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Inflamação: Reação dos Tecidos Vascularizados

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INFLAMAÇÃO
Prof: Gamaliel Moura
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INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO OU FLOGOSE : (latim inflamare e grego phlogos = pegar fogo);
É uma reação dos tecidos vascularizados a um agente agressor caracterizada pela saída de líquidos e células do sangue para o interstício.
Embora em geral constitua um mecanismo defensivo muito importante contra agressões, em muitos casos pode causar danos.
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Agente inflamatório
Tecido
Liberação de mediadores
Atuam nos receptores presentes nas células da microcirculação
e nos leucócitos
Aumento da permeabilidade vascular
Exsudação de plasma e células sanguíneas
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Agente inflamatório
Tecido
Liberação de mediadores
Microcirculação recupera estado hemodinâmico
Líquido e células exsudadas retornam à circulação
VIA CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
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Agente inflamatório
NECROSE
REGENERAÇÃO
Depende do órgão e da extensão
CICATRIZAÇÃO
CURA
CURA
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Agente inflamatório
PERSISTÊNCIA
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Fenômenos inflamatórios
Tanto a inflamação que evolui para a cura como as inflamações persistentes apresentam etapas fundamentalmente semelhantes:
Fenômenos irritativos
Fenômenos vasculares
Fenômenos exsudativos
Fenômenos alterativos (degeneração/necrose)
Fenômenos reparativos
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Sinais Cardinais
rubor 
 edema 
 calor 
 dor
 Perda da função
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Abscesso agudo em mandíbula
Rubor, tumor (ou aumento de volume), calor provavelmente dor e perda de função (dificuldade em abrir a boca devido ao edema e à dor). 
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EDEMA INFLAMATÓRIO
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Agentes inflamatórios
Exógenos: - físicos
 - químicos 
 - biológicos
Endógenos: - necrose
 - mecanismos imunitários
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Cimento utilizado após cirurgias, como protetor do local, em geral inócuo. Houve reação a esse agente químico: vemos os sinais cardinais e um foco de necrose.
Agentes químicos
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Agentes biológicos
Gengivite
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FENÔMENOS IRRITATIVOS
Os fenômenos irritativos consistem no conjunto de modificações provocadas pelo agente inflamatório que resulta na liberação de mediadores químicos responsáveis pelos fenômenos subseqüentes da inflamação.
Os mediadores ficam armazenados em células como: mastócitos, terminações nervosas sensitivas, endotélio, monócitos, macrófagos, neutrófilos, linfócitos, etc.
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Mediadores químicos da inflamação
Substância P 
Histamina
Prostaciclina (PGI2)
Prostaglandinas
Leucotrienos 
Óxido Nítrico (NO)
Citocinas e Quimiocinas
Complemento
Sistema da Coagulação e de Cininas;
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Substância P
Armazenada em terminações nervosas;
Produz vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e tem efeito quimiotático;
Histamina
É o principal mediador produzido por mastócitos e basófilos;
Provoca aumento da permeabilidade e dilatação de vasos sangüíneos;
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Prostaciclina (PGI2)
Originadas do ácido araquidônico, por ação de ciclooxigenases; 
É vasodilatadora;
Prostaglandinas
Originadas do ácido araquidônico, por ação de ciclooxigenases;
Algumas são vasodilatadoras, outras vasoconstritoras;
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Leucotrienos
Produzidos a partir do ácido araquidônico, por ação das lipooxigenases; 
Aumentam a permeabilidade vascular e causam vasodilatação;
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Óxido Nítrico (NO)
Produzido pelo endotélio, macrófagos,fibroblastos, células musculares lisas vasculares, etc;
É um potente vasodilatador;
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Sistema da Coagulação e de Cininas
Trombina desencadeia respostas que induzem a inflamação (expressão de moléculas de adesão endotelial, produção de prostaglandinas, produção de NO, etc);
Sistema das cininas produz bradicinina que é uma substância que provoca dilatação dos vasos sangüíneos e dor;
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 Citocinas
São polipeptídios produzidos em resposta aos Ag (IL-1,2,3,4,5,6,7; TNF;)
Modulam e regulam as funções de outros tipos celulares;
São produzidas por leucócitos, células endoteliais, epiteliais e fibroblastos;
Induzem a síntese de moléculas de adesão endotelial e mediadores químicos, liberação de neutrófilos da circulação, etc
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Sistema complemento
É um conjunto de proteínas presentes no plasma(pró-enzimas) que se ativam em cascata, formando sobre a célula onde o sistema foi ativado um complexo macromolecular anfipático que se aprofunda na membrana e cria um poro hidrofílico através do qual a célula perde eletrólitos e morre.
O sistema complemento pode ser ativado de duas maneira principais: a) a via clássica, ativada por complexos Ag-Ac; b) via alternativa, desencadeada pela ativação do C3 na superfície de patógenos.
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C1
Exposição de um sítio do anticorpo (IgG ou IgM)
C4
BACTERIA
C2
C4bC2b
C3
C5
C3a
C5a
Complexo de ataque à membrana
Morte celular
C3b
Ativação C3
BACTERIA
Via clássica
Via alternativa
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FENÔMENOS VASCULARES
Os fenômenos vasculares são representados por modificações hemodinâmicas da microcirculação comandadas por mediadores químicos liberados durante os fenômenos irritativos.
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Fenômenos vasculares
Vasodilatação arteriolar: 
 (histamina e substância P, bradicinina.
 fluxo sangüíneo (hiperemia ativa – calor e
rubor)   P. Hidrostática e  permeab.
vascular  exsudação do plasma e ptns 
circulação lenta  empilhamento das hemácias e aumento da viscosidade do sangue.
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Fenômenos exsudativos
Saída dos elementos do sangue (plasma e células) do vaso para o interstício.
Exsudação plasmática
 permeabilidade saída de líquido e proteínas: edema inflamatório.
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FENÔMENOS EXUDATIVOS
EXUDAÇÃO PLASMÁTICA: começa geralmente nas fases iniciais da hiperemia e continua durante o processo inflamatório. 
A saída do plasma depende do aumento da permeabilidade vascular e ocorre sobretudo nas vênulas.
As proteínas plasmáticas exsudadas aumentam a pressão oncótica intersticial, favorecendo a retenção de água fora dos vasos.
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FENÔMENOS EXUDATIVOS
EXSUDAÇÃO CELULAR: o primeiro evento é a marginalização leucocitária, processo em que os leucócitos deixam o centro da coluna sanguínea e passa a ocupar a periferia do vaso. Em seguida, são capturados e aderem frouxamente ao endotélio, deslocando-se sobre a superfície endotelial( fenômeno de captura e rolamento) e, finalmente, migram através da parede das vênulas.
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FENÔMENOS EXUDATIVOS
A captura e rolamento e a adesão dos leucócitos são mediados por moléculas de adesão na superfície do endotélio e dos leucócitos (citocinas e quimiocinas).
Uma vez aderidos à membrana plasmática do endotélio, o passo seguinte é a migração ou diapedese. Os leucócitos emitem pseudópodes entre as células endoteliais
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Fenômenos exsudativos
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Fenômenos exsudativos
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Diapedese
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Emissão de pseudópodo, que penetra pela fenda da parede vascular (parte interna do vaso) À direita, todo o corpo celular atingiu o meio externo. 
Diapedese
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Os fenômenos alterativos da inflamação (degeneração e necrose) são produzidos por ação direta e indireta do agente inflamatório e podem aparecer no início ou no decurso da inflamação.
O próprio agente lesivo causa alterações no tecido; 
Além da força defensiva os leucócitos podem causar danos aos tecidos;
Substâncias liberadas pelas células de defesa podem lesar os componentes da matriz extracelular e as células vizinhas;
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A inflamação aguda é a que se instala e termina em alguns dias ou, no máximo, em até 12 semanas. 
Se o agente inflamatório é eliminado, a inflamação entra em declínio e o processo termina completamente. 
Término do estímulo;
Diminuição dos mediadores químicos;
Apoptose dos neutrófilos;
Remoção dos agentes estranhos;
Restauração da normalidade no local da inflamação;
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Paralelamente, inicia-se a reparação da lesão tecidual que ocorreu durante o processo. Em caso de necrose pouco extensa e se o tecido tem a capacidade de se regenerar, ocorre regeneração. Se a necrose é mais extensa ou o tecido não tem a capacidade de regeneração, ocorre a cicatrização. Sua presença não indica a presença de cura pois em inflamações crônicas, os fenômenos reparativos existem ao lado de fenômenos exsudativos, alterativos e produtivos.
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Cicatrização por 1ª intenção
Cicatrização por 2ª intenção
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Coágulo
Inflamação
Fagócitos
Fator de crescimento
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Fenômenos reparativos
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Cicatrização 
Migração e proliferação de fibroblastos
Deposição de matriz extracelular
Angiogênese
Tec. Conjuntivo de granulação
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Tecido de Granulação
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Cicatrização 
Tec. Conjuntivo mais denso e menos vascularizado
 maturação e remodelagem do tecido fibroso
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Cicatriz originada após um abscesso em região de mandíbula. A destruição tecidual foi tão intensa que houve a substituição do tecido original por tecido fibroso. 
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Cicatrização por 1ª intenção
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Cicatrização por 2ª intenção
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INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Inflamação crônica é aquela na qual, devido a persistência do agente inflamatório ou em conseqüência de fenômenos auto-imunitários, o processo se mantém por mais tempo. Normalmente consideram-se crônicas as inflamações que duram além de seis meses.
Pode ser a continuação de uma inflamação aguda;
Persistência do agente nocivo;
Destruição do tecido ativada pela inflamação e a tentativa de reparar os danos ocorrem simultaneamente;
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Inflamação crônica
Duração prolongada
Inflamação ativa
Destruição tecidual
Reparação
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Inflamação crônica
Contexto:
Certas infecções: sífilis, tuberculose 
Auto-imunidade: LES, Artrite reumatóide
Longa exposição a agentes tóxicos: silicose
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Inflamação crônica
Características histológicas:
Infiltrado:m, linfócito e plasmócito 
Destruição tecidual
Tentativa de cicatrização
 Eventual: eosinófilos e neutrófilos.
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Fenômenos produtivos
Modificações morfológicas das células do exsudato após sua migração para o interstício. Os linfócitos transformam-se em plasmócitos, produtores de anticorpos. Os monócitos transformam-se em macrófagos.
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Inflamação crônica
Inflamação granulomatosa: pode ser entendido como um conjunto organizado de células inflamatórias que recebem o nome de granulomas. As células tendem a se organizar em camadas concêntricas em torno do agente inflamatório. Nos granulomas, os macrófagos se agrupam e se unem de modo semelhante a células epiteliais ; por essa razão, são denominados células epitelióides, que não fagocitam, embora permaneçam com a capacidade de pinocitar.
Inflamação não granulomatosa:
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Inflamação crônica
Outras células importantes dos granulomas é o aparecimento de células gigantes multinucleadas, resultantes da fusão de macrófagos. As células gigantes podem ter núcleo organizado na periferia (células de Langhans) ou distribuídos irregularmente no citoplasma (células gigantes tipo corpo estranho).
Os granulomas epitelióides são avasculares.
Além de macrófagos típicos, células apitelióides e células gigantes, os granulomas também podem conter eosinófilo, neutrófilo, linfócito, plasmócito, mastócito e fibroblasto.
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Células gigantes (CG), linfócitos (L) e grande quantidade de fibroblastos (F), indicativos da predominância da fase produtivo-reparativa. 
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Granuloma de corpo estranho
 subst. estranha não digerível. ex: fio de sutura, talco.
Cel. gigante com núcleos de distribuição irregular
Menor fibrose
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