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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

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2017/II 
 
. 
VII DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
1 
Provas 
GRAU A GRAU B1 GRAU B2 GRAU C 
27/09 08/11 29/11 ? 
 
Organização do poder judiciário trabalhista 
 - TST – sede em Brasília julga as ações de competência originárias e recursos interpostos no 
TRT. É o tribunal constitucional do trabalho. 
 - TRT – mínimo 7 juízes; regiões: Art. 674/CLT; competência territorial Art. 651/CLT; 
competência funcional Art. 678/CLT; distribuição de processos Art. 289/CPC e Art. 714/CLT; 
jurisdição Art. 28 Lei nº 10.770/2003; Juízes de Direito Art. 112/CFRB 
 - VARA DO TRABALHO – Art. 111/CFRB (o órgão é o juiz do trabalho) e Art. 644/CLT (o órgão 
são as varas do trabalho). Antigamente era a Junta de conciliação e julgamento. 
Composição do TST – mista 
 São 27 ministros togados – 4/5 juízes de carreira e 1/5 membros da OAB e MPT. Não 
precisava ter formação jurídica, eram juízes leigos que votavam a respeito do teor das decisões 
proferidas pelos juízes togados. 
Órgãos do TST 
 - Tribunal Pleno 
 - Órgão Especial 
 - SDC 
 - SDI 1 e 2 
 - 8 turmas 
Órgãos Administrativos 
 - ENAMAT: Escola Nacional de Magistratura do Trabalho 
 - CSJT – Conselho Superior da Justiça do Trabalho 
 Competência Material 
 Reforma do judiciário EC 45 – Art. 114/CFRB. Com a reforma do judiciário, a justiça do 
trabalho ganhou mais força devido ao reconhecimento da competência para julgar as ações oriundas 
das relações de trabalho. A justiça do trabalho não tem competência penal. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
2 
 Ações oriundas da relação de trabalho 
 Relação de trabalho é gênero e relação de emprego é espécie. Art. 2º e 3º/CLT 
 Entes de Direito Público: STF. 
OJ 416 SDI-1: IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU 
ORGANISMO INTERNACIONAL. (DEJT divulgado em 14, 15 e 
16.02.2012) (mantida conforme julgamento do processo TST-E-RR-
61600-41.2003.5.23.0005 pelo Tribunal Pleno em 23.05.2016) 
As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade 
absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional 
incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes 
aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza 
dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição 
brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade 
jurisdicional. 
 Servidores da Administração Pública 
ADIN 3395-6/AJUFE – estatutários 
Funcionário Público: CLT se empregado público e Estatuto se servidor público. 
SÚMULA 390/TST: ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. 
CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU 
FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE 
EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. 
INAPLICÁVEL (conversão das Orientações Jurisprudenciais 
nºs 229 e 265 da SBDI-1 e da Orientação Jurisprudencial nº 
22 da SBDI-2) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. 
 Ações que envolvam o direito de greve – inclusive ações de natureza inibitória 
SÚMULA VINCULANTE 23: A Justiça do Trabalho é 
competente para processar e julgar ação possessória 
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve 
pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
 Ações sobre representação sindical 
 Ações que envolvam sindicatos, sindicatos e seus associados, validade/invalidade na criação 
de sindicatos. 
 ! Ressalva: antes da RT era discutido na justiça comum. 
 Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Habeas Data 
a) Mandado de Segurança: PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES 
INTERLOCUTÓRIAS: não existe Agravo de Instrumento no processo do trabalho, por isso, 
deve ser interporto o Mandado de Segurança para fazer as vezes de Agravo de 
Instrumento. É cabível contra decisões interlocutórias proferidas por juízes de 1º Grau. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
3 
b) Habeas Corpus: Com o Pacto de São José da Costa Rica, não é mais possível a prisão civil 
de depositário infiel, nem contra pessoa que descumpra ordem judicial como por 
exemplo em caso de condenação ao pagamento de astreintes (multa na qual não pode 
ultrapassar o valor da condenação, é uma pena pecuniária) se a pessoa não pagar, não 
poderá ser presa. 
c) Habeas Data: Ação que assegura o livre acesso de qualquer cidadão a informações a ele 
próprio relativas constantes em registros, fichários ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público. 
 Ações de Indenização: Dano moral e Dano material (RT) 
 Antes de 2004, a responsabilidade civil do empregador era de competência da justiça 
comum, com a alteração do Art. 114/CFRB, passou a ser de competência da justiça do trabalho. 
S. v. 22 + S 392/TST + Art. 223-A ao Art.223-G/NCLT (reforma – dano moral) 
 Penalidades Administrativas impostas aos empregadores pelo MTE 
 Execução de contribuição previdenciária 
 São aquelas incidentes sobre acordos e sentenças que proferir. A justiça do trabalho pode 
executar de ofício a contribuição do INSS incidente sobre o acordo e as sentenças que proferir. 
S. 368/TST + S.v. 53/STF + Art. 876,§Ú/NCLT 
 Conforme a súmula 368/TST, a competência da Justiça do Trabalho quanto à contribuição do 
INSS, o juiz SEMPRE deve determinar as parcelas, porque prevalecerá para efeitos de execução o que 
ele discriminar em sentença. Não é possível recolher INSS sobre valor de indenização, somente de 
remuneração, por isso deve o juiz discriminar em sentença o que é indenização e o que é 
remuneração. 
 Exemplos: 
1- Professor da universidade “a” tem desconto todo o mês da parte do INSS. Quando for 
dar aulas na universidade “b”, e essa instituição perguntar se tem outra fonte de 
contribuição, se já recolhe INSS, o professor dirá que sim e deverá fornecer a 
universidade “b” o documento probatório de recolhimento de INSS, porque não pode 
recolher duas vezes. O valor que será pago para dar aulas na universidade “b” não será 
descontado os 20% porque já existe recolhimento. 
2- Quando é pleiteado indenização na Justiça do trabalho, o reclamante, por exemplo, 
receberá 50 mil. Sobre o valor, incidirá valor de recolhimento previdenciário. Qualquer 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
4 
valor que for acordado, ou que a reclamada for condenada ao pagamento na Justiça do 
Trabalho, terá contribuição previdenciária e deverá ser paga pela reclamada porque não 
foram recolhidas na época própria quando do pagamento do salário. 
3- JORNADA EXTRAORDINÁRIA: média de mil reais por mês de horas extras durante o 
período de 5 anos, a condenação alcança o valor de 200 mil. Terá 20% de recolhimento 
de INSS incidente sobre o valor da condenação. O empregador irá recolher todos esses 
20%, se ele tivesse pagado à época os mil reais mensais, ele teria retido a parte do 
empregado. Como o pagamento é decorrente de sentença condenatória, terá 
recolhimento obrigatório de INSS. A sentença terá mais de 40 mil reais de condenação a 
título de INSS que irá direto para o INSS e não para o reclamante, sendo assim, o INSS irá 
aumentar posteriormente o salário de contribuição para efeitos de aposentadoria 
daquele reclamante. 
4- A assistida informa que tem 16 anos de contrato e não tem as contribuições 
previdenciárias recolhidas no vínculo, poderia, após a reforma trabalhista, por força do 
Art. 876,§ú/CLT, o juiz fazer a execução de ofício dessas contribuições? Sim. O juiz do 
trabalho executará crédito de terceiro, o crédito não é do reclamante, é do INSS. Com a 
reforma, o juiz agrega mais competência para si e passa a ser um agente arrecadador. 
! Só não recolhe INSS quem já recolhe o valor sobre o teto. 
 ! A Justiça do Trabalho é competente para executar o valor incidente do INSSdo 
reconhecimento do vínculo de emprego? Atualmente, NÃO. Somente sobre o valor incidente de 
acordo e sentença condenatória que proferir. Com a nova redação do Art. 856,§ú/CLT, o juiz do 
trabalho passa a ser competente para processar e julgar as contribuições previdenciárias do vínculo, 
não só da sentença condenatória e do acordo que proferir que atualmente, é competência da justiça 
federal. 
 REFORMA TRABALHISTA E COMPETÊNCIA MATERIAL ← 
Art. 652, “f”/NCLT: Compete às Varas do Trabalho: f) 
decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em 
matéria de competência da Justiça do Trabalho. 
 A eficácia liberatória de um acordo, de uma transação homologada pelo juiz impõe que nada 
mais seja discutido posteriormente. O que é pago até o acordo não impede que entre com ação 
discutindo parcelas de vínculo. Com a reforma, fica autorizado acordo extrajudicial e submeter o 
acordo à homologação do juiz sem ter que simular a lide. 
 ! Princípio da Indisponibilidade: só pode renunciar aos direitos trabalhistas em acordo. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
5 
 Competência Funcional 
Art. 678/CLT 
 Competência Territorial 
Art. 651/CLT – Regra Geral 
S 33/TST 
 O foro de eleição é incompatível com o Processo do trabalho. Exceções à regra §1º, 2º e 3º 
do Art. 651/CLT. 
 A competência territorial não pode ser declinada de ofício, o que poderá causar a nulidade 
relativa. O local da propositura da ação deve ser o local onde foram prestados os serviços, não 
admite foro de eleição. 
 - Doutrina Majoritária entende que deve ser aplicada a norma mais benéfica ao empregado 
 - Doutrina Minoritária entende que se o reclamante comprova a impossibilidade e a 
hipossuficiência de se deslocar, há prorrogação de competência do local em que foi proposta a ação 
ou no domicílio do autor. A princípio, não é cabível no Processo do Trabalho o Princípio da Proteção 
ao Empregado, porém, conforme doutrina majoritária é possível a prorrogação de competência. 
 - Art. 800/NCLT: altera a exceção de incompetência em razão do lugar, a forma como é 
processada ANTES da reforma deveria ser feita em audiência, mas, com a reforma, pode ser proposta 
via PJ-e, ou seja, poderá ser alegada antes da defesa. 
 Conflitos de Competência entre órgãos da jurisdição trabalhista 
Art. 803 a 812/CLT 
*Art.808 + S 420/TST 
 TRT: varas do trabalho – 2 juízes – juiz do trabalho x juiz do trabalho 
 Se o juiz do trabalho de Santa Maria diz que é competente para julgar uma reclamatória e o 
juiz de POA também diz que é competente, são duas varas submetidas ao TRT da mesma região. Há 
um conflito de competência positivo e um negativo existente entre juízes do trabalho vinculados a 
mesma região e vinculados às varas distintas. 
 ! O juiz de direito investido em jurisdição trabalhista é competente para julgar o processo do 
trabalho se não houver justiça do trabalho na comarca, nem justiça itinerante. 
 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
6 
 TST 
 Sujeitos vinculados a TRT’s diferentes. Se em SP tem um conflito entre a vara do trabalho de 
Jundiaí e entre a vara do trabalho de SP, o conflito é resolvido pelo TST porque em SP existem duas 
justiças do trabalho, uma da 15ª e outra da 2º região. Se um juiz de direito está investido e está 
vinculado à outra região, quem resolve o conflito é o TST. 
 STJ 
 Quando há conflito entre juiz de direito não investido e um juiz do trabalho quem resolve o 
conflito é o STJ. 
 Juiz da vara falimentar de POA e juiz do trabalho de POA: o juiz do trabalho desconsidera a 
personalidade jurídica de uma empresa, e o juiz de direito diz que o juiz do trabalho não é 
competente para desconsiderar a personalidade jurídica da empresa. 
 STF 
 Se o TST estiver no polo do conflito – S 420/TST 
 Princípios Processuais e Peculiaridades 
a) Peculiaridades do Processo do Trabalho 
 Função Normativa 
 Extrai-se quando a Justiça do Trabalho profere sentença normativa, que tem duração 
máxima de 4 anos. 
Art. 856 a 875/CLT 
 Dissídio Coletivo 
 Dá-se quando as negociações (acordo ou convenção coletiva) são frustradas. O dissídio é 
uma ação judicial. 
Art. 114, §2º/CFRB 
 Ações de Cumprimento 
 Quando a empresa, vinculada a um Sindicato patronal, não cumpre alguma cláusula da 
convenção coletiva, o próprio Sindicato ou o MPT poderão ajuizar a Ação de Cumprimento. 
 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
7 
 Ações Plúrimas 
 Litisconsórcio ativo facultativo: 20 empregados reivindicando verbas independentes. 
 Linguagem Própria 
 Reclamante x Reclamada / Suscitante x Suscitada / Exequente x Executada 
 Concentração de Atos na Audiência 
 O juiz concentra todos os atos em audiência, as partes já saem intimadas de todos os atos. 
 Conciliação Obrigatória 
 Deve ser proposta pelo juiz na abertura da audiência. 
 Impulso Oficial/Jus postulandi* 
 Em algumas fases processuais não era necessário a participação das partes, o juiz decidia de 
ofício. A execução de sentença era feita de ofício, por exemplo. 
Art. 878/CLT (reforma) – só para jus postulandi 
 A execução depende do requerimento da parte, só será de ofício se não estiver representada 
por advogado. 
Art. 791/CLT: jus postulandi 
Art. 791-A/CLT: a sucumbência ERA incompatível com o jus postulandi 
S. 425/TST 
 Mínimo Formalismo 
 A JT é informal. 
 Isenção de Custas ao Empregado* 
Art. 790,§ 3º + Art. 790-B/CLT 
 
 
 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
8 
b) Princípios Constitucionais – Art. 5º/CFRB 
 Isonomia: De acordo com a Constituição Federal, o princípio da igualdade está 
previsto no artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza”. Esta igualdade é chamada de formal. De acordo com ela, é vetado que 
os legisladores criem ou editem leis que a violem. 
 Contraditório e Ampla Defesa – LV: “aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. 
 Imparcialidade - §2º: “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não 
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.”. 
 Motivação das Decisões – Art. 93, IX/CFRB: “todos os julgamentos dos órgãos do 
Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de 
nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias 
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a 
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o 
interesse público à informação.” 
 Devido Processo Legal – LIV e LV: “ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal” e “aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. 
 Juiz Natural – XXXVII e LII 
 Duplo Grau de Jurisdição – Art. 102 a 105/CFRB 
 Inafastabilidade de Jurisdição - XXXV 
 Duração do Processo - LVXXVIII 
 Proibição de Prova Ilícita - LVI 
 
c) Princípios Infraconstitucionais Comuns – Aplicação Subsidiária Art. 769/CLT + Art. 
15/CPC 
 Dispositivo/Inércia – Art. 2º/CPC. Exceções Art. 39, 856 e 878/CLT 
 Inquisitivo/Impulso Oficial – Art. 765/CLT e Art. 379/CPC 
 Instrumentalidade – Art. 188 e Art. 277/CPC 
 Impugnação Especificada + Eventualidade – Art. 341/CPC e Art. 366/CPC 
 Estabilidade da Lide – Art. 108 e 329/CPC 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO]2017/II 
 
 
9 
 Preclusão – Art. 278 e 507/CPC + Art. 795/CLT 
 Economia Processual 
 Ônus da Prova – Art. 818/CLT 
 Oralidade – Art. 847 e 850/CLT 
 Perpetuatio Jurisdictionis – Art. 43/CPC 
 Imediação – Art. 385, 446 e 481/CPC + Art. 820/CLT 
 Concentração – Art. 825, 849 e 852-C/CLT 
 Lealdade/Boa-fé – Art. 79 a 81/CPC 
 
d) Princípios Específicos do Processo do Trabalho 
 Proteção 
 Finalidade Social 
 Busca da Verdade Real 
 Indisponibilidade 
 Normatização Coletiva 
 Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias 
 Jus Postulandi – S. 425/TST + Art. 791/CLT 
 Extrapetição – Art. 467 e 496/CLT 
 Despersonalização do Empregador – Art. 10 e 448/CLT 
 Simplificação Procedimental 
 Conciliação – Art. 764, §1º/CLT 
 Antes da prova a matéria foi: capacidade para ser parte, capacidade postulatória, jus 
postulandi, mandato e honorários advocatícios – Alteração da CLT devido à Reforma Trabalhista no 
que diz respeito aos honorários de sucumbência. 
 Sucessão Processual 
 Empregado falece 
 Empregador falece 
 Como é feita a substituição do polo ativo e do polo passivo por causa mortis e se é possível 
fazer substituição por sucessão intervivos de empregado e de empregador. 
 Sucessão causa mortis do empregado: dependentes habilitados perante a previdência social 
– Lei nº 6858/80. Se morrer o empregado, quem vai para o polo ativo da reclamatória 
trabalhista? É preciso ter o espólio constituído, um inventariante já nomeado para que venha 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
10 
constar no polo ativo da reclamatória? Não, porque a lei de 1980 pretende desburocratizar e 
facilitar o recebimento do crédito trabalhista que tem natureza alimentar. Então é preciso 
comprovar no processo quem é dependente no INSS, aquele que for dependente é que vai 
deter a legitimidade ativa para figurar no feito. 
 Exemplo: Reclamante falece e tinha uma mulher e um filho (menor). A mulher deve levar 
documento que comprove que é dependente no INSS para ser habilitada no processo para seguir 
com a substituição do polo ativo, porque o reclamante faleceu. A partir do falecimento, o processo é 
“sucessão de Sérgio”. A viúva faz uma procuração com o nome dela e passa para o escritório e leva o 
comprovante de pensionista do INSS, o MPT despacha: “na certidão de óbito diz que tem um filho 
menor, e esse filho menor não aparece como dependente do INSS tem que comprovar que ele é 
dependente do INSS e trazer a procuração do menor com instrumento público”. O filho está como 
pensionista no INSS? Então, deve levar documento comprobatório da parte que o menor recebe, ir 
ao cartório, fazer procuração por instrumento público e repassar ao advogado. Assim se regulariza o 
polo ativo da reclamatória trabalhista porque o reclamante morreu, isso é a sucessão processual 
causa mortis. No polo ativo vêm os dependentes habilitados no INSS. 
 Problema: por vezes os dependentes habilitados no INSS podem não figurar como herdeiros 
– alguém separado de fato que nunca deixou de figurar como dependente no INSS, e o reclamante já 
casou de novo e a nova esposa não está como dependente do marido. Se a lei serve para 
desburocratizar, para agilizar para receber os créditos trabalhistas, mas pode ser que, aquele que 
figura como dependente no INSS não seja efetivamente dependente no INSS, aí deve ter uma 
regularização do espólio (inventario) com a nomeação de inventariante para recebimento daqueles 
valores e depois consequente partilha dos créditos. Se o reclamante entra com uma reclamatória 
trabalhista e ganha uma indenização de 3 milhões de reais e aparece como habilitado no INSS a ex 
esposa, sendo que são divorciados há 12 anos e a ex esposa já tem um outro relacionamento, já 
houve partilha de bens, já foram separados. E a atual esposa que vive com ele há 10 anos, não vai 
receber nada dos créditos se não estiver cadastrada como dependente? 
 A regra geral é dependentes habilitados no INSS. 
 Sucessão Intervivos do empregado: reclamatória trabalhista pode ser vendida? Art. 286/CLT. 
 
 Exemplo: o reclamante vende a reclamatória por 400 mil – faz uma cessão de 
créditos e há sub-rogação na condição de credor para receber daquele devedor trabalhista. 
Na verdade, não é admitido que se faça a venda de reclamatória, via de regra não pode 
ceder os créditos trabalhistas porque são obrigações trabalhistas. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
11 
 Um defensor público quando assumiu a defensoria no RJ tinha uma reclamatória 
trabalhista contra um banco e ele fez uma cessão de créditos com seu advogado, e vendeu a 
reclamatória por 300 mil, essa cessão de créditos foi feita via instrumento público, porém, a 
reclamatória trabalhista alcançou o valor de um milhão e tentou desfazer a cessão de 
créditos, alegando que ele não poderia ter feito a cessão. O tribunal entendeu que não, que 
a cessão de créditos é válida. 
 A questão das vendas de reclamatórias trabalhistas é muito comum o reclamante 
querer que o advogado compre o processo – NÃO PODE!! O contrato de cessão de créditos 
funciona como um contrato de gaveta. 
 
 Sucessão causa mortis do empregador: quem assume é o inventariante ou os herdeiros que 
representam na proporção do que lhe couber na herança. É necessário inventario se os 
herdeiros que vão responder? Não, se já estiverem na condição de herdeiros, já vão para o 
polo passivo. Se já tiver inventario, quem responde? A inventariante. 
 Exemplo: faleceu o reclamado e a reclamada. O reclamado e a reclamada eram casados e 
tinha quatro filhos. Um dos filhos “trocou’ a mulher dele pela irmã da mulher (cunhada) e saiu de 
casa. A mãe e o pai dele ficaram do lado da ex mulher, então o filho se afasta de casa e a ex mulher 
fica morando com os pais do ex marido. Os outros filhos não moravam com os pais, morava somente 
a ex mulher que inclusive cuidava do sogro e da sogra. Quando os sogros falecem, a ex mulher 
entrou com uma reclamatória trabalhista contra a sucessão. Quem vai para o polo passivo? Os 
quatro filhos, porque ainda não tinha inventário, não tinha nomeação de inventariante, por isso deve 
ser chamado ao polo passivo os herdeiros. Só poderia ir apenas um filho se já houvesse nomeação de 
inventário. 
 Exemplo: a avó é a reclamada que faleceu, o neto entrou com uma reclamatória trabalhista 
contra a avó, pedindo reconhecimento de vinculo como cuidador. Quem deve ser notificado? Os 
herdeiros, mas se já tem espolio, quem deve ser notificado? O inventariante. Então, a notificação foi 
para o inventariante responder a reclamatória trabalhista. Nesse caso, o inventariante é o tio ou a 
mãe do reclamante. A inventariante em audiência propõe um acordo de 50 mil reais, e o juiz, se dá 
conta de que a inventariante é a mãe do reclamante. Ela foi fazer acordo na reclamatória trabalhista 
como inventariante para aumentar o seu quinhão. Está correto ela responder pela rt? Sim. Porém, 
ela foi destituída do encargo de inventariante no processo de inventário. 
 Na JT não há a ideia de intervenção de terceiros, mas litisconsórcio sim. O litisconsórcio é 
sinônimo de cumulação subjetiva e tem duas finalidades: harmonia dos julgados e economia 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
12 
processual, então, no processo do trabalho é admitida a figura do litisconsórcio, seja ele ativo, 
passivo ou misto. Tanto que uma das características das ações trabalhistas são as ações plúrimas, 
que é o litisconsórcio facultativo – vários empregados que estão processando o mesmo empregador; 
o litisconsórcio passivo é muito comum. 
 Ex.: terceirização: empregado trabalha para a prestadora “A” e para a tomadora “B, C,D,E”,e 
o reclamante quer a responsabilidade subsidiaria dessas tomadoras. Deve ser colocadas todas no 
polo passivo – o empregador e os respectivos tomadores de serviço, como litisconsórcio misto. 
ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS. 
 O que é um ato processual? São os movimentos humanos que atingem o processo e que 
dependem da vontade de quem os pratica. São os atos das partes, do juiz, dos servidores, dos 
assistentes da justiça que movimentam o processo em direção de uma determinada finalidade 
processual. 
 Ex.: provar, perdir, deferir, sentenciar, recorrer. 
 Ex.: um advogado liga para a VT e reclamou que o processo não estava “andando” para o 
diretor de secretaria que jogava futebol com ele e perguntou quando o juiz iria expedir o alvará. E diz 
ao diretor de secretaria “depois o juiz não sabe por que tem que andar com os vidros do carro 
levantados, daqui uns dias ele leva um tiro na cabeça”. O diretor de secretaria certificou no processo. 
Esse advogado respondeu criminalmente. A certificação no processo é um ato processual. 
 Fato Processual: são os acontecimentos naturais que não dependem necessariamente da 
vontade humana, mas que vão atingir o processo. São os fatos jurídicos. 
 Ex.: Revelia, ausência de citação. 
 Ex.: um reclamado procura o SAJUIR e os advogados não tinham agenda para fazer a 
audiência, os advogados fazem a defesa e o reclamado vai sozinho na audiência, mas a defesa vai 
estar no sistema com preliminar explicando o motivo pelo qual os advogados não tinham 
comparecido, se por acaso o reclamado não levasse a defesa escrita e comparecesse e a juíza não 
reduzisse a termo, qual seria o fato processual que ocorreria? REVELIA, e atinge o processo. 
 Negócio Jurídico Processual: 
 - Atos processuais são os decorrentes da vontade das partes que declaram certos efeitos 
jurídicos que atingem o processo. Pode ser unilateral (desistência da ação ou renuncia do mandato 
do advogado), ou bilateral (transação em juízo sobre direitos disponíveis). 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
13 
 Unilateral: RT – Art. 844, §2ª/NCLT: se o reclamante não comparece em audiência, ele será 
condenado ao pagamento das custas. Art. 841,§3º/NCLT: desistência da ação pode ocorrer antes da 
notificação da reclamada, após a apresentação da defesa, somente com o consentimento do 
reclamado poderá desistir da ação. 
 Bilateral: transação em juízo sobre os direitos disponíveis. 
 
 Desistência x Renúncia: se a pessoa desiste do pedido, poderá propor novamente o pedido? 
Sim. Mas e se renuncia aos pedidos, pode propor novamente a ação? Não. 
PRINCÍPIOS DOS ATOS PROCESSUAI S TRABALHISTAS 
 Os atos processuais obedecem a princípios e diretrizes para que sejam tomados como 
válidos. 
 Publicidade 
 Prazos: pode ocorrer preclusão 
 Forma 
 Suporte ou Documentação 
 Preclusão 
1. PUBLICIDADE 
Art. 770/CLT 
 Todo ato processual é público ou é passível de tornar-se público, salvos os de interesse social 
ou ainda a intimidade das partes. Não pode ser proferida uma sentença no processo somente para 
uma das partes. Qualquer pessoa pode entrar em sala de audiência para assistir porque são públicas. 
 O Segredo de Justiça pode ser requerido pela parte, determinado de ofício ou ainda 
requerido por terceiro. (Ex.: SRF ao enviar informação sigilosa informa essa qualidade para ser 
observada pelo juiz). Decretado o sigilo, somente as partes e seus procuradores têm acesso aos 
autos, que não saem da Secretaria da Vara. Geralmente os processos que tem segredo de justiça 
ocorrem quando o reclamante é portador de HIV, justa causa de bancário que tem no processo 
dados de correntistas... 
 Ex.: justa causa de um diretor por assédio moral, e o processo corre em segredo de justiça. Se 
o advogado quer saber o que o diretor estava falando nas razoes no processo, pede-se a quebra do 
sigilo. 
 Quando o processo era físico, podia pedir no balcão para olhar o processo sem ser 
procurador da parte? Sim, inclusive na justiça comum, porque o processo é público. Com o PJ-e, o 
processo continua sendo público, só que fica registrado no sistema quem consultou o processo 
devido à assinatura digital. SALVO os que tramitam em segredo de justiça. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
14 
 Via de regra, todo o processo é público. 
2. PRAZOS 
Art. 770/CLT: Os atos processuais serão públicos..., 
...e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 
(vinte) horas. 
Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em 
domingo ou dia feriado, mediante autorização 
expressa do juiz ou presidente. 
 Os prazos dos atos processuais é matéria diferente de contagem de prazos processuais. Fora 
do limite de horário diário os atos processuais só podem ser realizados mediante ordem expressa do 
juiz. 
 Com a reforma trabalhista, os prazos serão contados em dias uteis, porque a IN 39 dizia que 
é incompatível com a celeridade processual a contagem de prazo em dia útil. O processo do trabalho 
até 14/11/2017 tem os prazos contados em dias corridos. 
 
 Ex.: citação ou intimação antes das 6h ou depois das 20h nos dias úteis, ou a qualquer hora 
aos domingos e feriados. 
 Ex.: Pode intimar alguém às 7h da manha? Pode, porque a lei expressamente autoriza. 
Porque o “ato processual” é o ato do juiz, do servidor, ato da parte. É possível citar alguém para 
pagar (MCPA) às 7h da manhã? Pode. Mesmo que não esteja no horário de funcionamento da JT, é 
diferente. O funcionamento da JT é em relação ao serviço cartorário, realização das audiências. Para 
citar alguém fora do horário previsto no artigo, é necessário autorização do juiz. (( Fora do limite de 
horário diário os atos processuais só podem ser realizados mediante ordem expressa do juiz.)) 
 ! Observação: Sábado é dia útil para realização de ato processual, mas não é para “contagem 
de prazo processual”. 
 Art. 212/CPC: Os atos processuais serão 
realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) 
horas. § 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas 
os atos iniciados antes, quando o adiamento 
prejudicar a diligência ou causar grave dano. § 2º 
Independentemente de autorização judicial, as 
citações, intimações e penhoras poderão realizar-se 
no período de férias forenses, onde as houver, e nos 
feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido 
neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso 
XI, da Constituição Federal. § 3º Quando o ato tiver 
de ser praticado por meio de petição em autos não 
eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário 
de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o 
disposto na lei de organização judiciária local. 
 Ato Processual Realizado no Sábado: 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
15 
 CAI NA PROVA: SUM-262 PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. 
RECESSO FORENSE I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro 
dia útil imediato e a contagem, no subsequente. II- O recesso forense e as férias coletivas dos 
Ministros do TST suspendem os prazos recursais. 
 Penhora fora do horário ordinário: 
-mediante ordem expressa do juiz. 
Hipótese: Ato de penhora exige entrada na casa do executado, pessoa física. 
- À noite tal ato é vedado. 
 CFRB/1988,5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, 
ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 ! Durante o dia, exige autorização judicial. Nova redação do art. 212 CPC. 
3. FORMA 
 Art. 771/CLT - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a 
carimbo. 
 ! Todo ato processualé escrito ou reduzido a termo. 
 QUESTÃO PRÁTICA: O juiz deliberadamente não consta em ata um pedido da parte. 
 Art. 851/CLT - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em ata, 
de que constará, na íntegra, a decisão. 
 Art. 367/CPC. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o 
ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida 
no ato. 
 ! Trata-se de tumulto processual: cabe Correição Parcial. Cabe também preliminar de recurso 
se a questão for relevante. 
 
 QUESTÃO PRÁTICA: O juiz deliberadamente não consta em ata um pedido da parte. 
 Conduta 1 
-Não assinar a ata (nem a parte, nem o procurador) – agora, a assinatura é eletrônica. 
-Não opor na ata qualquer comentário (a ata é do juiz). 
-Peticionar requerendo o devido. 
 
 QUESTÃO PRÁTICA: O juiz deliberadamente não consta em ata um pedido da parte. 
 Conduta 2 
-Não assinar a ata (nem a parte, nem o procurador). 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
16 
-Pedir a duas testemunhas presentes que assinem, justificando com base na inteligência do 
art.772/CLT. 
-Interpor o remédio Reclamação Correcional. 
 
Art. 772/CLT - Os atos e termos processuais, que 
devam ser assinados pelas partes interessadas, 
quando estas, por motivo justificado, não possam 
fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 
(duas) testemunhas, sempre que não houver 
procurador legalmente constituído. 
4. DOCUMENTAÇÃO 
 Segue padrões de regulamentação judicial. 
No âmbito do TRT4: Provimento Conjunto nº 11/2013 
Art. 1º As ações dirigidas às Varas do Trabalho em que está implantado o PJe-JT devem ser ajuizadas 
por meio desse sistema, mesmo que estejam sujeitas a distribuição por dependência a processos que 
tramitam em meio físico. 
Art. 2º A utilização da funcionalidade para solicitação de sigilo, disponível no sistema, quando da 
juntada de petições e documentos aos autos dos processos que tramitam no PJe-JT, deve ser 
justificada na respectiva petição. 
§ 1º A justificativa exigida no caput não se aplica às petições que visam à apresentação da defesa 
(exceção, contestação e reconvenção). 
§ 2º Desatendida a forma prevista no caput, o Juiz pode alertar a parte sobre a necessidade de sua 
observância futura. 
Art. 3º Os arquivos a serem juntados aos autos dos processos que tramitam no PJe-JT devem utilizar 
descrição que identifique, resumidamente, os documentos neles contidos e, se for o caso, os 
períodos a que se referem os documentos; e, individualmente considerados, devem trazer os 
documentos da mesma espécie, ordenados cronologicamente. 
Parágrafo único. O preenchimento dos campos “Descrição” e “Tipo deDocumento”, exigido pelo 
sistema para anexação de arquivos à respectiva petição, deve guardar correspondência com a 
descrição conferida aos arquivos. 
Art. 4º A parte que indicar assistente técnico para atuar em processo que tramita no PJe-JT deve, por 
seus próprios meios de acesso ao sistema, viabilizar a consulta e anexar as manifestações do indicado 
aos respectivos autos. 
Art. 5º A prática de atos pelas partes e pelos procuradores no PJe-JT, durante a audiência, pode ser 
admitida excepcionalmente, a critério do Juiz que a presidir. 
Parágrafo único. Deve ser assegurada às partes e aos procuradores presentes à audiência, durante a 
sua realização, a consulta aos autos do respectivo processo. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
17 
Art. 6º Não será exigida da parte reclamada a observância de qualquer outro prazo para juntada da 
defesa aos autos dos processos que tramitam no PJe-JT, a não ser aquele previsto no art. 22, caput, 
da Resolução nº 94/CSJT, de 23 de março de 2012, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho. 
 
RESOLUÇÃO CSJT Nº 94/2012, DE 23 DE MARÇO DE 2012 (Republicada em cumprimento ao art. 23 
da Resolução CSJT nº 120/2013, de 21.2.2013): Institui o Sistema Processo Judicial Eletrônico da 
Justiça do Trabalho – PJe-JT como sistema de processamento de informações e prática de atos 
processuais e estabelece os parâmetros para sua implementação e funcionamento. 
 
RESOLUÇÃO CSJT Nº 136/2014, DE 29 DE ABRIL DE 2014 
Instituiu o Processo Judicial Eletrônico da justiça do trabalho, PJe-JT como sistema de processamento 
de informações e prática de atos processuais e estabelece parâmetros para a sua implementação e 
funcionamento. 
Art. 1º A tramitação do processo judicial no âmbito da Justiça do Trabalho, a prática de atos 
processuais e sua representação por meio eletrônico, nos termos da Lei 11.419, de 19 de dezembro 
de 2006, serão realizadas exclusivamente por intermédio do Sistema Processo Judicial Eletrônico da 
Justiça do Trabalho – Pje - JT regulamentado por esta Resolução. 
5. PRECLUSÃO 
 Conceito: É a perda do direito de praticar uma faculdade processual. 
 Hipóteses: 
-Esgotamento do prazo sem a prática do ato: (Preclusão temporal) 
-Esgotamento do prazo pela realização do ato, que não permite que o ato seja complementado ou 
modificado (Preclusão consumativa) 
-Prática de ato anterior incompatível com a faculdade que se deseja praticar (Preclusão lógica) 
 As preclusões são como comportas que impedem o retorno do processo às fases ou etapas já 
superadas. 
 Art. 507/CPC. É vedado à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas a 
cujo respeito se operou a preclusão. 
 OPERA-SE A PRECLUSÃO PARA O JUIZ? 
 Art. 505/CPC: Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma 
lide, salvo: 
I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato 
ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; 
II - nos demais casos prescritos em lei. 
 Art. 494/CPC: Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
18 
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou erros de cálculo; 
II - por meio de embargos de declaração. 
 
ATOS PROCESSUAIS POR MEIOS ELETRÔNICOS 
ÁREA TRABALHISTA 
 
LEI Nº 9.800, DE 26 DE MAIO DE 1999. - FAX 
Permite às partes a utilização de sistema de transmissão de dados para a prática de atos processuais. 
 
LEI Nº 11.419, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006. 
Dispõe sobre a informatização do processo judicial; altera a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – 
Código de Processo Civil; e dá outras providências. 
 
RESOLUÇÃO Nº 140, DE 13 DE SETEMBRO DE 2007 
Aprovou a edição da INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 30/2007 DO TST. Substituída pela Resolução nº 
136/14 do CSJT. 
 
 SUM-387 RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999 
 I - A Lei 9.800, de 26/05/1999, é aplicável somente a recursos interpostos após o início de sua 
vigência. (ex-OJ 194 da SBDI-1 - inserida em 08/11/2000) 
 II - A contagem do quinquídio para apresentação dos originais de recurso interposto por 
intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos 
do art. 2º da Lei 9.800, de 26/05/1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se 
deu antes do termo final do prazo. 
 III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, 
ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 224 do CPC 
de 2015 (CPC, art. 184 - CPC de 1973) quanto ao dies a quo, podendo coincidir com sábado, domingo 
ou feriado. (não posterga ao dia subsequente, pois já se sabe o prazo do recurso, após o envio do fax, 
tem 5 dias para protocolar o original, se o ultimo dia cair em final de semana ou feriado NÃO 
POSTERGAA DATA!!!) Com a RT, os prazos não serão mais contados em finais de semana e feriados. 
 IV - A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei 9.800, de 
26/05/1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão 
jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. 
 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
19 
 Ex.: Nota disponibilizada dia 2/10, publicada dia 3/10 começa a contar dia 4/10 (8 dias para 
interpor recurso de revista – 11/10). Se o advogado está em SM e precisa protocolar em POA, 
poderia enviar via FAX as razões recursais, que seriam protocoladas dia 11/10, porém, pelos termos 
da Lei 9.800, é necessário protocolar os originais no prazo de 5 dias a contar do dia subsequente do 
ultimo dia do prazo do recurso – dia 16/10. Se protocolar por fax antes do prazo fatal (antes dos 8 
dias), contaria a partir do ultimo dia do recurso (inciso II). 
 
 PRAZO PROCESSUAL 
 É o período em que o ato processual deve ser realizado 
Podem ser: 
 - particulares / comuns 
 Prazo comum: significa aquela que corre concomitantemente para as parte, diversamente do 
prazo sucessivo, cuja finalização da contagem para uma das partes é o marco inicial para a 
outra. 
 - legais/judiciais/convencionais 
 Prazo convencional: é o prazo ajustado entre as partes. 
 Prazo judicial: é o prazo fixado pelo juiz 
 Prazo legal: é aquele determinado por lei 
 - peremptórios/prorrogáveis 
 Prazo peremptório: São os prazos indicados por lei, que não podem ser modificados pela 
vontade das partes ou por determinação judicial. 
* Art. 214 e 218, §1º, 2º, 3º e 4º do CPC. 
 CONTAGEM DO PRAZO 
 Art. 775/CLT – passa a ser contado em dia útil. 
 Basta que a notificação (intimação) seja entregue no endereço indicado ou na Caixa Posta. 
 O sábado não é considerado dia útil. 
 Exceções à regra: - recesso de 20/dez a 6/jan 
Súmula 262, II do TST – o recesso forense e as férias coletivas dos ministros do TST suspendem 
os prazos processuais. 
 Art. 775/CLT: 
 Caput: prazos estabelecidos no título X da CLT, contados em dia útil, exclusão do 
começo e inclusão do dia do vencimento. 
 §1º: prazos podem ser prorrogados; quando o juiz achar necessário em virtude de 
força maior devidamente comprovada. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
20 
 §2º: o juiz pode dilatar os prazos processuais e alterar a ordem das provas, confere 
maior efetividade à tutela do direito. 
 Alguns prazos são definidos pelo juiz: 
 Ex.: o reclamado traz ao processo documentos. O juiz dá 30 dias para o advogado da parte 
contraria para se manifestar a respeito dos documentos juntados pelo reclamado. Esse prazo 
processual foi fixado pelo juiz, se o advogado do reclamante precisar de mais prazo, dilatar o 
prazo, o juiz irá reconhecer? Há entendimento que sim, o prazo poderá ser dilatado. Agora, com 
a RT, há entendimento expresso de que o prazo poderá ser dilatado. Quando não há prejuízo ao 
processo, geralmente, a dilação de prazo é deferida. 
 Alguns prazos têm natureza preclusiva e o juiz não pode dilatar. 
 Ex.: manifestação aos cálculos de liquidação. Art. 879/CLT prazo legal peremptório – NÃO 
PODE SER DILATADO, há preclusão se não houver manifestação – RR/RO. 
 Ex.: NE disponibilizada no dia 5/10, publicada dia 06/10. A contagem começa a contar no dia 
07/10, começa excluindo o dia do início e incluindo o dia do final. Quando o advogado é notificado 
no sábado, se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem subsequente. É como se a nota tivesse 
sido disponibilizada sábado, publicada segunda, e a contagem começa na terça. Não inclui o dia da 
publicação. Art. 775/NCLT 
 
  Ex.: “Concedo o prazo de 10 dias a iniciar pelo reclamante para manifestação acerca dos 
documentos juntados aos autos. Após o interregno de 48h dê-se vista a 2 e 3 reclamadas, prazo 
sucessivo de 10 dias.” – NE disponibilizada 11/10, publica 13/10, começa a contar dia 16/10. Qual é o 
prazo da 3º reclamada? No processo eletrônico, o prazo não precisa ser sucessivo, pode ser prazo 
comum. 
 - Se uma nota de expediente foi disponibilizada dia 18/12 e publicada dia 19/12, o prazo 
somente vai começar a contar na volta do recesso. 
 - Se uma nota foi disponibilizada dia 10/12 e publicada dia 11/12, o prazo começa a contar 
dia 12/12, se o prazo ultrapassar o dia 20/12, o prazo ficará suspenso no período do recesso e 
retoma de onde parou, não zera a contagem. 
 COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
 Citação = é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar 
a relação processual. (art. 238 do CPC) 
 Intimação = é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo. (art 
269 do CPC) 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
21 
 Notificação = é realizada pelo correio, no DPT é o mesmo que citar e intimar, é sinônimo. 
 CLT – notificação realizada via correio (Súmula 16 do TST – presunção de recebimento em 
48h, admite prova em contrário.). Notificação expedida dia 05/10, começa a contar dia 8/10 com a 
presunção de recebimento em 48h. Se tiver a assinatura do AR antes das 48h, começa a contar o 
prazo da ciência. Não começa a contar da presunção (48h), mas do momento da ciência. 
 Citação por oficial de justiça – art. 880 da CLT (não precisa ser pessoal) 
 A regra é que a citação se dá por correio, no endereço do reclamado. Qualquer um pode 
receber e assinar a notificação. 
 
 FORMAS DE NOTIFICAÇÃO 
 Regra geral: correio 
 Edital: se o reclamado criar embaraços ao recebimento ou não for encontrado. 
 Antes do edital, pode o juiz determinar que o oficial de justiça faça a notificação (art. 
840/CLT). 
 
 
 Processo Sumaríssimo – art. 852-B, II, CLT 
 Não cabe citação por edital no sumaríssimo, se precisar desse tipo de citação, converte o 
procedimento sumaríssimo em procedimento ordinário. 
 Comunicação processual por carta (art. 236 §1º e 2º e art. 237 do CPC): 
 1) de ordem – se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela emanar. Ex.: ação 
rescisória, o juiz expede uma carta de ordem para que o juiz de origem ouça as testemunhas, o juiz 
do tribunal não ouve as testemunhas, quem deve ouvir é o juiz de 1º grau. 
 2) rogatória – dirigida à autoridade judicial estrangeira 
 3) precatória – fora da jurisdição do juízo em que tramita o processo. (art. 453, 
II/CPC) 
 * Obs.: Art. 774 da CLT + S. 16/TST 
 
 Nulidade de citação – art. 239 do CPC 
 Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as 
hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. § 1º O 
comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a 
partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução. § 2º 
Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de: I- conhecimento, o réu será 
considerado revel; II- execução, o feito terá seguimento. 
 
 Demais notificações: 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
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 - parte sem advogado – notificação pelo correio para a parte 
 - parte com advogado – via postal para o advogado 
 - recurso – publicação no órgão oficial 
 - dissídio coletivo – as partes são notificadas por via postal (art. 867 da CLT), fazendo-se a 
publicação no Diário Oficial. 
 NULIDADES NO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 É a perda dos efeitos pretendidos de um ato processual em decorrência de um vício 
processual qualquer que impede a sua eficácia (resultado útil). Nulidade e invalidade são sinônimos. 
Parte da doutrina entende a invalidadecomo gênero e a nulidade como espécie. 
 Espécies: 
 1-Nulidades absolutas 
 2-Nulidades relativas 
 3-Irregularidades processuais 
 4-Atos inexistentes 
 
 
1- Ato processual NULO ou NULIDADE ABSOLUTA. 
 É o praticado COM violação de normas de ordem pública e interesse social. 
 Não cria efeitos. 
 Se criar efeitos, são desconsiderados a qualquer tempo. 
Não preclui, portanto, não se convola (não se sana). 
 Pode e deve ser declarado de ofício, a qualquer tempo. 
 
 Ex.: nulidade contratual – funcionários da FASE tiveram o contrato de trabalho extinto sob o 
argumento sem o pagamento de verbas ao argumento em ofensa ao Art. 37,CFRB. Desde 1988, para 
ingressar em empresas de autarquia, mesmo que seja celetista, deve ser feito concurso. Monitores e 
agentes da fase não tinham feito concurso e tinha m sido contratados diretamente via CLT. Os 
contratos eram nulos porque ofendiam o disposto no art. 37 da CFRB. Não há discussão nesse tipo de 
situação, é um contrato nulo que poderia ser desfeito sob esse argumento a qualquer tempo. Não 
gerou efeitos, somente levantaram o valor do FGTS e não receberam aviso prévio. 
 Ex.: jogo do bicho não gera efeitos, é nulo. Não tem vínculo de emprego. 
 
2-Ato processual ANULÁVEL ou NULIDADE RELATIVA. 
 É o praticado SEM violação de normas de ordem pública e interesse social. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
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 Só prejudica a parte que não praticou o ato. 
 Pode criar efeitos. 
 Preclui, portanto, convola-se (sana-se). 
 Não pode ser declarada de ofício, mas só a requerimento da parte interessada em momento 
próprio. 
 Ex.: incompetência territorial. A pessoa trabalha em canoas, mas entra com a ação em POA, o 
juiz não pode declarar a incompetência de ofício. 
 
3- Ato processual IRREGULAR 
 É o praticado com vício de menor potencial que não acarreta prejuízos processuais. 
 Pode acarretar efeitos extraprocessuais. 
 É declarado pelo juiz (conhecido como despacho de “chamada à ordem”) 
 Ex.: Numeração irregular de folhas dos autos, Excesso de prazo do juiz. 
 
4 - Ato processual INEXISTENTE 
 É o praticado com vício de grande potencial que não chega a criar efeitos (tal sua grosseria). 
 Eventuais efeitos devem ser cassados judicialmente (declarados pelo juiz) 
 Ex.: Perícia oficial realizada por perito não investido. 
 Perito incompetente é caso de nulidade. 
 Ex.: Médico não especialista. 
NULIDADE ACARRETA PREJUÍZO AO PROCESSO. 
 Sem prejuízo não há nulidade 
 CLT,Art.794- Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade 
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 
 CLT, Art. 795 
 Ex.: Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: protesto por cerceamento de defesa. 
 Ex.: NULIDADE RELATIVA: o reclamante tem sua sentença improcedente e interpõe RO da 
sentença. O RO foi improcedente, mas tinha uma preliminar de reconhecimento de grupo 
econômico, que o juiz reconheceu e declarou que as reclamadas são um grupo econômico. A outra 
parte foi notificada para interpor CR ao RO, e conjuntamente apresentou Recurso Adesivo Preventivo 
– somente se interpõe quando há prejuízo, mas não há prejuízo, nem interesse recursal. RO = 
Apelação na JT. Recurso adesivo pressupõe a sucumbência recíproca. Não se pode suscitar algo que 
não teve prejuízo. 
 PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
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 Conserva os efeitos dos atos processuais que sejam feitos sem observância das formas legais, 
mas que atinjam seus objetivos ou cumpram suas finalidades. 
 Processo é instrumento para realização de justiça e não um fim em si mesmo. 
 CPC,Art.277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, 
realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 
 
 CPC,Art.188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo 
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe 
preencham a finalidade essencial. 
 PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO 
 Atos nulos não se sanam nem se convertem em atos válidos. 
 Atos anuláveis podem se converter em atos válidos se a parte prejudicada não invocar o vício 
do ato. 
 Opera-se a preclusão que torna o ato anulável em ato válido. 
 O juiz não pode declarar o ato anulável como inválido sob pena de substituir a parte 
(“advogar pela parte” tornando-o suspeito para o processo). 
 CLT, Art.795- As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as 
quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
 
 QUESTÃO: INCOMPETÊNCIA DE FORO 
 CLT,Art. 795§ 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. 
A qual “foro” o artigo da CLT se refere? 
 Trata-se de imprecisão terminológica. O “foro” refere-se à matéria veiculada no processo. 
 
 INCOMPETÊNCIAS 
 Para relembrar: 
 - Em razão da matéria: Improrrogável (absoluta). 
 - Em razão do local: Prorrogável (relativa). 
 - Em razão da pessoa: Improrrogável (absoluta). 
 
Observação: Em razão do valor: Rito sumário e sumaríssimo. 
 
“PROTESTO” EM AUDIÊNCIA OU PEÇA 
 
 CLT,Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as 
quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
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 CLT, Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: 
 § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a 
apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. 
 
 -Decisões interlocutórias não admitem agravo de instrumento, como no Processo Civil. 
 -Nulidades devem ser invocadas pelas partes sob pena de convalidação. 
 Parte da doutrina e os usos e costumes processuais admitem o “protesto” como forma de 
defesa contra a preclusão. 
 
“MOMENTO ADEQUADO PARA O LANÇAMENTO DO “PROTESTO” 
 No momento da ciência da nulidade, em audiência, constando em ata, ou no curso do 
processo, constando em peça de manifestação da parte. 
 Em Razões Finais. 
 CLT, Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não 
excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta 
de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. 
 
 
 
 PRINCÍPIO DA RENOVAÇÃO DOS ATOS NULOS OU SANEAMENTO DOS ATOS VICIADOS 
 Fundado no princípio da economia processual. 
 Aplica-se ao ato viciado que pode ser renovado. 
 CLT, Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta ou 
repetir-se o ato; 
 
 Ex.: reclamatória trabalhista em que, na audiência de instrução o juiz indefere a oitiva de 
testemunhas da reclamada sob o argumento que já estava satisfeito sobre o seu convencimento 
tendo em vista que já tinha ouvido as testemunhas da outra parte. O advogado solicita o registro do 
protesto. Após, o juiz condena à reclamada, que recorre apresentando RO com preliminar de 
cerceamento de defesa por indeferimento da prova testemunhal. A nulidade está em proferir a 
sentença sem ter ouvido as testemunhas da reclamada, a qual foi reconhecida no recurso ordinário 
para que voltasse à instância inferior para ouvir a testemunha. O acórdão quando reconhece a 
nulidade, indica quais são os atos que devem ser sanados – efeito ex tunc , vai retroagir até o 
indeferimento da oitiva de testemunhas, mas os outros depoimentossão aproveitados. 
 
 PRINCÍPIO DO APROVEITAMENTO DOS ATOS (OU CONSERVAÇÃO DOS ATOS) 
 Podendo, os atos úteis são aproveitados no processo, mesmo que seja declarada alguma 
nulidade ou anulabilidade. Os atos anuláveis convalidados, se úteis, também são aproveitados. 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
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 CLT, Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se 
estende. 
 
 PRINCÍPIO DO INTERESSE NA NULIDADE 
 As nulidades não podem ser arguidas por quem lhes deu causa. Ninguém pode alegar a 
própria torpeza em defesa. 
CLT, Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: b) quando arguida por quem lhe tiver dado 
causa. 
 CC, Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular 
o negócio, ou reclamar indenização. 
 
 Podendo, os atos úteis são aproveitados no processo, mesmo que seja declarada alguma 
nulidade ou anulabilidade. 
 Os atos anuláveis convalidados, se úteis, também são aproveitados. 
 CLT, Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta ou 
repetir-se o ato; b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
 
 
 
 
 
 ARGUIÇÃO DE NULIDADES 
 Instância ordinária: 
 1º Momento: Na ciência do ato. 
 2º Momento: Em Razões Finais 
 Instância superior: 
 - Preliminar de Recurso 
 CLT, Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente 
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. 
 AÇÃO TRABALHISTA - NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO 
 Ação é o direito público, autônomo e abstrato, constitucionalmente assegurado à pessoa, 
natural ou jurídica, e a alguns entes coletivos, para invocar a prestação jurisdicional do Estado, 
objetivando a tutela efetiva de direitos materiais. (Bezerra Leite) 
 Ação é o direito de reclamar ao Estado sua tutela jurisdicional. 
 No processo do trabalho a ação trabalhista também é denominada como reclamação 
trabalhista ou dissídio trabalhista, sendo mais usual o termo reclamação trabalhista. 
 A reclamação trabalhista é utilizada para tutelar direito material violado pelas partes dentro 
de um contrato de trabalho ou emprego. A realidade principiológica do processo do trabalho 
pressupõe que se priorize o acesso ao judiciário, mediante a simplificação dos meios postos à 
disposição do litigante (Art. 791 e 840 da CLT). 
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 Elementos da Ação: sujeitos, objeto e causa de pedir. 
 Subjetivos: 
 Partes autor = reclamante 
 Réu = reclamado 
 Litisconsórcio: ativo, passivo e misto. 
 Sujeitos são aqueles que possuem capacidade de figurar como parte no processo trabalhista. 
São sujeitos, portanto, o empregado, o empregador, bem como seus representantes legais (quando 
empregado for menor de idade), sindicatos de classe (nas ações coletivas), e as Procuradorias 
Regionais do Trabalho (quando versar sobre trabalho escravo). 
 Na reclamatória trabalhista pode haver reconvenção, em que o reclamante é réu e a 
reclamada é autora, bem como consignação em pagamento, que de dá da mesma forma. 
 Objetivos: 
 Pedido – objeto da ação trabalhista. 
Imediato: a providência jurisdicional que se pretende: a condenação, a expedição de ordem, 
a constituição de uma nova situação jurídica, a tomada de providências executivas, a declaração etc. 
O reconhecimento de vínculo de emprego é imprescritível e pode ser solicitado a qualquer 
tempo, mas a solicitação de verbas é prescritível. Tutela inibitória para não dar referências 
desabonatórias. 
 Mediato: é o bem da vida, o resultado prático que o demandante espera conseguir com a 
tomada daquela providência. 
 Causa de pedir: é o próprio direito material violado. 
 Fatos e fundamentos jurídicos do pedido (art. 319, III/CPC). 
 CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES INDIVIDUAIS 
- Quanto ao número de reclamantes: 
 Individuais ou plúrimas 
 Coletivas 
 - Quanto à providência jurisdicional: 
 Ações de conhecimento 
 Condenatórias (busca título judicial ex.: férias) 
 Constitutivas (criação, modificação ou extinção de dada relação jurídica ex.: estipulação de 
salário). 
 Declaratórias (declara a existência ou inexistência de dada relação jurídica) 
 Ações executórias 
 Ações de natureza acautelatórias (produção antecipada de prova, sequestro, etc.). 
 Ações mandamentais 
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 - Quanto ao procedimento 
 Rito ordinário: acima de quarenta salários mínimos. 
 Rito sumaríssimo: de dois salários mínimos até quarenta salários mínimos – art. 852-A CLT 
 Rito sumário: ações até dois salários mínimos, Lei 5584/70. 
 
 AÇÕES COLETIVAS 
 Stricto sensu: Dissídios coletivos: Interesse abstrato de categoria; Poder normativo da Justiça 
do Trabalho (art. 114, § 2º, CF/88), Sentença normativa. 
 Lato sensu: Ação de cumprimento (art. 843, 872, § único, CLT). 
 Ações civis públicas (MPT – art. 129, III; LC n. 75/93, arts. 6º, VII, a e d, e 83, III) - 
Legitimação: Sindicatos e MPT. 
Pressupostos Processuais 
 Possibilidade jurídica do pedido – o autor deve estar amparado por norma de direito 
material; 
 Interesse de agir – interesse em recorrer ao judiciário para a solução do conflito; 
 Legitimidade de parte (ou ad causam) – pessoa interessada na demanda. 
 PRESSUPOSTOS DE VALIDADE DO PROCESSO 
 Competência 
 Insuspeição – a jurisdição deve ser imparcial 
 Inexistência de coisa julgada 
 Inexistência de litispendência 
 Capacidade processual dos litigantes 
 Regularidade da petição inicial – exigência de pedido líquido, certo e determinado. 
 Regularidade da citação 
 Pressupostos objetivos: pedido formulado ao juiz, citação do reclamado, inexistência de 
litispendência e coisa julgada. 
 Pressupostos subjetivos: relativos ao juiz (jurisdição, competência e imparcialidade), 
relativos às partes (capacidade de ser parte, de estar em juízo e postulatória). 
 Petição Inicial – é o instrumento processual utilizado para ingressar com a ação trabalhista, 
ou seja, provocar a tutela jurisdicional do Estado. É possibilitado ao empregado ajuizar reclamação 
trabalhista sem o amparo de advogado, em virtude do instituto do “jus postulandi” (art. 791 da CLT). 
A petição inicial pode ser verbal ou escrita, artigo 840 da CLT. 
 Quando verbal, a petição não precisa preencher os requisitos do art. 840 da CLT e 319 do 
CPC, basta que a parte compareça na Secretaria da Vara do Trabalho e reclame verbalmente seu 
direito. A reclamação verbal será reduzida a termo pelo funcionário da Vara do Trabalho, em duas 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
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vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria. Não se cogita de reclamação verbal 
com assistência de advogado. 
 Quando escrita, a petição inicial deverá respeitar os requisitos previstos no artigo 840 da CLT 
e no artigo 319 do CPC. 
 Requisitos da Petição Inicial – Art. 840 §1º: 
 1) Endereçamento: a petição inicial deve ser dirigida ao juiz do trabalho ou ao juiz de direito 
nas localidades que não existir vara do trabalho; 
 2) Qualificação: no processo do trabalho as partes são denominadas reclamante e reclamado. 
Na qualificação do reclamante (quando empregado) deve conter o nome completo, estado civil, 
nacionalidade, profissão, número do RG, CPF e CTPS (nº e série), bem como o endereço completo. Na 
qualificação do reclamado deve constar seu nome completo, número do CPF ou CNPJ e endereço 
completo, já que sua notificação será feita por correio (Lei 11.419/2006). 
 3) Fatos: narração completa dos fatos que deram causa ao direito, não é necessáriaa 
fundamentação jurídica. 
 4) Pedido: é a pretensão do reclamante. O Pedido pode ser: 
 a) líquido - quando apresentar cálculos; 
 b) ilíquido – apenas indica as verbas devidas sem lhes valorar; (isso muda com a 
reforma trabalhista). Com a RT o pedido deve ser LÍQUIDO 
 c) certo – pedido especificado, expresso; 
 d) determinável – será determinado no curso do processo; 
 e) alternativo – o reclamado tem à sua disposição duas ou mais maneiras de cumprir 
a obrigação (neste caso, os pedidos devem ter a mesma hierarquia e o réu escolhe a forma como vai 
cumprir a obrigação); 
 f) sucessivo – existe uma escala de interesses entre os pedidos formulados, sendo 
que o pedido subsidiário só será analisado com a rejeição do pedido principal (aqui os pedidos são de 
hierarquias diferentes e quem escolhe a forma de cumprimento da obrigação é o juiz); 
 g) cumulativo – o reclamante pode formular mais de um pedido para que o 
magistrado aprecie a todos eles conjuntamente, mesmo que não sejam conexos. Para a cumulação é 
necessário que os pedidos sejam compatíveis entre si, seja o mesmo juízo competente e mesmo 
procedimento. 
 5) Valor da causa: é indispensável no processo do trabalho, pois é o valor dado à causa que 
determina qual procedimento será utilizado na demanda, ordinário ou sumaríssimo. Quando o 
pedido for líquido, o valor da causa será a somatória dos pedidos. 
 6) Assinatura: a petição inicial deve conter também, a data e assinatura do reclamante ou 
seu representante. Com a edição da Lei 11.419/2006 é possível à aposição de assinatura digital. 
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Petição Inicial de acordo com a reforma Trabalhista: 
 Art. 840.: § 1º: Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a 
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá 
ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu 
representante. 
 
 Assim, o pedido nas reclamações trabalhistas será formulado da mesma forma, tanto no 
processo de rito ordinário como no sumaríssimo. 
 
Atualização da Reforma Trabalhista: 
 Art. 840. § 3º: Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão julgados 
extintos sem resolução do mérito. 
 Quando a inicial não atender o requisitos pré-determinados, será extinta sem resolução de 
mérito. 
 
 
 
 AS PECULIARIDADES NA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO 
 1) Horário e duração da audiência 
 Art. 813 CLT: “As audiências serão públicas, realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em 
dias úteis previamente fixados entre 8 e 18 horas, não podendo ultrapassar cinco horas seguidas, 
salvo quando houver matéria urgente.” 
 
 2) Do atraso do Juiz 
 Art. 815 CLT: “Se o Juiz não comparecer ao local da audiência até 15 minutos após a hora 
marcada, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro de 
audiências”. 
 
 Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia), em seu art. 7º, XX, dispõe que o advogado pode 
retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após 30 minutos do 
horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidi-lo, 
mediante comunicação protocolizada em juízo. 
 
 3) O poder diretivo do juiz 
 Art. 816 CLT: “O Juiz exerce o poder de policia, mantendo ordem nas audiências, podendo 
mandar retirar-se do recinto os que a perturbarem.”. 
 
 Art. 360 CPC: “O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe: I- manter a ordem e o 
decoro na audiência; II- ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem 
inconvenientemente; III- requisitar, quando necessário, a força policial”. 
 
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 4) Fracionamento da audiência 
 Art. 849 CLT: determina audiência una, visando o princípio da celeridade. 
 Art.765 CLT: ampla liberdade de direção do processo 
 Audiência de conciliação (engloba a tentativa conciliatória e juntada de defesa) 
 Audiência de instrução (colheita de provas) 
 Audiência de julgamento (com o único objetivo de dar ciência da sentença as partes, 
mediante sua publicação em audiência.). 
 5) A ausência do Reclamante 
 Como é: A presença do advogado (quando a demanda envolva relação de emprego) é 
dispensável em vista do jus postulandi. O empregado deverá comparecer pessoalmente a audiência, 
se não for possível, por doença ou algum outro motivo comprovado, poderá substituir-se por outro 
empregado que pertença à mesma profissão, pelo sindicato profissional ou mesmo pelo advogado, 
os quais apenas justificarão sua ausência, evitando-se o arquivamento. (o representante não pode 
firmar acordo, confessar ou transigir, apenas evita-se o arquivamento). Após a RT, o preposto não 
precisa mais ser empregado da empresa. 
 
 
 Como será com a Reforma Trabalhista: 
 Art. 844: § 2º: Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento 
das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça 
gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente 
justificável. §3º: O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de 
nova demanda. 
 
 6) A ausência da Reclamada 
 Como é: Ao empregador é facultado fazer-se substituir por preposto, dede que tenha 
conhecimento dos fatos. 
 Súmula 377 TST: preposto empregado da empresa, salvo se empregado doméstico ou micro 
empresa ou EPP Lei Complementar 123/06. 
 
 Súmula no. 122 TST: o advogado não poderá acumular a função de preposto , sendo 
decretada a revelia da empresa se o preposto não comparecer, mesmo que o advogado esteja 
presente. 
 Art. 3º da Lei 8.906/94 (Estatuto da OAB) proíbe que o advogado funcione no mesmo 
processo como preposto e patrono do empregador 
 
 Como será com a Reforma Trabalhista: 
 Art. 844 § 5º/CLT.: Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, 
serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados. 
 
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 Art. 847/CLT.: Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de 
processo judicial eletrônico até a audiência. 
 
 REVELIA - Absoluta 
 Conceito: é a contumácia do réu que não ofereceu contestação às pretensões do autor. Não 
é pena, mas simples consequência de não se impugnar a ação no momento apropriado. É A 
AUSÊNCIA DE DEFESA. 
 Decisões isoladas admitem a presença do advogado para elidir a revelia (não a confissão), 
afrontando aos termos da Súmula 122 do TST. 
 
 CONFISSÃO - Relativa 
 Conceito: é pena - é uma confissão presumida pelo fato do mesmo não comparecer para 
prestar depoimento pessoal, não é prova absoluta contra ela, pois a convicção do julgador se forma 
também com base nas demais prova s dos autos. A confissão é relativa, cabendo prova em contrário, 
desde que pré-constituída. É A AUSÊNCIA DA PARTE. 
 
 
 Enunciado 74 do TST. CONFISSÃO. 
 I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela 
cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. 
 II - A prova pré-constituída (prova documental) nos autos pode ser levada em conta para 
confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o 
indeferimento de provas posteriores. 
 
 Ex.: Na primeira audiência, se a reclamada não comparece acarreta em revelia e confissão. 
Na segunda audiência, que já foi apresentada a defesa e a parte não comparece, ocorre a confissão – 
presumem-se verdadeiros todos os fatos narrados, mas issonão quer dizer que o juiz irá proferir 
sentença improcedente, porque tem defesa juntada aos autos e irá analisar a inicial e a defesa, bem 
como as provas produzidas até então no processo. Não é revelia porque a defesa já está juntada no 
processo desde a primeira audiência. Pode ser que a prova afaste a ideia de confissão, tendo em 
vista que é relativa, pois admite prova em contrário. 
 
 7) A primeira tentativa de conciliação 
 Acordo: 
 Especificar verbas indenizatórias/ salariais 
Processo sem reconhecimento de vínculo, verbas indenizatórias de natureza civil. 
 Art. 846 proposta de conciliação obrigatória. 
Defesa deverá ser apresentada até o momento da audiência, se oral em 20 minutos. 
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 8) O aditamento da petição inicial 
 A doutrina trabalhista majoritária admite que o aditamento da petição inicial seja requerido 
até a audiência, antes da apresentação da resposta do réu o que ocorre em audiência; 
 O juiz acolhendo o aditamento antes da apresentação da defesa designará nova audiência 
para que o réu possa contestar novo pedido; 
 Após a apresentação da defesa pelo réu, inicia-se a instrução do processo, com a 
apresentação de provas, começando pelo interrogatório das partes Art. 848 da CLT. 
 9) O depoimento pessoal das partes: 
 O depoimento pessoal não é considerado prova, a prova é a confissão extraída deste 
depoimento. 
 Interrogatório não admite questionamentos, porque é do juízo. Somente pode haver 
questionamentos das partes em depoimentos. A prova jamais preclui para o juiz. 
 
 
 
 
 10) Os protestos 
 Qualquer requerimento indeferido deverá constar do termo 
Consignação dos protestos 
 Vital importância no recurso evita preclusão 
 Artigos 794 e 795 da CLT 
 11) As razões finais 
 Correspondem aos memorias do Processo Comum, mas no processo do trabalho as razoes 
finais deve se dar de forma oral. 
 Art 850 da CLT esclarece que, terminada a instrução poderão as partes aduzir razões finais, 
em prazo não excedente de 10 minutos. 
 
 Razões finais Remissivas: é o termo empregado por Juízes do Trabalho para indicar que as 
partes, encerrada a instrução, optaram por não se manifestar novamente, limitando-se ao que já 
falaram nos autos. 
 13) A segunda tentativa de conciliação 
 Art. 831CLT a decisão só poderá ser proferida após a segunda tentativa de conciliação. 
 É após as razões finais. 
 Art. 850 CLT- após razões finais a última tentativa conciliatória 
 14) O julgamento 
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 As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que for proferida ( art.852 
da CLT) salvo no caso de revelia, pois o revel será intimado nos moldes previstos no art. 841 §1º, se a 
postal não resolver porque não se encontra o reclamado passa-se para edital. 
 A ata de julgamento, devidamente assinada pelo juiz, será juntada ao processo no prazo 
improrrogável de 48 horas, contado da audiência de julgamento art. 851§2º CLT. 
 O prazo para interposição do recurso pela parte que, intimada, não comparecer à audiência 
em prosseguimento para prolação da sentença, conta-se da sua publicação a teor da S. 197 TST. 
 S. 30 TST: quando não juntada a ata no processo em 48 h, contadas da audiência de 
julgamento ( art. 851, §2º da CLT) o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber 
a intimação da sentença 
 15) A audiência no procedimento sumaríssimo 
 Art. 852-B em quinze dias de seu ajuizamento deve constar pauta de audiência para o rito 
sumaríssimo. (não contem na lei nenhuma penalidade caso não se cumpra esse prazo) 
 Audiência una- caso interrompida, seu prosseguimento será no máximo em 30 dias. 
 Todas as provas serão produzidas em audiência 2 testemunhas para cada um. 
 Art. 852-E no sumaríssimo não é obrigatório a primeira tentativa de conciliação, sendo que o 
Juiz poderá conciliar em qualquer fase do processo. 
 NOÇÃO DE PROCEDIMENTO 
 Procedimento é “o complexo de atos e termos que refletem e condicionam, no processo civil, 
a atividade das partes, do juiz, dos órgãos auxiliares da Justiça e demais pessoas cuja atuação 
concorre para que, na relação jurídica de que constitui materialização, se efetive a tutela jurídica 
atinente à função precípua do Poder Judiciário” (Celso Neves). 
 ASPECTOS DO PROCEDIMENTO 
 1 – EXIGÊNCIA DE CERTOS ATOS – Todo procedimento inicia-se com um ato da parte (a 
demanda) e termina com um ato do Estado-juiz (o provimento jurisdicional). No meio das duas 
pontas (entre a petição inicial e a sentença), situam-se os atos intermediários (alguns indispensáveis, 
como a citação). Sem alguns desses atos não há procedimento. 
 2 – A FORMA DOS ATOS – A necessidade de observação da forma dos atos deve ser 
expressão dos princípios constitucionais do contraditório e do devido processo legal (como, v.g., a 
presença da motivação na sentença), afinal o processo é apenas instrumento. 
 3 – ORDEM SEQUENCIAL DOS ATOS – O procedimento é composto, também, de um roteiro, 
uma sequência de atos mais ou menos rígida, que marcha invariavelmente para frente, na busca do 
provimento jurisdicional. Nesse sentido se diz que o ato procedimental não tem uma finalidade em si 
mesmo, mas existe, apenas, em razão do provimento que persegue. 
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 4 – DIVERSIFICAÇÃO ESTRUTURAL – Os procedimentos tendem a variar, conforme a tutela 
perseguida. O procedimento do mandado de segurança é diferente da reclamação trabalhista, que é 
diferente do dissídio coletivo, etc. 
 TIPOS DE PROCEDIMENTOS 
 A doutrina do DIREITO PROCESSUAL CIVIL classifica o procedimento, quanto à forma pela 
qual ele se desenvolve em dois tipos básicos: o procedimento flexível, que se caracteriza pela 
possibilidade de retrocessos vários, dando ao juiz grande margem para a direção do sistema; o 
procedimento rígido – o brasileiro, v.g. – que se caracteriza pela nítida distribuição dos atos 
processuais em fases (que não estão demarcadas na legislação) e pelo emprego acentuado da 
preclusão, destinada a impedir retrocessos. 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO 
 Foi introduzido na CLT pela lei 9957/2000 com o objetivo de estabelecer rito mais concertado 
e célere para causas trabalhistas de menor complexidade. 
 Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo 
vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. 
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a 
Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
 PARTICULARIDADES DO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO: 
 PROCEDIMENTOS PROCESSUAIS - Deve ser aplicado aos dissídios individuais cujo valor não 
exceda a 40 (quarenta) vezes o salário mínimo vigente na data da reclamação. Artigos 852-A a 852-I, 
assim como em seus artigos 895, § 1º e 2º, 896, § 6º e 897-A. 
 Três requisitos fundamentais para a reclamação sumaríssima: 
• Pedido certo ou determinado e terá que indicar valor correspondente; 
• Não se fará citação por edital, cabendo ao autor a correta indicação do nome e endereço do 
reclamado; 
•A apreciação da ação deverá ocorrer no prazo máximo de 15 (quinze) dias do seu ajuizamento. 
 A não observância dos primeiros dois requisitos implicará ao reclamante o arquivamento da 
reclamação e consequente condenação ao pagamento das custas, as quais serão arbitradas sobre o 
valor da causa (art. 852-B, § 1º, CLT). 
[DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO] 2017/II 
 
 
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 O pedido deve ser certo ou determinado. Pedido certo é pedido expresso, explícito.

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