da instrução do processo, por ter 
assumido a vara depois. 
 
2. Princípio dos Negócios jurídicos processuais sobre provas. 
O atual CPC prevê a possibilidade, quando o litígio tratar de direitos disponíveis, das partes, 
por autonomia da vontade, poderem escolher quais provas serão produzidas no processo e 
como o juiz irá produzi-las. Isto ocorrerá através dos chamados negócios jurídicos 
processuais, por meio dos quais a vontade conjunta das partes prevaleceria sobre a atuação 
do órgão julgador. 
 
• Prevalência da autonomia da vontade. 
• No livre convencimento motivado prevalece o interesse público. 
 
Ônus da prova 
Quem deve provar? 
Quem deve provar é quem alega o fato, regra geral quase absoluta. 
Aquele que alegar determinado fato em seu favor assume o ônus de produzir a respectiva 
prova, ao risco do fato não ser apreciado quando da elaboração da sentença. 
Fato não prova significa com a não apreciação, o ônus da prova não se relaciona com a 
procedência ou não do julgamento de mérito. 
Regra geral: quem alega, prova o fato. 
Com o protesto por provas a parte se prepara para a produção da prova. 
 
Exceções: 
1. Inversão do ônus da prova 
Em situações excepcionais, expressamente previstas na legislação, admite-se que a parte 
autora possa alegar o fato sem a necessidade de prova-lo, recaindo sobre o réu o ônus de 
produzir a instrução. 
Na hipótese de inversão do ônus da prova, o autor alega e o réu prova. 
 
Ônus da prova legal: decorre da lei, o CDC, em se tratando de matéria consumerista. 
Requisitos: 
• Que haja relação de consumo: qualquer outra relação jurídica não há aplicação da 
inversão do ônus da prova. 
• Expresso pedido do autor: se não for pedido, presume-se que a parte teve condições de 
provar. 
• Verificação de vulnerabilidade no caso concreto ou hipossuficiência: situação de 
desequilíbrio, sendo claro que uma das partes tem mais condições, financeiras e de 
provar, do que a outra parte. 
 
Ônus Contatual: decorre da autonomia da vontade. 
 
Desde que o objeto do conflito seja disponível, o CPC admite que as partes estabeleçam, em 
negócio jurídico, novas situações de inversão do ônus da prova, desde que tais disposições 
não tornem muito difícil ou impossível a defesa. 
Verificado a dificuldade, o negócio é nulo e se aplica a regra geral. 
 
2. Distribuição do ônus da prova. 
No atual CPC, existe a possibilidade de o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, verificar 
situação de vulnerabilidade, seja do autor ou do réu, de modo a fazer com que o ônus da 
produção de provas recaia sobre apenas uma das partes. 
Enquanto que a inversão do ônus da prova beneficia apenas o autor, a distribuição dinâmica 
pode beneficiar também o reu. 
Enquanto que inversão do ônus da prova deve ser aplicada, a distribuição dinâmica decorre 
da discricionariedade do juiz. 
A tendência é que a inversão do ônus da prova seja mais comum, sendo a distribuição 
dinâmica mais rara, pelo fato de o juiz ter de assumir a responsabilidade pela decisão. 
 
18/10/2016 
INSTRUÇÃO 
 
DEPOIMENTO PESSOAL 
Trata-se de declarações sobre o fato alegado, prestadas pela própria parte, sem qualquer 
compromisso formal, com a finalidade de esclarecer detalhes do fato ocorrido e alegado. 
• declarações prestadas pelas partes: autor e réu. 
 
quem está declarando é uma das partes. 
o regime jurídico do depoimento pessoal só se aplica às partes. 
o que caracteriza o depoimento pessoal é a pessoa do depoente. 
 
Consequências: 
• ausência de compromisso: não tem compromisso com a verdade, assumindo a 
responsabilidade processual de vir a ser, eventualmente, condenado por litigância de má 
fé. Sendo a consequência mais gravosa possível. 
 
• confissão: confirmar a existência do fato, o que não implica no reconhecimento da 
procedência do pedido pelo réu. Só quem pode confessar é a parte. 
• prerrogativa de permanecer em silêncio: só as partes, autor e réu, tem o direito de 
permanecer em silêncio. Declarando o desejo de permanecer em silêncio, e qualquer fala 
além desta implica em responsabilidade processual, podendo vir a ser condenado por 
litigância de má fé. O silêncio é direito previsto na CF88. 
 
PROVA TESTEMUNHAL 
Trata de declarações prestadas por terceiro, não interveniente e não enquadrado como 
auxiliar da justiça, mediante compromisso formal de dizer a verdade é dever de cooperação 
com o judiciário, desde que, subjetivamente compatível com aquele processo. 
• declarações prestadas por terceiro: o assistente é terceiro interveniente e não tem isençãopara ser testemunha. se o terceiro tiver qualquer participação, presume-se interesse por 
uma das partes. 
• terceiro não enquadrado como auxiliar da justiça: se pode potencialmente atuar como 
auxiliar da justiça. mesmo sendo auxiliar da justiça, mas se jamais puder atuar naquele 
processo, pode testemunhar. ex: serventuário da justiça do trabalho testemunhando num 
processo cível. 
• compromisso formal de dizer a verdade: compromisso este que não existe para o 
depoimento pessoal. o compromisso não garante a verdade, mas incite na testemunha a 
certeza de que será punida se mentir. 
• dever de cooperação: tem dever de comparecer à juízo, não podendo permanecer em 
silêncio, cabendo condução coercitiva. A testemunha que não coopera comete crime de 
desobediência. 
A ausência da testemunha implica no adiamento da audiência, ou, ao menos, de sua oitiva. 
• compatibilidade subjetiva: a testemunha não pode estar enquadrada nas situações que 
fazem presumir sua incapacidade de compreensão fato, ou que será parcial por uma das 
partes. estando nessa condição, a testemunha sequer será aceita no processo. 
a) incapacidade de testemunhar 
b) causas de suspeição e de impedimento da testemunha. 
obs: a incapacidade de testemunhar possuo natureza estritamente processual, podendo ou 
não coincidir com a incapacidade civil. 
obs2: as causas de suspeição e de impedimento da testemunha são específicas, não se 
confundido com aquelas previstas para o juiz. - Art. 447 do CPC. 
obs3: os menores de 16 anos poderão testemunha nos processos de direito de família e os 
regidos pelo ECA, pelo fato deste ser a principal testemunha, mesmo sendo civilmente 
incapaz, tendo responsabilidade civil e penal como ato inflacionar e administrativa. 
 
obs4: cego e surdo não podem testemunhar pelos sentidos que lhes faltam, pois a sua 
condição interfere na ciência do fato. 
obs5: cônjuge, companheiro e parentes são impedidos de testemunhar, exceto nos processos 
de direito de família. a parte não pode testemunhar porque depõe. 
 
obs6: inimigo, para efeitos de suspeição, é a pessoa que tiver agido de forma tentada ou 
consumada contra a integridade física e moral da parte, o que não é um mero dissabor. Essa 
condição é demonstrada por meio de prova documental. 
amigo íntimo: pessoa enquadrada em situações que presuma um tratamento social 
diferenciado. ex: namorados, amigos que frequentam sua casa e padrinhos. 
 
obs7: quem tem interesse no processo não pode testemunhar 
informante do processo civil: o juiz poderá, eventualmente, ouvir testemunhas impedidas 
ou suspeitas sem que suas declarações tenham força de prova, não podendo ser 
reproduzidas na sentença. 
obs8: momento da apresentação do rol de testemunhas. 
a parte tem até o 10° dia anterior à data marcada para a audiência para apresentar sua relação 
de testemunhas, de modo a permitir a parte contrária impugnar eventuais testemunhas 
incapazes, impedidas ou suspeitas. 
 
Nos procedimentos orais, JEC, o rol de testemunhas deverá ser apresentado no primeiro ato 
que a parte praticar no processo, petição inicial ou testemunha. 
 
A responsabilidade da testemunha é civil, penal e administrativa. 
• civil: o teor do testemunha pode criar o dever de indenizar, está que é cominada no mesmo 
processo. 
• penal: crime de falso testemunho, prisão em flagrante. 
• administrativa: caso a testemunha seja servidor público, e mentir sobre fato sobre seu 
ofício, contra ele será instaurado um PAD, sob pena de demissão. 
 
 
 
 
 
20/10/2016 
INSTRUÇÃO 
PERÍCIA 
Este meio de prova será utilizado quando a compreensão do fato alegado necessitar 
conhecimento técnico profissional especializado alheio à formação do bacharel em direito. 
• compreensão do fato despender de outras profissões. 
 
A grande maioria dos fatos não requer ser demonstrado por perícia. 
Ex: vícios constitutivos num prédio requer um laudo pericial de um engenheiro. 
obs: se o juiz tiver outra formação profissional não estará desobrigado a nomear o perito, pois 
o dever de imparcialidade não poderá atuar nas duas funções. 
obs: perícia particular não pode integrar a instrução por ser parcial, enquanto que o perito 
nomeado é vinculado ao juízo. 
 
Quem será o perito? 
Algumas regras devem ser observadas na hora de escolher o profissional que irá atuar como 
perito. As regras para a escolha do perito do processo civil e do trabalho são totalmente 
distintas das regras do processo penal, logo que neste a função de perito é exercida um 
servidor público vinculado no poder judiciário. 
 
Regras: 
Regra geral: indicação de profissionais previamente cadastrados no órgão. o juiz escolhe o 
perito na lista de profissionais previamente cadastrados. quem paga pela perícia é a parte que 
requereu o ato. 
indicação pelo respectivo órgão de classe: quando o juiz nao encontrar no cadastro um 
profissional com determinada qualificação, o profissional indicado pelo órgão de classe não 
pode se negar a fazer a perícia, sendo também pago pela parte que requereu. a regra do 
dever serve para evitar que o perito escolha fazer apenas as perícias mais rentáveis. 
 
Exceções 
são utilizadas quando a parte for fazenda pública, MP, parte acompanhada pelo defensor 
público e beneficiado pela justiça gratuita. 
Indicação entre servidores do poder judiciário: o juiz vai procurar dentro do quadro do 
poder judiciário um servidor com a função necessária para a perícia. 
 
Caso o servidor esteja lotado em cargo de funções diversas às da sua formação, será 
temporariamente afastado dela, até o término da perícia. não recebe nada por isso. 
indicação de servidores de outros órgãos públicos: quando não houver nos quadros do 
poder judiciário um servidor com a formação requerida, será buscado em órgãos dos outros 
poderes. o servidor não percebe nada pela perícia e será temporariamente afastado de suas 
funções. 
obs1: depois de nomeado, o perito exerce função pública temporária e precária, respondendo, 
no exercício da perícia, como se servidor público fosse, inclusive com responsabilidade 
criminal. 
obs2: aplica-se ao perito as mesmas hipóteses de suspeição e impedimento aplicáveis ao 
juiz, podendo a parte impugnar a sua nomeação desde o momento em que foi indicado. 
 
Procedimento da perícia 
indicado o perito, a parte requerente será intimada da sua nomeação e deverá depositar o 
valor integral dos honorários, conforme o orçamento apresentado pelo perito. 
logo após a indicação do perito, parte é intimada, não sendo a perícia inciada enquanto não 
fot depositado os honorários. 
A ausência de depósito do honorário pericial implica na preclusão do direito de produzir 
perícia. 
Após o depósito, serão intimadas ambas as partes para, querendo, apresentarem quesitos e 
indicarem assistentes técnicos. 
quesitos: perguntas sobre o fato alegado que deverão ser, obrigatoriamente, respondidas no 
laudo pericial. 
assistente técnico: profissionais da mesma especialidade do perito, livremente nomeados e 
remunerados pelas partes, cuja função é acompanhar os trabalhos do perito e ajudar na 
compreensão do laudo pericial. assistente técnico não faz prova por ser parcial, escolhido 
pelas partes, não seria imparcial. 
em seguida, o perito irá realizar as diligências necessárias para colher informações sobre o 
fato e, ao final destas, entregará o respectivo laudo com as respostas aos quesitos 
formulados. só depois de aprovado o laudo pelo juiz é que são liberados os honorários, uma 
forma de garantir a realização da perícia. se o juiz não aprovar o laudo, pode ordenar a sua 
re-confecção. 
 
obs1: se o juiz entender necessário, poderá marcar uma segunda audiênciade instrução para 
que o perito explique o conteúdo do laudo. 
obs2: em situações excepcionais, o juiz poderá realizar a inspeção judicial. 
 
inspeção judicial trata-se do deslocamento do juiz para o local onde estão sendo colhidas as 
informações e realizar, pessoalmente, as diligências em conjunto com o perito e com as 
testemunhas. 
• deslocamento pessoal do juiz para o local do fato. 
 
25/10/2016 
SENTENÇA 
consiste num ato judicial decisório cuja finalidade é extinguir o processo ou resolver o mérito 
do conflito. 
a sentença é caracterizada pela sua finalidade. 
• extingue o processo. 
• resolve o conflito. 
mediante o cumprimento, ou não, da finalidade é que se caracteriza o ato. 
 
ato judicial decisório que; 
1. extingue o processo 
• vício formal 
• prejudicial 
 
2. resolver o mérito do conflito. 
 
obs: se o ato judicial decisório não cumpre uma dessas finalidades não é uma sentença, mas 
sim uma decisão interlocutória. 
obs2: não importa o nome que a lei, ou o juiz, atribuam ao ato, pois a sua caracterização 
depende exclusivamente da finalidade. 
a lei e o juiz podem chamar de sentença, mas isso é irrelevante. 
 
Classificação das sentenças 
Sentença terminativa: esta modalidade extingue o processo sem resolução de mérito em 
virtude de um vício formal peremptório, insanável ou que não foi sanado no momento 
oportuno, sendo capaz de formar coisa julgada estritamente formal. 
 
• vício formal peremptório não sanado ou sanado em momento oportuno. 
esta espécie de sentença encerra aquele processo, mas não encerra o conflito de interesses, 
quanto à suposta violação ao direito material. 
 
Sentença definitiva: esta sentença, por sua vez, é caracterizada pela resolução do conflito, 
seja pelo acolhimento de uma prejudicial de mérito, ou o efetivo julgamento do mérito do 
conflito, sendo capaz de produzir coisa julgada formal e material. 
A sentença terminativa trata de vícios, enquanto que a definitiva trata do direito material. 
 
A sentença definitiva recebe tal denominação porque, além de encerar aquele processo, 
também encerra qualquer discussão acerca do conflito. 
 
Sentença singular: proferida, geralmente na forma escrita, por órgão judicial composto por 
um único juiz. há a possibilidade de sentença oral no procedimento do JEC. 
Sentença Colegiada (acórdão): proferida por órgão composto por 3 ou mais juízes, é 
composta pela soma dos entendimentos de cada um deles, originalmente na forma oral e, 
posteriormente, reduzida a termo. 
• oral reduzida a termo. 
• competência originária dos tribunais (ex: ação rescisória). 
 
espécies de coisa julgada 
coisa julgada estritamente formal: este tipo de coisa julgada encerra definitivamente um 
processo defeituoso, que não tinha condições de continuidade, mas não atinge o direito 
material da parte, que poderá ser objeto de outro processo imediatamente posterior, desde 
que não esteja prescrito ou decaído. 
esse tipo de coisa julgada encerra o processo, mas não obsta a propositura de uma nova 
ação, tendo o processo as mesmas causas de pedir e pedido, sendo o limite apenas a 
prescrição e a decadência, 
 
coisa julgada formal e material: além de encerrar o processo, atinge diretamente o direito 
material, que não poderá ser discutido posteriormente em outro processo. 
• encerra o processo e obsta a propositura de ação com o mesmo pedido e causa de pedir. 
 
 
obs: na ação rescisória, o que se discute é eventual nulidade da coisa julgada formal e 
material, não se justificando pela simples vontade de rediscutir o mérito do conflito. 
obs2; nos processos envolvendo o direito à alimentos, a coisa julgada material atinge, 
exclusivamente, o direito de receber a prestação, sem atingir, contudo, o seu valor e as 
circunstâncias de seu pagamento, que poderão ser novamente apreciadas diante de alteração 
dos fatos. a coisa julgada não estaria sendo violada por uma ação revisional de alimentos, 
logo que já há coisa julgada, sendo discutido apenas as condições do pagamento. 
 
27/10/2016 
SENTENÇA 
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO - Art. 485 do CPC. 
Nestes casos, relacionados às chamadas sentenças terminativas, o órgão judicial verificara a 
presença de vícios formais peremptórios, ou seja, que impedem a continuidade do processo, 
insanáveis ou que não foram sanados no momento oportuno, extinguindo-se a relação 
processual sem que seja possível apreciar a suposta lesão ou ameaça ao direito material. 
Quando se tratar de uma sentença que extingue o processo sem resolução de mérito, se 
tratará: 
• de um processo defeituoso; o que não significa que o autor não tinha direito. 
• pressuposto para a extinção é a prévia oportunidade de correção do defeito (15 dias): caso 
não seja oportunizada, a sentença de extinção será nula e será reiniciada a fase decisória. 
 
obs1: somente os vícios provocados pela parte autora podem ser causa de extinção do 
processo. Isso se dá porque o réu não poderia se beneficiar por um vício que o próprio deu 
causa, pois seria dar guarida à má fé processual. 
obs2: as hipóteses de extinção do processo sem resolução de mérito estão exaustivamente 
tipificadas na norma processual, sendo todos os demais vícios de natureza dilatória. o juiz não 
tem liberdade para criar novas hipóteses de extinção, só podendo ser aplicadas as arroladas 
no CPC. 
obs3: em regra, a extinção sem resolução de mérito não obsta que a parte autora proponha 
nova ação, desde que o vício formal não decorra do exercício irregular do direito de ação. 
hipóteses de extinção - Art. 485 do CPC. 
 
I - Indeferimento da petição inicial 
vícios que decorrem da má elaboração da petição inicial, não cumpre os requisitos formais e 
que o juiz manda corrigir. 
 
 
 
II - Negligência das partes 
a causa da extinção não é apenas a inércia das partes por 1 ano, mas sim este decurso de 
prazo é apenas um pressuposto. 
o mero decurso do prazo não enseja a extinção, mas requer a verificação de dois requisitos: 
• pressuposto - temporal - processo parado há 1 ano e 1 dia: nesse prazo, não poderia ter 
sido praticado nenhum ato pelas partes. se o fizerem, interrompe o prazo. qualquer ato, 
mesmo os ordinários em balcão de secretaria. 
• subjetivo - intimação das partes para promover o andamento do processo: o juiz teria 
intimado autor e réu. decorrido o prazo, é proferido o despacho pela pergunta de interesse 
no feito e a intimação das partes. intimadas as partes, e se continuarem inertes, o processo 
será extinto por negligência. portanto, basta que uma das partes responda à intimação 
que o processo não será extinto. 
 
III - abandono da causa pelo autor 
Se a parte não promove um ato que deveria praticar, o mesmo preclui. 
essa hipótese é aplicável ao autor que não pratica novos atos após uma preclusão. 
Requisitos: 
• temporal - 30 dias em silêncio após uma preclusão. 
• subjetivo - intimação pessoal do autor para praticar novos atos: só há abandono se o autor, 
intimado a praticar novos atos, permanecer em silêncio. 
 
obs: não configura abandono ou negligência quando o período que o processo permanecer 
parado ocorrer por responsabilidade do poder judiciário. ex: processo com autos conclusos 
para julgamento há mais de um ano. 
Também não configura abandono ou negligência quando o processo está suspenso, logo que 
a prática de atos processuais está suspensa. 
 
IV - Ausência de pressupostos de formação e de continuidade válida do processo - 
ausência de pressupostos processuais. 
• pressupostos que nunca estiveram presentes desde o início. 
• pressupostos que estavam presentes na formação e desapareceram ao longo ds 
tramitação.

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