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CINEMÁTICA PLANA DOS CORPOS RÍGIDOS Capítulo 5 – Aula 18 CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/1 INTRODUÇÃO Se os movimentos associados às mudanças na forma forem muito pequenos, quando comparados com os movimentos do corpo como um todo, a hipótese de corpo rígido pode ser aceita. Movimento plano – quando todas as partes do corpo rígido movimentam segundo planos paralelos. Plano de movimento – plano que contém o centro de massa, podendo ser dividido em categorias: o Translação (pontos se movem segundo linhas retas e paralelas) o Rotação (pontos se movem segundo trajetórias circulares em torno do eixo de rotação) o Movimento plano geral (combinação da translação e rotação) CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/1 INTRODUÇÃO Translação retilínea Translação curvilínea Rotação em torno de eixo fixo Movimento plano geral CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/2 ROTAÇÃO A rotação é descrita por seu movimento angular. As posições angulares são definidas por θ1 e θ2. Se β for invariante, derivando a relação θ2= θ1+β no tempo, temos: Dessa forma, todas as linhas traçadas sobre um corpo rígido em seu plano de movimento possuem o mesmo deslocamento angular, a mesma velocidade angular e a mesma aceleração angular. 𝜃2 = 𝜃1 𝜃2 = 𝜃1 ∆𝜃2 = ∆𝜃1 CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/2 ROTAÇÃO A velocidade angular e aceleração angular são determinadas derivando a coordenada de posição angular θ de qualquer linha do plano de movimento: Todas as relações utilizadas para movimento retilíneo podem ser usadas no caso de rotação em um plano, substituindo s, v e a por θ, ω e α. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/2 ROTAÇÃO Movimento de rotação com aceleração angular constante: CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/2 ROTAÇÃO Rotação em torno de um eixo: Todos os pontos (exceto os sobre o eixo) se movem segundo círculos concêntricos – o ponto A, por exemplo, se move sobre trajetória circular de raio r. O movimento angular de corpo rígido é descrito pelas relações entre o movimento linear de A e o movimento angular da linha normal à sua trajetória. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/2 ROTAÇÃO Considerando e : 𝜔 = 𝜃 𝛼 = 𝜔 = 𝜃 CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/2 ROTAÇÃO Essas relações podem ser expressas através do conceito de produto vetorial: CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/2 ROTAÇÃO Exemplo 5/3: A barra em ângulo reto gira no sentido horário com uma velocidade angular que diminui a uma taxa de 4 rad/s². Escreva as expressões vetoriais para uma velocidade e para a aceleração do ponto A quando ω = 2 rad/s CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/2 ROTAÇÃO Exemplo 5/3 (solução): Usando a regra da mão direita: Os módulos de v e a são: CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/3 MOVIMENTO ABSOLUTO Primeiro procedimento de análise: São utilizadas relações geométricas que definem a configuração do corpo envolvido e depois calculam-se as derivadas temporais dessas relações para se obter as velocidades e as acelerações. Inclui variáveis lineares e angulares (velocidades lineares e angulares e acelerações lineares e angulares). Atenção com os sinais: por exemplo, se a posição angular for definida no sentido horário, o sentido positivo para a velocidade angular e para a aceleração angular será o sentido horário. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/3 MOVIMENTO ABSOLUTO Exemplo 5/4: Uma roda de raio r rola sobre uma superfície plana sem deslizar. Determine o movimento angular da roda em função do movimento angular de seu centro O. Obtenha também a aceleração de um ponto da borda da roda quando este entra em contato com a superfície sobre a qual a roda está rolando. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/3 MOVIMENTO ABSOLUTO Exemplo 5/4 (solução): O deslocamento do centro O é s, que é igual ao comprimento do arco C´A ao longo da borda. A linha CO gira para sua nova posição C´O´, percorrendo um ângulo θ. A origem do sistema fixo foi escolhida como sendo o ponto C. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/3 MOVIMENTO ABSOLUTO Exemplo 5/4 (solução): Para o instante de contato desejado, θ=0, e: A aceleração do ponto C da borda no instante de contato com a superfície depende apenas de r e ω e é direcionada para o centro da roda. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/4 VELOCIDADE RELATIVA Segundo procedimento de análise: Velocidade relativa proveniente da rotação de um corpo rígido: o escolher dois pontos no mesmo corpo rígido (ponto observado e ponto de referência); o a distância radial do ponto observado ao ponto de referência não se altera; CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/4 VELOCIDADE RELATIVA O movimento mostrado pode ser dividido em duas etapas: o Movimento de translação para uma posição paralela A´´B´ (deslocamento Δrs) o Movimento de rotação em torno de B´ através do ângulo Δθ (deslocamento ΔrA/B) CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/4 VELOCIDADE RELATIVA O deslocamento total de A é: Dividindo ΔrA por Δt e levando o resultado ao limite, temos a equação da velocidade relativa: O módulo da velocidade relativa é dado por: CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/4 VELOCIDADE RELATIVA Utilizando r para representar o vetor rA/B, pode-se escrever a velocidade relativa como vetor: Onde ω é o vetor angular da velocidade normal ao plano do movimento e com sentido determinado pela regra da mão direita. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/4 VELOCIDADE RELATIVA A velocidade de A é igual ao vetor soma da parcela relativa à translação VB, com a parcela relativa à rotação VA/B = ω x r, que possui módulo rω. A velocidade linear relativa é sempre perpendicular à linha que une os dois pontos em questão. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/4 VELOCIDADE RELATIVA Exemplo 5/7: Uma roda de raio r=300mm rola para a direita sem deslizar e seu centro O possui uma velocidade V0 = 3m/s. Calcule a velocidade do ponto A sobre a roda para o instante apresentado. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/4 VELOCIDADE RELATIVA Exemplo 5/7 (solução): O ponto O foi escolhido como ponto de referência. Assim: A velocidade angular do segmento AO é a mesma da roda: O vetor vA pode ser calculado pela lei dos cossenos: CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/4 VELOCIDADE RELATIVA Exemplo 5/7 (solução): CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA O ponto de referência escolhido será agora o ponto cuja velocidade é instantaneamente nula O ponto C da figura é o centro instantâneo de velocidade nula: ponto em relação ao qual os pontos A e B possuem movimento circular absoluto no instante considerado. O eixo normal ao plano de movimento passando por esse ponto é chamado de eixo instantâneo de velocidade nula. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA O ponto C é determinado pela interseção das perpendiculares aos vetores velocidade VA e VB. Sendo o módulo da velocidade de um dos pontos conhecido, por exemplo, VA, pode-sedeterminar a velocidade angular ω do corpo e a velocidade linear de cada ponto do corpo. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Quando o corpo muda de posição, o centro instantâneo C também muda de posição. O local geométrico das posições dos centros no espaço é conhecido como centrodo do espaço. O local geométrico das posições dos centros no corpo é conhecido como centrodo do corpo. No instante considerado as duas curvas são tangentes no ponto C. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Apesar do centro instantâneo de velocidade nula esteja instantaneamente em repouso, sua aceleração não é nula. Assim esse ponto não pode ser utilizado como um centro instantâneo de aceleração nula de modo análogo a seu uso para obtenção de velocidades. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Exemplo 5/11: A roda mostrada no exemplo anterior rola para a direita sem deslizar. Considerando que seu centro O tenha uma velocidade vO=3m/s, localize o centro instantâneo de velocidade nula e utiliza-o para obter a velocidade do ponto A para a posição indicada. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Exemplo 5/11 (solução): Como não há deslizamento, o ponto da borda da roda sobre a superfície tem velocidade nula. Portanto, ele é o ponto C de velocidade nula. Dessa forma: CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/6 ACELERAÇÃO RELATIVA Considerado agora a equação da velocidade relativa. Derivando essa equação, obtemos: A aceleração do ponto A é igual à soma vetorial da aceleração do ponto B com a aceleração que aparenta ter quando visto de um observador movendo-se com B. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/6 ACELERAÇÃO RELATIVA Aceleração Relativa Devida à Rotação: Se os pontos A e B estão localizados sobre o mesmo corpo rígido e em movimento plano, a distância r entre eles permanece constante, de forma que o observador movendo-se com B tem a percepção de que A apresenta um movimento circular em torno de B com relação a velocidade relativa. Sendo o movimento circular, o termo da aceleração relativa terá tanto uma componente normal orientada de A para B, devido à variação da direção de 𝒗𝐴/𝐵 , quanto uma componente tangencial perpendicular ao segmento AB, devido à variação do módulo de 𝒗𝐴/𝐵. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/6 ACELERAÇÃO RELATIVA Aceleração Relativa Devida à Rotação: Desta forma podemos escrever: Onde os módulos das componentes são: Em notação vetorial: CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/6 ACELERAÇÃO RELATIVA Aceleração Relativa Devida à Rotação: Onde: 𝜔 é a velocidade angular; ∝ é a aceleração angular do corpo; 𝑟 é o vetor que posiciona A em relação a B. É importante observar que os termos da aceleração relativa dependem das respectivas velocidade angular absoluta e aceleração angula absoluta. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: 5/6 ACELERAÇÃO RELATIVA Interpretação da Equação da Aceleração Relativa: Um corpo rígido em movimento plano com os Pontos A e B movendo-se ao longo de Trajetórias curvas separadas com acelerações absolutas. A figura mostra a aceleração de A como composta de duas partes: a aceleração de B e ainda a aceleração de A em relação a B, ou seja: CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: EXEMPLO 5/13 Uma roda de raio r rola para a esquerda sem deslizar e, no instante considerado, o centro O possui uma velocidade 𝑣0 e uma aceleração 𝑎0 para a esquerda. Determine a aceleração dos pontos A e C sobre a roda para o instante considerado. CINEMÁTICA DE CORPO RÍGIDO: EXEMPLO 5/13
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