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DISCIPLINA: GESTÃO FINANCEIRA I PROFº DAVI DA SILVA BEZERRA SETEMBRO 2011 2 Prof. Davi da Silva Bezerra ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO O conceito de crédito no Mercado Financeiro está presente no dia-a-dia das pessoas e empresas, mais do que possam imaginar. Pois estas pessoas e empresas estão constantemente com o dilema de uma equação simples: a combinação dos recursos finitos com o conjunto das imaginações e necessidades infinitas. Nas organizações que operam com crédito, a análise das informações necessárias para o deferimento dos limites de seus clientes tem sido uma preocupação constante, por ser a área de crédito uma parte importante no relacionamento comercial, e também por propiciar o incremento dos negócios e o próprio desenvolvimento do país. É importante que as empresas tenham políticas de vendas bem definidas de preços, para as vendas a prazo. Além disso, é fundamental que a política de crédito trilhe no mesmo caminho. Ou seja, a definição das políticas de credito tem que se basear em critérios técnicos e objetivos, pois a partir do processo de estabilização econômica, para que as empresas sobrevivam e cresçam numa economia melhor organizada terão, entre outros aspectos, necessariamente que: a. Administrar custos e preços; b. Definir e administrar de forma eficaz sua política de crédito. Uma das finalidades do Crédito em uma empresa é estar constantemente se adequando as necessidades de seus clientes. Por isso, é preciso conhecê–lo detalhadamente quanto à situação financeira e patrimonial, para oferecer-lhe uma linha de crédito compatível com suas necessidades de financiamento e capacidade de amortização. No comércio: O crédito facilita a venda de mercadorias pelos comerciantes, permitindo que os clientes comprem no ato e paguem em parcelas. Algumas empresas conseguem obter melhores resultados financeiros (ganho com o parcelamento das vendas) do que o resultado operacional (ganho com a venda de mercadorias). Na indústria: Como no Comércio, o crédito facilita a compra de produtos industrializados, fazendo que o número de compradores potencial aumente. Nos bancos: É uma das "pontas" do negócio básico do banco, que é a intermediação financeira. O banco capta dinheiro com clientes que tem recursos disponíveis e os repassa aos tomadores de recursos. Seu lucro é obtido com a diferença entre o que ele recebe do tomador e quanto ele paga do aplicador/investidor. 3 Prof. Davi da Silva Bezerra 1. CRÉDITO Na atualidade as empresas para vender seus produtos precisam do “crédito” para efetuar suas vendas e acaba tendo que enfrentar dificuldades para conceder crédito, por falta de comprometimentos de alguns não honrando com seus compromissos o que gera por parte das empresas retração nos negócios para poder ter menos prejuízos o que vem reforçar Santos (2000), “crédito, em finanças, é definido como a modalidade de financiamento destinada a possibilitar a realização de transações comerciais entre empresas e seus clientes”. Ainda complementa Beckman (1949) um dos pioneiros a pesquisar a importância do crédito na atividade econômica “a oferta de crédito por parte de empresas e instituições financeiras deve ser vista como um importante recurso estratégico para alcançar a meta principal da administração financeira, ou seja, a de atender às necessidades de todos os supridores de capital e agregar valor ao patrimônio dos acionistas comuns. Enquanto Schrickel (1997) conceitua: “crédito é todo ato de vontade ou disposição de alguém destacar ou ceder, temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado. Esta parte do patrimônio pode estar materializada por dinheiro (empréstimo monetário) ou bens (empréstimos para uso, ou venda com pagamento parcelado, ou a prazo)”. Conceder crédito, numa empresa comercial, industrial ou agrícola, significa vender seus produtos transferindo a posse deles mediante promessa de pagamento futuro. O crédito de que alguém dispõe, portanto, é a sua capacidade de obter dinheiro, mercadoria ou serviço mediante compromisso de pagamento num prazo tratado. 2. ANÁLISE DE CRÉDITO A análise de crédito basicamente concede valores a um conjunto de fatores que permitam a emissão de um parecer sobre determinada operação de crédito. Para cada fator individual emite-se um valor subjetivo (positivo ou negativo) para este. Se o conjunto de fatores apresentarem valores positivos em maior número que os negativos, a tendência é que o parecer seja favorável à concessão do crédito, reforçando isto Schrickel (1997) defende que “o principal objetivo da análise de crédito numa instituição financeira (como para qualquer emprestador) é o de identificar os riscos nas situações de empréstimo, evidenciar conclusões quanto à capacidade de repagamento do tomador, e fazer recomendações relativas à melhor estruturação e tipo de empréstimo a conceder, à luz das necessidades financeiras do solicitante, dos riscos identificados e mantendo, adicionalmente, sob perspectiva, a maximização dos resultados da instituição. O processo de concessão de crédito para pessoa física ou jurídica é muito parecido, ambos tem um fluxo bem semelhante. A pessoa física tem sua fonte de renda (trabalho, autônomo ou emprega) e suas despesas (alimentação moradia, etc) que podem ser de curto ou longo prazo por outro lado tem a empresa que tem sua fonte de renda (industrialização, comercialização, etc) e suas despesas (matéria- 4 Prof. Davi da Silva Bezerra prima, funcionários, etc). Elas têm que fazer com que suas receitas sejam suficientes para honrar com suas despesas. 2.1. LINHAS DE CRÉDITO Quando o analista concede crédito a um terceiro, tem a promessa de pagamento através de varias formas, tendo como principal objetivo à solvência da dívida, mas tem que estar ciente que com as constantes mudanças no mercado o concessor pode acabar impossibilitado solver sua dívida, e também ter que estar ciente que existem pessoas (ou empresas) criadas com má intenção, ou seja, para dar golpes. Santos (2000) complementa que “a finalidade do crédito deve estar diretamente vinculada com a necessidade do cliente. Por isso, é preciso conhecê-lo detalhadamente quanto à situação financeira e patrimonial, para oferecer-lhe uma linha de crédito compatível com suas necessidades de financiamento e capacidade de amortização”. As linhas de crédito podem atender a três necessidades básicas: Pessoas Físicas: a. Empréstimos emergenciais. Esses empréstimos destinam-se a atender a necessidade imediata do cliente, para cobrir eventuais desequilíbrios orçamentários ou mesmo financiamentos de compras. Os empréstimos emergenciais são operações de curtíssimo prazo (prazo inferior a um mês), com a amortização concentrada na data de vencimento. b. Financiamentos de compras. Esses financiamentos permitem ao cliente adquirir produtos e serviços para consumo e bem-estar, tais como alimentos, vestuário e bens eletrodomésticos. Os financiamentos de compras são operações de curto prazo (prazo inferior a 12 meses), com a forma de amortização parcelada ou concentrada na data de vencimento. c. Investimentos. Os investimentos permitem ao cliente adquirir bens de maior valor para integrar seu patrimônio ou mesmo desempenhar suas atividades profissionais, tais como: imóveis, veículos, máquinas e equipamentos. Os investimentos são operações de longo prazo (prazo superior a 12 meses), com a forma de amortização parcelada. Empresas: a. Fluxo de caixa. Os empréstimos para fluxo