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Realidades recompostas: a apropriação consciente das novas tecnologias e a arte- educação na construção do conhecimento. Alfredo Henrique Macelloni* Aline Tosta Floriano** RESUMO: O texto se sustenta por duas importantes motivações: a educação através da arte, questionando sua função social e a apropriação consciente das novas tecnologias na prática de ensino. Além de relatar a experiência didática interdisciplinar (Literatura e História) vivenciada no exercício profissional do ensino médio, realizada desde março de 2007, pelos próprios autores que como pesquisadores/docentes, procuram o despertar para as mudanças efetivas e assim trabalham para recompor a realidade de uma pequena escola pública estadual no litoral norte de São Paulo. PALAVRAS-CHAVE: Arte - Educação - Novas tecnologias *Licenciado em História pela UNESP, especialista em Espaço, Sociedade e Meio Ambiente e Mestrando do curso multidisciplinar: Educação, Arte e História da Cultura, UPM Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP macelloni68@hotmail.com (13) 33131665 **Licenciada em Letras com ênfase em Literatura pelo Centro Universitário Moura Lacerda, Ribeirão Preto - SP e Mestranda do curso multidisciplinar: Educação, Arte e História da Cultura, UPM Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP alinetosta@hotmail.com (13) 33131665 Ambos bolsistas da SEE/CENP - (SP) Secretaria de Estado da Educação/ Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas Introdução: “A vida só é possível reinventada.” (Cecília Meireles) O interesse na realização desse trabalho foi estimulado pelo desafio encontrado na luta para diminuir a distância entre pesquisa - universo acadêmico e prática docente no ensino médio. Sapere aude, dito de Horácio (65 a.C.- 8 a.C.) que é traduzido muitas vezes como “ousar saber” ou “tenha a coragem de usar teu próprio entendimento”, toma corpo no esforço de saber ousar e acreditar que é possível manter esta relação mais estreita. Na tentativa de contribuir com o teor anunciado desse 7°Encontro Internacional de Arte e Tecnologia: para compreender o momento atual e pensar o contexto futuro da arte, em especial a proposta temática - Arte, educação e tecnologia, a presente investida apresenta ações alternativas que possuem a pretensão de minimizar o drama de uma grande parcela da população brasileira que atribui um caráter superior a um tipo de arte, relacionando-a diretamente ao que consideram algo excepcionalmente refinado, cabendo apenas à elite a capacidade de se dirigir e interagir com rigor e compreensão. Num país com escassos exemplos de escolas públicas eficientes é mais que urgente o avançar da pesquisa na tentativa de promover estratégias didáticas inovadoras e criativas, reinventando práticas que possam permitir uma mediação pedagógica centrada em interações mais dinâmicas entre professor/aluno, num processo de aprendizagem que insere o educando na busca constante de sua emancipação. A educação através da arte e a função social da arte: É recente a aproximação da arte pelo educador e assumi-la em novos contextos de aprendizagem pode ser uma escolha feliz, pois é através dela que o educando desenvolve uma relação mais prazerosa com os conteúdos, além de elaborar associações mais sofisticadas; “...podemos dizer que a arte possibilita que os indivíduos estabeleçam um comportamento mental que os leva a comparar as coisas, a passar do estado da comunicação, a formular conceitos e a descobrir como se comunicam esses conceitos. Todo esse processo faz com que o aluno seja capaz de ler e analisar o mundo em que vive, e dar respostas mais inventivas. O artista faz isso o tempo todo, seja para melhor se adequar ao mundo, para apontar problemas, propor soluções ou simplesmente para encantar(...).”(http://www.abt- br.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=69&Itemid=2) Sob este prisma, as linguagens artísticas devem ser encaradas como grandes aliadas do processo de ensino-aprendizagem, porque oferecem condições especiais para o aluno sustentar uma postura crítica sobre a realidade local e planetária, fazendo-o refletir sobre o olhar do outro, desenvolvendo o exercício de tornar sua visão de mundo cada vez mais abrangente e complexa, sabendo também, que é na arte e na história que a humanidade conhece a si mesma. Para a efetivação da arte-educação como forma envolvente e criativa de se alcançar o conhecimento construído de forma colaborativa, é necessário que haja, por parte do professor, um cuidado especial no trato com a relação entre Teoria/Prática, sendo que Freire já nos advertia: “É preciso, sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” (FREIRE, 2007, p.22) Devido não só a falta de espaço, mas também como forma de melhor fundamentar a posterior apresentação sobre a experiência didática mencionada no resumo, limitamo- nos ao exemplo da seguinte ação alternativa de arte-educação. A utilização das reproduções de obras de arte na prática de ensino de história e de literatura, amparadas pelo conhecimento histórico, enriquece a discussão da arte como produto social e cultural, permeada pelos principais aspectos da história da arte, conduz o profundo entendimento sobre o ser humano, ao constatar que suas manifestações culturais artísticas refletem em suas ações sociais e vice-versa. Na medida que essa discussão avança e esses reflexos se descortinam, emerge um sentido da arte de maneira expandida, capaz de revelar alguns mistérios que envolvem os processos de mudanças e permanências do espírito humano de criar o que chamamos de cultura. Todavia, torna-se indispensável, nos atermos a um breve panorama histórico da relação da sociedade com a arte, seguindo os passos de Walter Benjamin (1892-1940) quando trata das transformações ocorridas desde quando nas sociedades primitivas a arte fundia-se com a magia, passando a servir aos rituais religiosos durante a Antiguidade Clássica e a Idade Média, sendo inserida no culto do belo na Renascença. Até que, aproximadamente trezentos anos depois, com o avanço da reprodutibilidade técnica, através da invenção da fotografia e do cinema, ela atinge sua emancipação do culto e passa servir a política. Depois desse ponto, poderíamos afirmar que ela foi apropriada pela publicidade e propaganda na lógica capitalista da indústria cultural e que hoje, a arte tecnológica incita- nos o repensar sobre a própria condição humana, pois coloca em crise não só idéia de comunicação e interação social que estávamos acostumados pouco tempo atrás, mas naquilo que é provocado pelos aparelhos que a todo instante alteram nossos sentidos e a nossa percepção. Ao trazer todas essas importantes questões para dentro de uma proposta de arte- educação dedicada ao exercício de impulsionar a promoção de um auto-conhecimento realmente significativo, um novo cenário educativo é solicitado para que, além de consolidar o conhecimento construído de forma colaborativa, possa atingir um propósito maior: a emancipação daqueles indivíduos que tiveram sua cosmovisão embaçada pelos vapores da massificação. A apropriação consciente das novas tecnologias na prática de ensino: Vivemos em uma sociedade que sofre um acelerado processo de mudanças decorridas principalmente dos avançostecnológicos e o que isso pode provocar em termos de transformação social e dos próprios processos de cognição e percepção torna- se objeto de preocupação de várias áreas do conhecimento. Outra questão que não podemos deixar escapar é ainda sobre a relação homem/máquina, pensando especialmente na saúde das crianças, que podem deixar de experimentar as potencialidades do seu próprio corpo ou assumir uma vida sedentária cabendo ao docente orientá-los, não na composição de um novo humanismo, mas nos riscos que os excessos podem causar. Na necessidade de compreender melhor o nosso propósito, recorremos novamente a uma rápida história, referindo-se agora, a incorporação das tecnologias pela educação no Brasil, relembrando que ela ganha força nos anos 80 com o retro-projetor e principalmente com o uso do vídeo em sala de aula, marcando os anos 90 com a introdução da informática e a partir do ano 2000, momento em que houve uma ampliação do acesso a Internet e a criação de ambientes de aprendizagens. Ao acompanhar essas transições, podemos constatar que a falta de preparo do professor e da própria cultura escolar, dificultou o reconhecimento da potencialidade desses recursos, quando o professor se servia, por exemplo, das fitas de vídeo, para reproduzir e ilustrar o conteúdo, ou como substituto de sua fala, sem qualquer ou nenhuma intervenção. Ou então, o modo como a informática, na sua instalação inicial no ambiente escolar, se apresentava como um segmento à parte, demorando a ser percebida e aproveitada no processo de ensino aprendizagem. Em resumo, a apropriação das novas tecnologias na prática de ensino deve ocorrer de forma consciente, revendo o papel do professor, redimensionando a prática pedagógica, explorando suas potencialidades de maneira criativa e que consiga construir um conhecimento significativo para a vida dos envolvidos. Alonso, contribui: “A decisão didática sobre os meios a serem utilizados não deve ser feita tanto em função da sua modernidade ou provável eficiência, mas sim da adequação às metas educacionais previstas. O valor instrumental não está nos próprios meios, mas na maneira como se integram na atividade didática, em como eles se inserem no método porque é este que os articula lhes dá sentido no desenvolvimento da ação.” (In: SANCHO, 2001, p.9) Isso significa que não basta introduzir tecnologia, pois esta por si só não se constitui em uma revolução metodológica, é imprescindível pensar em como ela é apropriada e explorada pela prática docente, a saber o quanto seu uso pode efetivamente contribuir para a uma proposta pedagógica eficiente, consciente e criativa, voltada para a universalidade do conhecimento construído de forma colaborativa, afastada de uma idéia de modernização meramente instrumental. “No entanto, o fato de mudar o meio em que a educação e a comunicação entre alunos e professores se realizam traz mudanças ao ensino e à aprendizagem que precisam ser compreendidas ao tempo em que se analisam as potencialidades e limitações das tecnologias e linguagens empregadas para a mediação pedagógica e a aprendizagem dos alunos.” (ALMEIDA, 2003, p. 329) Sendo um fenômeno social em estágio corrente, atrelado principalmente às novas tecnologias que reconfiguram as dimensões de espaço/tempo, torna-se difícil apresentar um diagnóstico investigativo mais seguro e, portanto, cabe ao docente do século XXI a função de oferecer aos alunos subsídios teóricos e práticos lançados numa reflexão conjunta, quanto aos desejos e possibilidades de se construir uma sociedade mais justa e feliz, resgatando principalmente a ética nas relações pessoais. A experiência didática interdisciplinar: “O primeiro passo é procurar de todas as formas tornar viável o acesso freqüente e personalizado de professores e alunos às novas tecnologias...” (MORAN, 2004, p.44) Uma experiência realizada na Escola Estadual Professor Archimedes Bava, situada na cidade de Bertioga, litoral norte do Estado de São Paulo, com alunos dos primeiros anos do Ensino Médio, comprova que a combinação arte-educação/tecnologia pode resultar numa prática pedagógica mais eficiente. Localizada num bairro habitado por uma comunidade carente, com sérios problemas sociais, faz com que o acesso ao conhecimento fundamentado sobre obras de arte não se dê por outro meio a não ser pelo ambiente escolar. Enquanto se discute e se experimenta as novas tecnologias na educação, como os ambientes virtuais de aprendizagem, a maioria das escolas públicas no Brasil assiste apática a essas mudanças, transformando-se em ilhas, a princípio desinteressantes para o aluno, que por mais carente que seja, acompanha o lançamento de toda sorte de produtos eletrônicos pelos noticiários e propagandas de TV. Possuindo a idéia de algumas potencialidades oferecidas pela Internet, a maioria dos alunos desta escola, demonstram ao entrar em sala de aula, o sentimento de estar em um lugar isolado da realidade além muro, encarando uma árida situação ao ver que sua escola ainda não consegue, por diversos motivos, inserir no processo de ensino- aprendizagem os avanços tecnológicos de que muitas instituições ou organizações já se servem, quando também, percebem entre os próprios professores uma rejeição ou desinteresse pela causa; o que nos levou a pensar em alternativas para recompor esta realidade. Antes de continuarmos a relatar sobre os procedimentos e resultados da experiência, procuramos apresentar as definições de literatura e de história que mais se ajustam a nossa proposta, para depois serem expostas algumas considerações que justifiquem a ação interdisciplinar. Segundo Afrânio Coutinho: “A literatura é uma arte, a arte da palavra, isto é, um produto da imaginação criadora, cujo meio específico é a palavra, e cuja finalidade é despertar no leitor ou ouvinte o prazer estético.” (In: DE NICOLA, 2008, p.258) Já Ernst Cassirer propõe a seguinte definição de História: “A história não é o conhecimento de fatos ou acontecimentos externos; é uma forma de conhecimento de si mesmo. Para conhecer-me, não posso tentar ir além de mim mesmo, saltar, por assim dizer, sobre minha própria sombra.” (CASSIRER, 1977, p.301) Literatura e História como disciplinas, estabelecem uma proveitosa relação, principalmente no 1º ano do Ensino Médio, pois contemplam um percurso pela Antiguidade Clássica, tendo a Grécia como berço da civilização ocidental, onde vários escritos literários, além de servirem como fonte de pesquisa histórica, inspiraram a criação de várias obras de arte que tiveram, cada qual a seu tempo e maneira seu lugar especial como função social. Nas aulas, são utilizadas as reproduções de obras de arte como um meio de contextualizar a época e trazer todas aquelas questões já discutidas até aqui. Sendo que seu uso provoca a reflexão no sujeito aprendiz, comunica idéias e sentimentos, tendo o poder de transformar. As imagens são pesquisadas e selecionadas na Internet, gravadas em um dispositivo midiático portátil, conhecido no mercado como mp5, que levado à sala de aula é conectado à televisão, apresentando-se como uma ação alternativa de baixo custo para o professor, que não encontra outro recurso senão a TV. Dentre as várias obras escolhidas e usadas, destacamos algumas como: Ulisses e Penélope (Johann H. Wilhein), Helena (Von Stuck) e Édipo e a Esfinge (Gustave Moreau). O resultado é uma proposta de arte-educação que cumpre a função de fornecer aos alunos as condições necessárias para que compreendam melhor aquilo que se transfigura no plano da expressão e na dimensão do significado ao interagir com a Arte (como linguagem expressiva e forma de conhecimento), permitindo sua inclusão na sociedade de maneira mais expansiva. A união entre interdisciplinaridade,arte-educação e novas tecnologias proporcionou um aprendizado de forma colaborativa e um bom número de educandos se apropriou dos conteúdos de maneira prazerosa, se conhecendo, questionando e revendo valores. Tomando conhecimento de que a sociedade, em sua totalidade, disponibiliza vários meios para se aprender, reconhecendo que o espaço escolar possibilita um processo de ensino-aprendizagem que provoca mudanças significativas no seu modo de viver. Como forma de enriquecer o relato sobre os resultados incluímos, com a devida autorização dos responsáveis, depoimentos e opiniões de alguns alunos envolvidos nessa “vivência-experiência”: “A utilização das tecnologias nos estimula a pensarmos mais e a aprendermos a caminhar com as ‘nossas próprias pernas’, pois nesse caso temos que nos empenhar mais de um modo menos cansativo; ganhamos mais concentração, enfim, é muito bom.” (Bianca, 1º ano do Ensino Médio) “Penso que é algo muito bom para a aprendizagem dos alunos e para os professores também, pois eles saíram da rotina e os alunos aprenderam coisas novas com isso.” (Juliana Lins, 1º ano do Ensino Médio) “O uso do mp5 ajudou bastante, não só na aprendizagem, mas na convivência entre amigos. As informações que adquirimos enriqueceram nossos conhecimentos e fortaleceram o convívio e o respeito uns com os outros.” (Luana Assunção, 1º ano do Ensino Médio) “Os professores estão deixando as aulas mais descontraídas, saindo um pouco da rotina do dia-a-dia escolar, além da descontração ficamos mais informados e a utilização das tecnologias prende a atenção dos alunos.” (Thays de Souza, 1º ano do Ensino Médio) Comprovando o seu caráter estimulante e desse modo, o papel do educador se reformula como o “mediador-facilitador” entre educando e conteúdo, pelo viés da arte- educação com a utilização consciente das novas tecnologias. Mesmo a TV não sendo a novidade do momento e muitas vezes utilizada como uma maneira do professor descansar de sua fala, é aqui aproveitada de forma consciente, pois as imagens reproduzidas estão inseridas no contexto de uma proposta pedagógica diferenciada e consistente, onde o dispositivo midiático portátil permite juntamente com a Internet e a capacidade de pesquisa do professor a possibilidade de selecionar e ordenar as obras, construindo seu repertório com a liberdade de criação frente a um universo de figuras disponíveis na Internet. Foram vivenciadas novas formas de linguagens, interagindo o real e o virtual, contribuindo com a emancipação dos alunos e a formação de novos conhecimentos que, se fossem explorados em uma aula tradicional, sem uma prática fundamentada, talvez não tivessem sido tão proveitoso quanto foi para quase todos os participantes. Considerações finais: Uma difícil tarefa envolve o cotidiano do professor ao enfrentar as contradições entre a sociedade da informação/comunicação e a realidade escolar. “É necessário possuir diversas habilidades profissionais que se interiorizem no pensamento teórico e prático do professor mediante diversos componentes, entre os quais a formação como desenvolvimento profissional a partir da própria experiência (o que implicaria, segundo Berliner (1987), desenvolver habilidades metacognitivas) .” (IMBERNÓN, 2006, p.33) Tendo, portanto, a experiência didática retratada nesse texto como exemplo de uma ação alternativa, para todo docente preocupado com uma estratégia de ensino que priorize a reconstrução crítica do modo pelo qual se edificou o conhecimento em questão, onde os alunos possam experimentar e perceber que a apropriação desse conhecimento é um exercício em que se retorna ao próprio processo de elaboração do mesmo. Assim, o estudo aprofundado sobre a função social da arte ao longo da história da humanidade pode nos oferecer valiosas pistas de como o homem se organiza não só socialmente, mas como em diferentes épocas e culturas, seus pensamentos, desejos e sentimentos foram sistematizados, vividos e experimentados nas complexas estruturas simbólicas. Referências bibliográficas: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. “Educação a distância na Internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem”. In: Revista Educação e Pesquisa. SP, v.29, n.2, p.327-340, jul./dez. 2003. ALONSO, A.S.M. “O método e as decisões sobre os meios didáticos”, In: SANCHO, J.M. (org.) Para uma Tecnologia Educacional. Porto Alegre: ArtMed, 2001. BARBOSA, Ana Mãe. Arte-Educação no Brasil. 2ª ed. SP: Ed. Perspectiva, 1986. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. SP: Ed. Brasiliense, vol.1, 1985. CALABRESE, O. A Linguagem da Arte. Lisboa: Presença, 1986. CASSIRER, Ernst. 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