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Prática Simulada 1 Caso 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE ITABUNA/BA
(10 linhas)
JOANA, solteira, técnica em contabilidade, portadora da carteira de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, com endereço eletrônico XXX, com domicílio Itabuna/BA, residente XXX, vem a este juízo, por seu advogado XXX, OAB XXX, endereço comercial XXX, propor:
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Pelo procedimento comum, em face de JOAQUIM, estado civil XXX, profissão XXX, portador da carteira de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrito no CPF sob o nº XXX, com endereço eletrônico XXX, domicílio em Itabuna/BA, residente XXX, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Não há interesse da realização da audiência de conciliação e mediação.
DOS FATOS
No dia 20/21/2016 a autora recebeu a notícia que se filho, de 18 anos de idade, tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presídio XXX. No mesmo dia, a autora procurou um advogado criminalista para atuar no caso. O advogado cobrou o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais) de honorários à autora.
A autora, ao chegar em casa, comentou com o réu, seu vizinho, que não possuía o valor cobrado pelo advogado e que estava desesperada. O réu, ao ver a necessidade da autora em obter dinheiro para contratar um advogado, aproveitou-se da oportunidade para obter uma vantagem patrimonial.
O réu, propôs a autora a compra de seu carro pelo valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), carro este que em preço de mercado era equivalente à R$50.000,00 (cinquenta mil reais). Diante da situação de desespero que a autora se encontrava, resolveu celebrar o negócio jurídico.
No dia seguinte ao negócio jurídico celebrado, antes de ir ao escritório do advogado criminalista, a autora descobriu que a avó paterna de seu filho tinha contratado outro advogado para atuar no caso e que já tinha conseguido a liberdade de seu filho, através de um Habeas Corpus.
Diante do ocorrido, a autora falou com o réu para desfazerem o negócio jurídico celebrado, entretanto, o mesmo informou que não pretendia se desfazer do mesmo.
DOS FUNDAMENTOS
Dos fatos, restou provado que o réu, beneficiando-se da existente necessidade da autora em socorrer o seu filho, que se encontrava preso, induziu-a a vender seu automóvel por preço muito inferior ao valor de mercado. O réu agiu de forma argilosa e ilícita, viciando o negócio jurídico celebrado, causando assim lesão ao patrimônio da autora, conforme determina o art. 157 do Código Civil.
O negócio jurídico será passivelmente anulável, pois encontra-se viciado por lesão, em relação ao valor desproporcional comparado ao preço real do bem móvel, conforme prevê o art. 171, II, do Código Civil.
Segundo Maria Helena Diniz: “O instituto da lesão tem o objetivo de proteger o contratante, que se encontra em posição de inferioridade, ante o prejuízo por ele sofrido na conclusão do contrato, devido à desproporção existente entre as prestações das duas partes”.
DO PEDIDO
Diante ao exposto, o autor requer a esse juízo:
A não realização da audiência de conciliação e mediação.
A procedência do pedido da autora para anular o negócio jurídico celebrado entre as partes.
A condenação do réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios.
DAS PROVAS
Desde já, requer a produção de todas as provas em direito admitidas, com base no art. 369 do Código Civil.
Dá-se à causa o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais).
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 27/02/2018.
Advogado XXX
OAB XXX

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