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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA REGIÃO DOS INHAMUNS – CECITEC
CURSO: CIÊNCIAS BIOLOGICAS
DISCIPLINA: MORFOLOGIA E TAXONOMIA DE CRIPTÓGASMAS
PROFESSORA: JULIANA RODRIGUES DE SOUSA
	
FUNGOS 
NAYARA MARIA SOARES FERREIRA
NAYARA MARIA SOARES FERREIRA
FUNGOS 
Trabalho apresentado no curso de biologia, 
na Universidade Estadual do Ceará – UECE,
 referente as disciplina de Morfologia e Taxonomia 
de Criptogramas, 3° semestre.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO_________________________________________________04
CARACTERISTICAS GERAIS_____________________________________05
CLASSIFICAÇÃO_______________________________________________07
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E ECOLÓGICA________________________14
ASSOCIAÇÃO COM OUTROS ORGANISMOS_______________________16
CONCLUSÃO_________________________________________________20
INTRODUÇÃO
Os fungos são organismos em sua maioria multicelulares, são eucariontes, heterotróficos, vivem em diversos ambientes tanto aquáticos como terrestres, em regiões árticas, antárticas ou tropicais e comumente podem ser vistos a olho nu.
Por apresentarem características semelhantes às plantas e aos animais, estes organismos foram catalogados em um reino á parte, o Reino Fungi. Inicialmente os fungos foram considerados como plantas primitivas por não apresentarem clorofila, por sua imobilidade, a presença de parede celular e a reprodução por esporos. Posteriormente, estudos moleculares realizados a partir do DNA concluíram que os fungos estão mais relacionados com as plantas do que com os animais. É interessante ressaltar que estes são heterotróficos, diferentemente das plantas os fungos alimentam se de matéria orgânica das quais se instala no seu interior.
Não se sabe ao certo quando surgiram os fungos, pressupõe-se que tenha evoluído de protistas flagelados. Em 900 M.a foi encontrado o primeiro provável fóssil de fungo, porém apenas em 600 M.a pôde se ter a certeza de um fungo fossilizado. Essa dificuldade na identificação de prováveis fósseis se dá por possuírem uma estrutura muito delicada da qual não se fossiliza de forma adequada e por sofrem algumas mudanças genéticas que não são expressas na sua morfologia.
Estimasse a existência de cerca de 1milhão e 500 mil espécies de fungos, situado como o segundo maior grupo de organismos, suplantado apenas pelos insetos. Aproximadamente mais 100 mil espécies já foram descritas e 1700 são descritas a cada ano.
1 CARACTERISTICAS GERAIS DOS FUNGOS
Mesmo sendo organismos muito semelhantes com plantas e animais os fungos possuem peculiaridades das quais explica o fato de pertencerem a um reino a parte. 
Os fungos são microrganismos formados por células eucariontes unicelulares (leveduras) e em sua maioria multicelulares (filamentosas). Alguns fungos estão envolvidos em processos fermentativos, mas em geral estes são anaeróbicos. São constituídos por longos filamentos, denominadas de hifas, sendo que o conjunto de hifas forma os micélios. 
 As hifas são divididas por paredes transversais chamadas de septos, estas hifas são denominadas apocíticas (septadas). Quando não há estas divisões são cenocíticas (não septadas), podendo ser também contínua, simples ou ramificada. Estes septos possibilitam a passagem de núcleos e de pequenas organelas.
O conjunto destas hifas, os micélios são os responsáveis por absorver nutriente e dar forma aos fungos, formam estruturas especiais tais como: rizoides—fixação no meio; grampo de conexão—auxiliando na troca de material genético; esclerócito ou escleroto e clamidósporo—resistência; e rizomorfas— ligada a absorção.
Os fungos possuem uma parede celular rica em quitina, galactose e manana, podendo ter ainda celulose β-glucano (Oomycota), possuem ergosterol em sua membrana celular.
Todos os fungos são heterótrofos, agindo como sapróbios na obtenção de seu alimento ou parasitando os organismos. Por possuírem uma parede celular rígida isso impossibilita de engolir microrganismos ou outras partículas. Propiciando uma nutrição externa, através de exoenzimas lançadas sobre o alimento, ocasionando a quebra do alimento em partículas que possam ser absorvidas pelo ápice da hifa ou por regiões próximas. As leveduras obtém a energia através de fermentação, que a partir da glicose produz o álcool etílico. Os fungos têm como principal polissacarídeo de reserva o glicogênio, comum para plantas e animais.
Os fungos se reproduzem tanto de forma sexuada como de forma assexuada. A forma sexuada é basicamente formada por ter fazes: plasmogamia – fusão dos citoplasma; cariogamia—fusão do núcleo formando um núcleo diploide (n+n); e a meiose. Há o encontro de duas hifas de linhagens diferente que juntam seus núcleos e se desenvolvem juntas, formando um substrato os corpos reprodução ou frutificação , que ás vezes possuem forma de um chapéu, o cogumelo, dos quais sofrem meiose e dão origem aos esporos que resultarão em novas hifas. 
A reprodução assexuada é influenciada por múltiplas condições, como por exemplo, o ambiente seco, a escassez de alimento e até a presença de diferentes hifas. É acometida através da produção de esporos produzidos por esporângios ou em células especializadas que são denominadas como células conidiogênicas, podendo ser únicos ou em cadeia—conídios. Essa reprodução se dá por meio da fragmentação de hifas. 
 
 
2 CLASSIFICAÇÃO
A classificação dos fungos e feita mediante as características morfológica e de seu ciclo de vida. Ambos os fungos que tem uma caracterização bem definida de seus ciclos de vida são agrupados nos quatro filos: Chytridiomicotas, Zygomycotas, Ascomycotas e Basidiomycotas.
2.1 Quitridiomicetos — Chytridiomycota 
Este filo é constituído por cerca de 790 espécies, onde os organismos são predominantemente aquáticos, mas podem estar presente em beiras de represas de rios e rúmen de mamíferos herbívoros. Vivem como sapróbios aquáticos sobre folha, galhos e animais mortos de água doce; vária são parasitas tanto de animais como em vegetais, exemplos: Batrachochytrium dendrobatidis – causando deformações na boca de anfíbios e a morte de rã; e a Shynchytrium endobioticum—causadora da verrugosa-preta da batata, grande problema na Europa.
Apresenta forma bastante variável assim como diferentes interações sexuais e no seu ciclo de vida, são formados por células esféricas, as hifas formam estruturas finas e bastante ramificadas—os rizoides, poucas espécies são septados—quando isso acontece é na maturação. O que lhes deferência de outros fungos é a presença de células moveis, os zoósporos e gametas.
Alguns fungos não desenvolvem micélios, porém no momenta da reprodução o organismo todo se transforma em estrutura reprodutora. Algumas espécies possuem rizoides que penetram no substrato e funcionam com âncora.
A espécie Allomycetes arbuscula uma representante deste filo, tem uma alternância de gerações isomórficas, como mostra no ciclo adiante.
No ciclo de vida desta quitrídia existe a alternância de gerações isomórficas. Onde os indivíduos haploides e diploides são indistintos ate incidirem na forma de estrutura reprodutiva. Os indivíduos haploides – os gametófitos, produzem aproximadamente igual numero de gametângios sendo de dois tamanhos, condição chamada anisogamia, que são atraídos por sirenina—um hormônio. O zigoto vai perder o flagelo e germinar produzindo um individuo diploide. Esta estrutura esporófica produzirá dois tipos de esporângios, os assexuados com parede fina que libera zoósporos diploides, dos quais deve germinar e repetir a geração diploide; e os esporângios sexuados com parede mais espessa que são capazes de resistir a condições severas do ambiente. Após um certo período ocorre a meiose nos esporângio sexuados resultando na formação dos zoósporos haploides, dos quais desenvolveram-se em gametófitos que posteriormente da origem aos gametângios na maturidade.
2.2 Zigomicetos – Zygomycota
Existecerta de 1.060 espécies inseridas neste filo, sendo compostas em sua maioria por hifas cenocíticas em grande quantidade, das quais o citoplasma flui rapidamente. Estas hifas tem um rápido crescimento e em certas condições ambientais podem formar leveduras, unicelulares. Vivem sobre plantas e animais mortos, em esterco, e no solo. Podem ser parasitas de insetos, plantas e pequenos animais terrestres, além de vivem em relações simbióticas com o homem, animal e plantas.
Um dos membros deste filo é o Rhyzopus stolonifer, o chamado bolor negro do pão. Ele cresce no pão como o próprio nome sugere, em frutos e alimentos abundantes em agua e carboidratos, formando massas cotonosas as superfície do alimento absorvendo rapidamente os nutrientes.
Assim como os outros fungos pertencentes a esta classe, representa reprodução sexuada e assexuada, que envolvem os esporos. Em ambientes estáveis a reprodução assexuada é predominante.
O micélio produz hifas especializada que se chamam estolões na superfície do alimento. No ponto em que os estolões tocam a superfície crescem os rizoides em direção ao interior do alimento, posteriormente nestes pontos nascem o esporangióforos, que transportam os esporângios no ápice. Este esporângio é isolado por septos. O protoplasma é clivado no interior do esporângio, formando uma parede celular em redor de cada núcleo que é produzido de forma assexuada. Os esporos são liberados de acordo com o amadurecimento e ruptura desta parede. Os esporos podem germinar e dar origem a novos micélios, completando o ciclo de vida assexuado.
Na reprodução sexuada há a presença de zigosporângios, que são estruturas que desenvolvem em seu interior os zigospórios, permanecendo dormentes por longos períodos. Neste tipo de reprodução a presença de linhagens opostas + e -. Quando estes micélios de linhagens oposta se aproximam o individuo sofre estímulos dos quais ele libera hormônios induzindo a atração entre os ápices, que desenvolvem o gametângio. Os gametângios ficam separados do restante do micélio por septos, quando as paredes dos dois gametângios se tocam tornam-se protoplastos e fundem-se. Os núcleos de linhagens opostas se dispõem aos pares e formam um zigosporângios, que posteriormente se rompem e esporangióforos emergem do zigospóro. Agora ocorre a meiose que produzem esporos haploides e quando os esporos germinam, o ciclo se repete.
2.3 Ascomicetos – Ascomycotas
Compreendem cerca de 32.000 espécies de fungos importantes, em sua maioria bolores vermelhos, verdes-azulado e escuros que estragam os alimentos. Vivem independentemente ou em colônias, estão presentes em solos secos.
Têm formas filamentosas e unicelulares, seu corpo de frutificação tem forma de taça, suas hifas podem ser multicelulares e possuem septos perfurados ajudando na passagem do citoplasma de um célula a outra.
Da mesma forma que os Zigomicetos, os ascomicetos reproduzem-se de forma sexuada e, mas comumente de forma assexuada. Os conídios—geralmente multinucleados são formados no interior dos conidióforos—estruturas especializadas. Diferentemente dos Zigomicetos, que produzem os seus esporos assexuados no exterior, como conídios. 
A reprodução sexuada envolve a formação do asco, que é uma estrutura em forma de saco onde os ascósporos haploides de instalam e são formados após a meiose. Ascos e ascósporos são as estruturas que distinguem o grupo dos ascomicetos dos outros fungos. O asco é formado dentro do ascoma, uma estrutura de emaranhados de hifas compactadas e entrelaçadas. O ascoma possuem formas variadas, mas todas semelhantes a uma taça, normalmente os ascos vão se desenvolver na superfície interna do ascoma, sendo chama camada de himênio.
A reprodução assexuada inicia se por a germinação de um ascósporo em um substrato adequado, posteriormente o micélio vai se reproduzir e forma o conídio. A formação do asco ocorre no mesmo micélio que a do conídio, os gametângios multinucleado são chamados de anterídios e ascogônios, que se ramificam e juntam os citoplasmas, porém os núcleos não se fundem. As hifas ascógena crescem para fora dos ascogônios, e os ascos se formam na ponta das hifas ascógena dicariótica.
Agora os núcleos se fundem e forma um núcleo diploide, o zigoto. Neste momento os ascos começam a se alongar e o núcleo passa por meiose, seguida de uma divisão mitótica, dando origem a um asco com oito núcleos (n) que iram formar os ascósporos. E por fim dando continuidade ao ciclo.
2.4 Basidiomiceto – Basidiomycota
Este filo agrupa cerca de 22.300 espécies de fungos, dos quais estão presentes o cogumelo comestível e o venenoso, as orelhas-de-pau, gasteromicetos, e a ferrugem e o carvão—este são grupos fitopatogênicos. Ambos tem uma um predominante papel em decomposição de substratos vegetais.
Os micélios deste grupo possuem septos perfurados e inflados ou em forma de barril, que por esta característica são denominados de doliporo. Estes poros possuem uma capa membranosa—parentossomos, uma estrutura que de perfil lembra um parêntese. Os micélios em seu ciclo de vida passam por duas fases, nas quais são, monocarióticas e dicarióticas. 
As Basidiomycotas são distintas das demais pela produção de basidiósporo, que surgem do basídio. Quando o basidiósporo passa pelo processo de germinação, dá origem a um micélio multinucleado. Os septos longos se formam dividindo o micélio em células monocarióticas, que pode ser referido como o micélio primário. Os micélios dicarióticos são formados por hifas monocarióticas de linhagens diferentes que se fundem. Esses também podem ser chamados de micélio secundário.
As células apicais do micélio dicariótico irá se dividir formando as ansas ou fíbula. As ansas garantem a distribuição dos núcleos para as células filhas, que são uma das características marcante do filo mesmo sendo que apenas 50% das espécies apresentam. Os basidiomas que são estruturas produtoras de basidiósporo, e são formados por micélios, também sendo dicariótico, o chamado micélio terciário. Na produção dos basidiomas e necessário luz e baixa quantidade de CO², para que o micélio possa emergir no substrato, nesta formação o micélio tem algumas hifas especializadas para desempenha diferentes funções.
O Basidiomycota é dividido ainda em três classes: Basidiomycetes, Teliomycetes e Ustomycetes.
 2.4.1 classe Basidiomycetes
Abrange os cogumelos comestíveis, os venenosos, os dentiformes, coraloides e as orelhas-de-pau. São referidos como himenomicetos, pois produzem basidiósporos em distintas e férteis, o himênio, que fica exposto antes da maturação do esporo. 
Em sua maioria possuem basidiósporos clavados e não septados, sendo que em quatro basidiósporos, cada um se projeta em esterigma.
Os cogumelos venenosos e comestíveis são distinguidos por o basidiomas. Um cogumelo possuem de forma geral um chapéu ou píleo, assentado sobre pedúnculo ou estipe, possuem estruturas radiadas chamadas de lamelas.
2.4.2 classe Teliomycetes
As chamadas ferrugens que compõem aproximadamente 7000 espécies. Diferente da classe anterior, esta classe os esporos ocorrem em aglomerados, o soros, formam hifas dicarióticas septadas. 
Possuem uma imensa importância econômica, pois anualmente causa perdas de bilhões de dólares para agricultura mundial. 
2.4.3 classe Ustomycetes
Parasitas de angiosperma e referida como carvões. Esta classe e formada por mais de 1000 espécies, com basídios septados, sendo muito importantes economicamente, pois atacam certa de 4000 espécies de plantas causando prejuízos imensos na agricultura.
Embora a maioria dos carvões sejam considerados como pragas, o carvão-do-milho é uma iguaria consumida por algumas pessoas, por exemplo, no México alguns consumidores infestam suas plantações de milho, pois o alimento pode atingir um preço muito elevado entre seus apreciadores, sendo considerado como uma iguaria na produção de sopas e cremes.
3 IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E ECOLÓGICA
Fungos e bactérias são os principais decompositores da biosfera, sendo tão necessários quantoos produtores para dar continuidade á vida.
Imagine um mundo em que não existissem organismos responsáveis pela decomposição de matéria morta e recomposição da mateira orgânica. Pois é, os organismos ao morrerem permaneceriam em estado de mumificação ou em seu estado normal, sem se decompor. Organismos mortos como plantas e animais estariam por toda parte intactos, causando um grande desequilíbrio ecológico.
Os fungos são os responsáveis pela decomposição destas matérias mortas e responsáveis também por recompor a matéria orgânica ao solo. Na decomposição existe a quebra de matéria orgânica incorporada nos organismo, liberando o dióxido de carbono na atmosfera e retornando os compostos nitrogenados e substancia ao solo, que podem ser reutilizadas por plantas e por fim, por animais. 
Na forma de compositores os fungos consequentemente entram em conflito com os interesses humanos, atacando alimentos, plantações, tecidos, ceras, papelão, tintas, couros, combustíveis petróleo, papeis, madeira, cabos finos, filmes fotográficos, CDs , enfim, qualquer material concebível. Quando presentes em carne e produtos vegetais produzem as micotoxinas, substancias muito tóxica.
Possuem também importante utilidade na área medica e econômica. Podem ser consideradas como pragas, patógenos e produtores de metabolismo. São utilizados em indústrias de pães e cerveja. Na fabricação da cerveja há sacrifício do amido da cerveja—germinação, secagem e a fervura—e a fermentação na qual Sacharomyces cerevisae produz álcool e CO2. Na fabricação de pães, este mesmo fungo ocasiona o aumento do volume do pão e a leveza da massa. Na fabricação de queijo são usadas inúmeras espécies de fungos do gênero Penicillium, que também produz alguns antibióticos como a “penicilina”. 2
Servem com alimento, podendo ser cultivados, produzem metabolismos utilizados industrialmente chamados de enzimas, ácidos, inseticidas e fungicidas. Porem pode ser considerado praga por infestarem plantações, sendo que de 30 á 40% de culturas anuais são devastada por fungos. 
4 ASSOCIAÇÃO COM OUTROS ORGANISMOS
Os fungos têm relações simbióticas com outros organismos, estar relações são simbióticas—“viver juntos”—que consiste em uma intima relação com outros organismos. As associações que causa doenças é o parasitismo, existe também o mutualismo das quais temos os Líquens e Micorrizas, podem também desenvolver relações mutualísticas com insetos.
4.1 Líquens
É uma associação mutualística entra um fungo e uma alga, ou cianobactéria, dos quais os componentes fúngiscos são denominados de micobiontes e o componente fotossintetizante seria o fotobionte. Este nome de líquens é o nome de um fungo. Estes são polifiléticos, capazes de viver em locais inóspitos da Terra estando amplamente distribuídas, em solos nus, troncos de arvores, rochas aquecidas pelo solo, picos alpinos castigados pelos ventos, e em todo o mundo. São os primeiros colonizadores de áreas rochosas, podem ocupar regiões internas de rochas, folhas, solo e casca de árvores.
Suas cores variam do branco ao negro, podendo ser avermelhadas, amareladas alaranjada, esverdeadas, marrons, contendo compostos químicos incomuns. Podem ser utilizados como fonte de corantes, medicamentos fonte de alimento e como base de fixação de perfumes. Alguns estudos estão sendo feito para comprovar suas aplicações antitumorais.
Os líquens contribuem para o desgaste de rocha e formação de solo, pois produzem grande parte de metabolismo secundário, denominados de ácidos linquênicos, contribuem também para a fixação de nitrogênio no solo, com atuação de extrema importância na suplementação de nitrogênio no ecossistema.
Diante de sua morfologia apresentam três formas: o crostoso, na qual o talo é semelhante a uma crosta e esta fortemente aderida ao substrato; folioso, onde o talo é semelhante a folhas; e o fruticoso, na qual o tale e comparado aum arbusto com posição ereta.
4.2 Micorrizas
São as associações mutualísticas entre raízes e fungos, sendo a mais comum e a mais importante no reino da plantas, que ocorre principalmente em plantas vasculares.
Eles beneficiam os hospedeiros pelo fato de aumentarem a capacidade de absorção de água e elementos como fosforo, zinco, manganês, e cobre. Fornecem proteção contra fungos patógenos e nematoides. Como troca os fungos recebem da planta carboidratos e as vitaminas essenciais para o desenvolvimento e crescimento.
Existem dois tipos distintos de Micorrizas: as endomicorrizas, que adentram as células da raiz; e as ectomicorrizas, as que circundam as células da raiz. As endomicorrizas são as mais comuns e muito especificas, a hifa do fungo penetra nas corticais da raiz e forma os arbúsculos ou vesículas. As hifas se estendem sobre o solo por vários centímetros, facilitando e consequentemente aumentando a absorção de água e nutriente essenciais.
As ectomicorrizas são encontradas em zonas temperadas, tornam as árvores mais resistentes ao frio e a seca. As hifas crescem entre as células epidérmicas da raiz, dando origem a rede de Harting, uma rede ramificada de hifas. 
4.3 mutualismo com insetos
Um exemplo de mutualismo com insetos é a maneira interessante de associações que ocorre entre fungos e formigas. Na cortadeira da América central do gênero Atta, as formigassem forma de colônia de cerca de 8 milhões de indivíduos. Essas colônias constroem ninhos subterrâneos com ate mil câmaras de cerda de 30 cm de diâmetros. As formigas costuma cultivar jardins de fungos, que desenvolvem micélios se alimentando de folhas das quais as formigas coletam, Estes fungos secretam enzimas celulase que quebram as paredes celulares das folhas, pois da mesma forma que os outros animais as formiga também não possui a celulase. Essa por sua comem a bromatia, que são as pontas dilatadas das hifas. Estas formigas removem do jardim outros fungos que podem vir a prejudicar a sua associação. 
Outras espécies como os cupins asiático e africano podem cultivar jardins de fungos. Possuindo uma relação semelhante a das formigas exceto pelo fato de que os cupins trazem ao jardim peças de madeira ou vegetação morta que contém muita celulose. Estes cupins vivem em montículos que podem atingir ate 3m de diâmetro e 6m de altura.
4.4 parasitismo
Os fungos também desenvolvem associações parasíticas com humanos, plantas e animais.
Nos humanos as micoses são comuns na pele e principalmente no coro cabeludo e na barba – ptíriase—podendo afetar também as unhas que causam frieiras e as mucosas, como na boca causando os sapinhos. Existe também fungo que parasitam o interior do organismo humano, um exemplo é o fungo que causa a histoplasmose, uma doença que atinge os pulmões. É causada por Paracoccidioides brasiliensis, um fungo que gera uma infecção e atingir a região do tórax, a corrente sanguínea e os pulmões, podendo acometer outros órgão também. 
Nas plantas muito fungos são parasitas exemplo são as ferrugens, entre as doenças mais serias causadas por estes indivíduos tem a ferrugem-preta dos cereais, ferrugem-branca dos pinheiros, as ferrugens do café, da maçã e do amendoim. A ferrugem do café, por exemplo, ocorre e todas as regiões produtoras de café do Brasil, é uma doença que causa manchas na folha, que em poucos dias aumentam de tamanho tomando conta da face da folha. É causada pelo fungo Hemileia vastatrix Berk & Br.
Nos insetos um caso de parasita muito interessante são as formigas zumbis. Os fungos alteram o comportamento das formigas carpinteira para se beneficiarem. Alojam-se dentro das formigas e se desenvolvem e liberam alguns químicos que alteram o comportamento de ambas, algumas se jogam do topo de árvores em direção as folhas na base da arvore. Mas o ultimo estagio do parasitismo é o mais interessante aonde as formigas vão para a parte de baixo da folha e travam a mandíbula na parte centram da folha, deixando as imobilizadas e organizando os fungos da maneira correta. Após a morte das formigas o fungo cresce na cabeça da formiga, formando um bolo de esporos,que serão lançados no meio durante a noite podendo parasitas outras formigas. O fungo que parasita estas formigas é o Ophiordyceps unilateralis.
Todos esses são exemplos de associações parasitas de fungos, porem existem outro exemplos.
CONCLUSÃO
Inicialmente se imagina os fungos apenas como microrganismos maléficos e sem importância, porém podemos concluir eles são muito mais que microrganismos e parasitas, eles compõem um reino cheio de curiosidades e de tamanha importância para o equilíbrio ecológico.
Esses microrganismos além de serem parasitas, formam associações mutualísticas com insetos e plantas através dos Líquens e Micorrizas trazendo mútuos benefícios aos organismos.
Tem uma extrema importância na decomposição de matéria morta, chegando a ser denominado como tão importante como os produtores. O mundo sem fungos seria cheio de matéria morta em perfeito estado, causando amontoamento de organismos, transformando o solo em areia ou argila por não possuírem matéria orgânica, impossibilitando a o crescimento da vegetação, consequentemente não teria alimentos para os animais... enfim provocando um enorme desequilíbrio no planeta.
Os fungos simplesmente reutilizam tudo que os outros organismos desprezão, transformando-os no que eles precisam. 
Portanto os fungos são uma prova viva da frase de Lavoisier: “ Nada se cria, tudo se transforma”
REFERÊNCIAS
NABORS, M. W. Introdução á Botânica. São Paulo. Editora Roca. 2012.646p.II.
RAVEN, H. P; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Rio de Janeiro, RJ. Editora Guanabara Koogan. 2007. 857p.
Disponível em: www.santoandre.sp.gov.br/pesquisa/ebooks/344924.pdf . Acessado em: 28 de julho, 2014; às: 16:04.
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Disponível em: http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/biologia/reino-fungi-caracteristicas-grupos-reproducao.html. Acessado em: 30 de julho, 2014; ás 13:40.
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Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Cafe/CultivodoCafeRobustaRO/doencas.htm. Acessado em: 01 de agosto,2014; às 8:00.
Disponível em: http://zumbl.org/2010/09/fungo-transforma-formigas-em-zumbis/. Acessado em: 01 de agosto 2014; às 8:20.
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OLIVEIRA, J. C. Tópicos em Micologia Médica, 4ª ed.de Janeiro; 2014.230 p.
Tauá/CE
2014
Tauá/CE
2014

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