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Acidente Vascular Encefálico. É uma disfunção neurológica resultante da interrupção do abastecimento de sangue a nível encefálico, ou seja, ocorre quando o sangue que sustenta o cérebro com oxigênio e glicose deixa de atingir a região, ocasionando a perda da funcionalidade dos neurônios. É uma doença de início súbito, que pode ocorrer por dois motivos: isquemia ou hemorragia. Todo o sistema nervoso central pode ser acometido por esta doença e ele inclui, além do cérebro, o tronco encefálico, o cerebelo até a medula espinhal. Dependendo da região atingida, os sintomas e as sequelas são diferentes. Classificação: O AVE pode ser classificado entre isquêmico e hemorrágico. O AVE isquêmico é o mais frequente e ocorre quando há obstrução da irrigação sanguínea de determinada área cerebral. Em geral, a isquemia é de origem trombótica, usualmente por processo de aterosclerose, ou embólica, quando trombos de origem cardíaca ou arterial, como as carótidas, migram para as artérias encefálicas. O AVE hemorrágico pode se manifestar como hemorragia cerebral ocorrendo o extravasamento de sangue para o espaço subaracnóideo, geralmente por ruptura de aneurisma intracraniano, usualmente está associada à hipertensão arterial. Acidente isquêmico transitório (AIT). O AIT é um déficit neurológico focal que regride totalmente em até 12 horas após o início. Pacientes com AIT apresentam maior risco de AVE e o tratamento precoce com antiagregante plaquetário, estatina e controle rigoroso da pressão arterial está indicado. Sinais e Sintomas: Dor de cabeça de início súbito; Síncope; Alterações do nível de consciência; Formigamento ou paralisia, usualmente das extremidades; Dificuldade respiratória; Queda facial; Alteração visual; Convulsão; Pupilas desiguais; Perda do controle urinário ou intestinal; Hipertensão; Dificuldade na fala, ouvir, compreender, bem como ler e escrever. Conduta frente a paciente com quadro sugestivo de AVE. Identificar data do início dos sintomas; Identificar hora do início dos sintomas; Aferição dos sinais vitais e glicemia capilar; Verificar história de diabetes, epilepsia, demência e dependência química; Aplicar escala de Cincinatti. Escala de Cincinatti. Dê um sorriso Levante os braços Um dos critérios alterados é sugestivo de AVE. Investigação Etiológica. AVE isquêmico em pacientes com mais de 45 anos: o mínimo da investigação deve incluir ECG, repouso, ecocardiograma, ecodoppler de carótidas e rastreio para diabetes e dislipidemia. Pacientes sem fatores de risco e com investigação inicial negativada, podem ser candidatos a uma investigação mais extensa, semelhante àquela dos pacientes com menos de 45 anos que inclui ressonância magnética de crânio e estudo de imagem dos vasos intra e extracranianos. Sorologias e rastreio para causas inflamatórias, genéticas e trombofilias podem estar indicados. AVE hemorrágico/subaracnóide: é a ruptura de aneurisma intracraniano, todos os pacientes devem ser investigados precocemente, ainda na internação, e preferencialmente nas primeiras 24 horas de início dos sintomas, com estudo de vasos intracranianos, como angiotomografia e arteriografia. AVE hemorrágico/intracerebral: é a hipertensão arterial e a investigação deve ser orientada pela localização e aspecto da lesão no exame de imagem. Em casos duvidosos, pode haver a suspeita de neoplasia ou malformação de vasos. Nesses casos, o estudo de vasos e a ressonância magnética estão indicados. Tratamento. O melhor tratamento para o AVE é a prevenção, identificar e tratar os fatores de risco, como a hipertensão, arteriosclerose, diabetes mellitus, colesterol elevado, cessar o tabagismo e o etilismo, além de reconhecer e tratar problemas cardíacos. O trombolítico quando aplicado por via endovenosa precocemente dentro de 3 horas demonstra ótimos resultados. Após essa fase inicial de instalação, além de trombólise não ser mais eficiente, ela pode ser perigosa, pois pode levar a uma reperfusão de um tecido necrótico, transformando o AVE isquêmico em um acidente também hemorrágico, que pode levar à morte ou sequelas muito graves. Tratamento do AVE hemorrágico. O tratamento dos acidentes hemorrágicos como o de coágulos venosos no seio sagital superior podem ser tratados cirurgicamente, mas na maioria das vezes a área afetada é de difícil acesso, como o tronco cerebral no caso dos aneurismas congênitos ou a região da cápsula interna. Em geral preconiza-se o tratamento da hipertensão intracraniana, com manitol, suporte clínico e possivelmente craniotomia. Casos agudos de suspeita de AVE devem ser encaminhados obrigatoriamente para avaliação em serviço de emergência. Idealmente, esses pacientes recebem alta com investigação etiológica completa e orientações para seguir acompanhamento específico, se assim for o caso. A maioria dos pacientes não necessita seguir acompanhamento em serviço especializado, podendo ser atendidas na APS, com controle rigoroso de fatores de risco e reabilitação. Referências: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de rotinas para atenção ao AVC. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: http://bvsms.saúde.gov.br/bvs/publicações/manual rotinas para atenção avc.pdf DUNCAN, B.B. et al. Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseada em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. Cap. 72. Santa Casa de São Paulo. Disponível em: >http://enfermagem24hr.blogspot.com.br/2012/06/acidente-vascular-cerebral-avc-ou.html. Alunos do 6º termo de Enfermagem: Aline dos Reis Gonçalves 201402427077 André Luiz Santiago 201408051591 Bárbara de Campos Ribeiro 201401354882 Camila Fatima Siqueira Frigo 201202318835 Evandro Aparecido Cuba 201403170029 Fabiano Negrisoli 201307283764 Isabela Ribeiro Gobbo 201403133786 Renata Galdino Damasceno 201403069263 Wagner Benedito Rosa 201401354947 Walquiria Biancão 201402483775
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