Buscar

Aula 06 Jornada e DSR

Prévia do material em texto

DURAÇÃO 
DO 
TRABALHO 
 
 
 Teorias 
 
Tempo efetivamente trabalhado 
 
Tempo à disposição do empregador (art. 4º CLT) 
 
Tempo in itinere (art. 58 CLT e Súm. 90 TST) 
 
 
 
Geral 
 Artigo 7º, XIII, CF/88 
 “duração do trabalho normal não superior a oito horas 
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;” 
 Arts. 58 e 59 da CLT 
 
 Contratual (expressa ou tácita) 
 
 Especial 
 Turnos ininterruptos de revezamento – 6 horas (art. 7º, XIV, da 
CF/88). 
 
 
 
 Aeronautas – 11 a 20 horas – Lei n. 7184/84 (art. 25) 
 Telegrafistas e telefonistas – 6 (art. 227) ou 7 horas – 
horários variáveis (art. 229) 
 Cabineiros de elevadores – 6 horas (Lei n. 3270/57) 
 Bancários – 6 horas (art. 226) 
 Operadores cinematográficos – 6 horas (art. 234) 
 Operadores telegrafistas ferroviários nas estações de 
tráfico intenso – 6 horas (art. 246) 
 Trabalhadores em minas de subsolo – 6 horas (art. 293). 
 Aeroviários de serviços de pista – 6 horas (Decreto n. 
1.232/62) 
 Jornalistas profissionais – 5 horas (art. 303) 
 
 
 Art. 58 da CLT e Súmula 90 do TST 
 Local de difícil acesso ou não servido por transporte 
público 
 Transporte fornecido pelo empregador 
 
 Peculiaridades (Súmula 90 TST): 
 
 Incompatibilidade entre os horários de início e término da 
jornada do empregado e os do transporte público regular 
também gera direito às horas in itinere 
 
 A mera insuficiência de transporte público não enseja o 
pagamento de horas in itinere 
 
 Se houver transporte público regular em parte do trajeto 
percorrido em condução da empresa, as horas in itinere 
limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público 
 
 Horário concreto do empregado 
 contando do momento em que se inicia o trabalho, 
o tempo à disposição ou as horas in itinere até o seu 
término; 
 
 Pode ou não coincidir com a sua jornada de 
trabalho. 
 
 Abrange os seguintes aspectos temporais 
 prestação efetiva de serviços ao empregador; 
 tempo à disposição do empregador 
 tempo in itinere, 
 computado ou não o tempo de intervalo 
conforme a situação 
 
 Jornada ordinária 
 desenvolve-se dentro dos limites estabelecidos pelas normas 
jurídicas ou contratuais 
 
 Extraordinária ou suplementar 
ultrapassa os limites normais fixados: 
 pelas normas legais; 
 normas coletivas; 
 contrato individual de trabalho; 
 regulamento de empresa. 
 
 Art. 7º, XIV, da CF/88 
 “remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, 
em cinquenta por cento à do normal;” 
Adicional de horas extras - 50% 
 Integração na remuneração 
 
 Intervalo intrajornada (art. 71da CLT) 
Até 4 horas = sem intervalo 
De 4 a seis horas = 15 minutos 
Mais de 6 horas = 1 (uma) a 2 (duas) horas 
 Pode exceder se houver negociação coletiva 
 
Não são considerados como tempo à disposição 
do empregador (§ 2º, art. 71) 
 
Não concessão do intervalo 
 § 4º do artigo 71 da CLT – adicional de 50% 
sobre o horário não concedido 
 Súmula n. 437 TST 
 
 Intervalo interjornadas 
artigo 66 da CLT – 11 horas consecutivas 
 
 
 Redução ou supressão do intervalo por norma 
coletiva 
 OJ 342 da SDI-I do TST 
 Impossibilidade. Art. 71 norma de ordem pública 
 
 Serviços de mecanografia (art. 72 CLT) 
Datilografia, escrituração, cálculo e digitação 
10 min. a cada 90 min; 
Computado como considerado tempo de serviço; 
 
 Telefonistas, telegrafistas, radiotelefonistas 
radiotelegrafistas 
 20 minutos a cada 3 horas; 
 
 
 Período de amamentação 
dois intervalos de 30 minutos (art. 396) durante a jornada 
 legislador não especificou o momento 
até que o filho complete seis meses 
período pode ser aumentado por critério médico quando o exigir a 
saúde do filho 
 
 
 
 
 Trabalho em minas de subsolo 
 15 min. a cada 3 horas consecutivas, 
computado como tempo de serviço. 
 
 Serviços frigoríficos (art. 253 CLT) 
 20 min a cada 1h40min 
computados como tempo de serviço 
empregados que: trabalham no interior das câmaras frias 
 movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal 
para o frio e vice-versa 
 
 Trabalho em minas de subsolo 
 15min a cada 3h consecutivas 
Computado na duração normal do trabalho 
 
 
 QUANTO AO PERÍODO 
 
Diurna: entre as 5 e as 22 horas (trabalhador urbano) 
 
Noturna: entre as 22 e 5 horas 
 52 minutos e 30 segundos (§ 1º do artigo 73 da CLT) 
Adicional de 20% (caput do artigo 73 da CLT) 
Como ficam as prorrogações – § 5º do artigo 73 da CLT? 
 
 Rural (Lei n. 5889/73) 
horário noturno 
21 às 5 na lavoura 
20 às 4 na pecuária 
adicional de 25% 
sem redução da hora noturna 
 
 Empregados que exercem atividades externas 
 art. 62, I, da CLT 
Incompatibilidade com a fixação de horário 
Anotação da condição na CTPS do empregado 
impossibilidade de controle da jornada pela natureza da 
função 
 
 
 Cargos de gestão 
Art. 62, II, da CLT. Requisitos: 
encargos de gestão (cargo de confiança) 
gerentes, diretores, chefes de departamento ou filial (ar. 62, 
II) 
gratificação de função de, no mínimo, 40% (Parágrafo único, 
art. 62) 
 
 
 Tempo à disposição 
 Empregado efetivo 
 permanece em casa 
 aguardando o chamado para o serviço 
 Máximo de 24 horas 
 remuneração: 1/3 da hora normal 
 Súmula n. 428 do TST 
 
 Ferroviários (art. 244, § 2º, CLT) 
 Aeronautas (Lei n. 7.183/84) 
 Eletricitários (OJ n. 49 TST) 
 
 
 Tempo à disposição 
Dependências da empresa 
 Sem prestação de serviços 
 Máximo de 12 horas 
 remuneração: 2/3 da hora efetiva 
 Ferroviários (art. 244, § 3º, CLT) 
 Art. 74 da CLT 
 Obrigatório para estabelecimentos com mais de 10 
empregados 
 Conforme instruções do Ministério do Trabalho e 
Emprego 
 Mesmo para empregados que laborem foram do 
estabelecimento (§ 3º) 
 Súmula 428. Sobreaviso 
 
 Súmula n. 429 do TST – Tempo à disposição do 
empregador. Art. 4º da CLT. Período de deslocamento 
entre a portaria e o local de trabalho. Computado se 
superior a 10 minutos. 
 
 Súmula 437. Intervalo Intrajornada para repouso e 
alimentação. 
 Aplicação do art. 71 da CLT. 
 Impossibilidade de redução por norma coletiva 
 Ultrapassagem habitual da jornada de 6 h. Devido o gozo 
de intervalo mínimo de 1 hora ou pagamento 
correspondente, nos termos do art. 71, § 4º, da CLT 
 
 
 
DESCANSO SEMANAL 
REMUNERADO 
 Artigo 7º, XV, da CF/88 – “repouso semanal 
remunerado, preferencialmente aos domingos” 
 silenciou em relação aos feriados civis e religiosos 
 
 Lei 605/49 – instituiu o descanso semanal 
remunerado 
Decreto n. 27.048, de 12.8.49 
 
 Feriados civis e religiosos 
 1º da Lei nº 605/49 
 Artigo 5º do Decreto n. 27048/49 – os equipara ao repouso 
semanal remunerdo 
 
 Duração 
 24 horas consecutivas: Artigo 1º da 605/49 
 
 Carcterísticas: 
 Obrigatoriedade; 
 periodicidade; 
 duração prefixada (24 horas); 
 
 Natureza jurídica: 
empregado: direito à abstenção do trabalho com percepção da 
remuneração; 
empregador: dever de não exigir o trabalho ou de concessão de 
folga compensatória; 
 
 Empregados abrangidos 
 Todos os trabalhadores rurais e urbanos (caput do artigo 
7º, da CF/88) 
 
 Requisitos: - assiduidade e pontualidade 
artigo 6º da Lei nº 605/49. 
Não abrange faltas justificadas 
Nãoabrange dias em que há dispensa de trabalho 
Pontualidade (§ 3º do artigo 12 do Decreto fala em 
atraso por acidentes de transportes). 
 
 Empregado mensalista ou quinzenalista – 
consideram-se remunerados os DSR cujos 
descontos por faltas sejam efetuados na base 
de 30 ou 15 dias respectivamente (§ 2º do 
artigo 7º da Lei nº 605/49) 
 
 
 Remuneração (artigo 7º da Lei nº 605/49) 
salário por dia, semana, quinzena ou mês – a um dia 
de trabalho por semana 
por hora – à de sua jornada normal de trabalho 
por tarefa ou peça – montante da produção durante a 
semana divido pelo número de dias 
 
 
 Professor: recebe 1/6 a título de repouso 
semanal remunerado (Súmula 351 TST) 
além do mês de quatro semanas e meia (art. 320, § 1º, 
da CLT) 
 
 
Não concessão 
Remuneração em dobro dos dias feriados não 
concedidos e sem folga compensatória (artigo 9º, da 
Lei nº 605/49). 
Aplica-se analogicamente ao DSR 
Súmula 146 do TST: pagamento em dobro + o dia do 
DSR 
Caráter indenizatório do pagamento – não enseja reflexos 
não é adicional de horas extras 
 
Não cumulação DSR e Feriados 
 Art. 11, § 3º, do Decreto n. 27.048/49: 
“§ 3º. Não serão acumuladas a remuneração do 
repouso semanal remunerado e a do feriado civil ou 
religioso, que recaírem no mesmo dia.” 
 
 
 Artigo 7º da Lei 605/49 e Súmula 172 
 Horas extras habituais integram a remuneração 
 
 Pagamentos com base mensal não integram a remuneração 
do DSR 
 
 Súmula 225 do TST – gratificações por produtividade e por 
tempo de serviço pagas mensalmente não repercutem no cálculo do 
repouso 
 
 Súmula 354- gorjetas integram a remuneração e não o salário e, por 
isso, não integram o pagamento dos DSR, aviso prévio, adicional 
noturno e horas extras 
 
 Súmula 113 do TST – Sábado do Bancário – dia útil não trabalho, não 
repercussão de horas extras 
 
 Adicionais de periculosidade e insalubridade (mensais com 
base no salário) 
 Não refletem nos DSR 
 Os DSR integram a remuneração dos adiconais 
 non bis in idem

Continue navegando