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Resumo 4° Bimestre Teoria Do Direito Interpretação: interpretar é fixar o verdadeiro sentido e o alcance de uma norma jurídica, mesmo a norma sendo clara há necessidade de interpretação; é aprender ou compreender os sentidos implícitos das normas jurídicas. A interpretação é integrada por três elementos: Revelar o seu sentido: além de conhecer o significado das palavras, descobrir a finalidade da norma jurídica. Fixar o seu alcance: delimitar o campo de incidência da norma jurídica Norma jurídica: todas as normas jurídicas são objeto de interpretação, as legais; as jurisdicionais (sentenças judiciais); as costumeiras e o negócio jurídico. Necessidade de interpretação: quando a norma é clara não há necessidade de interpretação, contudo, todas as leis podem ser interpretadas. O conceito de clareza é muito relativo e subjetivo, ou seja, o que parece claro a alguém pode ser obscuro a outrem. Uma palavra pode ser clara segundo a linguagem comum e ter, entretanto, um significado próprio e técnico diferente do seu sentido vulgar O art. 5° da LICC diz que toda lei o interprete não poderá deixar de considerar os fins sociais e as exigências do bem comum, todas as leis necessitam de interpretação para a descoberta dos mesmos. Espécies de interpretação: Autentica: quando emana do próprio poder que fez o ato, cujo sentido e alcance ela declara. Judicial: é resultante das decisões prolatadas pela justiça (jurisprudência) Administrativa: aquela cuja fonte elaboradora é a própria administração pública através dos seus órgãos e mediante pareceres, portarias e etc. Doutrinaria: é realizada cientificamente pelos doutrinadores e juristas em suas obras e pareceres. Quanto a sua natureza, a interpretação pode ser: Literal ou gramatical: se baseia na letra da norma jurídica, toma como importância o significado gramatical da norma jurídica. Lógico-sistemática: busca compreender a norma como parte integrante de um todo, em conexão com as demais normas jurídicas que com ela se articulam logicamente. Histórica: indaga das condições de meio e momento da elaboração da norma jurídica. Teológica: busca o fim que a norma jurídica tem intenção de tutelar. Quanto aos efeitos ou resultados: Extensiva: quando o interprete conclui que o alcance da norma é mais amplo do que indicam o seu termo. Restritiva: quando o interprete limita o sentido da norma ou limita sua incidência, concluindo que o legislador escreveu mais do que realmente pretendia dizer. Declarativa: nela o interprete chega a constatação de que as palavras expressam com medida exata o espírito da lei. Processo uno e complexo: o processo interpretativo é composto de vários momentos, não se trata, pois, de métodos autônomos. Momentos de interpretação: Momento literal, gramatical ou filológico: é o que estabelece o sentido objetivo da lei com base em sua letra. Momento lógico sistemático: é o que busca descobrir o sentido e o alcance da lei. Momento histórico-evolutivo: busca da compreensão do espirito da lei e não da vontade do legislador, que deve sempre corresponder as necessidades e condições sociais atuais Momento teleológico: visa a descoberta dos valores que a lei tenciona servir Trabalho construtivo do intérprete: no direito o interprete pode avançar mais, dando a lei uma significação imprevista, completamente diversa da esperada ou querida pelo legislador De natureza axiológica: a interpretação da norma jurídica implica a apreciação dos fatos e valores dos quais ela se originou; assim como deve ser interpretada em função dos fatos e valores supervenientes. Aplicação e integração do direito Sentido técnico: submeter o fato concreto a norma que o regula Natureza da aplicação: tendo formado sua convicção jurídica pela apuração dos fatos e da compreensão do direito, aí sim, nada impede que a decisão seja expressa segundo a estrutura de um silogismo; pelo contrário ganhara em clareza e força em convencimento. Participação criadora: um ato de participação criadora do aplicador do direito que, nessa tarefa, deve atender aos fins sociais a que a lei se dirige e as exigências do bem comum, valendo-se de recursos como os princípios gerais do direito e a equidade. A integração do direito: processo de preenchimento das lacunas existentes na lei, a integração é possível por que vigora o postulado da plenitude da ordem jurídica; o ordenamento jurídico não pode deixar de conter soluções para todas as questões que surgirem na vida de relação social. Os meios de integração do direito são: analogia, costumes, os princípios gerais do direito e a equidade. O costume jurídico supletivo: aquele que intervém na falta ou omissão da lei, tem caráter supletivo, suprindo a lei nos casos omissos pela observância de práticas consuetudinárias. Analogia: a analogia vem a ser um recurso técnico que consiste em se aplicar, a um caso não previsto pelo legislador, uma norma jurídica prevista para outro caso fundamentalmente semelhante ao não previsto. A analogia fundamenta-se no princípio de igualdade jurídica, que exige que os casos semelhantes devem ser regulados por normas semelhantes. Os princípios gerais do direito: em seu significado lógico, são verdades fundantes de um sistema de conhecimento, filosófico ou cientifico. São enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico; Princípios onivalentes: validos em todas as ciencias, como os de identidade e de causa eficiente. Princípios plurivalentes: quando se aplicam a vários campos de conhecimento, como o de finalidade, essencial as ciencias culturais, mas não extensivo a todos os campos do conhecimento. Princípios monovalentes: quando são validos só para determinada ciência, como é o caso dos princípios gerais do direito, aplicáveis apenas a ciência do direito. Exemplos de princípios que se encontram prescritos em normas jurídicas: Isonomia: Art. 5° XXXVI CF. Legalidade: Art. 5° II CF. Brocardos jurídicos: Os brocardos jurídicos, também chamados de axiomas ou de máximas jurídicas, constituem um pensamento sintetizado em uma única sentença, que expressa uma conclusão reconhecida como verdade consolidada. Equidade: A aplicação do princípio da equidade é inerente ao conceito da justiça que o direito se propõe a praticar. Enquanto que a lei generaliza, considerando todos iguais, a equidade preenche possíveis lacunas na lei que poderiam causar injustiças devido ao fato de as pessoas serem diferentes. A aplicação da equidade deve ter como base os princípios gerais do Direito, o bem comum, a moral social vigente e o regime político adotado pelo Estado. É a equidade que garante que o alcance da lei seja suficiente para que a justiça realmente se faça, de acordo com as especificidades que a lei não contempla.
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