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08 Ativo Imobilizado e Intangível Teoria

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1
Ativo Imobilizado e Ativo Intangível 
 
Neste capítulo serão abordados os seguintes assuntos: 
 
 Conceito de ativo imobilizado; 
 Conceito de ativo intangível; 
 Valor Contábil do Ativo Imobilizado; 
 Depreciação de bens imobilizados; 
 Diferença entre Depreciação, Amortização e Exaustão; 
 Cálculo da quota de depreciação; 
 Exemplificação do cálculo da quota de depreciação; 
 Contabilização da Depreciação; 
 Valor residual; 
 Gastos com Manutenção e Reparos x Gastos com Melhorias; 
 Reavaliação de ativos; 
 Venda de um Ativo Imobilizado. 
 
 
 Conceito de ativo imobilizado 
 
O Ativo Imobilizado é um grupo de contas do Balanço Patrimonial onde são registrados 
os direitos que tenham por objeto bens corpóreos (tangíveis, elementos que possuem 
tangibilidade, ou seja, que podem ser tocados, palpados) destinados à manutenção 
das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos 
e controle desses bens, isto é, todos os bens de natureza permanente, utilizados 
nas operações da empresa e não destinados à venda. Como exemplo de ativos 
imobilizados, podemos citar os terrenos, instalações, máquinas e equipamentos, 
móveis e utensílios, veículos e outros. 
 
O fato de não ser destinado à venda, não significa que a empresa não possa vir a 
vender o bem imobilizado em algum momento no futuro. Porém, a empresa deve 
classificar no ativo imobilizado os bens que são necessários às suas operações, e que 
ela não tem intenção de realizar comércio. 
 2
Portanto, a classificação de um bem como ativo imobilizado não depende do bem 
propriamente dito, mas sim da sua finalidade na empresa. 
 
 
 
 
Por exemplo, uma revendedora de veículos deve classificar os seus automóveis 
destinados à comercialização no estoque de mercadorias, no grupo do Ativo 
Circulante. Já o veículo utilizado pelos vendedores em visitas a clientes ou aqueles que 
ficam na concessionária à disposição de seus clientes enquanto estes deixam o carro 
na revisão, por exemplo, devem ser classificados no grupo do Ativo Imobilizado. 
 
Assim sendo, no imobilizado são registrados os ativos destinados ao uso nas 
operações da empresa. 
 
Os ativos de natureza permanente que a empresa não vai usar nas suas operações, 
tais como terrenos, imóveis, obras de arte e outros adquiridos com objetivo de venda 
no momento em que se valorizarem, deverão ser classificados no grupo Investimento, 
onde são classificadas as participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se 
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
 
 Conceito de ativo intangível 
 
No intangível, são classificados os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o 
fundo de comércio adquirido. 
 
Os bens intangíveis, são os que não podem ser tocados, pois não possuem um corpo 
físico. Um exemplo de ativo intangível é a marca de uma empresa. 
 
Os direitos classificados no intangível, serão registrados pelo seu custo de aquisição 
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização. 
 
A amortização de um ativo começa quando o item está em condições de operar na 
forma pretendida pela administração e ainda que o valor residual e a vida útil, período 
de uso ou volume de produção de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final 
 3
Lembrando que... 
As contas do ativo de uma empresa são classificadas no Balanço Patrimonial em 
ordem decrescente de grau de liquidez, ou seja, em primeiro lugar são registradas 
as contas que serão convertidas em dinheiro mais rapidamente. No passivo as 
contas são classificadas de acordo com a sua exigência, das que ocorrem antes, até 
às que ocorrem por último. 
de cada exercício, e, quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores, as 
alterações devem ser efetuadas. Porém, tanto a lei como a norma, falam em 
amortização de ativos com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto 
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado, o que leva a 
conclusão de que ativos intangíveis com vida útil indefinida não deverão ser 
amortizados. 
 
 Classificação no Balanço Patrimonial 
 
No Balanço Patrimonial, as contas do Ativo Imobilizado e Intangível são classificadas 
dentro do grupo do Ativo Não Circulante, logo abaixo do grupo investimentos, 
conforme representado na figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO 
 
ATIVO CIRCULANTE 
... 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 
 INVESTIMENTOS 
 
 IMOBILIZADO 
Terrenos 
Obras Civis 
Instalações 
Máquinas, aparelhos e equipamentos 
Móveis e Utensílios 
Veículos 
Ferramentas 
Benfeitorias em propriedades arrendadas 
 
 INTANGÍVEL 
Marcas, direitos e patentes 
Sistemas computacionais 
 
Figura 1 – Representação do Balanço Patrimonial com destaque para o Ativo Imobilizado 
 4
CUIDADO! 
Se a compra do bem imobilizado foi financiada junto a uma instituição financeira, 
por exemplo, a empresa NÃO pode acrescentar os juros e os demais encargos 
no valor do bem adquirido. Esses encargos devem ser lançados como despesa 
financeira. 
Além dos bens discriminados acima, a empresa pode ter vários outros ativos 
imobilizados e intangíveis, dependendo da natureza da sua atividade. O importante, no 
entanto, é a separação, no plano de contas, dos bens em operação (já em utilização) 
daqueles que ainda estão em andamento, ou seja, bens que ainda não estão sendo 
utilizados nas operações da empresa. 
 
 Valor Contábil do Ativo Imobilizado 
 
Os bens do ativo imobilizado adquiridos de terceiros são registrados pelo seu preço 
de custo, pago na aquisição, mais todos os gastos necessários para colocar o bem em 
funcionamento e no local das atividades. Como exemplo desses gastos, temos: fretes, 
seguros de transporte, impostos, comissões, custos de montagem e outros de mesma 
natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, os bens recebidos por doação devem ser registrados no ativo permanente 
pelo seu valor de mercado em contrapartida a Resultado do Exercício. 
 
 Depreciação de bens imobilizados 
 
O ativo imobilizado é composto por bens de natureza permanente. No entanto, esses 
bens, em sua maioria, sofrem desgastes com o passar dos anos, à medida que a 
empresa os utiliza nas suas operações. Esse desgaste faz com que o valor dos bens 
diminuam, à medida que os bens vão perdendo a sua capacidade produtiva ou vão se 
tornando obsoletos. 
 
A contabilidade deve então evidenciar esses desgastes ocorridos nos bens 
imobilizados, seja por uso ou por obsolescência, na medida em que o tempo for 
 5
ATENÇÃO! 
Nem todos os bens do ativo imobilizado sofrem depreciação. Terrenos e obras de 
arte, por exemplo, são ativos que não se desgastam com o passar dos anos e, 
muitas vezes, acabam até se valorizando. 
passando. Esse processo de reconhecimento do desgaste do ativo na contabilidade é 
conhecido como depreciação. 
 
 
 
 
 
 
O objetivo da depreciação não é reter recursos para futura reposição dos ativos. O 
verdadeiro objetivo da depreciação é reter recursos para recuperar o capital investido. 
A depreciação representa, portanto, parte do caixa desembolsado na compra de um 
bem que não será mais recuperado no momento da venda desse ativo. 
 
 Diferença entre Depreciação, Amortização e Exaustão 
 
Apesar de o termo geral utilizado para definir o desgaste de um ativo imobilizadoser 
depreciação, dependendo da natura do bem, existe um nome técnico mais apropriado. 
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações1, a diminuição de valor dos elementos 
do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas contas de: 
 
a) Depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por 
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da 
natureza ou obsolescência; 
 
b) Amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na 
aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros 
com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de 
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. 
 
c) Exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua 
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou 
bens aplicados nessa exploração. 
 
 
1 Lei 6.404/76, art. 183, § 2.º. 
 6
Podemos observar que, de acordo com a natureza do bem imobilizado, a perda do seu 
valor recebe uma nomenclatura diferente. Como exemplo, podemos citar: 
 
 Sofrem depreciação: máquinas, equipamentos, instalações, móveis, utensílios, 
veículos, edifícios, construções etc.; 
 Sofrem amortização: marcas, patentes, fundo de comércio, direitos autorais, 
benfeitorias em imóveis de terceiros etc.; 
 Sofrem exaustão: Minas, reservas florestais, poço de petróleo e outros 
recursos naturais. 
 
 Cálculo da quota de depreciação 
 
Para calcular o valor das cotas de depreciação de determinado bem, ou seja, quanto 
do seu valor será perdido com o decorrer do tempo, seja por uso ou por obsolescência, 
a empresa precisa primeiramente conhecer o valor do bem a ser depreciado. 
 
Depois disso, necessário se faz estimar a vida útil do bem. No entanto, a 
determinação do tempo em que o bem será utilizado nas operações da empresa não é 
tarefa fácil e, para isso, a empresa deve proceder a uma análise criteriosa das 
especificidades técnicas de cada bem em consonância com as condições de uso a que 
esse bem estará sujeito. 
 
Como a estimativa da vida útil dos bens não é uma tarefa simples, muitas empresas 
acabam adotando a taxa de depreciação anual admitida pela legislação do Imposto de 
Renda. Atualmente, são admitidas as seguintes taxas: 
 
 Ativo Imobilizado Taxa anual Vida 
 de depreciação Útil 
Edifícios e Construções 4% 25 
Máquinas e Equipamentos 10% 10 
Instalações 10% 10 
Móveis e utensílios 10% 10 
Veículos em geral 20% 5 
Softwares 20% 5 
Para uma lista completa ver Instrução Normativa n.º 162 de 31/12/1998 da Secretaria da Receita Federal 
 7
Mas porque a legislação do Imposto de Renda interfere na determinação da 
cota de depreciação dos ativos imobilizados? 
 
O Fisco regulamenta os prazos mínimos de depreciação para os ativos das empresas 
pelo simples fato de que a despesa de depreciação é aceita na redução do lucro 
contábil apurado para fins de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 
e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Quanto maior a cota de 
depreciação, menor o lucro contábil para fins fiscais e, da mesma forma, menor o 
valor dos impostos incidentes sobre o lucro acima citados. 
Vale ressaltar que a empresa pode adotar uma taxa de depreciação menor que a 
prevista em lei, mas, para adotar uma taxa superior à estabelecida pelo Fisco, 
precisará de laudo pericial emitido por uma entidade oficial aceito pelo Fisco. Um outro 
fator importante a ser ressaltado, é que as taxas de depreciação apresentadas acima 
são para uma jornada de trabalho de 8 horas diárias. Caso a empresa trabalhe em dois 
ou até três turnos, o Fisco aceita uma taxa depreciação maior, chamada de 
depreciação acelerada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De posse do valor do bem e da vida útil estimada basta escolher um método de 
depreciação, dentre os vários existentes. Um dos métodos mais utilizados na prática 
devido ao seu fácil entendimento e simplicidade de cálculo, e que será utilizado nos 
exemplos práticos, é o método das quotas constantes. 
 
 Métodos de Depreciação 
 
Método das Cotas Constantes 
 
No método das quotas constantes (ou método da linha reta), para se determinar o 
valor a ser depreciado anualmente, basta dividirmos o custo total do bem pela sua vida 
útil estimada, de acordo com a seguinte expressão. 
 
 Valor Anual da Depreciação = Custo do Bem 
 Vida útil estimada (em anos) 
 8
 
Se divisor da expressão acima, que indica o tempo de vida estimado do bem, estiver 
em quantidade de anos, a quota de depreciação encontrada será anual. Para encontrar 
a cota mensal, basta dividir o custo total do bem pela quantidade de meses em que 
este deverá ser usado nas operações da empresa. 
 
Na verdade, o bem vai se desgastando minuto a minuto, à medida que for sendo 
utilizado pela empresa. No entanto, não faz sentido a contabilidade ficar registrando a 
depreciação em período tão curto de tempo. Por isso, as empresas em geral procedem 
ao reconhecimento da depreciação geralmente no final de cada mês. 
 
 Exemplificação do cálculo da quota de depreciação 
 
Por exemplo, suponha que uma empresa adquiriu uma determinada máquina para 
utilizar na sua fábrica no dia 01 de janeiro de 2008. Se a vida útil da máquina for 
estimada em 10 anos e a empresa utiliza o método das quotas constantes, o valor a 
ser depreciado anualmente será de $ 1.000, como mostra a expressão abaixo, o que 
equivale a uma taxa de depreciação de 10% do valor do bem a cada ano. 
 
Valor da Depreciação = $ 10.000 = $ 1.000/ano 
 10 anos 
 
No caso do cálculo das quotas de amortização e exaustão. 
 
 Contabilização da Depreciação 
 
Uma vez determinado o método e encontrado o valor anual da depreciação, basta a 
empresa proceder a contabilização à medida que o tempo for passando. O valor da 
depreciação é lançado em uma conta redutora do ativo, denominada depreciação 
acumulada. A contrapartida desse lançamento será em uma conta de despesa – do 
sub-grupo outras despesas operacionais –, denominada despesa de depreciação. A 
despesa de depreciação vai impactar negativamente no resultado (lucro) da empresa 
em determinado exercício. 
 
 9
Usando os números do exemplo anterior, ao final do primeiro ano de utilização do 
bem, a empresa deve proceder ao lançamento (A) da primeira cota de depreciação no 
valor $ 1.000 ($ 10.000 x 10%): 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 31/12/2008 
 Ativo Permanente 
 Imobilizado 
 ... 
 Máquinas 10.000 
 (-) Depreciação Acumulada de Máquinas (1.000) – A 
 ... 
 
 
A contrapartida será: 
 
Demonstração do Resultado do Exercício 
 31/12/2008 
(-) Outras Despesas Operacionais 
 .... 
 Despesa com Depreciação (1.000) - A 
 ... 
(=) Lucro Líquido do Exercício 
 
 
Observe que o saldo da conta ‘Máquinas’ não é alterado 
á medida que o bem se desgasta. O valor do ativo 
imobilizado aparece pelo seu custo e, logo abaixo, o 
valor da depreciação acumulada subtraindo seu valor. 
 
 
A depreciação acumulada representa então a diminuição do valor de determinado bem, 
devido ao seu desgaste. A contrapartida desse lançamento se dá na conta despesa de 
depreciação, que irá para a Demonstração do Resultado do Exercício(DRE), 
juntamente com as demais despesas do período, diminuindo o lucro da empresa. 
 
Portanto, o impacto nas demonstrações contábeis ocorrido no momento do 
lançamento de uma cota de depreciação é o seguinte: 
 
A
T
E
N
Ç
Ã
O
A
T
E
N
Ç
Ã
O 
 10
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse lançamento é realizado geralmente ao final de cada período de encerramento 
contábil (mês, ano ou trimestre). 
 
Ao final do segundo ano, a empresa procede novamente a contabilização da 
depreciação de mais um período, da mesma forma que o lançamento anterior. 
Supondo que nenhum lançamento tenha sido feito no decorrer do ano na conta 
‘Máquinas’ seja por compra ou venda, o saldo no Balanço Patrimonial em 31/12/2009 
será o seguinte: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 31/12/2008 31/12/2009 
 Ativo Permanente 
 Imobilizado 
 ... 
 Máquinas 10.000 10.000 
 (-) Depreciação Acumulada de Máquinas (1.000) (2.000) 
 ... 
 
E assim sucessivamente até o final do 10º ano. Ao final de dez anos, o valor da 
depreciação acumulada será de $ 10.000, igualando-se ao valor de aquisição da 
máquina. Isso significa que o bem foi totalmente depreciado, a máquina não possui 
mais nenhuma condição de gerar benefícios para a empresa e, portanto, não possui 
nenhum valor econômico. Como todo o investimento feito na máquina foi 
consumido na geração de receitas, o seu valor total foi descarregado em 
despesa de depreciação nos períodos correspondentes. 
 
 Valor residual 
 
ATIVO PERMANENTE, 
 no valor da cota de depreciação 
lançada na depreciação acumulada 
O LUCRO DO PERÍODO 
pois o desgaste do bem representa uma 
despesa para a empresa 
E
 11
Pode acontecer de, ao final da vida útil estimada do bem, o ativo ainda possuir algum 
valor de revenda, ou valor de sucata. Um veículo, por exemplo, pode ser utilizado em 
uma empresa durante cinco anos e, ao final desse período, ainda possuir algum valor 
de mercado. Esse é o chamado valor residual. 
 
No exemplo anterior, o bem foi totalmente depreciado, isso porque a empresa não 
tinha nenhuma expectativa de valor residual ao final da vida útil do bem (valor residual 
igual a zero). No entanto, a empresa pode estimar um valor residual para determinado 
bem. 
 
Para que o bem não seja totalmente depreciado ao final da vida útil estimada, basta a 
empresa depreciar um valor menor a cada ano. A fórmula de cálculo da depreciação 
passa a ser a seguinte: 
 
Valor Anual da Depreciação = Custo do Bem – Valor residual 
 Vida útil estimada 
 
Por exemplo, suponha que uma empresa adquiriu um determinado veículo por $ 
30.000 com vida útil estimada de 5 anos e valor residual de $ 10.000. Sabendo-se que 
a empresa utiliza o método das quotas constantes, o valor a ser depreciado 
anualmente será de: 
 
Valor da Depreciação = $ 30.000 – $ 10.000 = $ 4.000/ano 
 5 anos 
 
Depreciando o veículo em $ 4.000 por ano, ao final de cinco anos a empresa terá uma 
depreciação acumulada de $ 20.000. Como o bem custou $ 30.000, restará um valor 
de $ 10.000 ao final da vida útil do veículo. Esse será o seu valor residual do bem. 
 
Porém, depreciando um valor menor, a despesa de depreciação de cada período 
também será menor e, conseqüentemente o lucro contábil será maior. Como as 
empresas tributadas pelo regime tributário do lucro real recolhem impostos com base 
no lucro, o valor a ser recolhido ao Fisco também será maior. A legislação brasileira, 
obviamente, admite esse procedimento. 
 
 12
 Gastos com Manutenção e Reparos x Gastos com Melhorias 
 
À medida que o ativo vai sendo utilizado nas operações, alguns gastos podem se fazer 
necessários para mantê-lo em boas condições de funcionamento, chamados de gastos 
com manutenção e reparos, ou, em outros casos, a empresa pode desejar fazer um 
desembolso mais significativo com o objetivo de aumentar a vida útil do bem. O 
tratamento contábil desses eventos é diferente de acordo com a sua natureza, a saber: 
 
Se o gasto efetuado for para realizar uma melhoria significativa no bem, aumentando 
sua vida útil, sua capacidade produtiva e beneficiando vários exercícios contábeis, a 
empresa deve incorporar esse gasto ao valor contábil do ativo imobilizado. 
Porém, para que o valor do ativo possa ser ajustado, o gasto deve ser significativo em 
relação ao valor do bem. 
 
Já no caso de os gastos serem referentes a pequenas manutenções e reparos, que 
objetivam apenas manter o ativo em condições normais de operação, estes gastos 
deverão ser lançados como despesa do período. 
 
Deve-se ressaltar, no entanto, que a decisão de ativar um gasto ou lançá-lo como 
despesa deve ser tomada sempre com muita cautela, para não correr-se o risco de 
alterar erroneamente o valor dos ativos ou comprometer o resultado de um exercício. 
 
 Reavaliação de ativos 
 
Quando o valor contábil de um ativo imobilizado está muito defasado em relação ao 
valor de mercado, era permitido proceder a reavaliação de ativos. Atualmente não 
mais. Esse procedimento fere diretamente o princípio contábil do custo histórico como 
base de valor e por isso não é aceito em muitos países, entre eles os Estados Unidos. 
Além disso, ajustar o custo de um bem para deixá-lo igual ao valor de mercado, 
dificulta a comparação de demonstrativos contábeis, uma vez que era opcional e 
muitas empresas não faziam. 
 
No Brasil, com as alterações introduzidas pela Lei 11.638/2007, desaparece a opção da 
reavaliação espontânea de bens que antes existia. Desaparece as menções a essa 
possibilidade, isto é, não se pode mais efetuar reavaliações do imobilizado. 
 13
“LEI Nº 11.638, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007 
(...) Art. 6º Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão 
ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do 
exercício social em que esta Lei entrar em vigor. (...)” 
 
Os saldos atualmente existentes irão desaparecendo à medida que forem sendo 
realizadas mediante depreciações e outras formas de redução do valor do imobilizado 
reavaliado até sua extinção. Ou as empresa que quiserem efetuar a baixa completa 
dos saldos ainda existentes dessas reavaliações, jogando as reservas existentes contra 
os valores reavaliados. 
 
 
 Venda de um Ativo Imobilizado 
 
Quando a empresa faz a venda de um dos seus bens do ativo imobilizado, o 
lançamento de baixa do bem deve ser feito pelo seu valor líquido, ou seja, seu custo 
histórico menos o valor da depreciação acumulada. O valor do lucro ou prejuízo 
apurando na venda do imobilizado deve figurar na demonstração do resultado do 
exercício no sub-grupo das outras receitas/despesas operacionais. 
 
Para exemplificar, suponha que um veículo adquirido por $ 30.000 e com uma 
depreciação acumulada de $ 20.000 seja vendido por $ 15.000. Nesse caso, a empresa 
procederá a baixa do veículo pelo valor de compra de $ 30.000 e também fará a baixa 
da depreciação acumulada de $ 20.000. Dessa forma, o custo líquido do imobilizado 
vendido será de $ 10.000 e, como o preço de venda foi de $ 15.000, a empresa 
apurará um ganho na venda do imobilizado no valor de $ 5.000, conforme 
demonstrado abaixo: 
 
Venda do Imobilizado 
Valor de Aquisição do Veículo (histórico) 30.000 
(-) Depreciação Acumulada do veículo (20.000) 
(=) Valor líquido do bem 10.000 
 
Preço de venda 15.000 
 
Lucro na venda do Imobilizado 5.000 
 
 14
No caso de uma empresa vender um ativo por um valor menor do queo seu custo 
menos a depreciação acumulada, ocorrerá um prejuízo na venda do imobilizado que 
será da mesma forma transferido para o resultado do exercício. 
 
 Teste de recuperabilidade dos ativos - impairment 
 
Deve ser realizado quando um ativo não passa no teste de recuperabilidade, isto é, 
quando os ativos estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele 
passível de ser recuperado por uso ou por venda. Caso existam evidências claras de 
que ativos estão avaliados por valor não recuperável no futuro, a entidade deverá 
imediatamente reconhecer a desvalorização por meio da constituição de provisão para 
perdas. 
 
Fontes de consulta para elaboração desse material: 
 
EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA-USP. Contabilidade Introdutória. 11ª ed. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
 
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E FINANCEIRAS – 
FIPECAFI. MANUAL DE CONTABILIDADE SOCIETÁRIA: Aplicável a todas as 
Sociedades de acordo com as Normas Internacionais e do CPC. 1. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
 
MARION, J. C. Contabilidade Básica. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 2004. (páginas 
208 a 225) 
 
 
Fonte jurídica de consulta para elaboração desse material: 
 
Lei 6.404/1976 (art. 179 e 183), alterada pela Lei 11.638/2007. 
CPC 01 - Redução ao valor recuperável de ativos 
CPC 04 - Ativo Intangível 
CPC 27 - Ativo Imobilizado

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