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Prof. Luciano da Costa Bandeira 1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE OBRAS CIVIS PROFESSOR: Msc. Luciano da Costa Bandeira. CAPÍTULO 5: Liderança, Gestão da Mão de Obra e dos Equipamentos LIDERANÇA Em um canteiro de obras, o líder funciona como técnico de um time de futebol, ou um maestro de orquestra. É ele quem motiva a equipe, quem define os rumos a serem seguidos, quem toma as decisões mais difíceis, quem elogia e repreende nos momentos necessários. Hierarquicamente, em um canteiro de obras, a estrutura de liderança tradicional funciona esquematicamente assim: Isso não significa que não existam obras com mais de um mestre de obras, ou mais de um engenheiro, ou que não existam obras sem encarregados. Em outros casos, ainda existe o líder de equipe, caso o encarregado seja responsável por várias equipes. O exemplo acima é só uma estrutura geral e mais comum. O grande problema está no fato de que, apesar de ter a função de liderar, grande parte (ou a quase totalidade) dos engenheiros, mestres de obra e encarregados não possui a mínima formação no aspecto de relações humanas, e não está preparada para liderar. A evolução da liderança acontece de forma pessoal e individual na base da tentativa, no acúmulo de experiências de erros e acertos. E, muitas vezes, os erros trazem consequências desastrosas. Coordenar pessoas para o alcance de um mesmo objetivo é sinônimo de administrar conflitos. O líder precisa saber cobrar, ouvir, se colocar no lugar do outro, aceitar opiniões diferentes da sua e elogiar no momento certo. Administrar pessoas diferentes, com culturas diferentes, com histórias diferentes, requer muito mais que os Prof. Luciano da Costa Bandeira 2 conhecimentos técnicos aprendidos em um banco de universidade ou em um curso técnico para mestre de obras. NAKAMURA (2013) apresenta em seu artigo algumas características principais para o líder em uma obra civil. De acordo com a autora, o líder deve: Ser um bom comunicador: o líder precisa saber expor seus objetivos de forma clara para que todos compreendam e aceitem o que ele disser. Antes de tudo, deve se comportar de acordo com aquilo que ele fala. Ser equilibrado e justo – um líder desesperado, afobado, só alastra o pânico na equipe. O líder deve ter serenidade e equilíbrio para tomar as decisões, e ser justo (não punir nem elogiar quem não merece). Elogiar em público e chamar a atenção em particular – elogiar e corrigir são atitudes importantes para que o operário saiba se está atendendo ao que foi solicitado. Um líder que não sabe elogiar fica com fama de carrasco. Um que não sabe corrigir fica com fama de fraco. Contudo os locais para o elogio e a correção são diferentes: como as pessoas gostam de ser elogiadas e não de ser corrigidas, deve-se elogiar em público e corrigir em particular. Ser otimista e entusiasta – o líder deve acreditar que é possível alcançar os resultados e deve fazer com que toda a equipe acredite também. Ser coerente – o líder deve dar o exemplo: se é importante a limpeza da obra, que ele mantenha seu escritório limpo. Pegar um pedaço de papel deixado no chão, e colocar na lixeira, é uma atitude que é observada por todos. Comemorar as realizações com a equipe – os resultados alcançados devem ser públicos, e o líder deve se mostrar feliz com o alcance das metas. Isso incentiva a equipe a produzir os mesmos resultados no futuro. Quando possível, permitir a tomada de decisões de forma participativa – a equipe se sente valorizada quando participa das decisões e, consequentemente, se sente responsável pelo resultado, já que ajudou a decidir o caminho a seguir. Objetivo: Diante dos problemas, não sair imediatamente atrás do culpado. Procure resolver o problema primeiro, depois procure descobrir a causa do problema, para que ele não aconteça mais. Apresentar conhecimento técnico sobre o assunto – é muito difícil liderar uma equipe que realiza um trabalho sobre o qual não se tem conhecimento. O líder em uma obra deve ter conhecimento profundo dos processos de execução do trabalho. “Ser líder não significa ser mandão ou autoritário. O bom líder considera os funcionários parceiros e gera neles adesão aos objetivos, política e missão da Prof. Luciano da Costa Bandeira 3 organização", afirma o consultor Márcio Silva, professor do curso de pós-graduação do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade Industrial (ICTQ). "O líder deve se identificar com a visão da empresa e gostar do que faz. Só assim passará confiança aos parceiros e fará com que gostem do que fazem e sigam os rumos da empresa".(esta última citação também é dele?) GESTÃO DA MÃO DE OBRA A mão de obra na construção civil pode envolver por volta de 30% do total do custo de uma obra civil, podendo, contudo, chegar a 50% do total (dependendo do tipo de obra). Por esse motivo, quando se fala em gestão da mão de obra, ao mesmo tempo se faz uma referência a um fator decisivo no custo e na qualidade do produto final. A mão de obra na construção civil tem algumas características marcantes que a diferenciam das demais indústrias: Alta rotatividade: como os projetos/obras têm, em sua grande maioria, um curto prazo de duração, na construção civil as demissões e contratações ocorrem em grandes escalas. O operário da construção civil é, via de regra, um nômade. Uma equipe de carpinteiros, por exemplo, já sabe, ao iniciar uma obra, que seu período de trabalho compreenderá somente a fase de estrutura. Acabando-a, toda a equipe será demitida (ou será deslocada para outra obra). Como o operário já sabe que o seu trabalho terá curta duração, muitas vezes, ele mesmo pede para ser demitido, à época da finalização de suas atividades. Essa conjuntura, tão comum na construção civil, torna-se muito menos traumática que em outras atividades. Baixa qualificação/analfabetismo: Se as indústrias do país reclamam da falta de pessoal qualificado, na construção civil a situação ainda é pior. Primeiramente, porque, sendo um trabalho pesado, só opta por ele, na maioria das vezes, aqueles que não tiveram outra escolha. Isto ocorre principalmente nas grandes cidades. Em seguida, deparamo-nos com outra questão: devido à dificuldade de se obter mão de obra qualificada, as empresas admitem pessoas sem qualquer preparo, que entram como ajudante, e logo lhes conferem o status de profissional classificado (pedreiro, carpinteiro, armador, pintor, eletricista ou encanador). Tal trabalhador recebe como formação um conhecimento empírico, no próprio canteiro de obras, muitas vezes sem a devida orientação e sem o mínimo amparo técnico. Baixos salários: Apesar dos aumentos dos ganhos salariais provocados pelo grande crescimento do mercado de imóveis nos últimos anos, os profissionais da Prof. Luciano da Costa Bandeira 4 construção civil ainda têm um rendimento médio anual inferior aos profissionais de outras indústrias, como as de transformação e a de metalurgia. Entretanto, constitui-se uma análise muito simplista atribuir a baixa produtividade da mão de obra na construção civil à qualidade do material humano disponível. Isto porque é possível organizar-se um sistema de gestão da mão de obra mediante um projeto mais bem elaborado, um nível de pré-fabricação mais abrangente, melhor qualidade e organização do trabalho e racionalização dos processos. Nessa perspectiva, a atividade no canteiro torna-se mais produtiva. SOUZA (2006) define a razão unitária de produção (RUP) como sendoo principal mensurador da produtividade. O indicador está relacionado com o esforço humano para produzir determinada tarefa, avaliado em Homens x hora (Hh) pela quantidade de serviço realizado: É importante observar que quanto maior o índice RUP, pior a produtividade. Ou seja, o interessante é ter um índice RUP cada vez mais baixo. Observemos o exemplo apresentado por SOUZA (2006): SOUZA (2006) argumenta que, para que se possa comparar RUP de obras diferentes, é necessário padronizar o critério de cálculo. E para padronizar o critério de cálculo do RUP, é necessário considerar 4 aspectos: Prof. Luciano da Costa Bandeira 5 Com relação a “Quem incluir” o índice RUP pode ser dividido em: RUPOF – envolve somente a quantidade de horas dos oficiais (profissionais) envolvidos. No caso de um serviço de elevação de alvenaria, seriam somente as horas dos pedreiros que estão assentando tijolos. RUPdir – envolve a quantidade de horas dos oficiais (profissionais) e dos ajudantes diretamente envolvidos com a produção. No caso de um serviço de elevação de alvenaria, seriam as horas dos pedreiros que estão assentando tijolos e dos serventes (ajudantes) que estão transportando tijolos e massa para os pedreiros. RUPglob – envolve a quantidade de horas de trabalho de todos os envolvidos no processo. No caso de um serviço de elevação de alvenaria, seriam as horas dos pedreiros que estão assentando tijolos, dos serventes (ajudantes) que estão transportando tijolos e massa para os pedreiros e dos serventes (ajudantes) que estão produzindo a argamassa de assentamento, lá na betoneira. Já com relação a “Quais horas considerar”, para que o índice represente, efetivamente, a produtividade nos momentos de trabalho, as horas consideradas devem ser aquelas em que o trabalhador está disponível para o trabalho. Por exemplo: devem ser descontados os atrasos e momentos em que o trabalhador necessitou sair mais cedo. Já os atrasos por erros administrativos (falta de material e equipamento) não devem ser descontados, pois estes devem prejudicar o RUP, indicando que ocorre algum problema na obra/serviço. Com relação ao “O que contemplar”, convenciona-se considerar como quantidade de serviço o valor líquido do serviço executado. Por exemplo: em um serviço de elevação de alvenaria, o valor líquido é a área, descontados todos os vãos. Falando da questão “a que período se refere”, a sugestão é considerar indicadores RUP diários, semanais ou a cada ciclo de serviço. Por exemplo: no caso da montagem de formas de um pavimento, o ciclo seria a montagem total do pavimento. Podem-se considerar também períodos de tempo acumulados. Souza (2006, pág. 41) apresenta uma tabela demonstrando o cálculo das RUP’s diária e acumuladas em um serviço de alvenaria. Prof. Luciano da Costa Bandeira 6 A evolução da RUP pode também ser apresentada através de um gráfico: Torna-se importante ressaltar que a RUP pode se influenciar por diversos fatores, como por exemplo: Condições climáticas. Projeto de arquitetura. Existência de frentes de trabalho. Forma de transporte (guincho, grua, carrinhos). Paletização e existência de kits. Postura do pessoal e sindicatos. Portanto, ao se comparar RUP’s de obras diferentes, deve-se lembrar de avaliar os demais aspectos, e não apenas o número puro. GESTÃO DOS EQUIPAMENTOS Os equipamentos (conjunto de máquinas e ferramentas) usados na construção civil envolvem uma quantidade representativa de recursos financeiros. Segundo CARDOSO, (2007) a gestão dos equipamentos envolve custos: Diretos (aquisição ou locação). Custos relativos à montagem e desmontagem dos equipamentos. Custos de transporte. Custos de mão de obra para operação. Custos de operação (energia, combustíveis, lubrificação). Manutenção (peças de reposição, desgaste natural) Prof. Luciano da Costa Bandeira 7 Por esse motivo, a reflexão sobre a forma de utilização e as decisões relativas ao planejamento das despesas ligadas ao uso de equipamentos se tornam tão relevantes. A grande dúvida quanto à forma de administração dos gastos relativos aos equipamentos na maioria das empresas relaciona-se à aquisição ou locação dos equipamentos. Por falta de controle da previsão dos gastos ou simplesmente pela facilidade operacional, a maioria das empresas opta pela locação. Contudo, dependendo do volume e da taxa a se utilizar, a aquisição passa a ser a escolha mais econômica. Adquirir um equipamento significa preocupar-se também com sua manutenção pois grande parte dos problemas que daí surgem decorre de seu mau uso. Logo, quem trabalha com equipamento próprio deve ter em seu planejamento de obra verba e tempo destinados à: Treinamento/capacitação de pessoal – o operador de equipamentos deve estar preparado para, além de simplesmente fazê-los funcionar, auxiliar nos processos que assegurem seu bom estado, como: verificação do nível de óleo, combustível, indicadores dos painéis, nível de água, freios, entre outros itens. Além disso, um bom operador conhece o funcionamento e os ruídos do equipamento, facilitando o trabalho do mecânico . Manutenção preditiva – é aquela realizada a partir do checklist, preenchido pelo operador. Muitas vezes, as informações do fabricante, quanto à data de troca de peças, não são tão assertivas quanto à efetiva avaliação do seu desgaste natural, verificado diariamente pelo próprio operador. Essa avaliação pode antecipar uma manutenção periódica ou mesmo postergar. Manutenção preventiva (que é mais barata que a corretiva) – troca de peças, verificação dos fluidos, combustíveis e do estado geral do equipamento em períodos pré-determinados. Manutenção corretiva – é a forma mais cara de manutenção, pois a máquina parada, acarreta paralisação do serviço que dela depende. As peças devem ser adquiridas em um pequeno espaço de tempo e a urgência impede um bom planejamento do trabalho. [Segundo José Eduardo Paccola em GIRIBOLA (2013), engenheiro mecânico e consultor na ZDP Consultoria, o gasto ao longo de toda a vida útil de um equipamento será de 0,8 a 1,5 vezes o valor do equipamento.???????????? Veja se poderá ficar assim: Apoiando-se em GIRIBOLA (2013), José E... P...*, afirma que o gasto...(*engenheiro... em nota de rodapé) Prof. Luciano da Costa Bandeira 8 Conforme CARDOSO (2007), os equipamentos podem ser classificados de acordo com a função ou com a mobilidade. [Observando?????] Tendo como critério a função, podem-se dividir os equipamentos nos seguintes grupos: Equipamentos de produção – produzem movimentação de terra (1) (tratores, escavadeiras, moto-scrapers, bob cats, pás, cavadeiras), fundações (2) (bate - estacas, estacas ? hélice contínua, escavadeira de tubulões), formas de madeira (serras, desengrosso, serrote), de armaduras (máquina de corte, de dobra, turquesas), de concreto (3) (betoneiras, silos, misturadeiras, masseiras, bombas de lançamento de concreto, réguas para acabamento manual, desempenadeiras, helicóptero nivelador), de alvenaria (réguas, colheres), de revestimento de argamassa (máquina de lançamento de argamassa, desempenadeira, colher) entre outras. 1 2 3 Prof. Luciano da Costa Bandeira 9 Equipamentos de suporte provisório – são equipamentos montados para suportar cargas durante um pequeno intervalo de tempo, como escoramentos (1), caixasde sustentação, masseiras, andaimes (2), balancim (3). Equipamentos de segurança – são os equipamentos de proteção individual / EPI’s (luvas, capacete, máscara, botina, óculos, avental) e equipamentos de proteção coletiva (bandeja de proteção (1), guarda- corpos (2), extintores de incêndio, cercas, telas de proteção (3)). Equipamentos de controle – São usados para aferição ou verificação de medidas, como as trenas, mangueiras de nível, nível alemão (1), prumo, réguas (2) e teodolitos (3). 1 2 3 1 2 3 1 2 3 Prof. Luciano da Costa Bandeira 10 Equipamentos de transporte – são equipamentos destinados ao transporte de pessoas (elevadores) (1) ou materiais (guindastes, gruas (2), carrinhos, porta-palets). Já com relação ao critério da mobilidade, os equipamentos podem ser divididos em: Equipamentos fixos – são aqueles que devem ser localizados em posições estratégicas na obra, facilitando o acesso e o transporte a eles. São exemplos de equipamentos fixos as gruas (1), guinchos, elevadores de carga. Equipamentos semifixos – se deslocam conforme a evolução dos serviços. Como exemplo temos as betoneiras, misturadores de argamassa, balancins, andaimes, serras circulares. Equipamentos móveis – são aqueles que podem ser guardados ao final do dia, como ferramentas, carrinhos caminhões, vibradores de concreto, serrotes, martelos, Grua Ascencional (3), etc. Com relação aos cuidados com a operação e manutenção, GIRIBOLA (2013) 1 2 3 21 Prof. Luciano da Costa Bandeira 11 apresenta os principais itens a serem verificados para alguns equipamentos mais relevantes: RETROESCAVADEIRA A lubrificação de todos os pinos e buchas exige atenção especial. Utilize materiais de primeira linha na troca e lubrificação de ambos. Uma pequena folga na bucha pode significar riscos na operação e trazer problemas para o trem de força do equipamento. As unhas da caçamba, se tiverem desgaste excessivo, podem transferir esforços para a parte hidráulica da máquina. Pá-carregadeira Pinos e buchas devem ser lubrificados e verificados, constantemente. Trabalhar em solo nivelado ajuda a diminuir desgastes. Deve-se operar com as quatro rodas no chão. Minimize esforços no eixo traseiro ao desagregar, levantar e transportar resíduos de obra. Retirar pregos e materiais cortantes do local de operação, evitando furos nos pneus, que podem custar de R$ 5 mil a R$ 10 mil cada. Os freios exigem atenção especial na manutenção, pois são muito utilizados nessas máquinas. Motoniveladora Esta máquina lida com o acabamento e o espalhamento de materiais nobres, como pedras e britas, por isso é preciso sempre manter sua lâmina alinhada e em perfeito estado . Caso não se tome esse cuidado, a base do equipamento pode sofrer danos. O trem de força , que se constitui de motor, sistema hidráulico e transmissão demanda os mesmos cuidados de uma pá-carregadeira. Bomba projetora de argamassa Prof. Luciano da Costa Bandeira 12 A formulação correta da argamassa é um dos pontos cruciais para evitar entupimento da bomba projetora, um dos principais problemas que o equipamento apresenta. É preciso fazer a limpeza do mangote a cada intervalo de uso de mais de uma hora. Para isso, basta colocar uma esponja dentro do orifício ligado à bomba e projetá-la para fora com água. Verifique os terminais de encaixe das mangueiras, os níveis de óleo do redutor e as condições da pistola de lançamento, diariamente. Acabadora de Superfície Além da limpeza das lâminas e do motor para evitar acúmulo de concreto seco, visualizar com frequência as condições do disco de flotação. Quando eles se desgastam, começam a afetar a base do equipamento e, consequentemente, transferem a força para o motor, que é prejudicado. A lubrificação dos braços de fixação das lâminas também deve ser feita diariamente, após a limpeza da máquina, para evitar travamento. Elevador de Cremalheira A manutenção preventiva deve ser feita de acordo com o plano de manutenção do elevador, com algumas verificações diárias feitas pelo próprio operador. Procedimentos mais técnicos devem ser feitos semanalmente ou quinzenalmente por profissional habilitado. São os casos da avaliação da integridade estrutural e mecânica do equipamento, verificação dos componentes elétricos, lubrificação, ajustes e regulagens do sistema de redução e transmissão de movimento por pinhão e cremalheira. Para evitar desgastes, observar também o nível de óleo e vazamento nas caixas redutoras, mensalmente, assim como o estado geral e de lubrificação dos cabos que compõem o sistema. Prof. Luciano da Costa Bandeira 13 QUESTIONÁRIO 1) Em uma obra de construção civil convencional a sequência hierárquica de liderança é: a) Diretor> Gerente > Engenheiro. b) Mestre de Obras> Apontador > Encarregado. c) Apontador> Mestre de Obras > Chefe de equipe. d) Engenheiro> Encarregado > coordenador. e) Engenheiro> Mestre de Obras > Encarregados. 2) Apesar de ter a função de liderar, grande parte (ou a quase totalidade) dos engenheiros, mestres de obra e encarregados não possui a mínima formação no aspecto de relações humanas, e não está preparada para liderar. A evolução da liderança acontece de forma pessoal e individual na base da tentativa, no acúmulo de experiências de erros e acertos. Apresente e explique, a seguir, cinco características essenciais para um líder em uma obra de construção civil. 3) Considere as afirmativas a seguir I. Um bom líder deve saber elogiar e repreender em público. II. O líder em uma equipe de obras deve comemorar as conquistas individualmente com o realizador. III. O bom líder toma as decisões de forma participativa. Atribuindo “V” para a afirmação verdadeira e “F” para a afirmação falsa, a combinação que se associa às afirmações acima é: Prof. Luciano da Costa Bandeira 14 a. F, V, F b. F, F, V. c. V, F, F. d. F, V, V. e. V, V, V. 4) A mão de obra dos operários da construção civil tem algumas características marcantes que a diferenciam das demais indústrias, dentre as quais podem ser citadas: a) Estabilidade. b) Altos índices de satisfação. c) Alta rotatividade. d) Altos salários. e) Alta qualificação. 5) Para se medir a produtividade da mão de obra na construção civil uma das ferramentas mais eficientes consiste na aplicação de indicadores de produtividade. Dentre os indicadores mais comuns, pode-se citar a RUP. Sabendo da importância da RUP para a medição da produtividade, explique o que significa a sigla RUP e apresente a fórmula utilizada para o cálculo. 6) A RUP depende de diversos fatores que interferem no desempenho da mão de obra na construção civil, exceto: a) Valor da hora do oficial. b) Total de horas utilizadas no trabalho. c) Quantidade total de serviço executado. d) Período a que se refere a medição. e) Total de Homens utilizados no trabalho. Prof. Luciano da Costa Bandeira 15 1 2 3 7) As siglas RUPOF, RUPdir e RUPglob estão relacionadas, respectivamente, a: a) Valor da hora do oficial, de todos os envolvidos diretamente com o trabalho e todos os envolvidos direta ou indiretamente com o trabalho e com a produção. b) Tempo gasto peloprofissional, de todos os envolvidos com o trabalho e todos os envolvidos com a produção e com o trabalho. c) Valor da hora do oficial, de todos os envolvidos com a produção e todos os envolvidos com a produção e com o trabalho. d) Tempo gasto pelo oficial, de todos os envolvidos com a produção e todos os envolvidos com o trabalho. e) Tempo gasto pelo oficial, de todos envolvidos com a produção e todos envolvidos com a produção e com o trabalho. 8) A razão unitária de produção (RUP) é o principal mensurador da produtividade. O indicador está relacionado com o esforço humano para produzir determinada tarefa, avaliado em Homens x hora (Hh) pela quantidade de serviço realizado. É importante observar que quanto maior o índice RUP, pior a produtividade. Ou seja, o interessante é ter um índice RUP cada vez mais baixo. Para que se possa comparar RUP de obras diferentes, é necessário padronizar o critério de cálculo. E para padronizar o critério de cálculo do RUP, é necessário considerar quatro aspectos, sendo um deles a definição de quais serão os operários evolvidos no cálculo das horas gastas para a execução do serviço. Com base nesse critério, e observando a figura acima, os operários que estão dentro das elipses 1, 2 e 3 são considerados respectivamente no cálculo dos índices RUP: a) RUPglob, RUPdir e RUPap. b) RUPcum, RUPglob e RUPdir. c) RUPOF, RUPdir e RUPglob. Prof. Luciano da Costa Bandeira 16 d) RUPpot, RUPglob e RUPdir. e) RUPOF, RUPdir e RUPcum. 9) O gráfico abaixo apresenta a variação da RUP diária e acumulada do serviço de elevação de alvenaria em uma obra civil. A partir do gráfico é possível concluir que: a) Ao final de 10 dias o valor da RUP acumulada é maior que a diária do último dia. b) Os últimos três dias apresentam RUP acima da média. c) A RUP diária é sempre maior que a RUP acumulada. d) Em metade dos dias a RUP diária é maior que a acumulada. e) Nos primeiros cinco dias, a RUP acumulada apresenta valor superior ao da RUP no quinto dia. 10) Os equipamentos (conjunto de máquinas e ferramentas) usados na construção civil envolvem uma quantidade representativa de recursos financeiros. A gestão dos equipamentos envolve custos Diretos (aquisição ou locação), custos relativos à montagem e desmontagem dos equipamentos, custos de transporte, custos de mão de obra para operação, custos de operação (energia, combustíveis, lubrificação) e custos de manutenção (peças de reposição, desgaste natural). Por esse motivo, a reflexão sobre a forma de utilização e as decisões relativas ao planejamento das despesas ligadas ao uso de equipamentos se tornam tão relevantes. Sobre a gestão dos equipamentos em uma obra de construção civil é correto afirmar que: a) A locação de equipamentos, financeiramente, é mais viável que a aquisição. b) Grande parte dos problemas com a manutenção dos equipamentos é decorrente do mau uso. c) Somente em grandes empresas a aquisição de equipamentos torna-se viável. Prof. Luciano da Costa Bandeira 17 d) Adquirir equipamentos é sinônimo de complicações com manutenção dos mesmos. e) Os gastos com locação são inferiores aos de manutenção dos equipamentos. 11) Adquirir um equipamento significa preocupar-se com a manutenção. Muitas vezes, os custos relacionados a problemas com os equipamentos (horas paradas, custos das peças, gastos excessivos de combustíveis e lubrificantes entre outros) tornam inviável a utilização dos mesmos. Por esse motivo, a gestão dos equipamentos deve organizar sua manutenção da maneira mais eficiente e mais econômica possível. A manutenção dos equipamentos pode acontecer de forma Preditiva, Preventiva e Corretiva. Diferencie os três tipos de manutenção, definindo cada um deles. 12) O que são os chamados equipamentos de produção? Cite três exemplos desse tipo de equipamento. 13) O que são equipamentos de suporte provisório? Cite três exemplos desse tipo de equipamento. 14) Entre os equipamentos de segurança, temos os equipamentos de proteção individual e os equipamentos de proteção coletiva. Diferencie os dois tipos de equipamentos de Prof. Luciano da Costa Bandeira 18 segurança e dê três exemplos de cada um dos tipos. 15) O que são equipamentos de controle em uma obra de construção civil? Cite 3 exemplos de equipamentos de controle. 16) Em uma obra de construção civil temos equipamentos de transporte fixo, semifixos e móveis. Apresente três exemplos de cada um dos tipos de equipamento de transporte. 17) Quais são as principais recomendações a serem seguidas na manutenção de uma pá carregadeira? 18) Quais os cuidados necessários para se evitar o entupimento de uma bomba projetora de argamassa? 19) Quais são os principais componentes a serem verificados na manutenção de um elevador de cremalheira? Prof. Luciano da Costa Bandeira 19 GLOSSÁRIO Classificado – Classificar um profissional é registrar na carteira uma função profissional da construção civil, por exemplo, a função de pedreiro, pintor, armador, carpinteiro, eletricista ou encanador. Normalmente, os serventes e ajudantes lutam para serem classificados. Índice de conformidade – percentual do item que está de acordo com um padrão pré- estabelecido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARDOSO, Francisco et al. Gestão de Equipamentos. São Paulo: PCC, 2007. COSTA, Dayana B. Indicadores de produtividade na construção civil. Disponível em http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/ ativos/42/modulo-3-indicadores -de- produtividade -na - construcao-civil.html, acesso em 08/03/2013. GIRIBOLA, Maryana. Manutenção em dia. Revista CONSTRUÇÃO E MERCADO. Disponível em:http://revista.construcaomercado.com.br/guia/habitacao-financiamento-imobiliario/139/ manutencao-em-dia-cuidados-com-os-equipamentos-moveis-devem-277137-1.asp, acesso em 12/03/2012 NAKAMURA, Juliana. Como Liderar Pessoas. Revista EQUIPE DE OBRA. Disponível em http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/49/como-liderar-pessoas-muitas- vezes-engenheiros-e-mestres-de-261026-1.asp, acesso em 12/03/2013. SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes. Gestão da mão de obra na construção: Iniciativas do?de? gestão do capital humano ligadas à produção. Revista PINIWEB. Disponível em: http://revista.construcaomercado.com.br/guia/habitacao-financiamento-imobiliario/108/ gestao-da-mao-de-obra-na-construcao-iniciativas-de-177462-1.asp, acesso em 12/03/2012. SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes. Como aumentar a eficiência da Mão de obra: manual de gestão da produtividade na construção civil. São Paulo: Editora PINI, 2006.
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