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RESUMO Fim da personalidade jurídica

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Fim da personalidade jurídica
 Termina a existência da pessoa natural com a morte. (art.6º do CC).
 Dentre os efeitos jurídicos da morte, apontam-se: a extinção do poder familiar, a dissolução do vínculo conjugal, a abertura da sucessão, a extinção de contrato personalíssimo
Morte real
 Em geral, a morte real é a parada do sistema cardiorrespiratório com a cessação das funções vitais ou a morte cerebral. Tal aferição, permeada de dificuldades técnicas, deverá ser feita por médico, com base em seus conhecimentos clínicos. A morte deverá ser atestada por profissional da Medicina, ressalvada a possibilidade de duas testemunhas o fazerem se faltar o especialista, sendo o fato levado a registro, nos termos dos arts 77 a 88 da Lei de Registros Públicos
Morte presumida sem declaração de ausência. (Art 7, parágrafo único, C.C)
 O procedimento de declaração de ausência, por sua natureza, é complexo e demorado, não se justificando para os casos de forte evidência de óbito. O Código Civil, exige que o juiz consigne na sentença da data provável do falecimento. 
As hipóteses para presunção da morte são:
 Da pessoa que se encontra em perigo de vida. Exemplo, a pessoa que, achando-se em uma aeronave que imergiu no mar, não foi encontrado durante a minuciosa procura; do prédio que desabou; do navio que afundou e etc. Assim, após encerrada as buscas
 Da pessoa que participo de campanha ou permaneceu prisioneira no período de guerra. Se a pessoa não for encontrada após dois anos do desaparecimento.
Morte presumida com declaração de ausência. (Arts 22 – 39 , C.C)
 A hipótese em questão se aplica à pessoa que desaparece e da qual não tem notícia e nem haja deixado representante ou procurador com mandato de administração de seus bens. A diferença específica desta espécie consiste em uma característica negativa: a pessoa desaparecida não se encontrava em perigo de vida. 
Há três etapas a serem distinguidas nesta modalidade de morte presumida:
Declaração de ausência e nomeação de curador 
pressuposto para esta declaração é que a pessoa tenha desaparecido sem deixar notícia e não haja deixado representante ou procurador com poderes para administração dos bens. Também autoriza a declaração a hipótese de o procurador não poder ou não desejar cuidar daqueles interesses. Entre os efeitos da sentença declaratória de ausência, figura a dissolução do vínculo conjugal, como dispõe o art 1571, § 1º do C.C.
Sucessão provisória 
parte legítima para requerer a sucessão provisória são as pessoas que se
acharem na linha sucessória e os que tiverem interesse jurídico sobre os bens ou ainda eventuais credores por dívidas vencidas e não pagas. Os requisitos para a abertura da sucessão provisória são: a) declaração judicial da ausência; b) lapso temporal mínimo de um ano da declaração ou de três
anos quando o ausente deixou representante ou procurador. Uma vez declarada aberta a sucessão provisória a sentença deverá ser publicada na imprensa e somente após 180 dias da divulgação é que produzirá os seus efeitos. Em seguida deverão ser desenvolvidos os procedimentos que
antecedem à partilha: abertura de testamento, se houver, e tramitação do inventário, devendo os herdeiros requerer o procedimento.
Desde que os herdeiros não sejam os descendentes, ascendentes ou o cônjuge, a imissão na posse se condiciona à prévia garantia, mediante penhores ou hipotecas, correspondentes ao valor do quinhão. Em relação aos frutos e rendimentos dos bens, dispõe o Código Civil nos artigos 33 e 34. Dois fatos especiais poderão ocorrer durante a sucessão provisória: a) o conhecimento da morte real do ausente e a sua data respectiva; b) aparecimento do ausente ou prova de sua existência. Para a primeira situação, a lei civil prevê que se considera aberta a sucessão na data apurada e em favor de quem possuía direito à época. Ocorrendo a segunda, os bens deverão retornar ao seu antigo dono, cessando as vantagens dos
imitidos na posse, que deverão tomar todas as medidas judiciais de proteção dos direitos, se for o caso, até a efetiva entrega dos bens ao proprietário.
Sucessão definitiva 
Duas condições distintas e alternadas autorizam o requerimento da sucessão definitiva: a) o transcurso do prazo de dez anos do trânsito em julgado da sentença concessiva da abertura da sucessão provisória; b) ter o ausente o mínimo de oitenta anos de idade e o lapso temporal de pelo
menos cinco anos de suas últimas notícias. Com o requerimento, os interessados poderão efetuar o levantamento das garantias dadas. 
A sucessão definitiva comporta duas fases: I) aparecendo o ausente, ou algum herdeiro descendente ou ascendente, nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, qualquer deles terá direito de haver os bens no estado em que se encontram, ou os sub-rogados, ou o preço recebido pelas alienações; II) não se apresentando o ausente nem qualquer herdeiro ascendente ou descendente naquele período de dez anos após a abertura definitiva, os bens integrarão o patrimônio do Município ou do Distrito Federal, segundo se localizem nestas circunscrições. Quando situados em Território, os bens passarão para o domínio da União.
Morte simultânea (comoriência) (art8º, C.C)
 No caso de não se poder precisar a ordem cronológicas das mortes dos comorientes, a lei firmará a presunção de haverem falecido no mesmo instante, o que acarrete importantes consequências práticas.
Tome-se o exemplo de João e Maria, casados entre si, sem descendentes ou ascendentes vivo. Falecem por ocasião do mesmo acidente. Pedro, primo de João, e Marcos, primo de Maria, concorrem à herança dos falecidos. Se a perícia atestar que João faleceu dez minutos antes de Maria, a herança daquele, à luz do princípio da saisine e pela ordem de vocação legal, seria transferido para sua esposa e, posteriormente, após se agregar ao patrimônio dela, arrecada por Marcos. A solução inversa ocorreria se Maria falecesse antes de João.
Em caso de falecimento sem possibilidade de fixação do instante das mortes, firma a lei a presunção de óbito simultâneo, o que determinará a abertura de cadeias sucessórias distintas.

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