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técnica restauradora atraumática


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Técnica 
Restauradora 
Atraumática
ART: Atrumatic Restorative Treatment
 ALTERNATIVA restauradora que tem por
objetivo remover o tecido cariado com
instrumentos manuais e sem uso de anestesia;
 Foi apresentada à comunidade científica
odontológica em 07 de abril de 1994:
 Foi densenvolvida para atender as necessidades
de países em desenvolvimento.
Universidade de Holanda
PRIMEIROS PAÍSES
 Frencken (Tanzânia – década de 80);
 Tailândia : 1991;
 Zimbabwe: 1993;
 Pasquitão:1995
Estudo realizado:
71% e 85% das
ART- permaneceram
em condições
clínicas aceitáveis
após avaliação
clínica de 3 anos.
 Deve ser utilizado dentro de uma
Programa de saúde Bucal;
 Modelo de atendimento primário de
saúde bucal;
 Populações excluídas do atendimento
odontológico tradicional;
Alcance mundial
ART: Atrumatic Restorative Treatment
TRATAMENTO RESTAURADOR 
ATRAUMÁTICO (ART)
ALIA O CARÁTER PREVENTIVO A UMA 
INTERVENÇÃO MINIMAMENTE 
INVASIVA, QUANDO NECESSÁRIA
Por que é técnica é ATRAUMÁTICA…
Porque a remoção do tecido cariado, quase 
sempre, não causa dor, em virtude do tecido 
removido ser necrosado.
Considerações a respeito do tecido 
cariado
1) Invasão bacteriana
2) Não remineralizável
3) Morto
4) Insensível
Externo: 
infectado
1) Poucas bactérias
2) Remineralizável
3) Vivo
4) Sensível
Interno: 
afetado
Remineralização: presença de Fibras Colágenas e
vitalidade de prolongamentos odontoblásticos.
PRINCÍPIOS IMPORTANTES
REMOÇÃO DE TECIDO CARIADO 
UTILIZANDO SOMENTE 
INSTRUMENTOS MANUAIS
RESTAURAÇÃO DA CAVIDADE 
COM MATERIAL ADESIVO
SELEÇÃO DOS PACIENTES
INCLUSÃO
Lesão envolvendo
dentina;
Abertura suficiente
para cureta;
Ausência de dor.
EXCLUSÃO
 Envolvimento pulpar;
 Presença de dor,
mobilidade ou fístula;
Falta de acesso à
dentina cariada.
INSTRUMENTAL NECESSÁRIO
EXAME: Sonda exploradora,
pinça clínica, espelho.
Preparo cavitário: Machado
para esmalte; colher de
dentina; instrumentos
cortantes manuais; rolos de
algodão.
INSTRUMENTAL NECESSÁRIO
Limpeza da cavidade:
bolinhas de algodão estéril e
clorexidina a 0,12% ou água;
Condicionamento da
cavidade: ácido poliacrílico.
Inserção do material:
espátula de inserção ou
hollenback; Seringa
centrinx; matriz metálica
5mm ou 7 mm; tiras de
poliéster; tesoura.
INSTRUMENTAL NECESSÁRIO
Ajuste olcusal:papel carbono
Remoção de excessos:
lâminas de bisturi e
hollenback.
INSTRUMENTAL NECESSÁRIO
Proteção de restauração:
vaselina ou base colorama;
bolinhas de algodão estéril.
Proteção da Restauração:
base da colorama ou verniz
cavitário; bolinhas de
algodão estéril.
Outros materiais: copos de café descartáveis;
pote dappen; bandeja clínica; papel descatável
para proteger a bancada; babador para o
paciente; porta dical; cimento ionômero R (CIV);
cimento de hidróxido de cálcio; placa de vidro;
espátula para manipular; luvas; gorro; máscara;
óclulos de proteção; água.
 Armazenamento do pó e 
líquido:
 Frascos devem estar
sempre fechados para evitar
perda ou ganho de água:
hídricos
 Líquido não pode ser
armazenado na geladeira:
geleificação;
 Líquido vai aumentando sua
viscosidade ; para diminuir a
viscosidade pode emergir o
frasco em água quente e
resfriá-lo antes do uso.
Pó e LíquidoMANIPULAÇÃO DO MATERIAL
Proporcionamento do pó e do líquido:
 Instruções do fabricante;
 Frasco do pó deve ser agitado : CIV
anidros pois além das partículas vítreas , o
pó contém ácido polialcenóico liofilizado.
Pó e Líquido Pó e Líquido
 Proporcionamento do pó e do líquido:
 A concha dosadora deve ser introduzida
no interior do pó e retirada, removendo o
excesso;
 Durante o processo de dosagem do pó,
partículas de pó poderão espalhar sobre a
superfície de plástico: desprezadas e nunca
reinseridas no frasco
Pó e Líquido Pó e Líquido
Proporcionamento do pó e do líquido:
 A tampa deve estar sempre limpa para
possibilitar o perfeito vedamento do frasco;
 Liquido convencional é viscoso.
Pó e Líquido Pó e Líquido
Proporcionamento do pó e do líquido:
 Líquido for solução aquosa de ácido
tartárico ou água é menos viscoso;
 Aglutinação do pó e líquido : placa de
vidro grossa ou sobre o bloco de
espatulação
Pó e Líquido Pó e Líquido
Proporcionamento do pó e do líquido:
 O tempo de aglutinação é de 20 s a 1 min;
 O pó é dividido em duas porções, mantido
próximo ao líquido; a primeira porção deve
ser aglutinada por cerca de 10 a 15 s e a
outra porção pelo tempo necessário até
atingir a recomendação do fabricante.
Pó e Líquido Pó e Líquido
Preferencialmente o material deve ser levado à 
cavidade com auxílio de pontas acopladas à uma 
seringa Centrix
A limpeza da placa de vidro e espátula 
deverá ser feita imediatamente após o 
término da manipulação.
 O ionômero apresenta união química à estrutura
dentária proveniente da quelação dos grupos
carboxílicos dos poliácidos com o cálcio existente
na apatita dos esmalte e da dentina. Devido à
maior mineralização do esmalte, a força de união
é maior no esmalte do que na dentina;
ADESIVIDADE
 Adesão efetiva: substrato deve estar limpo e que
a energia de superfície seja diminuída para que o
cimento, que apresenta alta energia, possa molhar
completamente as paredes da cavidade;
 O uso de ácido poliacrílico a 10% : irá modificar a
energia de superfície do dente sem
desmineralizá-la ou abrir dos túbulos dentinários.
 Cuidado: Consistência da mistura (plástica e
brilhante); Não desperdiçar tempo entre a
manipulação e a inserção do cimento; aplicação de
pressão sobre o cimento;
ADESIVIDADE
 Tanto as estruturas dentárias como os materiais
restauradores estão sujeitos às mudanças térmicas que
ocorrem na boca;
 Essas mudanças de temperaturas irão causar espaços
na interface D/R proporcionais aos coeficientes de
dilatação ou contração dos materiais e do dente;
 Por essa interface: penetrar fluidos orais (irritação
pulpar e recidiva de cárie);
 Os CIVs coeficiente de expansão térmica muito
próximos ao das estruturas dentárias: dar suporte ao
esmalte sem apoio, sem comprometer a resistência final
da restauração e com baixo índice de infiltração
marginal
COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA
 A capacidade dos CIVs de unir-se
quimicamente ao dente, aliado ao seu
coeficiente de expansão térmica linear
semelhante à dentina: Vedamento
Marginal e maior longevidade das
restaurações.
COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA
 CIVs convencionais e CIV modificados por
resina;
 Ocorre com maior intensidade nas primeiras
24-48 horas: Presa lenta do cimento, que
desloca uma maior quantidade de elementos
ionicamente ativos nas primeiras etapas de
geleificação. Dessa forma, à medida que íons
vão reagindo com à matriz, a liberação de flúor
diminui;
LIBERAÇÃO DE FLÚOR 
 Os CIVs atividades anticariogênicas:
 Promovendo uma inversão no processo de
desmineralização e favorecendo a remineralização;
 Pode ser incorporado aos tecidos mineralizados do
dente tornando mais resistentes a desmineralização;
 Remineralizar a estrutura dental desmineralizada
adjacentes à restauração;
 Flúor presente no esmalte,placa e na saliva atua
ainda sobre as bactérias, inibindo a produção de
ácidos durante a fermentação de carboidratos:
Antimicrobiano;
 Adquirir flúor de distintas fontes e funcionar como
reservatório , sua liberação constante:
Anticariogências
LIBERAÇÃO DE FLÚOR 
PREVENÇÃO DE FALHAS NA 
ADESÃO
Limpar e secar a cavidade preparada;
 Usar proporção pó/líquido correta;
Inserir o material com brilho;
Prevenir a contaminação com umidade
 Na remoção inicial dos excessos, realizar
movimentos da restauração para o dente; Realizar acabamento na próxima sessão.
PREVENÇÃO DE EROSÃO
Usar proporção pó/líquido correta;
 Prevenir a contaminação da restauração com
umidade;
 Aplicar proteção superficial imediata na
restauração
DIMINUIÇÃO DE POROSIDADE E 
MANCHAMENTO
Comprimir o material durante 5 min ou durante a 
polimerização;
 Não inserir o cimento após perda de brilho;
 Realizar acabamento na próxima sessão.
PREVENÇAÕ DE TRINCAS E 
RACHADURAS
Não usar proporção baixa de 
P/L;
Aplicar proteção superficial 
imediata na restauração;
Não aquecer a restauração 
durante acabamento e 
polimento;
 Não dar acabamento sob 
jatos de ar.
EXECUÇÃO DA TÉCNICA
 Posicionamento do paciente;
 Isolamento relativo com rolos de algodão;
 Limpeza do dente a ser tratado com bolinhas de algodão
úmidas – visualização da extensão da lesão;
 Ampliação e acesso á lesão: Forma de conveniência
 Remoção do tecido cariado necrosado: colheres de
dentina tamanho compatível coma lesão;
 Iniciada na junção amelo-cementária;
 Paredes laterais;
 Parede de fundo
 Limpeza da cavidade: sulco e fissuras adjacentes
(clorexidina a 2%)
 Proteção pulpar, se necessário
 Condicionamento da cavidade com ácido poliacrílico
EXECUÇÃO DA TÉCNICA
Manipulação e inserção do material ( CIV );
 Pressão digital (vaselina);
 Verificação da oclusão- Remoção de excessos;
 Proteção da restauração: com base da colorama ou
verniz cavitário;
 Instruções ao paciente: não comer alimentos
consistentes durante a primeira hora ;
 Avaliações periódicas;
Um ponto crítico na ART é a retirada do material
atingido pelo processo carioso. Esse corte deve ser o
melhor possível, principalmente na junção amelo-
cementária, onde a remoção dever ser total.
(Navarro, MFL, 2002)
PROTOCOLO CLÍNICO
EXAME E 
DIAGNÓSTICO
VANTAGENS
 Utilização de instrumentos de corte manuais,
acessíveis e de baixo custo;
 Preservação de estrutura dental sadia;
 limitação da dor;
 Uso do CIV – adesão á estrutura dentária e
liberação de flúor;
Pode ser utilizada em adultos e crianças;
Engloba tratamento e prevenção da doença
cárie dentária;
 Pode ser feita fora do consultório.
LIMITAÇÕES DA TÉCNICA ARTE
Até o momento seu uso é limitado a cavidades
de até média profundidade;
 Possibilidade de fadiga pelo uso de
instrumentos manuais por longos períodos;
 A possibilidade de iatrogenias, pela aparente
falta de sofisticação da técnica;
 A idéia de restauração provisória.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE
Acesso ao Tecido Cariado
CORTE DO TECIDO CARIADO
ASPECTO: em forma
de lascas
TEXTURA: mais resistente instrumentação
Não asseguram a total remoção do tecido 
cariado contaminado, porém, parecem 
assegurar a remoção satisfatória da dentina 
irreversivelmente lesada e não remineralizável. 
Remoção do Tecido Cariado
O tecido cariado das
paredes circundantes deve
ser TOTALMENTE
removido para favorecer
um selamento periférico
perfeito.
Limpeza da Cavidade e 
Condicionamento
Manipulação e inserção do Material 
na cavidade
Ajuste Oclusal e Remoção dos 
Excessos
Obrigada pela atenção.