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1 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE DOURADOS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NÚCLEO DE ENSINO REFERENCIAL CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS E ANOS FINAIS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE DOURADOS-MS/2016 2 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE DOURADOS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NÚCLEO DE ENSINO Educação o caminho do conhecimento... 3 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri REFERENCIAL CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS E ANOS FINAIS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE DOURADOS-MS/2016 4 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Murilo Zauith Prefeito Odilon Azambuja Vice-Prefeito Marinisa Kiyomi Mizoguchi Secretária Municipal de Educação Ana Paula Arruda Diretora do Departamento de Recursos Humanos Robson Fernandes Melo Diretor do Departamento de Planejamento, Gestão e Finanças Clair Moron dos Santos Munhoz Coordenadora dos Anos Iniciais Rose Cristiani Franco Seco Liston Coordenadora dos Anos Finais 5 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri EQUIPE SEMED – NÚCLEO DE EDUCAÇÃO E ENSINO ARTE E EVENTOS: Esp. Ilda M. Kudo Sequia - Coordenadora Esp. Angela Fabiane Gubert EDUCAÇÃO INFANTIL: Esp. Simone Denise Gonçalves Ferreira França - Coordenadora Ma. Claudia Marinho Carneiro Noda EDUCAÇÃO ESPECIAL: Esp. Terezinha Aparecida Piva Espósito - Coordenadora Ma. Cristina Fatima Pires Ávila Santana Esp. Sandra Francisca da Silva EDUCAÇÃO DO CAMPO: Esp. Pablo André Crespan - Coordenador EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: Esp. Elda Flores Barbosa - Coordenadora EDUCAÇÃO INDÍGENA: Esp. Elias Moreira - Coordenador PNAIC: Esp. Luci Marque Pereira Troian - Coordenadora PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: Esp. Espedito Saraiva Monteiro - Coordenador 6 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri NÚCLEO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES E PÚBLICAS: Bibliotecária Eunice de Lourdes Franco NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E EDUCACIONAL: Esp. Mariza Araújo - Coordenadora Esp. Josymari A. Morais NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL MUNICIPAL: Esp. Valéria Aparecida Ribeiro - Coordenadora Esp. Daniel R. Icassatti Esp. Nilcéia Pereira da Silva 7 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Equipe de Elaboração do Referencial Curricular 2016 EQUIPE ANOS INICIAIS Ma. Clair Moron dos Santos Munhoz – Coordenadora Dra. Care Cristiane Hammes - Geografia Esp. Haroldo Barros Lopes - Arte Esp. Izabel Claudinete Dias Marques - Leitura, Literatura e Produção Textual – (LLPT) e Língua Portuguesa Esp. Josymari Morais – Educação Física Esp. Leila Tatiana Garcia – Ciências Ma. Marcia Prenda Teixeira - Pedagoga Esp. Marcio Alves França – Matemática e Conhecimento Lógico Matemático (CLM) Esp. Mariza Araújo – Educação Física Esp. Ricardo de Mattos Sacco – Educação, Vida e Sociedade (EVS) e História Geny Vaz Gomes – Leitura, Literatura e Produção Textual (LLPT) Ma. Karolinne F. Couto – Língua Inglesa EQUIPE ANOS FINAIS Ma. Rose Cristiani Franco Seco Liston - Coordenadora Benedito Cantelli – Geografia Dra. Care Cristiane Hammes - Geografia Esp. Haroldo Barros Lopes - Arte Esp. Izabel Claudinete Dias Marques – Língua Portuguesa Esp. Josymari Morais – Educação Física Esp. Leila Tatiana Garcia – Ciências Esp. Mariza Araújo – Educação Física Esp. Ricardo de Mattos Sacco – História José Bruno Gonzales – Matemática 8 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Ma. Karolinne F. Couto – Língua Inglesa EQUIPE DE CORREÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO Ma. Clair Moron dos Santos Munhoz – Coordenadora Ma. Rose Cristiani Franco Seco Liston - Coordenadora Esp. Izabel Claudinete Dias Marques – Língua Portuguesa Dourados-MS/2016 Material de Propriedade do Governo Municipal de Dourados-MS Secretaria Municipal de Educação de Dourados-MS Reprodução autorizada desde que citada a fonte 9 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri PALAVRAS DA SECRETÁRIA Apresentamos à Rede Municipal de Ensino de Dourados-MS, o Referencial Curricular do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais e Finais, como um documento que articula-se com s Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, apresentando conteúdos, competências e habilidades, este referenciado em conjunto com os descritores das Matrizes de Referência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, com as Capacidades e Direitos de Aprendizagem do PNAIC/MEC, 2012 e 2015, aplicando também dados da Base Nacional Comum Curricular nas demais áreas de conhecimento da Educação Básica do Ensino Fundamental em estudos por todo o país. Este documento não se finaliza, articula-se com as propostas de ensino previstas pelo MEC, por isso trata-se de um Referencial (modelo, parâmetro, orientação, direção) de como direcionar e aplicar os conteúdos curriculares para os alunos da Rede Municipal de Ensino de Dourados. O referido documento tem como objetivo articular uma gestão participativa e democrática, assegurando o Planejamento, a Participação, o Trabalho Coletivo, a Responsabilidade, o Comprometimento e o Conhecimento. Neste contexto, a Secretaria Municipal de Educação, acompanhou durante os 3 anos de gestão, que os documentos anteriores precisavam se adequar aos novos contextos educacionais, assim, se tornou necessário reunir especialistas nas diversas áreas de conhecimento específicos ao ensino fundamental, estes que compõe o Núcleo de Educação do Ensino Fundamental da SEMED, para pesquisar, analisar, reformular, nesse caso reestruturar no todo o referido documento, que fora compartilhado com os professores e coordenadores das escolas da REME, em formações específicas por área de ensino, o que resultou no Referencial Curricular do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais e Anos Finais da Rede Municipal de Educação do Município de Dourados/2016, aqui apresentado. Agradeço toda equipe pedagógica da SEMED, professores e coordenadores que se dedicaram em desenvolver um trabalho pedagógico que viesse atender e resultar no maior índice de qualidade de ensino. MarinisaKiyomi Mizoguchi Secretária Municipal de Educação 10 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri AOS EDUCADORES A Prefeitura Municipal de Educação de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Educação, vem promovendo desde 2012 a elaboração do Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Municipal de Ensino de Dourados – Ensino Fundamental, disponibilizado às unidades escolares na versão preliminar desde 2014. Esse documento tinha como objetivo maior sistematizar o currículo, promovendo uma educação de qualidade em sólidos parâmetros, diante das novas políticas públicas da Educação, Plano Nacional da Educação, Plano Municipal da Educação e a Base Nacional Comum Curricular, esses todos estudados e analisados desde 2014, fundamentado em estudos desde 2012. Nessa perspectiva, a Secretária Municipal de Educação de Dourados Marinisa Kiyomi Mizoguchi, no cumprimento de sua responsabilidade administrativa dessa Secretaria e pautada nas novas propostas de currículo e diretrizes que vêm sendo discutidas e apresentadas pelas instâncias oficiais, em nível nacional, estadual e local, propôs a sua equipe pedagógica a atualização do Referencial do Ensino Fundamental Anos Iniciais e Anos Finais. O estudo e reformulação desse Referencial baseou-se na necessidade premente da SEMED/Dourados-MS em manter-se em consonância com as normas nacionais, estaduais e locais, principalmente o que tange atender às expectativas de aprendizagem dos alunos. Assim, estudos, formação continuada e reuniões foram promovidos no âmbito do Núcleo de Ensino, das unidades escolares, envolvendo formadores de área da SEMED, docentes, coordenadores pedagógicos, diretores, supervisores de gestão da referida secretaria, que contribuíram com a análise e sugestões do material em pauta, num processo intenso de avançar de maneira concisa a proporcionar aos educandos do município de Dourados-MS, um currículo que atenda às suas particularidades e pluralidade. O Referencial Curricular da Rede Municipal de Educação de Dourados-MS, Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais, que ora chega às mãos de todos aqueles que efetivam o processo educacional tem como objetivo fundamental subsidiar a prática pedagógica, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, que garanta o atendimento às expectativas de aprendizagem dos estudantes na 11 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri idade/ano equivalente, que orienta de maneira objetiva o atendimento aos estudantes com necessidades educacionais específicas, promovendo a implementação do Projeto Político Pedagógico das escolas. O referido documento aqui em pauta vem de maneira a proporcionar a todos os educadores uma visão sistêmica do currículo, articulando os conteúdos as habilidades e competências, que interage de forma contextualizada os diversos conhecimentos entre as áreas e componentes curriculares/disciplinas, cabendo a Unidade escolar articulá-lo de acordo com suas especificidades, com autonomia metodológica, para ampliar conhecimentos, conteúdos, habilidades, competências e, ainda, o desenvolvimento de um processo contextualizado com a realidade local. Assim, não se finaliza uma proposta, mas a articula com as bases educacionais, essas sempre parceiras no processo de ensino e aprendizagem do educando, nesse sentido agradecemos a todos os que de forma formal e informal participaram do processo que culminou o referido documento, esse que a partir de agora, é um instrumento que consensualiza o compromisso de todos por uma educação de qualidade. Ma. Clair Moron dos Santos Munhoz Coordenadora Anos Iniciais Ma. Rose Cristiani Franco Seco Liston Coordenadora Anos Finais 12 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri SUMÁRIO 1. EDUCAÇÃO, ESCOLA E CURRÍCULO ................................................................ 14 1.1 ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS MODALIDADES DE ENSINO ................ 17 2 A INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS NO FAZER PEDAGÓGICO ..................... 23 3 A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL ............................................................................ 24 4 ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS:GÊNEROS TEXTUAIS DO 1º AO 9º ANO . 26 5 LEGENDAS .................................................................................................................. 46 6 COMPONENTES CURRICULARES DO 1º AO 5º ANO ....................................... 47 LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................ 47 LEITURA, LITERATURA E PRODUÇÃO TEXTUAL - LLPT ............................... 104 MATEMÁTICA ........................................................................................................... 156 CONHECIMENTO LÓGICO MATEMÁTICO – CLM ............................................. 186 ARTE ............................................................................................................................ 199 CIÊNCIAS .................................................................................................................... 224 GEOGRAFIA ............................................................................................................... 239 HISTÓRIA .................................................................................................................. 257 LÍNGUA INGLESA ..................................................................................................... 284 EDUCAÇÃO, VIDA E SOCIEDADE ......................................................................... 288 EDUCAÇÃO FISICA .................................................................................................. 299 7 COMPONENTES CURRICULARES DO 6º AO 9º ANO ...................................... 321 7.1 ÁREA DE LINGUAGENS ...................................................................................... 321 LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................................... 321 ARTE ............................................................................................................................ 369 EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................................. 379 LÍNGUA INGLESA ..................................................................................................... 401 13 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri 7.2 ÁREA DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA ............................................................. 410 CIÊNCIAS ..................................................................................................................... 410 7.3 ÁREA DE MATEMÁTICA ..................................................................................... 427 MATEMÁTICA ........................................................................................................... 427 7.4 ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS ........................................................................ 446 HISTÓRIA ................................................................................................................... 446 GEOGRAFIA ...............................................................................................................506 7.5 ENSINO RELIGIOSO ............................................................................................. 518 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 526 14 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri 1. EDUCAÇÃO, ESCOLA E CURRÍCULO Demandas históricas e políticas têm promovido mudanças na sociedade e, consequentemente, alterações no processo educacional e na escola, visto que esta instituição exerce papel importantíssimo para o desenvolvimento humano e social. Por isso, a escola precisa realizar práticas pedagógicas que atendam às necessidades dos alunos. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam: [...] A escola deve assumir-se como um espaço de vivência e de discussão dos referenciais éticos, não uma instância normativa e normatizadora, mas um local social privilegiado de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania, promovendo discussões sobre a dignidade do ser humano, igualdade de direitos, recusa categórica de formas de discriminação, importância da solidariedade e observância das leis. (BRASIL, 1998a, p. 16) Além disso, ainda segundo os PCN’s, ― é papel do Estado democrático facilitar o acesso à educação, investir na escola, para que esta instrumentalize e prepare crianças e jovens para as possibilidades de participação política e social. (BRASIL, 1998a, p. 19). Em síntese, a escola é um espaço social propício para a formação cidadã, pois acolhe toda a diversidade, e deve, portanto, promover o respeito e a valorização das diferenças. Nesse sentido, no contexto brasileiro, uma educação de qualidade diz respeito a uma educação que contribua para a aquisição e/ou aprimoramento de aprendizagens indispensáveis à formação cidadã que, por sua vez, faz referência à constituição de sujeitos ― autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas. (BRASIL, 1998a, p. 21). Para alcançar essa formação, há que se ter bem definidos os propósitos de ensino, o currículo, as metodologias, enfim, a estrutura da educação em todas as suas etapas e modalidades. A função da escola em proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas tem o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objeto de ensino, conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada momento 15 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. O artigo 210 da Constituição Brasileira de 1988 prescreve a fixação de conteúdos mínimos, a fim de garantir uma formação básica comum, sem perder de vista os valores culturais e artísticos característicos da nação brasileira e suas regiões. Por tudo isso, não se deve pensar em listagem de conteúdos. Antes deve-se pensar em um currículo que, na maioria das vezes, ultrapassa os limites das normas, das regras, do ensino prescritivo, unificador para alcançar os horizontes dos saberes coletivos e individuais intrínsecos ao ser humano e necessários para a atuação em sociedade, A respeito do currículo, os Parâmetros Curriculares Nacionais esclarecem: O termo ―currículo, por sua vez, assume vários significados em diferentes contextos da pedagogia. Currículo pode significar, por exemplo, as matérias constantes de um curso. Essa definição é a que foi adotada historicamente pelo Ministério da Educação e do Desporto quando indicava quais as disciplinas que deveriam constituir o ensino fundamental ou de diferentes cursos do ensino médio. Currículo é um termo muitas vezes utilizado para se referir a programas de conteúdos de cada disciplina. Mas, currículo pode significar também a expressão de princípios e metas do projeto educativo, que precisam ser flexíveis para promover discussões e reelaborações quando realizado em sala de aula, pois é o professor que traduz os princípios elencados em prática didática (...). (BRASIL, 1998a, p. 49). Ao assimilar o conteúdo implícito na leitura, por exemplo, a criança compreende, por meio da mediação do professor, as formas de pensar, de perceber, de raciocinar, de interpretar e outras presentes no contexto de inter-relações. Nessa direção, currículo diz respeito também a conhecimentos, experiências, práticas explícitas e implícitas – ocultas, nos termos de Sacristán (2000) – produzidas na escola ou na sociedade. A respeito multiplicidade de sentido da palavra currículo, Moreira (2001) lembra que isso ocorre porque se trata de um conceito construído e determinado sócio- histórica e culturalmente. Além disso, diz respeito também às práticas pedagógicas que condicionam e teorizam o próprio currículo. Ainda, o autor resume: Dentre as definições existentes, ressalto algumas: Conhecimento escolar e experiências de aprendizagem representam os dois sentidos mais usuais da palavra currículo, desde sua incorporação ao vocabulário pedagógico. No primeiro sentido, que é também o dominante ao longo dos tempos, o currículo é visto como o conhecimento tratado pedagógica e didaticamente pela escola e que deve ser aprendido e aplicado pelo aluno. Para os que adotam essa concepção, as seguintes perguntas tornam-se básicas: O que deve um currículo conter? Como organizar esses conteúdos? A segunda concepção tem raízes nas visões de educação e de pedagogia que começam a se delinear a partir do século XVIII, relacionadas às mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais que então ocorriam. A ênfase nas diferenças individuais e a preocupação com a atividades do aluno levam à maior valorização da forma em detrimento do conteúdo. Currículo passa a significar o 16 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri conjunto de experiências a serem vividas pelo estudante sob a orientação da escola. Constituem perguntas centrais nessa segunda abordagem: Como selecionar as experiências de aprendizagem a serem oferecidas? Como organizá-las relacionando- as aos interesses e ao desenvolvimento do estudante? (MOREIRA, 2001, p. 12). Entende-se que ambas as definições coexistem e são vigentes ainda nessa primeira década do novo milênio. Suas respectivas questões ainda fazem parte do contexto escolar brasileiro. Todavia, tais definições/questões não devem limitar o fazer pedagógico. A sociedade contemporânea exige a observação do conhecimento prévio do aluno e, tendo em vista a formação cidadã dos alunos, novas questões somam-se às existentes. Diante de várias mudanças e em atendimento ao exposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica e no Plano Nacional de Educação, a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação apresenta à consulta pública o documento preliminar à Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Este documento reúne direitos e objetivos de aprendizagem relacionados às quatro áreas do conhecimento – Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática– e seus respectivos componentes curriculares para todas as etapas da educação básica. O ponto de partida para a definição dos objetivos de aprendizagem propostos pelo documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) são os Direitos de Aprendizagem apresentados no texto – Princípios orientadores da definição de objetivos de aprendizagem das áreas de conhecimento. Os doze Direitos de Aprendizagem enunciados no referido texto constituem um conjunto de proposições que orientam as escolhas feitas pelos componentes curriculares na definição de seus objetivos de aprendizagem, consideradas as dimensões ética, estética e política de efetivação daqueles direitos de aprendizagem e desenvolvimento. A BNCC é constituída pelos conhecimentos fundamentais aos quais todos/todas estudantes brasileiro/a deve ter acesso para que seus Direitos à Aprendizagem e ao Desenvolvimento sejam assegurados. Esses conhecimentos devem constituir a base comum do currículo de todas as escolas brasileiras embora não sejam, eles próprios, a totalidade do currículo, mas parte dele. Deve-se acrescer à parte comum, a diversificada, a ser construída em diálogo com a primeira e com a realidade de cada escola, em atenção não apenas à cultura local, mas às escolhas de cada sistema educacional sobre as experiências e conhecimentos que devem ser oferecidos aos estudantes e às estudantes ao longo de seu processo de escolarização. O documento preliminar à Base Nacional Comum Curricular está organizado em quatro áreas de conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da 17 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Natureza. Tal organização visa superar a fragmentação na abordagem do conhecimento escolar pela integração e contextualização desses conhecimentos, respeitando-se as especificidades dos componentes curriculares que integram as diferentes áreas. 1.1 ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS MODALIDADES DE ENSINO A Constituição Federal de 1988, art. 22, inciso XXIV preconiza que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A Lei n. 9.394∕1996 – LDB estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e aponta no artigo 32 que o Ensino Fundamental constitui etapa obrigatória da educação básica com a duração de nove anos, iniciando-se aos seis anos de idade, e tem por objetivo a formação básica do cidadão, inclusive para aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria. De modo a garantir o cumprimento da finalidade do Ensino Fundamental na formação do cidadão nessa etapa da educação básica, esse art. 32, define um conjunto de pressupostos para essa etapa de ensino: I. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno desenvolvimento da leitura, da escrita e do cálculo; II. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição do conhecimento e habilidades e a formação de atividades e valores; IV. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. Esse conjunto de objetivos revela as intenções de formação de um cidadão que, instrumentalizado pelo conhecimento, possa se desenvolver como sujeito capaz de compreender as inter-relações dos elementos que constituem sua realidade social e atue criticamente em seu meio. O desenvolvimento das competências vinculadas a esses objetivos deve ocorrer ao longo dos nove anos do Ensino Fundamental de forma gradativa e aprofundada, sendo norte para o desenvolvimento curricular na escola. O Conselho Nacional de Educação, por meio da Resolução CNE/CEB n.7, de 14/12/2010, fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos, na qual expressa que os sistemas de ensino e as escolas adotarão os princípios éticos, políticos e estéticos como norteadores das políticas educativas e das ações pedagógicas na escola. 18 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Ainda nesta mesma normativa, o currículo do Ensino Fundamental é entendido como constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular vivências e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente acumulados, contribuindo para construir identidade dos estudantes. A partir do disposto nas normas para a Educação Básica, é imprescindível considerar as dimensões do educar e cuidar em sua inseparabilidade, buscando recuperar para a função social desse nível da educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa em formação na sua essência humana, sendo que, no Ensino Fundamental, acolher significa cuidar e educar, como forma de garantir a aprendizagem dos conteúdos curriculares, para que o aluno desenvolva interesses e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na comunidade, na sua cidade ou na sociedade em geral, e que lhe possibilite, ainda, sentir-se como coprodutor desses bens. Por sua vez, o sistema municipal de ensino, por meio do Conselho Municipal de Educação, expede normas complementares e de regulamentação do desenvolvimento do Ensino Fundamental em suas modalidades: Regular, Educação de Jovens e Adultos - EJA, Educação Especial, Educação do Campo e Educação Escolar Indígena, que, articuladas às normas nacionais, orientam a Secretaria Municipal da Educação de Dourados no desenvolvimento da educação fundamental nas escolas públicas municipais. Descreve-se assim que o ensino fundamental de 9 anos, oferecido pela Rede Municipal de Ensino de Dourados, que conta com 45 unidades escolares, que atende alunos da zona urbana, do campo e indígena, ruma para a evolução das operações concretas em direção às abstratas, o que exige sistematização e rigor do processo de ensino-aprendizagem, das práticas pedagógicas, da operacionalização do currículo. Entende-se que a educação escolar é aprimoramento, e reflexão crítica, do conhecimento prévio. Além disso, a escolar não é a única responsável pela educação dos sujeitos sociais. Ela é complemento científico que contribui para o desenvolvimento integral do cidadão. As alterações no ensino fundamental são, em resumo, possibilidades de a escola contribuir ainda mais com a formação cidadã, com a sociedade e, especialmente, alcançar os objetivos propostos para essa etapa de ensino. 19 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Diante dessas colocações, apresentamos de maneira sucinta as modalidades de ensino oferecidas pela Rede Municipal de Ensino de Dourados-MS: Educação de Jovens e Adultos – EJA O ensino fundamental também é oferecido na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que é a modalidade de ensino essencial para garantir o acesso à educação aos jovens e adultos que não tiveram oportunidade ou foram excluídos do sistema educacional nas faixas etárias regulares, atualmente essa modalidade é oferecida no período noturno em 5 escolas da REME de Dourados. Educação Especial Assim, não podemos deixar de mencionar que todo processo educacional, em seu contexto escolar apresenta alunos com diversas deficiências, seja física ou intelectual, nessecaso falamos da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, essa que é uma abordagem que procura responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos, com foco específico nas pessoas ou grupo de pessoas que estão excluídas da efetivação do direito à educação e que estão fora da escola ou enfrentam barreiras para a participação nos processos de aprendizagem escolar. Neste processo, a formação dos professores é fundamental para que a aprendizagem esteja centrada no potencial de cada aluno, de forma que uma incapacidade para andar, ouvir, enxergar ou déficit no desenvolvimento não sejam classificados com falta de competência para aprender e nem causa para que os alunos desistam da escolarização. A atitude positiva da gestão da escola, o trabalho colaborativo desenvolvido por toda a equipe escolar, a parceria entre escola e família, a organização de recursos e a atenção as necessidades de cada aluno formam uma estrutura básica para melhorar qualidade da educação. Hoje a REME conta com 29 Salas de Recursos Multifuncionais, que funcionam no contra turno, para atender alunos que apresentam ao longo de sua aprendizagem, alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente, compreendida, segundo Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, em 3 grupos: Alunos 20 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri com dificuldades acentuadas – disfunções, limitações ou deficiência; Alunos com dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos; Alunos que evidenciem altas habilidades/superdotação e que apresentem uma grande facilidade ou interesse em relação a um tema ou grande criatividade ou talento específico. Assim, são beneficiados com Atendimento Educacional Especializado - AEE todos os alunos que encontram respostas às suas necessidades educacionais especiais, respostas estas estabelecidas na relação entre a modalidade da Educação Especial e as etapas da educação. Educação do Campo O ensino fundamental também é oferecido aos alunos do Campo, que residem nos distritos do Ithaum, Picadinha, Barreirinho, Panambi, Vila São Pedro, Vila Formosa, Guassú e na Fazenda Miya e salas multisseriadas como extensões, contando com 9 escolas do campo. No contexto do Referencial Curricular da REME, a orientação acerca da Educação do Campo, caracteriza-se a partir do ponto de vista pedagógico, este já articulado com a nova proposta curricular, pois a educação do campo no que tange a organização curricular, aponta a diversidade de culturas, não menos importante, mas vital para a pluralização de ideias e manutenção das características da comunidade, priorizando um currículo voltado para a relação entre a cultura local, linguagem e a comunicação entre os sujeitos participantes do processo o que propicia o resgate os saberes das comunidades através da história local e a memória coletiva das mesmas. A consecução do currículo deve considerar atividades de estudo, pesquisas, reflexões, leituras, oficinas, atividades culturais e esportivas, projetos, dentre outros. As atividades de pesquisa e projetos, de leitura, escrita e trabalhos serão orientadas e acompanhadas pelo professor. Educação Indígena A Educação Indígena, definida como uma conquista pelo reconhecimento de que o Brasil é uma nação constituída por muitos povos, de deferentes etnias, com historia, saberes, culturas e línguas próprias; além da existência de um grande número de povos indígenas do 21 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri país que constituíram, ao longo e sua historia, suas organizações sociais, seus saberes e processo próprios de aprendizagem; do direito dos povos indígenas á autodeterminação, além de administrarem seus projetos de futuro dos direitos como cidadão brasileiro a educação intercultural, específica e diferenciada. Nas Aldeias Indígenas existentes em Dourados MS, existem sete escolas municipais: A Escola Municipal Francisco Meireles é uma escola localizada fora da aldeia na Missão Evangélica Caiuá, onde 99% da clientela são indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó; Escola Municipal Indígena Tengatui Marangatu, Escola Municipal Indígena Ramão Martins estão localizados na Aldeia Jaguapiru a Escola Municipal Indígena Araporã, Escola Municipal Indígena Agustinho e Escola Municipal Indígena Lacuí Roque Isnard estão localizadas na Aldeia Bororó e a Escola Municipal Indígena Paí Chiquito localiza-se na Aldeia Panambizinho, Distrito de Panambi. A lei de nº 3.619, de 12 de setembro de 2012, que Institui e regulamenta a Educação Escolar Indígena no município de Dourados reforça a implementação das escolas indígenas como sendo especifica, diferenciada, intercultural e multilíngüe com a finalidade de garantir aos povos indígenas uma educação escolar de qualidade no âmbito municipal, fator esse que pode ser observado pelo processo de realização e implantação do Primeiro Referencial Curricular Indígena do Primeiro Ano, e pelos estudos da implantação do Referencial Curricular Indígena até o 9º ano do Ensino Fundamental, que já esta em fase de ajustes, que deve ser publicado até o início de 2017. Educação em tempo integral – Programa Mais Educação A Educação em tempo integral em Dourados é abarcada pelo Programa Mais Educação, programa este que se trata de uma estratégia do Governo Federal para induzir a implantação da educação integral no Brasil. No município de Dourados - MS, o Programa foi implementado no segundo semestre de 2009, sendo que a partir de 2014 todas as 45 escolas da rede pública municipal participam do referido Programa. Assim, as atividades do Programa são realizadas no contra turno escolar do aluno. Cada escola tem cadastrada no Plano do Mais Educação uma média de 4 até 5 atividades e todos os alunos do Mais Educação participam delas. As atividades que são desenvolvidas em Dourados são as seguintes: Alfabetização-Letramento, Arte corporal e som, Arte gráfica e 22 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri leitura, Arte gráfica e mídias, Artesanato Popular, Atletismo, Brinquedos e Artesanato Regional, Brinquedoteca, Campos do Conhecimento, Canteiros Sustentáveis, Canto Coral, Capoeira, Ciclismo, Clubes de Leitura, Conservação do solo e composteira, Danças, Desenho, Educação em Direitos Humanos, Esporte na Escola, Esporte na Escola, Fotografia, Futebol, Futsal, Hip Hop, Horta Escolar e/ou Comunitária, Iniciação Musical de Instrumentos de Cordas, Jardinagem Escolar, Jornal Escolar, Judô, Karatê, Leitura, Música, Música, Orientação de Estudos e Leitura, Percussão, Pintura, Práticas Circenses, Rádio Escolar, Teatro, Tecnologias Educacionais, Tênis de Mesa, Xadrez Tradicional, Yoga-Meditação. Portanto, podemos mencionar que essas modalidades aqui apresentadas, são suportes do processo educacional, que ao longo do caminho, vem superando as marcas das metodologias de ensino excludentes, de bases seletivas e quantitativas com relação ao desenvolvimento humano. No entanto, com os estudos e reflexões dessas realidades várias outras formas de ensino têm surgindo, mas o propósito da Educação Municipal de Dourados aciona e aquece as relações de aprendizagem, assim a SEMED, a partir desse novo documento, propõe-se às práticas educativas de interação humana desprendidas das diversas faces de opressão, na luta pela ampliação dos direitos sociais, superando as situações de injustiça e de desigualdade23 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri 2 A INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS NO FAZER PEDAGÓGICO A sociedade atual é tecnológica, de modo que não é mais possível pensar em educação sem a utilização das tecnologias. O processo de ensino-aprendizagem também já se mostra diferente do de antigamente, pois as formas de ensinar e aprender são diferentes, isto é, o professor não é mais um simples transmissor do conhecimento. Hoje, ele é um mediador, facilitador do processo de ensino-aprendizagem e os alunos são os sujeitos ativos desse processo, deixando de ser simples receptores do conhecimento. Dessa forma, o professor precisa utilizar recursos que transformem suas aulas, de modo a instigar mais e mais a busca pelo conhecimento por parte dos alunos, ministrando aulas dinâmicas, motivadoras, atrativas e entendendo que as tecnologias disponíveis auxiliam no processo de ensino-aprendizagem, as quais vêm para colaborar com o professor, funcionando como suporte, como um recurso a mais para esse processo e não como um recurso em sua substituição. Atualmente, vive-se a era da tecnologia, em que todas as áreas da sociedade se beneficiam dos aparatos tecnológicos existentes, que surgem para melhorar as atividades e necessidades de cada uma dessas áreas. Com a educação não poderia ser diferente. Hoje, as tecnologias contribuem para um melhor processo de ensino-aprendizagem, proporcionando novas formas de ensinar e aprender. O principal objetivo do processo de ensino-aprendizagem por meio da tecnologia é formar alunos mais ativos, de modo que o educador e a tecnologia se tornem mediadores desse processo, devendo estar unificados para que a aprendizagem se torne eficaz. Por meio da utilização das tecnologias, a associação das práticas pedagógicas, juntamente com o aprendizado, representa uma possibilidade a mais para os professores, pois estimula o aprendizado, de modo que os participantes desse processo passam a investigar as soluções para os problemas e para as situações em estudo. Nesse sentido, a Rede Municipal de Ensino de Dourados, investe em tecnologia, planetário digital, e também 21 lousas digitais, em 21 unidades escolares, recursos esses voltados para o cunho pedagógico na área de ciências, e nas demais áreas de conhecimento, que facilita a interação aluno-professor, visando que as propostas pedagógicas aplicadas em conjunto com as novas tecnologias, proporcionam aulas mais dinâmicas e atrativas, que incentivam a qualidade de aprendizagem do aluno. 24 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri 3 A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL Compreende-se que a avaliação não serve para mensurar o aprendizado do aluno. Ela é também, e principalmente, etapa inicial e final de verificação do processo ensino- aprendizagem. Um todo é avaliado, não apenas um sujeito (o aluno, no caso). São avaliados: o grau de conhecimento e de aprendizagem, as metodologias utilizadas, os conteúdos, a relação conteúdo-realidade e todos os envolvidos no processo pedagógico. Nesse sentido, a avaliação é uma possibilidade de análise ampla do ensino, da aprendizagem e do conhecimento. [...] a utilidade da avaliação é fornecer subsídios imediatos para a correção do processo em direção ao objetivo, na escola, a avaliação educativa deve significar precisamente o cuidado com a qualidade do ensino. Isso tem implicações tanto no caráter da avaliação quando na frequência com que ela é realizada. (PARO, 2001, p. 39). Por tudo isso, faz-se necessário que a avaliação seja realizada em vários momentos do processo de ensino-aprendizagem e definida por critérios preestabelecidos. É necessário que alunos, professores e escola em geral tenham bem claros a que ponto se quer chegar e quais caminhos podem ser percorridos. Seguir ou desviar-se desses caminhos permitem a avaliação, ou seja, permitem reconhecer quanto e como um determinado caminho (conteúdo) foi absorvido ou não. Os critérios de avaliação explicitam as expectativas de aprendizagem, considerando objetivos e conteúdos propostos para a área e para o ciclo, a organização lógica e interna dos conteúdos, as particularidades de cada momento da escolaridade e as possibilidades de aprendizagem decorrentes de cada etapa do desenvolvimento cognitivo, afetivo e social em uma determinada desenvolvimento do ponto de vista pessoal e social. Os critérios de avaliação apontam as experiências educativas a que os alunos devem ter acesso e que são consideradas essenciais para o seu desenvolvimento e socialização. Nesse sentido, eles devem refletir de forma equilibrada os diferentes tipos de capacidades e as três dimensões de conteúdos (conceitos, procedimentos e atitudes), e servir para encaminhar a programação e as atividades de ensino e aprendizagem. (BRASIL, 1998a, p. 80) É imprescindível que a avaliação seja realizada em vários momentos e por meio de vários instrumentos. A avalição diagnóstica, somativa e formativa devem constituir o processo de ensino-aprendizagem para que muito mais do que medir resultados seja possível 25 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri aprimorar conhecimentos. Além disso, atividades escritas ou orais, individuais ou em grupo, com consulta em diversos materiais ou não, de apresentação individual ou coletiva, com uso das tecnologias ou não, atividades que estimulem o resumo ou a ampliação de um tópico, são importantes para o alcance dos objetivos do ensino, para a constituição e formação cidadã contínua dos sujeitos da escola. Em síntese, entende-se a avaliação como processo e, desta forma, ela está presente em todos os momentos da escola (do início ao fim de um projeto educativo) e em diferentes modos e deve ser/estar condicionada às condições do próprio processo de ensino- aprendizagem, de seus envolvidos e ao Projeto Político Pedagógico da unidade escolar. 26 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri 4 ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS – GÊNEROS TEXTUAIS DO 1º AO 9º ANO GÊNEROS TEXTUAIS: UMA PROPOSTA PROGRESSIVA O ensino dos gêneros textuais segundo Schneuwly e Dolz (1996) deve acontecer por meio de uma proposta didática de agrupamento de gêneros que organize e acompanhe a proposta curricular progressiva. Para esses teóricos o trabalho/ensino organizado a partir dos agrupamentos segue critérios como a finalidade social dos gêneros e o ensino que considere as situações de comunicação na sociedade; ser flexível quanto à sequência discursiva presente no gênero e possuir relativa homogeneidade quanto às capacidades de linguagem dominantes presentes nos gêneros agrupados. A ideia de progressão defendida pelos teóricos de Genebra, baseada nas teorias de Vygotsky, contempla um modelo modular do currículo que deva levar em conta a necessidade de trabalhar em espiral, em todos os níveis escolares, os gêneros dos diferentes grupos, por exemplo, os alunos de um determinado ano vivenciam uma sequência didática do grupo do narrar, em seguida passam por outra sequência, trabalhando outro gênero do grupo do expor; e assim por diante. Dando a possibilidade de explorar os gêneros diferentes de grupos diferentes e numa outra etapa comparar e explorar os gêneros dos mesmos grupos, de acordo com o grau de dificuldade dos mesmos, da faixa etária dos alunos e com as capacidades que se pretende desenvolver. A proposta da progressão é poder “construir” com os alunos, em todos os anosescolares instrumentos/ferramentas, visando o desenvolvimento das capacidades necessárias para dominar os gêneros que circulam na sociedade. Entre os gêneros agrupados deve haver características afins para que os saberes que se operam em um sejam transferidos a outros; além de capacidades de compreensão/produção de linguagem que perpassam diferentes agrupamentos. A progressão entre os gêneros nos anos escolares e a diversidade de gêneros garante que diferentes capacidades de leitura e produção oral e escrita sejam apropriadas pelos alunos. Assim, todos os agrupamentos devem ser trabalhados de modo mais complexo em todos os anos escolares (progressão em espiral) garantindo a diversidade de aprendizagem. 27 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri A proposta didática consiste em apresentar aos alunos os agrupamentos organizados; observar semelhanças e diferenças entre os gêneros; observar as ações de textualizações que são regulares, como a combinação de diferentes sequências textuais; durante a leitura e/ou a produção mostrar aos alunos que há semelhanças entre si, relações temáticas funcionais e formais. As orientações dos teóricos Schneuwly e Dolz (1996) sobre o ensino dos gêneros é compreendida pela equipe pedagógica da SEMED/Dourados-MS como caminhos possíveis a serem desenvolvidos desde a Educação Infantil até Anos Iniciais e Anos Finais da Educação Básica, por envolver a oralidade e o letramento no contexto das práticas sociais, pois segundo Marcuschi (2001, p.23-50), o contexto dessas práticas comunicativas favorece o trabalho do letramento como prática social situada. Para esse teórico, o letramento situa-se e se insere na cultura das questões dos domínios discursivos. Portanto, o letramento acontece nas múltiplas práticas linguísticas em situações em que tanto a escrita como a fala são centrais para as atividades comunicativas, aspectos que devem ser vivenciados com as múltiplas linguagens desde a Educação Infantil. Já nos anos iniciais, mais especificamente para o Bloco Inicial de Alfabetização (1º, 2º e 3º Ano) deve-se priorizar o desenvolvimento das capacidades argumentativas orais que se aproximam das situações reais de comunicação vivenciadas no cotidiano. Conforme a passagem para o 4º e 5º e Anos Finais, a progressão acontece abordando outros textos do mesmo gênero, utilizados em esferas de comunicação diferentes, em práticas sociais que exigem o uso de linguagem cada vez mais sofisticada. Dos gêneros orais primários até os gêneros mais formais há exigências de competência de leitura e escrita cada vez mais elaboradas, por exemplo: artigo de opinião, carta de leitor, publicidade, pedido formal de emprego, etc. O Referencial Curricular da Rede Municipal de Ensino – Dourados-MS garante o agrupamento de exemplares do mesmo gênero os quais são utilizados em diferentes domínios sociais de comunicação propondo a comparação com modelos de outros gêneros. A progressão proposta deve acontecer ano a ano em curso, o que caracteriza uma aprendizagem em espiral, pois os mesmos aparecem em anos subsequentes e com complexidade cada vez maior. Dessa forma o aluno terá mais tempo para dominar e produzir o gênero estudado, maior compreensão da capacidade de ação (ou condições de produção), dos aspectos 28 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri composicionais e da capacidade linguístico-discursiva, proporcionando apropriação e consolidação da aprendizagem desses conhecimentos. Por isso, o quadro a seguir deve ser requisito didático para o trabalho com gêneros textuais com foco na leitura, na análise e na produção oral e escrita dos gêneros nas diferentes disciplinas escolares. Conferir quadro abaixo: 1 Os descritores foram retirados do documento: BRASIL, Guia de correção e interpretação dos resultados: leitura e matemática – Provinha Brasil 2015. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira /Inep. Diretoria de Avaliação da Educação Básica/Daeb.MEC, 2015, p. 11-14 e p. 16-17. CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESCRITORES 1 CAPACIDADES PNAIC – (2012) Capacidade de Ação ou Condições de Produção aspectos sociodiscursivo do texto: É um gênero oral ou escrito? A qual esfera de comunicação pertence (jornalística, religiosa, publicitária, literária etc.)? Quais as características gerais dessa esfera? Quem produz esse gênero (emissor)? Para quem se dirige (destinatário)? Qual o papel social do emissor? Qual o papel social do destinatário? Com que finalidade/objetivo produz o texto? Sobre o quê (tema) os textos desse gênero tratam? Reconhecer gêneros textuais e seus contextos de produção. Identificar personagem principal, ações, tempo, espaço em narrativas verbais lidas individualmente. Analisar a adequação de um texto (lido, escrito ou escutado) aos interlocutores e à formalidade do contexto ao qual se destina. (Análise Linguística, PNAIC, 2012). Usar diferentes suportes textuais, tendo em vista suas características: finalidades, esfera de circulação, tema, forma de composição, estilo, etc. (Análise Linguística, PNAIC, 2012). C Realizar inferências sobre: quem escreve o texto, para quem ele é dirigido, o assunto, quando o texto foi produzido, onde foi produzido, para que objetivo; Avaliar o que é necessário para um texto estar adequado à situação na qual se processa a comunicação; Compreender vocabulário na sua relação com aspectos sociais e/ou culturais; Compreender a relação entre textos e a forma de ser, pensar, agir e sentir de quem os produz. C1 - Analisar a adequação de um texto (lido, escrito ou escutado) aos interlocutores e à formalidade do contexto ao qual se destina. (Análise Linguística, PNAIC, 2012). A/C ou Identifica em narrativas verbais lidas individualmente: Personagem principal; Ações; Tempo; Espaço C2 - Conhece e usa diferentes suportes textuais, tendo em vista suas características: finalidades, esfera de circulação, tema, forma de composição, estilo, etc. (Análise Linguística, PNAIC, 2012). C C3 - Reconhece gêneros textuais e seus contextos de produção. (Análise Linguística, PNAIC, 2012). I/A/C 29 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Qual é a relação estabelecida entre o produtor e o destinatário (comercial? Afetiva?)? Qual o valor desse gênero na sociedade? Qual o suporte? Qual o meio de circulação (onde o gênero circula)? Que conteúdos do texto podem ser antecipados em função de seu suporte, seu gênero e sua contextualização? Capacidade discursiva ou aspectos composicionais (modelo textual): Qual o tipo de discurso? Do expor? Do narrar? É um expor interativo (escrito em primeira pessoa, se reporta explicitamente ao interlocutor, tenta manter um diálogo mais próximo com o interlocutor, explicita o tempo/espaço da produção)? É um expor teórico (não deixa marcas de quem fala, para quem fala, de onde e quando fala)? É um narrar ficcional? É um narrar acontecimentos vividos Reconhecer gêneros textuais e suas formas de organização de conteúdo em um texto e sua forma de apresentação. Reconhecer a organizaçãodo texto como layout, linguagem não verbal (fotos, gráficos, títulos, formato de texto) etc. Identificar as características do texto que podem fazer o autor parecer mais distante ou mais próximo do leitor; Entender a função da organização do conteúdo naquele texto; Perceber a diferença entre formas de organização diversas. Reconhece gêneros textuais e suas formas de organização de conteúdo em um texto e sua forma de apresentação. A/C D15–Reconhece diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. (I/A/C) 30 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri (relato)? Como é a estrutura geral do texto? Qual a sua cara? Como ele se configura? (É dividido em partes? Tem título/subtítulo? É assinado? Qual sua extensão aproximada? Acompanha fotos/figuras? Quais as características gerais?) Como são organizados os conteúdos no texto (Em forma de lista? Versos? Prosa?)? Qual o tipo de sequência predominante? Sequência narrativa? Descritiva? Explicativa? Argumentativa? Dialogal? Injuntiva? Capacidade linguístico- discursiva ou aspectos estilísticos, escolha linguística pautada na intenção que o autor/enunciador pretende provocar – efeito de sentido: Como são feitas as retomadas textuais? Mais por pronomes ou por nomes? Quais as estratégias mais usadas? Substituições por sinônimos? Por termos genéricos/específicos? Por nominalizações? Por repetições? Como são mobilizados os artigos Analisar emprego de regras básicas, de recursos gráficos e visuais dos gêneros textuais. Compreender os elementos que operam na construção de textos, parágrafos, orações, frases; Dominar operações que contribuem para a coerência de um texto (organizadores, por exemplo); Dominar operações que colaboram para a coesão nominal de um texto (anáfora, por exemplo); Dominar operações que cooperam para a coesão verbal de um texto (tempo verbal, por exemplo); Expandir vocabulário que permita melhor compreensão e produção de textos; Compreender e produzir unidades linguísticas adequadas à sintaxe, morfologia, fonética, fonologia e semântica da língua; Tomar consciência das (diferentes) vozes que Identifica repetições e substituições que contribuem para a coerência e a coesão textual: A/C Substantivo próprio e comum Pronomes e verbos Gênero: masculino e feminino. Número: singular e plural. Advérbios C14 - Reconhece diferentes variantes de registro de acordo com os gêneros e situações de uso. (Análise Linguística, PNAIC, 2012). A/C C10 - Usa o dicionário, compreendendo sua função e organização. (Análise Linguística, PNAIC, 2012). A/C C13 - Pontua o texto. (Análise Linguística, 31 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri definidos/indefinidos nas retomadas? Qual o grau de afetividade/valoração expresso pelas retomadas? Como é feita a coesão verbal? Quais os tempos verbais usados? E os tipos de verbo: ação? Estado? Quais os tipos de conectivo usados: lógico (mais, portanto, assim, dessa forma, etc.)? Temporal (era uma vez, um dia, depois, amanhã, etc.)? Espacial (lá, aqui, no bosque, etc.)? Como é dada voz aos personagens (ficcionais ou não) do texto? Há mobilização de discurso direto? Indireto? Quais os recursos linguísticos/gráficos (aspas, travessão, dois pontos) empregados? Qual a variedade linguística privilegiada? Mais formal? Mais informal? Coloquial? Estereotipada? Respeita a norma culta da língua? Usa gírias? Como se verifica isso no texto? Pelo vocabulário empregado? Pela sintaxe? constroem um texto; Notar as escolhas lexicais para tratar de determinado conteúdo temático; Reconhecer a modalização (ou não) em um texto; Identificar a relação entre os enunciados, as frases e os parágrafos de um texto, entre outras muitas operações que poderiam ser citadas. (CRISTOVÃO et al, 2010, p. 194-195). Registro da linguagem formal e informal. Uso dos sinais de pontuação (ponto final, exclamação e interrogação). Flexões de gênero (masculino e feminino); número (singular e plural) e grau aumentativo e diminutivo, Função dos substantivos próprios e comuns; Concordância nominal (substantivo/artigo) e verbal (verbos e pronomes); Significado de palavras em diversos textos; Saber usar o dicionário, compreendendo sua função e organização. PNAIC, 2012). A/C 32 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Como se dá a escolha lexical? Há mais substantivos concretos? Abstratos? Há muitos verbos de ação? De estado? Há muitos adjetivos? Que tipo de adjetivo (objetivos, subjetivos, afetivos, físicos, superlativos, comparativos)? Como são mobilizados os sinais de pontuação no texto? Quais os mais usados? E com qual finalidade? Há uso de metáforas? De palavras/expressões com sentido conotativo? Há rimas? Que tipo de rima? Qual o tom do texto? Mais descontraído? Humorístico? Objetivo? Poético? Coloquial? Sisudo? Familiar? Moralista? De poder? Há o uso de ironia? Como a mobilização dos elementos visuais/sonoros age na construção do sentido do texto? Observe a forma de grafar as palavras, as cores, a expressão gestual, a forma das imagens, a entonação, as pausas, etc. 33 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Durante o planejamento e ensino dos gêneros textuais cabe ao professor o trabalho em espiral que garanta tempo para aquisição das competências necessárias para leitura, análise e produção de textos orais e escritos. Os exemplos e as sugestões de gêneros textuais ao longo do Referencial Curricular garantem maiores oportunidades de contato e vivências com os mesmos; considerando a ampliação das capacidades por parte do aluno e reflexão, de recuperação e de reformulação dos conhecimentos e das hipóteses construídas em anos anteriores. Observar os quadros dos agrupamentos dos gêneros textuais propostos para cada ano escolar: Organização de Agrupamento de Gêneros D o m ín io s so ci a is d e co m u n ic a çã o A g ru p a m en to s 1° ANO 2° ANO 3° ANO 4° ano 5° ano P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá tica d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to Cultura literária ficcional Narrar Mimeses da ação através da criação de intriga. X X X X X X X X X X Document ação e memoriza ção de ações humanas Relatar Represent ação pelo discurso de experiênci as vividas, situadas no tempo. X X X X X X X X X X Discussão de problemas sociais controvers os Argumen tar Sustentaçã o, refutação e negociaçã o de tomada de posição. X X X X X X X X X X Transmiss ão e construçã o de saberes Expor Apresenta ção textual de diferentes formas dos saberes X X X X X X X X X X Instruções e prescriçõe s Instruir Regulação mútua de comporta mentos X X X X X X X X X X 34 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri D o m ín io s so ci a is d e co m u n ic a çã o A g ru p a m en to s 6° ANO 7° ANO 8° ANO 9° ano P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to Cultura literária ficcional Narrar Mimeses da ação através da criação de intriga. X X X X X X X X Documentação e memorização de ações humanas Relatar Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. X X X X X X X X Discussão de problemas sociais controversos Argumentar Sustentação, refutação e negociação de tomada de posição. X X X X X X X X Transmissão e construção de saberes Expor Apresentação textual de diferentes formas dos saberes X X X X X X X X Instruções e prescrições Instruir Regulação mútua de comportamentos X X X X X X X X 35 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Quadro de agrupamento de gêneros – Anos Finais Domínios sociais de comunicação Agrupamentos Exemplos de gêneros orais e escritos Cultura literária ficcional Narrar Mimeses da ação através da criação de intriga. Adivinhas/Charadas Conto (clássico, maravilhoso, parodiado, de ficção científica, terror, de assombração, de enigma, fadas, fantástico, populares, detetive, etc.) Cordel Crônica esportiva Fábulas clássicas x modernas Lenda urbana Mangá Minicontos Mito Narrativa de aventura/ ficção científica/ enigma Narrativas da literatura infanto-juvenil, juvenil Novela fantástica /romance Peças teatrais Poema Sinopse de filme/livro Documentação e memorização de ações humanas Relatar Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. Autobiografia Biografia Cartaz Crônica esportiva Curriculum vitae Debate oral Diário virtual (em blogs e redes sociais), diário romanceado de personalidades Ensaio biográfico Entrevista Memórias Notícia X Reportagem Propaganda/publicidade Relato de experiência vivida /de viagem Relatório escrito de atividades escolares (excursão, experiência científica,) Carta ao leitor, solicitação, reclamação. Reportagem Testemunho Texto de opinião Tirinha (humor crítico, ironia) Discussão de problemas sociais controversos Argumentar Sustentação, refutação e negociação de tomada de posição. Artigo de opinião e diálogo argumentativo Carta aberta Carta do leitor, ao leitor, de solicitação, de reclamação. Cartum/Charge (humor crítico, ironia) Debate regrado Deliberação informal Diálogo argumentativo Discurso de acusação (advocacia) 36 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri Discurso de defesa (advocacia) Editorial Entrevista (coletando opiniões) Júri simulado O artigo enciclopédico Propaganda/publicidade Resenha crítica de livro/filme Roteiro para apresentação de trabalhos Texto de livro didático Texto de opinião Apresentação de trabalhos Texto publicitário comercial/institucional; Propaganda, folder, vídeo propaganda Verbete de dicionário Transmissão e construção de saberes Expor Apresentação textual de diferentes formas dos saberes Artigo ou verbete de enciclopédia Catálogo de telefone Conferência Entrevista de especialista Gráfico e infográficos Relato Resumo/Resenha Roteiro e exposição de trabalhos escolares Seminário de apresentação de trabalhos Tabelas Texto do livro didático Tomada de notas Verbete de enciclopédia Apresentação de trabalhos O artigo enciclopédico Roteiro para apresentação de trabalhos Verbete de dicionário Instruções e prescrições Instruir Regulação mútua de comportamentos Cartilhas educativas Enunciados de provas/simulados Estatuto/lei/códigos Instruções de uso/de montagem Instruções de jogos Instruções sobre localização de espaços na escola, redondezas e prédios públicos. Placas de orientação Receita culinária /médica Regimentos, estatutos e textos normativos. Regras de convivência Regras de jogo Regulamento – estatuto - lei Manual de instrução de aparelhos eletrônicos 37 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri D o m ín io s so c ia is d e co m u n ic a çã o A g ru p a m e n t o s 1° ANO P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc ri to C u lt u ra l it er ár ia f ic ci o n al N a rr a r M im es es d a aç ão a tr av és d a cr ia çã o d e in tr ig a. X Conto de fadas História em quadrinhos (muda) Tirinha (muda) Adivinha Parlenda Cantiga de roda Trava Língua X D o cu m en ta çã o e m em o ri za çã o d e aç õ es h u m an as R el a ta r R ep re se n ta çã o p el o d is cu rs o d e ex p er iê n ci as v iv id as , si tu ad as n o te m p o . X X Relato de experiênciavivida Agenda do dia na escola Autorretrato Cardápio de merenda/cantina Convite D is cu ss ão d e p ro b le m as so ci ai s co n tr o v er so s A rg u m en t a r S u st en ta çã o , re fu ta çã o e n eg o ci aç ão d e to m ad a d e p o si çã o . X X Opinião (fatos e atitudes) Propaganda infantil (impressa e eletrônica) T ra n sm is sã o e co n st ru çã o d e sa b er es E x p o r A p re se n ta çã o t ex tu al d e d if er en te s fo rm as d o s sa b er es X X Rótulo Exposição oral de experiência de Ciências; “Bichonário” e outros tipos de dicionários temáticos; Lista. In st ru çõ es e p re sc ri çõ es In st ru ir R eg u la çã o m ú tu a d e co m p o rt am en to s X Direção/localização oral com apoio em mapas ou roteiros Receita Regras de convivência na escola. X 38 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri D o m ín io s so ci a is d e co m u n ic a çã o A g ru p a m en to s 2° ANO P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc r it o C u lt u ra li te rá ri a fi cc io n al N a rr a r M im es es d a aç ão at ra v és d a cr ia çã o d e in tr ig a. X Conto de fadas História em quadrinhos Tirinha Fábula Lenda do folclore brasileiro X D o cu m en ta çã o e m em o ri za çã o d e aç õ es h u m an as R el a ta r R ep re se n ta çã o p el o d is cu rs o d e ex p er iê n ci as v iv id as , si tu ad as n o t em p o . X X Relato de experiência vivida Agenda do dia na escola Autorretrato Bilhete Linha do tempo D is cu ss ão d e p ro b le m as so ci ai s co n tr o v er s o s A rg u m en t a r S u st en ta çã o , re fu ta çã o e n eg o ci aç ão d e to m ad a d e p o si çã o . X X Opinião (fatos e atitudes) Propaganda infantil (impressa e eletrônica) T ra n sm is sã o e co n st ru çã o d e sa b er es E x p o r A p re se n ta çã o te x tu al d e d if er en te s fo rm as d o s sa b er es X X Rótulo Texto didático Exposição oral de experiência de Ciências; “Bichonário” e outros tipos de dicionários temáticos; In st ru çõ es e p re sc ri çõ es In st ru ir R eg u la çã o m ú tu a d e co m p o rt am en to s X Direção/localização oral com apoio em mapas ou roteiros Receita Simpatia Placa de trânsito/ícones X 39 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri D o m ín io s so ci a is d e co m u n ic a çã o A g ru p a m en to s 3° ANO P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc r it o C u lt u ra l it er ár ia f ic ci o n al N a rr a r M im es es d a aç ão a tr av és d a cr ia çã o d e in tr ig a. X X Conto maravilhoso Tirinha Fábula Canções Lenda do folclore brasileiro (adivinha, trava-línguas) Narrativa de aventura Piada Textos poéticos (poema): os efeitos sonoros; o ritmo; as rimas; D o cu m en ta çã o e m em o ri za çã o d e aç õ es h u m an as R el a ta r R ep re se n ta çã o p el o d is cu rs o d e ex p er iê n ci as v iv id as , si tu ad as n o te m p o . X Relato de experiência vivida Pequeno relatório de atividades do dia na escola Anedota ou caso X D is cu ss ão d e p ro b le m as so ci ai s co n tr o v er so s A rg u m en ta r S u st en ta çã o , re fu ta çã o e n eg o ci aç ão d e to m ad a d e p o si çã o . X Opinião (fatos e atitudes) Carta o leitor Anúncio publicitário (impressa e eletrônica) X T ra n sm is sã o e co n st ru çã o d e sa b er es E x p o r A p re se n ta çã o te x tu al d e d if er en te s fo rm as d o s sa b er es X X Texto didático Verbete de dicionário Verbete de enciclopédia Tabelas simples Gráficos simples In st ru çõ es e p re sc ri çõ es In st ru ir R eg u la çã o m ú tu a d e co m p o rt am en to s X X Roteiro para direção/localização Regras de convivência no trânsito Instruções de montagem de pequenos objetos Enunciado de prova 40 Núcleo de Ensino e Educação da SEMED/Dourados-MS. Rua: Coronel Ponciano, 245 – Jd. Colibri D o m ín io s so ci a is d e co m u n ic a çã o A g ru p a m en to s 4° ANO P ro d u çã o d e T ex to O ra l P rá ti ca d e L ei tu ra P ro d u çã o d e T ex to E sc r it o C u lt u ra l it er ár ia f ic ci o n al N a rr a r M im es es d a aç ão a tr av és d a cr ia çã o d e in tr ig a. X Conto maravilhoso Lenda de outras culturas Vídeos de animações Narrativas de aventura História engraçada Pequenas crônicas literárias X D o cu m en ta çã o e m em o ri za çã o d e aç õ es h u m an as R el a ta r R ep re se n ta çã o p el o d is cu rs o d e ex p er iê n ci as v iv id as , si tu ad as n o t em p o . X X Notícia de acontecimentos escolares Notícia Diário virtual (blog) Casos engraçados de experiência de vida Carta D is cu ss ão d e p ro b le m as so ci ai s co n tr o v
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