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CIÊNCIA POLÍTICA RESUMO AV1

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POLÍTICA 
A Política pertence ao domínio do conhecimento prático (aquele que o homem constrói a partir de sua 
existência concreta, e não a partir de elaborações exclusivamente teóricas), utilizando-se como critérios para 
sua definição aspectos como a justiça, o bom governo, bem como as condições pelas quais seja possível 
atingir o bem comum. 
Para o grande filósofo da antiguidade grega, Aristóteles (Século IV a. C), a Política não visa apenas 
possibilitar um modo de vida qualquer (em uma perspectiva mais genérica), ou a troca econômica, ou a 
segurança, mas sim promover a vida em uma perspectiva específica, ou seja, a denominada “vida boa” (uma 
vida harmoniosa, na qual os objetivos que justificam a existência de uma vida são: ser feliz e ser útil à 
comunidade), sendo que as instituições da vida social são os meios para este fim. 
Logo podemos definir que Política pode ser entendida como tudo aquilo que diz respeito à relação entre os 
cidadãos (como membros de um corpo social) com seus governantes, quando essa (relação) tem por 
fundamento um tema do interesse do corpo social (os negócios públicos). Vê-se, então, que Política é algo 
que se faz em conjunto, ou seja, um indivíduo sozinho em uma ilha não poderá estar envolvido em uma 
atividade Política, pois ele não teria com quem interagir e a Política pressupõe esta “inter-ação”. E esta 
interação “é uma atividade pelas quais interesses divergentes podem ser reconciliados em prol do bem-estar 
e da sobrevivência de toda a comunidade.” 
 
O ESTADO: A BUSCA DE UMA DEFINIÇÃO 
A ideia de Estado há que ser entendida em uma contextualização filosófica, não com base apenas na sua 
evolução histórica, mas também a partir da identificação da razão de sua existência. Maquiavel foi o primeiro 
a fazer uso da palavra a partir do exercício do poder: "Todos os Estados, todos os domínios que têm tido ou 
têm império sobre os homens são Estados, e são repúblicas ou principados". 
ESTADO é uma forma organizacional cujo significado é de natureza política. É uma entidade com poder 
soberano para governar um povo dentro de uma área territorial delimitada. 
As funções tradicionais do Estado englobam três domínios: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder 
Judiciário. Numa nação, o Estado desempenha funções políticas, sociais e econômicas. 
Também são designadas por Estado, cada uma das divisões político-geográficas de uma república federativa. 
Estas divisões são autônomas e possuem um governo próprio regido por uma estrutura administrativa local. 
O Brasil é dividido em 26 Estados e um Distrito Federal. 
 
BREVE HISTÓRICO - 3 PODERES 
Desde a Antiguidade, vários filósofos e pensadores se desdobram nas formas de organização do poder 
político. Muitos destes se preocupavam com a investigação de uma forma de equilíbrio em que o poder não 
se mantivesse sustentado nas mãos de uma única pessoa ou instituição. Já nessa época, as implicações de 
um governo de feições tirânicas ou autoritárias preocupavam as mentes daqueles que voltavam sua atenção 
ao terreno político. Entre os séculos XVII e XVIII, tempo de preparação e desenvolvimento do movimento 
iluminista, o teórico John Locke (1632 – 1704) apontava para a necessidade de divisão do poder político. 
Vivendo em plena Europa Moderna, esse pensador estava sob o domínio do governo absolutista. Em tal 
contexto, observamos a figura de um rei capaz de transformar as suas vontades em lei e sustentar a validade 
das mesmas através de justificativas religiosas. 
Algumas décadas mais tarde, Charles de Montesquieu (1689 – 1755) se debruçou no legado de seu 
predecessor britânico e do filósofo grego Aristóteles para criar a obra “O Espírito das Leis”. Neste livro, o 
referido pensador francês aborda um meio de reformulação das instituições políticas através da chamada 
“teoria dos três poderes”. Segundo tal hipótese, a divisão tripartite poderia se colocar como uma solução 
frente aos desmandos comumente observados no regime absolutista. 
Mesmo propondo a divisão entre os poderes, Montesquieu aponta que cada um destes deveriam se equilibrar 
entre a autonomia e a intervenção nos demais poderes. Dessa forma, cada poder não poderia ser 
desrespeitado nas funções que deveria cumprir. Ao mesmo tempo, quando um deles se mostrava 
excessivamente autoritário ou extrapolava suas designações, os demais poderes teriam o direito de intervir 
contra tal situação desarmônica. 
Neste sistema observamos a existência dos seguintes poderes: o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o 
Poder Judiciário. O Poder Executivo teria como função observar as demandas da esfera pública e garantir 
os meios cabíveis para que as necessidades da coletividade sejam atendidas no interior daquilo que é 
determinado pela lei. Dessa forma, mesmo tendo várias atribuições administrativas em seu bojo, os membros 
do executivo não podem extrapolar o limite das leis criadas. 
Por sua vez, o Poder Legislativo tem como função congregar os representantes políticos que estabelecem a 
criação de novas leis. Dessa forma, aos serem eleitos pelos cidadãos, os membros do legislativo se tornam 
porta-vozes dos anseios e interesses da população como um todo. Além de tal tarefa, os membros do 
legislativo contam com dispositivos através dos quais podem fiscalizar o cumprimento das leis por parte do 
Executivo. Sendo assim, vemos que os “legisladores” monitoram a ação dos “executores”. 
Em várias situações, podemos ver que a simples presença da lei não basta para que os limites entre o lícito e 
o ilícito estejam claramente definidos. Em tais ocasiões, os membros do Poder Judiciário têm por função 
julgar, com base nos princípios legais, de que forma uma questão ou problema sejam resolvidos. Na figura 
dos juízes, promotores e advogados, o judiciário garante que as questões concretas do cotidiano sejam 
resolvidas à luz da lei. 
 
TEORIA CONTRATUALISTA 
Pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto 
comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a idéia de que a origem do Estado 
está no contrato social. Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado 
entre as pessoas. Aqui entende-se o contrato como um acordo, consenso, não como um documento 
registrado em cartório. Além disso, a preocupação não é estabelecer um momento histórico (data) sobre a 
origem do Estado. A idéia é defender que o Estado se originou de um consenso das pessoas em torno de 
alguns elementos essenciais para garantir a existência social. Porém, existem algumas divergências entre 
eles, que veremos a seguir: 
 
Hobbes (1588-1679) acreditava que o contrato foi feito porque o homem é o lobo do próprio homem. Há no 
homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante (competição constante, 
estado de guerra). Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das pessoas 
individualmente para que o estado de guerra seja controlado, isto é, para que o instinto destrutivo do homem 
seja dominado. Neste sentido, o Estado surge como forma de controlar os "instintos de lobo" que existem no 
ser humano e, assim, garantir a preservação da vida das pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que 
o soberano tenha amplos poderes sobre os súditos. Os cidadãos devem transferir o seu poder ao governante, 
que irá agir como soberano absoluto a fim de manter a ordem. 
 
Locke (1632-1704) parte do princípio de que o Estado existe não porque o homem é o lobo do homem, mas 
em função da necessidade de existir uma instância acima do julgamento parcial de cada cidadão, de acordo 
com os seus interesses. Os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe poder para 
conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais expressos no pacto social. O Estado deve 
preservar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem ser expressão da vontadeda 
assembléia e não fruto da vontade de um soberano. Locke é um opositor ferrenho da tirania e do absolutismo, 
colocando-se contra toda tese que defenda a idéia de um poder inato dos governantes, ou seja, de pessoas 
que já nascem com o poder (por exemplo, a monarquia). 
 
Rousseau (1712-1778) considera que o ser humano é essencialmente bom, porém, a sociedade o corrompe. 
Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o poder emana (tem sua origem) do povo e, 
em seu nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do que o representante do povo, ou seja, recebe 
uma delegação para exercer o poder em nome do povo. Rousseau defende que o Estado se origina de um 
pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para garantir a realização da 
vontade geral. Um tema muito interessante no pensamento político de Rousseau é a questão da democracia 
direta e da democracia representativa. A democracia direta supõe a participação de todo o povo na hora de 
tomar uma decisão. A democracia representativa supõe a escolha de pessoas para agirem em nome de toda 
a população no processo de gerenciamento das atividades comuns do Estado. 
Exemplo clássico que pode atrelar ao Rousseau é o blebicito 
 
ESTADO BRASILEIRO 
O Estado brasileiro é laico, constituido por seres humanos, através do contrato mundial. 
A sociedade política é a mais importate de todas, pois nela se concentra as decições de toda uma nação. 
O nosso contrato social é chamado de CONSTITUIÇÃO (A Constituição regula e organiza o funcionamento 
do Estado. É a lei máxima que limita poderes e define os direitos e deveres dos cidadãos. Nenhuma outra lei 
no país pode entrar em conflito com a Constituição.) 
Inicialmente, pode-se dizer que o Estado é a instituição por excelência que organiza e governa um povo, 
soberanamente, em determinado território. Contudo, o Estado é uma construção lógica e política, com clara 
densidade cultural e com reflexos jurídicos, baseada num pacto de não-agressão e que gera um contrato de 
convivência. 
O Estado pode usar da força, em determinado local e se ali existir poderes superiores aos dele, ele entra com 
o seu poder de soberano. 
 
Exemplo: O Estado brasileiro tem forma federativa, (Outros Estados) e dentre todos o Estado do Rio de 
janeiro ele não é soberano, ele não é Estado e sim membro ou provincia.Na Palestina também não possui 
autonomia. Outro Estados nesta situação é chamado de autonomia. 
No Art. 18 da Constituição, o Estado são autonomos e para ser Estado soberano somente a República do 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A política e os votos do Estado, se alimenta de ambiente democrático, pois sem democracia não temos 
política. 
O instrumento que a política é utilizada não é a força e sim inteligência e argumentativa que permite alcançar 
o bem comum. 
A política é na atividade prática, ele não quer descobrir a verdade e sim obter a compreensão, próximo a 
argumentação de direito. 
Por tanto, a política ser prática, ele deve ser exercida através de discurso, vivência de situação distinta, 
usando a persoação para o bem comum. 
Na Constituição relatamos que Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO 
O Estado possui três elementos constitutivos, sendo que a falta de qualquer elemento descaracteriza a 
formação do Estado. Para o reconhecimento do Estado perfeito se faz necessário a presença do povo, 
território e soberania. 
O conceito de Estado é assumido como uma forma histórica (a última para os modernos, porventura a 
penúltima para os pós-modernos) de um ordenamento jurídico geral cujas características ou elementos 
constitutivos eram os seguintes: 
(1)- territorialidade, isto é, a existência de um território concebido como "espaço da soberania estadual; (2)-
população, ou seja, a existência de um "povo" ou comunidade historicamente definida” 
 
SOBERANIA 
Para a política, a soberania é o exercício da autoridade que reside num povo e que se exerce por intermédio 
dos seus órgãos constitucionais representativos. 
A soberania se compreende no exato conceito de Estado. Estado não soberano ou semi-soberano não é 
Estado. A soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. 
Não são soberanos os Estados membros de uma federação. O próprio qualificativo de membro afasta a idéia 
de soberania. O poder supremo é investido no órgão federal. 
A soberania é una, integral e universal. Não pode sofrer restrições de qualquer tipo, salvo, naturalmente, as 
que decorrem dos imperativos de convivência pacífica das nações soberanas no plano do Direito 
Internacional. 
Soberania relativa ou condicionada por um poder normativo dominante não é soberania. Deve ser posta em 
termos de autonomia. 
Historicamente, é bastante variável a formulação do conceito de soberania, no tempo e no espaço. No Estado 
grego antigo, como se nota na obra de Aristóteles, falava-se em autarquia, significando um poder moral e 
econômico, de auto-suficiência do Estado. Já entre os romanos, o poder de imperium era um poder político 
transcendente que se refletia na majestade imperial incontrastável. Nas monarquias medievais era o poder de 
suserania de fundamento carismático e intocável. No absolutismo monárquico, que teve o seu clímax em Luiz 
XIV, a soberania passou a ser o poder pessoal exclusivo dos monarcas, sob a crença generalizada da origem 
SOBERANIA 
TERRITÓRIO 
POVO 
FINALIDADE 
divina do poder de Estado. Finalmente, no Estado Moderno, a partir da Revolução Francesa, firmou-se o 
conceito de poder político e jurídico, emanado da vontade geral da nação. 
"A soberania é uma espécie de fenômeno genérico do poder. Uma forma histórica do poder que apresenta 
configurações especialíssimas que se não encontram senão em esboços nos corpos políticos antigos e 
medievos." (Miguel Reale) 
 
FEDERAÇÃO 
União instituída entre Estados independentes para formar uma única entidade soberana. Os Estados passam 
a ter apenas autonomia, enquanto a federação é a detentora da soberania. 
Composto por diversas entidades territoriais autônomas dotadas de governo próprio. Como regra geral, os 
estados ("estados federados") que se unem para constituir a federação (o "Estado federal") são autônomos, 
isto é, possuem um conjunto de competências ou prerrogativas garantidas pela constituição que não podem 
ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo governo central. Entretanto, apenas o Estado federal é 
considerado soberano, inclusive para fins de direito internacional. Normalmente, apenas ele 
possuipersonalidade internacional e os estados federados são reconhecidos pelo direito internacional apenas 
na medida em que o respectivo Estado federal o autorizar. 
O sistema político pelo qual vários estados se reúnem para formar um Estado federal, cada um conservando 
sua autonomia, chama-se federalismo. 
 
POPULAÇÃO, POVO E NAÇÃO 
Manoel Gonçalves Ferreira Filho, indica que nação é algo mais completo, "porque a nação é a encarnação de 
uma comunidade em sua permanência, nos seus interesses constantes, interesses que eventualmente não 
se confundem nem reduzem aos interesses dos indivíduos que a compõem em determinado instante". 
 
POPULAÇÃO: conjunto de todos os habitantes de um dado território que com ele mantenham ou não 
vínculos políticos, além dos vínculos necessários a caracterização do Estado. População é termo estatístico e 
econômico, é o conjunto de todos os indivíduos submetidos em caráter permanente a uma determinada 
ordem jurídica. Aí estão não só os que votam e são votados, mas todos os indivíduos, (inclusive menores, 
incapazes e estrangeiros presentes em solo brasileiropermanentes) que, com seu trabalho, sua produção, 
suas manifestações, suas necessidades participam positivamente ou negativamente, da força do Estado. 
População é a condição de um pais quanto ao numero de habitantes, o grau de ocupação do lugar e, 
consequentemente o número total de pessoas que habitam um pais, uma cidade ou outra área, é portanto, o 
conjunto de habitantes. 
 
POVO seria uma acepção jurídica, um conjunto de cidadãos que pode votar e ser votado. O povo representa 
a população de determinado Estado, parcela esta que se vincula por laços políticos e não só jurídicos como 
quanto aos indivíduos da população. 
 
A diferença entre Povo e População é relevante porque ao Povo é conferida a titulação de cidadania, de 
nacionalidade, em que há a liberdade de participação política nas obrigações do Estado com a possibilidade 
do individuo cidadão pode escolher, ou ser escolhido como governante do seu respectivo Estado. O que se 
percebe é que os habitantes de um Estado, componentes de sua população podem ser estrangeiros ou 
apátridas, enquanto que o cidadão tem a nacionalidade que o Estado lhe confere e deve ser considerado 
como membro do povo em questão. 
Deve ser dito ainda que o Estado não engloba apenas a população fixa do seu território, mas todos os que 
estiverem tutelados como seus cidadãos ainda que estejam ou vivam fora da base territorial. Neste sentido, o 
elemento humano do Estado é sempre um Povo ainda que formado por diversas raças, com interesses, 
ideais e aspirações diferentes. 
 
NAÇÃO - Nem sempre, porém, o elemento humano do Estado é uma Nação. Nação é um grupo de 
indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns e, principalmente, por ideais e 
aspirações comuns. Enquanto o Povo é uma entidade política e jurídica, Nação é uma entidade moral no 
sentido rigoroso da palavra. O conceito fundamental de Nação se exprime basicamente através da existência 
e, em consequência, da eventual soma de vínculos comuns entre os habitantes de uma determinada 
localidade, forjando a concepção de identidade nacional e, por efeito de nacionalidade. Nação é a 
comunidade forjada pela soma de um ou mais vínculos em comuns das mais variadas naturezas, tais como, 
os de índole racial, linguística, religiosa entre outros, ainda que, pelo menos inicialmente possa preponderar 
os vínculos de natureza racial. 
Quando a população de um Estado não tem essa consciência comum de interesses e aspirações e está 
dividida por ódios de raças, de religião, por interesses econômicos e morais divergentes, e apenas sujeita a 
coação, ela é um Povo, mas não constitui uma Nação. 
A Nação não tem significação jurídica, porém como realidade sociológica, em sentido psicossocial, é de 
inegável importância influindo sobre a organização e o funcionamento do Estado. O que se nota é que a 
Nação é, via de regra, o ultimo estágio de evolução de uma sociedade e também o pré-estágio do Estado 
como Nação politicamente organizada. Entretanto a formação do Estado não é uma consequência 
necessária, pois muitas vezes notamos que algumas Nações são impedidas de se constituir em Estado que 
por motivos territoriais, como a Palestina, quer por motivos de dominação por outras nações ou Estados. 
Assim, percebe-se a existência de Nações que nunca se tornaram Estado. Por outro lado, há Estados 
constituídos de varias Nações, com elementos bem característicos como costumes, língua comum e 
identidade sociológica. É o caso da Suíça, formada por três regiões denominadas cantões, habitados por 
pessoas de origem alemã, italiana e francesa. Dessa forma, embora se trate de uma única sociedade política, 
é ela constituída de pelo menos três nações diferentes que convivem pacificamente por centenas de anos. 
Outras vezes a Nação antecede ao Estado, é o caso, por exemplo, do Estado de Israel, onde o povo judeu, 
secularmente constituído em Nação só se estabilizou como Estado em 1948. 
 
PLEBISCITO E REFERENDO 
Tanto o plebiscito como o referendo são formas de consulta popular que ocorrem através de votação secreta 
e direta. Em ambos os tipos não há impedimento para incluir quantas perguntas forem necessárias em um 
questionário a ser respondido pela população. 
A diferença entre o plebiscito e o referendo está na perspectiva que cada uma privilegia da mesma questão. 
No plebiscito, o cidadão se manifesta sobre um assunto antes de uma lei ser constituída. Quando há uma 
consulta popular sobre lei que já foi aprovada pelo Congresso Nacional, a modalidade adequada é o 
referendo. 
As consultas realizadas no Brasil até o momento foram o referendo de 1963 sobre a escolha do regime 
parlamentarista ou presidencialista, o plebiscito de 1993 sobre o mesmo tema, acrescido da consulta sobre a 
forma de governo, monarquia ou república, e o referendo de 2005 sobre o Estatuto do desarmamento. Em 
2011 foi realizado um plebiscito apenas para o estado do Pará, referente à divisão do seu território e a criação 
de dois novos estados. 
 
INICIATIVA POPULAR E AÇÃO POPULAR 
 
A INICIATIVA POPULAR, prevista nos artigos 14, inciso III, e 61, § 2º, da Constituição, e regrada pela Lei 
nº 9.709/98, representa uma das formas de deflagração do processo legislativo via reunião das assinaturas 
pelo eleitorado brasileiro para que seja possível apresentar, na Câmara, um Projeto de Lei. 
Sendo assim, podemos imaginar que ocorre aqui uma espécie de "grande abaixo-assinado". 
O exemplo mais famoso que temos no Brasil de lei de iniciativa popular é a chamada Lei da Ficha Limpa, 
fruto de todo um movimento de combate à corrupção eleitoral. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual 
para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara 
dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo 
Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e 
nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de 
lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco 
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
 
A AÇÃO POPULAR, por sua vez, é uma ação judicial, prevista no artigo5º, inciso LXXIII, da Constituição. 
Trata-se, agora, de um processo judicial, que pode ser usado pelo cidadão brasileiro que queira proteger o 
meio ambiente, o patrimônio público, o patrimônio histórico cultural ou a probidade administrativa. 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Ambas são demonstrações de cidadania, sendo a iniciativa popular uma reunião de assinaturas para 
apresentação de um projeto de lei perante a Câmara dos Deputados, enquanto a ação popular representa, 
por sua vez, um processo judicial, promovido pelo cidadão, que deseja resguardar o meio ambiente, o 
patrimônio público, o patrimônio histórico e cultural ou a probidade administrativa. 
IMPEACHMENT 
É um termo que denomina o processo constitucional de cassação de mandato do chefe máximo ou supremo, 
com base em denúncia de crime de responsabilidade contra alta autoridade do poder executivo (Presidente 
da República, governadores, prefeitos) ou do poder judiciário (Ministros do S.T.F.), cuja sentença é da alçada 
do poder legislativo. 
Está denúncia válida pode ser "evidentea existência de violação, ou seja," por crime comum, crime de 
responsabilidade, abuso de poder, desrespeito às normas constitucionais ou violação de direitos 
pétreos previstos na constituição. 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a 
Constituição Federal e, especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes 
constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e 
julgamento. 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, 
será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou 
perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento 
do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não 
estará sujeito a prisão. 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos 
estranhos ao exercício de suas funções. 
 
OBS.: Cláusulas pétreas são limitações materiais ao poder de reforma da constituição de um Estado. 
As cláusulas pétreas inseridas na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 encontram-se 
dispostas em seu artigo 60, § 4º. São elas: 
 A forma federativa de Estado; 
 O voto direto, secreto, universal e periódico; 
 A separação dos Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário; 
 Os direitos e garantias individuais, conforme artigo 60, § 4º. 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada 
uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de 
estado de sítio. 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-
se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de 
nova proposta na mesma sessão legislativa. 
 
O trâmite para o impeachment passo à passo: O pedido é apresentado na Cãmata dos deputados – O 
presidente da câmara recebe o pedido – será criada uma comissão eleita pelo plenário, que se reunirá dentro 
de 48 horas para escolha de presente e relator do processo – O presidente tem um prazo de 10 sessões para 
apresentar a defesa a partir do recebimento da denuncia – A comissão elabora um parecer, que neste é 
preciso 2/3 da casa em votação aberta, para o parecer ser aprovado – Sendo aprovado na câmara, é aberto o 
processo do impeachment – O presidente fica afastado 180 dias – O processo vai para o senado para ser 
instaurado e o presente, julgado. Quem preside o julgamento no senado é o presidente do STF. Durante o 
processo quem assume é o vice e caso tenha impossibilidade de assumir, existe uma linha de sucessão: 
Presidente 
Vicê-presidente 
Presidênte da câmara 
Presidente do senado 
Presidente do STF. 
 
RECALL POLÍTICO 
 
Significa o poder de cassar e revogar o mandato de qualquer representante político, pelo eleitorado; é chamar 
de volta para "reavaliação" popular um mandatário improbo, incompetente ou inoperante. 
O recall tem origem na legislação dos Estados Unidos. Foi introduzido em 1903 na Carta de Los Angeles por 
Theodore Roosevel, fazendo parte do programa do “movimento progressivo”. 
No Brasil, tempos atrás, existiu um sistema parecido com recall americano. Tratava-se de instituto que, aliado 
à idéia do mandado imperativo que era muito utilizado na idade média, foi aplicado apenas uma única vez 
(02/06/1822 a 07/04/1823), Sob a influência de José Bonifácio, então vice-presidente de São Paulo, o Decreto 
de 16 de fevereiro de 1822, que criou o Conselho dos Procuradores-Gerais das Províncias do Brasil, 
estabeleceu a possibilidade de destituição dos eleitos, por iniciativa dos eleitores, caso não cumprissem suas 
obrigações. Era um misto das ideologias traçado pelo mandato imperativo como as do recall, propriamente 
dito, mas que viria a ser instalado nos Estados Unidos, como visto. 
Por fim, em meio às discussões travadas na Assembléia Constituinte de 1987, a tentativa de incorporação do 
recall na Lei Fundamental, que na ocasião levou o nome de “voto destituinte”, foi, mais uma vez, frustrada. 
Logo, não temos recall político no Brasil no momento. 
 
 
LEGITIMIDADE E LEGALIDADE 
 
“Nem tudo que é ilegal é ilegítimo”. Esta frase, difundida no senso comum, é de grande importância nos 
estudos filosófico-jurídicos. A partir dela, insere-se na doutrina jurídica um termo bem menos conhecido que a 
legalidade: a legitimidade. 
A história das instituições jurídicas brasileiras consolidou a ideologia positivista, sobre a qual a legalidade é o 
principal fundamento de validade das condutas dos indivíduos na sociedade. 
A legalidade está relacionada à forma, enquanto a legitimidade está relacionada ao conteúdo da norma. 
A legalidade, como acatamento a uma ordem normativa oficial, não possui uma qualidade de justa ou injusta. 
. 
A LEGALIDADE A FRENTE DA LEGITIMIDADE 
O nosso Estado é um Estado de direito que está na legalidade e legitimidade (Legal e Legítimo) 
A legitimidade não exige participação direta e sim a representação. 
Onde o voto é direto e através de nosso voto, “eles nos representam”. 
Mesmo o presidente ou senadores podem perder a legitimidade (um acordo tácito e subentendido entre o 
Poder e os seus súbditos, sobre certos princípios e certas regras que fixam a atribuição e os limites do 
poder.) 
O poder legislativo e executivo precisão da maioria, e o judiciário com a minoria. 
 
Exemplo: 1 pessoa sozinha pode solicitar algo contra a maioria através da justiça. 
 
 A legitimidade não é sempre com a maioria. 
 
 
 
 
MAR TERRITORIAL 
 
O território marítimo brasileiro abrange as zonas marítimas sob soberania ou jurisdição nacional, 
nomeadamente, as águas interiores, o mar territorial (MT), a zona contígua (ZC), a zona econômica exclusiva 
(ZEE) e a plataforma continental (PC). 
A área compreendida pela extensão do Mar Territorial brasileiro (12 milhas), somada à ZEE (188 milhas) e à 
extensão da Plataforma Continental, em decorrência de sua evidente riqueza e vastidão, essa área é 
chamada de "Amazônia Azul". 
O Brasil é signatário (queou aquele que assina ou subscreve um texto, um documento etc.) da Convenção 
das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM III), promulgada pelo Decreto 1530/95. 
Em 4 de janeiro de 1993, foi sancionada a Lei n. 8.617/93, enquadrando a normativa interna brasileira e os 
limites marítimos brasileiros aos preceitos preconizados pela CNUDM III, inclusive com a revogação de 
normas que lhe fossem contrárias. 
Conceitualmente, mar territorial ("Territorial Sea") é a faixa de mar que se estende desde a linha de base, 
até uma distância de 12 milhas marítimas. A jurisdição do Brasil no mar territorial é soberana, exceto no que 
tange a jurisdição civil e penal em navio mercante estrangeiro em passagem inocente, cuja jurisdição é do 
Estado de bandeira (princípio da jurisdição do Estado de bandeira). 
A Zona Contígua ("Contiguous Zone") consiste em uma segunda faixa de mar de 12 milhas, adjacente ao mar 
territorial. Na ZC, o Estado Costeiro é destituído de soberania, mas tem jurisdição legal específica para os fins 
de fiscalização no que tange à alfândega, saúde, imigração, portos e trânsito por águas territoriais. 
A Zona Econômica Exclusiva ("Exclusive Economic Zone") consiste em uma faixa adjacente ao Mar 
Territorial, que se sobrepõe à ZC. O limite máximo da ZEE é de 188 milhas marítimas a contar do limite 
exterior do Mar Territorial, ou 200 milhas, a contar da linha de base deste. 
Nas ZEES, qualquer Estado goza do direito de navegação e sobrevôo, cabendo-lhe, ainda, a liberdade de 
instalação de cabos e dutos submarinos. 
A plataforma continental – PC ("Continental Shelf") é constituída por áreas submersas adjacentes à zona do 
Mar Territorial e compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar 
territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da 
margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se 
mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa 
distância. 
PC objetiva a soberania sobre o aproveitamento dos recursos situados nas suas águas, no seu solo e subsolo, 
notadamente recursos minerais e combustíveis fósseis como o petróleo e o gás natural. Os recursos naturais 
da PC compreendem os recursos minerais e outros recursos não vivos do leito do mar e subsolo, bem como 
os organismos vivos pertencentes a espécies sedentárias, isto é, aquelas que, no período de captura, estão 
imóveis no leito do mar ou no seu subsolo ou só podem mover-se em constante contato físico com esse leito 
ou subsolo. 
 
LEI Nº 8.617, DE 4 DE JANEIRO DE 1993. 
Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a partir 
da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, 
reconhecidas oficialmente no Brasil. 
Parágrafo único. Nos locais em que a costa apresente recorte profundos e reentrâncias ou em que exista uma 
franja de ilhas ao longo da costa na sua proximidade imediata, será adotado o método das linhas de base 
retas, ligando pontos apropriados, para o traçado da linha de base, a partir da qual será medida a extensão 
do mar territorial. 
Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu 
leito e subsolo. 
Art. 3º É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente no mar territorial 
brasileiro. 
§ 1º A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à 
segurança do Brasil, devendo ser contínua e rápida. 
§ 2º A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas apenas na medida em que tais 
procedimentos constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força ou por 
dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou em 
dificuldade grave. 
§ 3º Os navios estrangeiros no mar territorial brasileiro estarão sujeitos aos regulamentos estabelecidos pelo 
Governo brasileiro. 
 
 
 
 
PLANO DE AULA 
 
1 
A verdadeira concepção de “política” se coaduna com o desinteresse da coisa pública pela cidadania? 
R: Não, pois a política de verdade é ativa na sociedade em busca de um bem estar e da sobrevivência 
de toda a comunidade. 
 
Estaria correta a afirmação do filósofo Francis Wolff quando afirma que “o desinteresse dos cidadãos pela 
política ameaça a democracia”? Justifique sua resposta. 
R: Em resposta da afirmação do filósofo Francis Wolff, encontramos uma grande ameaça com o 
desinteresse da população em vivenciar a política. 
 
 
 
 
2 
Em uma democracia, pode haver outros elementos discursivos que influenciem no processo de 
convencimento do auditório? 
R: Sim, quando os oradores possuíram domínio e validade nos argumentos, fazendo a comunidade 
aderir à opinião apresentada. Apresentando uma linguagem direcionada ao público correta, não 
equivocada, visando uma verdade universal e necessária. Definidos com a racionalidade do discurso 
(logos/ convicção); a emoção (Pathos/ persuasão) e a credibilidade (Ethos/ caráter) 
 
b) Observando a charge acima, poderia a mesma produzir algum sentido na discussão sobre os limites do 
discurso político? Explique 
R: Sim. Na charge indica o limite da razão e a relação entre os elementos: emoção e razão. 
 
3 
Quais as finalidade do estado em Hobbes? 
R: Estado deveria ser a instituição fundamental para regular as relações humanas, dado o caráter da 
condição natural dos homens que os impele à busca do atendimento de seus desejos de qualquer 
maneira, a qualquer preço, de forma violenta, egoísta, isto é, movida por paixões. O Estado surge para 
controlar e garantir a preservação das pessoas. 
 
b) Analisando a situação expressa na charge abaixo corriqueira nas grandes cidades brasileiras, o que 
supostamente poderia ser dito por Hobbes a partir dos termos pactuados no Contrato Social? 
R: Demonstra a forma em observar que a soberania do estado é absoluta. 
 
4 
a) Na charge acima, a que tipo de soberania seria possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem do 
cartunista Henfil) está referenciando, aquela pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela pensada no 
contratualismo Rousseau? Justifique. 
R: Soberania Rousseau – soberania popular, proveniente de uma democracia direta Plebiscitária/ não 
há representatividade. Soberania exercida do exercício da vontade individual. 
 
b) O exercício da soberania popular no contratualismo lockeano se dá na mesma forma que no 
contratualismo rousseauniano? Justifique 
R: Não. Para Rousseau a soberania popular acontece de forma direta, enquanto que para John Locke 
se dá através de representantes (forma indireta). Embora as duas sejam democracias populares. 
Rousseau – coletividade – o indivíduo dispõe de todos os seus direitos em prol da coletividade – 
Soberania popular participativa e direta. Locke – Os direitos individuais se mantém – Menor 
intervenção do Estado – Soberania popular representativa. 
 
5 
a) Procedem argumentos apresentados pelo jornalista para sustentar a competência das autoridades 
brasileiras no que se refere à investigação e julgamento do crime? 
R: Sim, pois estava dentro do territorial brasileiro, onde o Brasil exerce soberania. 
Não era fato de impedimento para o seu Estado de soberania. 
 
B) Estaria o Brasil autorizado a explorar atividade econômica fora de seu mar territorial sem a permissão da 
comunidade internacional? 
R: Sim, sem a necessidade de autorização da comunidade internacional. 
 
6 
A) É possível existir mais de uma nação dentro de um único Estado? 
R: Sim, este conceito independe de Estado. 
 
B) Todas as nações são necessariamente reconhecidas como Estados nacionais? 
R: Não, exemplo o Catalão (Um povo nascidona Espanha e que não se considera espanhol e sim 
catalão - relativo à Catalunha (comunidade autônoma do Nordeste da Espanha) ou o que é seu natural 
ou habitante. 
 
C) Neste momento da história, são os catalães e os basco parte integrante do povo espanhol em seu sentido 
jurídico-político? 
R: Sim, mesmo não se considerando a nação é diluída pelo poder supremo do Estado. 
 
7 
Diante do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve 
considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal? 
R:Não, por que segundo o art. 4º CF (A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios) o Brasil com suas relações de igualdade entre os Estados 
(caput V - igualdade entre os Estados); 
 
A qual dos contratualistas é possível relacionar a soberania aludida no Art. 14 da Carta Magna? Justifique. 
R:O art. 4º CF trata de uma visão Rousseauriana 
8 
De acordo com a teorização que trata das formas de Estado, são aceitáveis as desvinculações de “Z” e “X”? 
R: Será aceita a desvinculação de Z e não de X 
Quando a Confederação “C” resolveu se organizar na forma federativa, segundo as teorias analisadas no livro 
didático, que tipo de federalismo se produziu, centrípeto ou centrífugo? 
R: Federação que veio de Estado independente estão centrípeto (Força vem de dentro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÃO CAI NA PROVA 
 
POLÍTICA 
 
A política pode ser ampla para o Estado e restrita para a família. 
A política deve se preocupar com a coletividade. 
Sem política não há democracia, sem necessidade de uso da força e sim do discurso. 
O político deve atender diversos domínios como as diferenças entre lugares e suas formas de falar, 
adequação a localidade e convencimento. 
 
Segundo Aristóteles, existem três aspectos fundamentais na persuasão. São eles: ethos, pathos e logos. 
O Ethos refere-se às características do orador que podem influenciar o processo de persuasão, como a sua 
autoridade, honestidade e credibilidade em relação ao tema em análise. A capacidade de dialogar do orador e 
a sua apresentação também estão incluídas nas competências que poderão levar à persuasão. 
Por sua vez, o Pathos refere-se ao apelo ao lado emocional do público-alvo. Por exemplo, quando o orador, 
que se apresenta como membro da audiência, apela às emoções desta última através de metáforas ou de 
manifestações físicas de emoções (como sorrisos ou lágrimas). Para isso, é imprescindível ter um 
conhecimento antecipado de como comover o público. 
Finalmente, o Logos diz respeito ao conteúdo do discurso, ao uso da lógica. Isto é, à forma como a tese é 
apresentada (a clareza do discurso, o uso de técnicas como a repetição, a escolha minuciosa da ordem dos 
argumentos, o evitar ou uso hábil de falácias) e à força dos seus argumentos, diminuindo as hipóteses de 
refutação. 
 
O discurso do político deve ter o conhecimento de que seu discurso deve causar uma refl

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