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TCC Desenv.2016

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CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL UNINTER
APARECIDA, BUENO
FRANCIELE
RU: 1028133
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
TELÊMACO BORBA – PR
2016
RESUMO:
1 – INTRODUÇÃO:
O objetivo desta pesquisa é apresentar estudos fundamentais através de pesquisas científicas, o brincarem uma peça fundamental no processo de ensino e aprendizagem na educação infantil e mostrar que uso desse recurso é de grande importância para o desenvolvimento da criança.
Com a realização desta pesquisa pode – se perceber que o uso do brincar na educação infantil traz vantagens para o crescimento da criança e estimula o aprendizado, desenvolvendo seu aspecto físico motor, percepção de mundo, vale ressaltar que a criança aprende a pesquisar, questiona, cria normas, resolver problemas, melhora a socialização entre os alunos.
O âmbito escolar quanto no familiar, instituições voltadas para a educação, a importância do brincar para aprendizagem e desenvolvimento da criança, e as possibilidades de conviver experiências das quais são muitas vezes privadas por sua condição social.
O brincar ou na brincadeira considerados uma atividade muito importante para a criança, sua importância reside no fato de ser uma ação livre, iniciada e conduzida pela criança com finalidade de tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si mesma, as outras pessoas e o mundo em que vive. Brincar é repetir e recriar ações prazerosas, expressar situações imaginárias, criativas, compartilhar brincadeiras com outras crianças, expressar sua individualidade e sua identidade, comunicar – se e participar da cultura lúdica para compreender seu universo. Ainda que o brincar possa ser considerado um ato inerente á criança, exige um conhecimento, um repertório que ela precisa aprender.
Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Para tanto, se faz necessário conscientizar os pais, educadores e sociedade em geral sobre à ludicidade que deve estar sendo vivenciada na infância, ou seja, de que o brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem. Neste contexto, o brincar na educação infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade. Deste modo, à criança estará resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de compreender pontos de vista diferentes, de fazer-se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros. É importante perceber e incentivar a capacidade criadora das crianças, pois esta se constitui numa das formas de relacionamento e recriação do mundo, na perspectiva da lógica infantil.
Neste sentido, o objetivo central deste estudo é analisar a importância do brincar na Educação Infantil, pois, segundo os autores pesquisados, este é um período fundamental para a criança no que diz respeito ao seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa.
2 – A CULTURA DO BRINCAR.
2.1 - A HISTÓRIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividade lúdica - considerando se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.
As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e passa mensagens, mostrando como ela interpreta e enxerga o mundo. 
Brincar é um direito de todas as crianças do mundo, garantido no Princípio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança da UNICEF. 
É uma atividade de grande importância para a criança, pois se torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária.
A brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil pode alcançar níveis mais complexos por causa das possibilidades da interação entre os pares numa situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos. 
É por essa razão que Vygotsky (1984) considera que a brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal”, que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual do desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz.
Ainda segundo esse autor, a brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação, e a regra. 
Essas características estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, sejam elas tradicionais, de faz de conta, de regras, e podem aparecer também no desenho, como atividade lúdica.
Cada uma dessas características pode aparecer de forma mais evidente ou em um tipo ou outro de brincadeira, tendo em vista a idade e a função especifica que desempenha junto às crianças.
Para OLIVEIRA (1990), as atividades lúdicas é a essência da infância. 
Por isso, ao abordar este tema não podemos deixar de nos referir também à criança. 
Ao retornar a história e a evolução do homem na sociedade, vamos perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. 
Antigamente, ela não tinha existência social, era considerada miniatura do adulto, ou quase adulto, ou adulto em miniatura. 
Seu valor era relativo, nas classes altas era educada para o futuro e nas classes baixas o valor da criança iniciava quando ela podia ser útil ao trabalho, colaborando na geração da renda familiar.
A criança não é um adulto que ainda não cresceu. 
Ela tem características próprias e para se tornar um adulto, ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. 
Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família, posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola.
Segundo ALMEIDA (2004), cada época e cada cultura têm uma visão diferente de infância, mas a que mais predomina foi a da criança como ser inocente, inacabado, incompleto, um ser em miniatura, dando à criança uma visão negativa. 
Entretanto, já no século XVIII, Rousseau se preocupava no inicio do século XX, quando psicólogos e pedagogos começaram a considerar a criança como uma criatura especial, com especificidades, características e necessidades próprias.
Foi preciso que houvesse uma profunda mudança da imagem da criança na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas atividades espontâneas, surgindo como decorrência à valorização dos jogos e brinquedos. 
O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do desenvolvimento infantil proporcionou um campo amplo de estudos e pesquisas e hoje é questão de consenso a importância do lúdico. Uma hipótese para entender tal posição é que durante muito tempo, a definição de sua identidade profissional baseou-se na oposição entre brincar e estudar – a escolinha e a creche são lugares pra brincar, a escola é para estudar. No entanto, quando os educadores admitem que brincar é aprender, não é no sentido amplo, e sim como resultado do ensino dirigido, em que tudo acontece menos o brincar, tentando instrumentalizar aquilo que é indomável, espontâneo e imponderável.
As brincadeiras humanizam as crianças e possibilitam, ao seu modo e ao seu tempo, compreender e realizar, com sentido, sua natureza humana, bem como o fato de pertencerem a uma família e a uma sociedade em determinado tempo histórico e cultural. A criança pode, através das brincadeiras, imaginar, imitar, criar ou jogar simbolicamente e, assim, vai reconstruindo em esquemas verbaisou simbólicos tudo aquilo que desenvolveu durante os primeiros anos de vida. Com isso, pode ampliar seu mundo estendendo ou aprofundando seus conhecimentos para além de seu próprio corpo, pode encurtar tempos, alargar espaços, substituir objetos, criar acontecimentos. Além disso, pode entrar no universo de sua cultura ou sociedade aprendendo costumes, regras e limites.
Pressupõe-se, com isso, que a criança encontra-se em um contexto de relações humanas positivas, favoráveis à valorização do seu “eu”, ambiente de relações desprovido de ameaça ou desafio à concepção que o sujeito faz de si mesmo. É esse o ambiente favorável ao crescimento e ao desenvolvimento de criatividade, confiança, bom humor, autoconceito positivo.
2.2 - O PAPEL DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O brincar se torna importante no desenvolvimento da criança de maneira que as brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida das crianças desde os funcionais até os de regras. Estes são os elementos elaborados que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação de identidade. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdo. E o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992, p.14) afirma que:
Assim, as crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si.
Segundo VYGOTSKY (1998) acentua o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrarem uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas, e símbolos. Ainda podemos dizer que o ato de brincar acontece em determinados momentos do cotidiano infantil, neste contexto, OLIVEIRA (2000) aponta o ato de brincar, como sendo um processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma efetiva, criando vínculos mais duradouros.
Brincando, a criança exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio, contido nas situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as crianças a alcançarem níveis de desenvolvimento que só às ações por motivações essências conseguem. Elas passam a agir e esforça – se sem sentir cansaço, não ficam estressadas porque estão livres de cobranças, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentido – se mais capazes e, portanto, mais confiantes em si mesmas. Neste caso, a brincadeira favorece o desenvolvimento individual da criança, ajuda a internalizar as normas sociais e a assumir comportamentos mais avançados que aqueles vivenciados no cotidiano, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social. Este estudo os processos de desenvolvimento infantil apontam que o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem. O brincar tem um sentido bem conhecido, ele representa a possibilidade de imaginação de ser ou estar em lugares e planetas diferentes, de viver o suspense do inesperado, de viver a loucura, de se divertir – se. 
O brincar precisa ser concebido como uma linguagem que fala do próprio brincante, permitindo a criança ser autora de sua fala e de seus atos, este fato torna atividade lúdica muito mais singular para cada criança. 
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma opção que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consequência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda a brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada.
Isso significa que uma criança que, por exemplo, bate ritmicamente com os pés no chão e imagina-se cavalgando um cavalo, está orientando sua ação pelo significado da situação e por uma atitude mental e não somente pela percepção imediata dos objetos e situações.
No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que apresentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam ao acontecimento que lhes derem origem, sabendo que estão brincando.
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não liberal transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.
A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar, progressivamente, suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de constituição infantil.
Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brincam. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características. Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros, etc. A fonte de seus conhecimentos é múltipla, mas estes se encontram, ainda, fragmentados.
É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disso e generalizando para outras situações.
Para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus companheiros e os papéis que irão assumir no interior de um determinado tema e enredo, cujos desenvolvimentos dependem unicamente da vontade de quem brinca.
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para resolução de problemas que lhe são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no quais a s crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos.
O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como universo social se constrói; e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental pra brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam brincar de faz-de-conta ou com papéis, considera como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar de regras.
Brincando a criança desenvolve a imaginação, fundamenta afetos, explora habilidades e, namedida em que assume múltiplos papéis, fecunda competências cognitivas e interativas. Como se isso tudo já não fizesse “do ato de brincar” o momento maior da vida infantil e de sua adequação aos seus desafios, é brincando que a criança elabora conflitos e ansiedades, demonstrando ativamente sofrimentos e angústias que não sabe como explicitar. A brincadeira bem conduzida estimula a memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a linguagem interior e, às vezes, a exterior exercita níveis diferenciados de atenção e explora com extrema criatividade diferentes estados de motivação.
A aprendizagem e a construção de significados pelo cérebro se manifestam quando este transforma sensações em percepções e estas em conhecimentos, mas esse trânsito somente se completa de forma eficaz quando aciona os elementos essenciais do bom brincar que é, justamente, memória, emoção, linguagem, atenção, criatividade, motivação e, sobretudo, a ação.
2.3 - O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
2.4 - A LUDICIDADE CONSTRUINDO A APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Conforme KISHOMOTO (2000, p.32) “Para Piaget ao manifestar a conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói conhecimentos”.
Inserir brincadeiras, jogos, atividades interativas nos primeiros anos da educação infantil é algo que tem favorecido o percurso da criança da escola. Através do lúdico a criança começa a desenvolver sua capacidade de imaginação, abstração e aplicar ações relacionadas ao mundo real e ao fantástico.
Para VELASCO (1996), o brinquedo é capaz de estimular a criança a desenvolver muitas habilidades na sua formação geral e isso ocorre espontaneamente, sem compromisso e obrigatoriedade.
A brincadeira faz parte da infância de toda criança e quando usada de modo adequado na Educação Infantil produz significado pedagógico, estimula o conhecimento, a aprendizagem e o desenvolvimento. É no brincar que as crianças podem utilizar a imaginação e vivenciar situações de formas diversas.
Segundo REDIN (2000), o lúdico é a mediação universal para o desenvolvimento e a construção de todas as habilidades humanas. De todos os elementos do brincar, este é o mais importante: o que a criança faz e com quem determina a importância ou não do brincar.
A brincadeira vai desde a prática livre, espontânea, até como uma atividade dirigida, com normas e regras estabelecidas que tivessem objetivo de chegar a uma finalidade. Os jogos podem desenvolver a capacidade de raciocínio lógico, bem como o desenvolvimento físico, motor, social e cognitivo.
O lúdico faz parte da atividade humana e atualmente escolar; caracteriza-se por ser espontâneo ativo e satisfatório. O lúdico acontece a partir do brinquedo, brincadeiras e jogos, pois é o momento que a criança entra no seu mundo da imaginação brincando.
A palavra Lúdica quer dizer jogo, e evoluiu levando em consideração as pesquisas em psicomotricidade, de modo que deixou de ser considerado apenas o sentido de jogo. Na extensão lúdica, a aprendizagem dá-se através do exercício de jogos, brinquedos e brincadeiras tendendo promover o desenvolvimento absoluto das crianças.
A atividade lúdica tem o objetivo de produzir prazer, diversão e ao mesmo tempo em que se pratica esta atividade percebe-se que ela vem acompanhada de inúmeras brincadeiras para enriquecer nossos conhecimentos de forma prazerosa na educação. Na educação infantil o lúdico propicia as crianças uma série de desenvolvimentos favoráveis, que vai desencadeando seu aprendizado.
Através das brincadeiras a criança pode expressar seus sentimentos, dúvidas e alegria, descobrir as regras do jogo, as emoções, sentimentos e novos conhecimentos; e principalmente o contato com outras crianças faz com que a própria criança possa viver melhor socialmente, ou seja, a brincadeira possibilita situações imaginárias e faz com que acriança siga regras, pois cada faz de conta supõem comportamentos próprios da situação, ao brincar com um tijolo de madeira fingindo ser um carro, por exemplo, a criança se esquece do objeto e só lembra o seu significado.
O espaço lúdico colorido atrai a criança para o imaginário, no entanto cabe ao professor e aos pais proporcionar jogos e brincadeiras que despertem conhecimentos. Desse modo vemos a importância do jogo na vida da criança, sendo o mesmo uma atividade construída socialmente e culturalmente. É uma forma de a criança estar em contato com a cultura.
O desejo de brincar com o outro, de estar e fazer coisas com o outro é a principal razão que leva as crianças a se engajarem em grupos. Para brincar juntas, precisam ter um espaço interativo para que haja a partilha de objetos, valores, conhecimentos e significados, disputas e conflitos. Nesse contexto, as crianças adquirem laços de sociabilidade e constroem sentimentos de amizade e solidariedade.
Ressalta-se que a aprendizagem é o mais frequente motivo pelo qual o jogo é considerado importante para a educação, em que o brincar se torna realmente significante com a ajuda dos seus educadores. Embora muitas vezes observa-se que alguns professores usam os jogos em sala de aula, apenas como passatempo deixando as crianças brincando sem nenhuma orientação, tornando a aula sem nenhum objetivo para o ensino aprendizagem e muitas vezes a criança perde o estímulo com o jogo e principalmente o aprendizado. “As crianças precisam não apenas de tempo e espaço para brincar e praticar habilidades, elas precisam também de pais que as ajudem a aprender essas habilidades”.
A educação traz muitos desafios aos que nela trabalham e aos que se dedicam a sua causa. Muito já se pesquisou, escreveu-se e se discutiu sobre a educação, mas o tema é sempre atual e indispensável, pois seu foco principal é o ser humano. Então, pensar em educação é pensar no ser humano, em sua totalidade, em seu corpo, em seu meio ambiente, nas suas preferências, nos seus gostos, nos seus prazeres, enfim, em suas relações vivenciadas. 
Aprender a pensar sobre diferentes assuntos é muito mais importante do que memorizar fatos e dados a respeito dos assuntos. A própria criança nos aponta o caminho no momento em que não utiliza suas energias de forma vã. Do mesmo modo a escola deve educar: de forma inteligente e divertida.
O homem é um ser em constante mudança; logo, não é uma realidade acabada. Por esse motivo, a educação não pode arvorar-se do direito de reproduzir modelos e, muito menos, de colocar freios às possibilidades criativas das crianças.
2.5 - ELEMENTOS PRESENTES NO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A utilização do brincar como instrumento pedagógico vem sendo objeto de constantes pesquisas e estudos. Nesta perspectiva, este artigo, refere-se uma análise dessa temática destacando a importância do lúdico no processo de ensino e aprendizagem.
 Nos dias de hoje, o auxílio de concepções psicológicas e pedagógicas, reconhece-se a importância das brincadeiras com fins de auxiliar no desenvolvimento infantil, valorizando a construção de conhecimento. O uso contínuo de brincadeiras com fins pedagógicos remete-nos para a relevância desse instrumento em situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil.
O educador ao utilizar as brincadeiras em sala de aula transporta para o campo do ensino-aprendizagem condições de conhecimento introduzindo as propriedades da ludicidade que contribui para uma melhor assimilação do conhecimento por parte da criança. 
As atividades lúdicas têm um conceituado papel no ensino, sendo que as mesmas devem ser vistas como forma alegre e descontraída de aprender, sempre procurando desenvolver no educando o espírito crítico e investigador, bem como os sentimentos de disciplina, seriedade e respeito mútuo.
Visando alcançar uma motivação que dê respaldo na aprendizagem, o educador deve buscar adequação nas atividades lúdicas voltadas à realidade do meio em que o educando está inserido.
Portanto, um elemento significativo nos jogos e brincadeiras é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que tem gerado interesse e prazer por parte dos mesmos.
Por isso,é salutar que os jogos e brincadeiras façam parte da cultura escolar de todos os educandos, cabendo ao professor analisar e avaliar as potencialidades educativas das variadas atividades lúdicas, bem como as suas estruturas curriculares que esteja inserida no processo da aprendizagem.
Entendendo que a brincadeira e os jogos faz parte do centro da vida da criança, tornando-a ativa a qualquer tipo de atividade, é possível compreender que ao agir a criança incorpora elementos que vivencia o  saber de forma critica e reflexiva, mas ao mesmo tempo prazerosa, identificando ser melhor  para si e para seu grupo.
A sala de aula precisa transformar-se então em uma verdadeira oficina, ou seja, em um ambiente alfabetizador, nos quais as crianças façam uma relação entre o signo e o significado de forma vital e real.
No entanto, a escola deve ajustar em sua proposta pedagógica com intuito de buscar alternativas para ajudar os alunos a desenvolverem suas capacidades e auxiliá-los nas suas adequações às diversidades culturais que são expostas em seu universo sociocultural, potencializando o desenvolvimento de todas as capacidades do aluno, tornando o ensino mais digno e humano.
Vygotsky enfatiza o fator social na brincadeira, demonstrando que, no jogo de papéis, a criança cria uma situação imaginária incorporando elementos do contexto culturais adquiridos por meio da interação e comunicação. A brincadeira constitui-se, para o autor, no elemento que irá impulsionar o desenvolvimento dentro da zona de desenvolvimento proximal. Ao promover uma situação imaginária, a criança desenvolve a iniciativa, expressa seus desejos e internaliza as regras sociais.
Através do jogo de papéis, a criança lida com experiências que ainda não consegue realizar de imediato no mundo real; vivencia comportamentos e papéis num espaço imaginário em que a satisfação dos seus desejos pode ocorrer.
No início do brinquedo, a percepção infantil é dominada pelo objeto real que determina seu comportamento; de acordo com Vygotsky (1984), a criança muito pequena na consegue separar o campo real do perceptual. Posteriormente, o significado passa a predominar, em função do brinquedo. Dessa forma, as ações no brinquedo ficam subordinadas ao significado que a criança atribui aos objetos.
3 – METODOLOGIA
Com está pesquisa pode - se verificar a real importância do brincar, a criança quando brinca desenvolve sua imaginação, seu pensamento, seu raciocínio, além de melhorar sua vida social e emocional, e quando convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento.
Os jogos podem ser utilizados para introduzir, para amadurecer conteúdos e preparar o aluno para dominar os conceitos trabalhados. A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando - se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.
Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar parte integrante da atividade educativa.
Além de possibilitar o exercício daquilo que é próprio no processo de desenvolvimento e aprendizagem, brincar é uma situação em que a criança constitui significados, sendo forma tanto para a assimilação dos papéis sociais e compreensão das relações afetivas que ocorrem em seu meio, como para a construção do conhecimento.
A utilização do brincar como recurso pedagógico tem de ser vista, primeiramente com cautela e clareza. Brincar é uma atividade essencialmente lúdica; se deixar se for, fica descaracterizada como jogo ou brincadeira. E percebeu – se que é extrema importância que a criança tenha a oportunidade de se desenvolver por meio de brincadeiras, pois esta possibilita a ampliação das habilidades motoras, bem como dos aspectos sociais e emocionais.
REFERENCIAS:
KISHOMOTO, Jogo. Brinquedo. Brincadeira. E a Educação. São Paulo. Cortez. 2002.
MOYLES, Janet R. Só Brincar? Trad. Maria Adriana Veronese. Porto Alegre. Artmed. 2010.
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