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Resumo Direito Processo do Trabalho Aula 01e 02 Organização Marcos Scalercio

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Extensivo FDS| Disciplina: Direito Processo do Trabalho 
Aula: 01 e 02 |Data: 05.08.2017 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
1. ORGANIZAÇÃO; 
2. COMPETÊNCIA; 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. ORGANIZAÇÃO 
 Nos termos do art. 111º da CF, são órgãos da Justiça do Trabalho: 
a. TST (Tribunal Superior do Trabalho): O Art. 111º “a” da CF, prevê que o TST é composto de 27 ministros, sendo 
eles brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos nomeados pelo Presidente da Republica após 
aprovação por maioria absoluta do senado; 
b. TRT (Tribunal Regional do Trabalho): O art. 115º da CF, prevê que o TRT será composto de pelo menos 7 juizes, 
brasileiros com mais de 30 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da Republica. Ao todo são 24 
TRT’s e os estados de Tocantins, Acre, Roraima e Amapá não possui TRT’s. 
OBS: O TST e o TRT são formados por Juízes de carreiras e pelo 5º constitucional da OAB ou do MPT, sendo 
necessário 10 anos de praticas jurídicas. 
c. JUÍZES DO TRABALHO: O ingresso na carreira é através de aprovação através de concurso publico, sendo 
necessário ser bacharel em direito e ter 3 anos de pratica jurídica. O juiz torna se vitalício após 2 anos ( Não 
confundir com a estabilidade do servidor que ocorre após 3 anos); 
2. COMPETÊNCIA 
 A doutrina classifica competência em absoluta e relativa; 
I. Absoluta se divide em 
a. Funcional: tem como objetivo definir qual órgão vai julgar a ação. 
REGRA GERAL: a competência é da vara do trabalho, entretanto, existindo previsão legal, o processo pode 
inicial nos tribunais, como por exemplo: ação rescisória, mandado de segurança e dissidio coletivo; 
b. Material: trata-se da regra que serve para definir a matéria que a Justiça do Trabalho pode julgar. Art. 114º 
da CLT regulamenta o tema, e prevê que é da competência da justiça do trabalho relação de emprego e 
relação de trabalho (Ex. estagiário voluntario e avulso). 
 
 
 
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 EXAME DE ORDEM 
 
Não é da Justiça do trabalho, servidor público estatutário, temporário e comissionaria. 
 Por fim, nos termos da súmula 363 do STJ também não é da Justiça do trabalho, mas sim da justiça comum 
ação de cobrança do profissional liberal contra o cliente. 
A JT tem competência para julgar os litígios decorrentes da greve e inclusive o interdito proibitório, 
conforme súmula vinculante de nº 23 do STF. 
Cabe também a JT as ações entrem sindicatos, sindicatos e a empresa e sindicatos e empregado. Como por 
exemplo, ações de representação sindical ou de cobrança de contribuição. 
A justiça do trabalho não tem competência penal, ou seja, não pode julgar crimes ainda que decorram do 
contrato de trabalho. 
Cabe a JT julgar os conflitos de competência entre órgãos trabalhistas; 
Conflitos entre vara do mesmo TRT, quem julga e o respectivo TRT; 
Conflitos entrem varas em TRT’s diferente quem julga é o TST; 
Já o conflito entre a JT e a Justiça estadual federal quem julga é o STJ; 
Por fim o conflito entre o TST e o STJ quem julga é o STF; 
OBS: A Súmula 420 do TST prevê que não há conflito entre a Vara e o TRT que ela faz parte. 
É da competência da JT julgar ações contra o empregador, inclusive decorrente de acidente ou doença do 
trabalho ainda que ajuizada pelos herdeiros da vitima, conforme Súmula vinculante de nº 22 do STF e 
Súmula de nº 392 do TST; 
Cabe a Justiça do Trabalho julgas as ações decorrentes da fiscalização do trabalho, como por exemplo a 
execução fiscal pelo não pagamento da multa aplicada pelo fiscal do trabalho. 
Por fim, a Justiça do Trabalho também te competência para execução previdenciária decorrente das 
sentenças condenatórias ou dos acordos homologados em juízo, neste sentido. Sumula vinculante nº 53 do 
STF e súmula 368 do TST. 
OBS 1: Não é da JT a competência para complementação de aposentadoria contra a empresa de 
aposentadoria privada. 
OBS 2: Ler súmulas 300 e 389 do TST 
II. Relativa em: 
a. Territorial (em razão do valor da causa) 
Tem como objetivo definir o local do ajuizamento da ação. O Art. 651 da CLT regulamenta o tema, e prevê 
que REGRA GERAL o local do ajuizamento é o local da prestação de serviço. Salvo, para o empregado 
 
 
 
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 EXAME DE ORDEM 
 
viajante; Empregado brasileiro transferido para prestar serviço no exterior e nas hipóteses da empresa 
transitória. 
Não se aplica clausula de eleição de foro; 
OBS: Ler Art. 799 e 800 da CLT e Súmula 214 “c” do TST 
Esta ultima não se aplica na Justiça do trabalho uma vez que o valor da causa serve para definir apenas 
procedimento e não competência (Não existe juizado especial trabalhista);

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