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CURSO LIGA DE MERCADO FINANCEIRO FEA USP GESTÃO DE FUNDOS PARCEIROS 2 Sumário O que é um fundo de investimentos .................................................................................................. 3 Como é Organizado ......................................................................................................................... 3 Obrigações do Administrador e do Gestor ........................................................................................ 4 O Gestor de Carteira ........................................................................................................................ 5 Tributação ........................................................................................................................................ 7 Tipos de Fundos ............................................................................................................................... 8 Risco .............................................................................................................................................. 15 Transparência na gestão do Fundo................................................................................................. 18 Questões ........................................................................................................................................ 19 Referências .................................................................................................................................... 20 3 O que é um fundo de investimentos Um fundo de investimentos é uma forma de aplicação financeira na qual pessoas físicas e jurídicas depositam seus recursos para que sejam administrados e investidos por terceiros. Desta maneira, cada pessoa detém certa quantidade de cotas do fundo: quanto maior o valor investido, mais cotas possuirá o investidor. O valor da cota é calculado diariamente pela divisão do valor total do patrimônio líquido do fundo pela quantidade de cotas. O valor do patrimônio líquido é calculado pela soma de todos os direitos do fundo, todos os ativos adquiridos e o valor de caixa, subtraído das obrigações do fundo; nestas obrigações incluem-se as despesas relativas à administração. Por exemplo: um fundo com patrimônio líquido de R$1.000.000 possui 500.000 cotas; 1.000.000/500.000 = R$ 2 por cota. Frequentemente, os fundos de investimento são comparados a um condomínio: cada pessoa detém a sua parte e, juntos, um grupo de pessoas delega a um terceiro a administração e os cuidados que se deve ter com os seus patrimônios. Ainda, os fundos permitem aos investidores individuais obterem retorno sobre uma quantia maior que a efetivamente investida, tendo em vista que a remuneração é calculada sobre a soma das cotas de todos os investidores. Assim, os fundos podem ser uma maneira efetiva para pequenos investidores aplicarem seus recursos e obterem retorno superior àquele que obteriam gerindo o dinheiro por conta própria. Como é Organizado No Brasil, um fundo de investimentos possui registro na Receita Federal (CNPJ), constituindo-se sob a forma de pessoa jurídica. A gestão de fundos é a administração de um fundo de investimentos, realizada por especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos jurídicos e legais, e os gestores tratam da estratégia de montagem da carteira de ativos, visando a gestão de fundos com o maior lucro possível a um determinado nível de risco, compatível com a política de investimentos do fundo. Enquanto pessoa jurídica, o fundo de investimento deve ter um estatuto social (registrado em um cartório de notas e ofício), no qual constam os direitos e deveres dos cotistas, bem como os aspectos relativos à organização social do fundo. A gestão de fundos administra fatores como carteiras diversificadas ou menos diversificadas, e ativos de diversos tipos - como ações, títulos de renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos, títulos públicos, etc. Todo o dinheiro aplicado nos fundos é convertido em cotas, que são distribuídas entre os aplicadores ou cotistas, que passam a ser proprietários de partes da carteira proporcionais ao capital investido. O valor da cota é atualizado diariamente e o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o número de cotas adquiridas pelo valor da cota no dia. Como todo condomínio, a Assembleia de cotistas é o órgão decisório e a ela cabe aprovar o balanço social do fundo, bem como definir certas funções administrativas que o fundo necessita seguir, para ser aprovado 4 pela Comissão de Valores Mobiliários – o órgão do Governo Federal responsável pela fiscalização dos fundos de investimento. As funções administrativas são as seguintes: O Gestor da carteira de investimento é o responsável pela gestão do patrimônio do fundo de investimento. O gestor poderá ser uma pessoa física ou uma pessoa jurídica; em ambos os casos é necessário um registro junto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Administrador é o responsável pela representação do fundo perante os órgãos de fiscalização do governo federal, a CVM ou o Banco Central do Brasil. Necessariamente o administrador deverá ser uma instituição financeira aprovada pelo Banco Central do Brasil. Uma das funções do administrador é a determinação do valor da cota do fundo. O Custodiante será o responsável pela guarda dos títulos que compõem a carteira do fundo de investimento. Ele deverá ser uma empresa com autorização do Banco Central do Brasil para exercer essa função. Há uma quarta função que não é definida no estatuto social do fundo, mas que é igualmente importante para a existência do mesmo: trata-se do distribuidor, que possui a função de captar recursos junto a investidores. O Administrador deverá ainda contratar os serviços de uma empresa de auditoria, pois o balanço social do fundo deve ser auditado por uma empresa independente. Obrigações do Administrador e do Gestor O administrador é o responsável pelo Fundo e pelas informações perante os cotistas e a CVM, devendo ser identificado no regulamento do fundo. É ele quem constitui o fundo e, no mesmo ato, aprova o seu regulamento. A ele também compete: Praticar todos os atos necessários à administração da carteira do Fundo, caso esta não seja terceirizada, bem como exercer todos os direitos inerentes aos ativos que a integrem, dentro dos limites legais e das regras estabelecidas pela CVM; Contratar obrigatoriamente um auditor independente, que deverá ser registrado na CVM, para auditar as demonstrações contábeis do Fundo; Contratar, se for o caso, outra pessoa física ou jurídica, devidamente credenciada pela CVM, para gerenciar a carteira do Fundo; Contratar terceiros legalmente habilitados para a prestação dos seguintes serviços relativos às atividades do Fundo: atividades de tesouraria, controle e processamento dos ativos financeiros, escrituração da emissão e resgate de cotas, custódia, consultoria de investimentos, distribuição de cotas e classificação de risco por agência especializada (obrigatório quando o administrador não estiver devidamente credenciado ou autorizado para a prestação dos serviços). O artigo 65 da instrução CVM 409, de 18 de agosto de 2004 elenca algumas das obrigações do administrador. Como exemplo, cita-se o serviço 5 de atendimento ao cotista, que consiste na prestação de esclarecimentose resposta à possíveis questionamentos e reclamações feitas por cotistas: esse serviço deve estar diretamente subordinado ao diretor responsável perante a CVM pela administração do Fundo, ou a outro diretor especificamente indicado à CVM para esta função, devendo ainda constar nos informativos enviados aos cotistas o endereço e o número do telefone desse serviço. Cabe também ao administrador de um fundo de investimentos a divulgação de informações aos investidores na periodicidade, prazo e teor definidos pela regulamentação da CVM: esta divulgação deve ser feita de forma imparcial a todos os cotistas. Ainda, a instrução CVM 522, de 08 de maio 2012, introduziu a obrigação de o administrador do fundo, a partir de 02 de julho de 2012, adotar políticas, práticas e controles internos necessários para que a liquidez da carteira do fundo seja compatível com os prazos previstos no regulamento para pagamento dos pedidos de resgate e cumprimento das obrigações do fundo, conforme estabelece o artigo 65-B da citada instrução. IMPORTANTE: É vedado ao Administrador prometer rendimentos predeterminados aos cotistas do Fundo. A mesma atenção dispensada ao Administrador do Fundo deve ser atribuída ao Gestor da Carteira caso esta função, pelo regulamento do Fundo, seja desempenhada por terceiros. O Gestor de Carteira O Gestor de Carteira é responsável pela gestão profissional, conforme estabelecido no seu regulamento, dos ativos financeiros integrantes da carteira do fundo. Essa função deve ser desempenhada por pessoa física ou jurídica credenciada como administrador de carteira de valores mobiliários pela CVM. O Gestor do Fundo tem poderes para negociar, em nome do fundo de investimento, os ativos financeiros do fundo, bem como exercer o direito de voto decorrente dos ativos financeiros detidos por ele, realizando todas as demais ações necessárias para tal exercício, observado o disposto na política de voto. Dentre as suas principais atividades, destacam-se: Escolher os ativos que irão compor a carteira do Fundo, selecionando aqueles com melhor perspectiva de rentabilidade, dado um determinado nível de risco compatível com a política de investimento do Fundo; Emitir as ordens de compra e venda com relação aos ativos que compõem a carteira do Fundo, em nome do Fundo. Atenção: Tanto o Administrador do Fundo como o Gestor da Carteira devem estar devidamente credenciados na CVM. Se o administrador e/ou o gestor da carteira do fundo forem descredenciados, por decisão da CVM, para o exercício de administração de carteira, eles devem ser substituídos, hipótese em que a CVM nomeará um administrador temporário até a eleição de nova administração. Da mesma forma, nos casos de renúncia e destituição, por deliberação da assembleia geral, o administrador e o gestor também devem ser substituídos. Nessa hipótese, o administrador fica obrigado a convocar imediatamente a assembleia geral para eleger seu substituto, a se realizar no prazo de até 15 (quinze) dias. É facultado aos cotistas que detenham ao menos 5% (cinco por cento) das cotas emitidas, em qualquer caso, ou à CVM, nos casos de descredenciamento, a convocação da assembleia geral. 6 No caso de renúncia, o administrador deverá permanecer no exercício de suas funções até sua efetiva substituição, que deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de liquidação do fundo pelo administrador. Além do estatuto social, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que o fundo tenha um prospecto onde conste de forma clara os riscos que o investidor corre ao ingressar como cotista, a política de investimento do fundo e informações gerais sobre o fundo. O estatuto social deverá ainda estabelecer as datas de realização da Assembleia de Cotistas. Funcionamento: O investidor, ao aplicar os seus recursos financeiros em um fundo de investimento, estará adquirindo certa quantidade de cotas que representarão o patrimônio do fundo de investimento. Para calcular o valor da cota o administrador poderá utilizar duas metodologias: Cota Fechamento: nessa metodologia o Administrador irá determinar o valor da cota no final do dia e, para tanto, utilizar-se-á do valor do patrimônio do fundo constante no final do dia. Nessa situação, o investidor somente irá saber o valor da cota no dia seguinte ao da aplicação. Cota Abertura: nessa metodologia o Administrador irá determinar o valor da cota no início do dia e, para tanto, utilizar-se-á do valor do patrimônio do fundo no início do dia. Nessa situação, o investidor sabe no momento da aplicação a quantidade de cotas que está adquirindo. Assim, de posse do valor da cota, o administrador poderá então calcular a quantidade de cotas que cada investidor possui e determinar o valor atual dos investimentos realizados pelos cotistas. Para isso, basta dividir o valor financeiro aportado pelo investidor pelo valor da cota (em caso de aplicação) ou multiplicar a quantidade de cotas pelo valor atual da cota para se determinar o valor atual dos investimentos (em caso de resgate, por exemplo). Além das metodologias acima mencionadas, o Administrador do fundo poderá adotar a cota de um determinado dia para aplicação ou para resgate. Em geral, os administradores adotam a cota do dia seguinte (D + 1) para as aplicações e resgates. Essa informação deverá estar mencionada no estatuto social do fundo e no prospecto. Alguns administradores adotam também um prazo de carência para efetuar os resgates. Caso o investidor saque durante a vigência da carência, ele poderá perder a rentabilidade entre a data de aniversário da carência e a data do resgate (essa condição deverá ser mencionada no estatuto social do fundo e no prospecto). Se estiver previsto no estatuto social do fundo, o Administrador somente poderá resgatar em datas estipuladas. Taxas: As taxas que podem ser cobradas pelo Administrador do Fundo são: 7 Taxa de administração: o administrador cobra para executar os trabalhos relativos à gerência administrativa do fundo. Essa taxa é definida, em geral, em termos anuais e incide diariamente sobre o patrimônio do fundo. Assim, ao divulgar o valor da cota, o administrador já terá descontado o valor da taxa de administração. Taxa de performance: cobrada em função dos objetivos de rentabilidade, que são definidos no estatuto social do fundo: caso o gestor do fundo ultrapasse esses objetivos, ele fará jus a uma remuneração. De igual forma, o administrador, ao divulgar o valor da cota do fundo, já terá descontado o valor da taxa de performance do fundo. Os critérios de cálculo da taxa de performance são definidos no estatuto social do fundo e constam do prospecto. Taxa de entrada ou de saída: poderá ser cobrada do investidor quando da aquisição de cotas do fundo (taxa de entrada ou de carregamento), ou quando da solicitação do resgate de cotas (taxa de saída). O valor da cota do fundo, divulgado pelo administrador, não considera o pagamento dessa taxa, devendo ela ser acertada à parte. Como todas as demais, a taxa de entrada ou saída também devem estar definidas no estatuto social do fundo, bem como constar em seu prospecto. Tributação Imposto de Renda O imposto de renda nos fundos de investimento incide sobre a rentabilidade obtida pelo cotista. O percentual (alíquota) do imposto de renda varia de acordo com a composição da carteira do fundo, e de acordo com o prazo médio dos títulos que a compõem. Nos fundos de investimento cuja carteira possuir 67% ou mais investido em ações, a alíquota será de 15% sobre a rentabilidade obtida, e incidiráno momento em que o cotista efetuar o resgate. Os fundos de investimento de curto prazo estão sujeitos à incidência de imposto de renda na fonte. A alíquota de IR que incide sobre os fundos de investimento de curto prazo é de 22,5% sobre o lucro obtido em aplicações de até 180 dias e de 20% em aplicações acima de 180 dias. Para fins de tributação, são considerados fundos de investimento de curto prazo aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou inferior a 365 dias. Os fundos de investimento de longo prazo também estão sujeitos à incidência de imposto de renda na fonte. Para fins de tributação, são considerados fundos de investimento de longo prazo aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou superior a 365 dias, e a tributação dá- se da seguinte maneira: 8 Prazo Médio da Carteira do Fundo de Investimento Alíquota Até 180 dias 22,50% De 181 até 360 dias 20,00% De 361 dias até 720 dias 17,50% Acima de 721 dias 15,00% No último dia útil dos meses de maio e novembro, a Receita Federal cobra uma parcela do imposto de renda calculado sobre a rentabilidade obtida pelo cotista, para fundos de investimento de curto e longo prazo. Essa parcela é calculada a uma alíquota de 15% sobre a rentabilidade e é deduzida do saldo de cotas que o investidor possui. A diferença de alíquota (se houver) será paga no momento em que o cotista solicitar o resgate. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) O imposto sobre operações financeiras (IOF) incide caso o prazo entre a aplicação e o resgate seja inferior a 30 dias; as alíquotas são decrescentes em função do prazo. Como o imposto de renda, as alíquotas incidem sobre a rentabilidade obtida pelo cotista. Veja abaixo as alíquotas: Número de dias decorridos após a aplicação IOF (em%) Número de dias decorridos após a aplicação IOF (em%) 1 96 16 46 2 93 17 43 3 90 18 40 4 86 19 36 5 83 20 33 6 80 21 30 7 76 22 26 8 73 23 23 9 70 24 20 10 66 25 16 11 63 26 13 12 60 27 10 13 56 28 6 14 53 29 3 15 50 30 0 Tipos de Fundos Curto Prazo: Os fundos de investimento de curto prazo possuem como meta reproduzir as variações das taxas de juros e das taxas pós-fixadas, através de investimentos dos seus recursos em títulos públicos federais ou em títulos privados de baixo risco de crédito, 9 com prazo máximo de 375 dias e prazo médio da carteira de, no máximo, 60 dias. A rentabilidade dos fundos de investimento de curto prazo se associa a variação das taxas SELIC ou CDI. São considerados conservadores quanto ao risco, sendo compatíveis com objetivos de investimento de curto prazo, pois suas cotas são menos sensíveis às variações das taxas de juros e valores do mercado. O crédito do resgate do valor parcial ou total investido pelo cotista deste fundo de investimento costuma ser executado no mesmo dia de sua solicitação. Referenciado: Os fundos de investimento dessa categoria acompanham a variação do indicador de desempenho (benchmark)1 definido em seu regulamento, mantendo, pelo menos, 95% de sua carteira constituída por ativos que acompanham o referido indicador. Este fundo deve investir, no mínimo, 80% em títulos públicos federais ou em títulos de renda fixa privados que estejam incluídos na categoria baixo risco de crédito. O administrador deste tipo de fundo de investimento pode utilizar, nos até 5% restantes, ativos derivados2 em carteira apenas com o objetivo exclusivo de proteção (hedge)3, sem permitir qualquer tipo de alavancagem. Este tipo de investimento é de baixo risco e é indicado para quem procura um investimento de curto a médio prazo. Fundos Referenciados DI: São fundos atrelados ao CDI4 (Certificado de Depósito Interbancário). Estes fundos investem, no mínimo, 95% em papéis pós-fixados de renda fixa, com rendimento próximo ao CDI e aplica pelo menos 80% em papéis da dívida federal ou papéis de empresas com baixo risco. Desta maneira, este investimento está atrelado aos juros de mercado. É um investimento de baixo risco, que se torna uma boa opção em um momento de juros altos. Outros fundos referenciados: Acompanha qualquer outro parâmetro que não os juros de curto prazo (CDI). Os fundos cambiais já foram tratados como um segmento dos fundos referenciados, porém neste material serão tratados individualmente. Multimercados: Os fundos dessa categoria obtêm a sua rentabilidade fundamentalmente a partir de operações com derivativos financeiros. Os derivativos financeiros são contratos relativos a operações com liquidação futura de modo a permitir que o gestor do fundo possa 1 Benchmark é um indicador que dá a referência de desempenho que cada fundo deve acompanhar. Muitas vezes o ponto de referência é o CDI ou o índice BOVESPA, desta maneira a meta deve ser obter um rendimento de percentual igual ou superior a essa taxa. 2 Os ativos derivados ou derivativos são contratos, que agem como instrumentos financeiros cujo valor é originado do preço de mercado de um ativo ou outro instrumento financeiro que lhe serve de referência, como commodities e moedas. 3 Hedge é uma posição adotada por investidores que os coloca em uma posição mais conservadora e protegida de possíveis oscilações do mercado. 4 O Certificado de Depósito Interbancário são títulos de emissão de instituições financeiras, que lastreiam operações, como empréstimos, para operações entre bancos. A taxa CDI costuma acompanhar de perto a taxa SELIC. 10 alavancar o patrimônio do fundo em uma determinada estratégia de investimento. A alavancagem é a possibilidade que o gestor possui de aumentar a aplicação do fundo através de endividamento, o que aumenta o risco e exposição do fundo, e ao mesmo tempo o incremento do lucro, caso este ocorra. Os fundos de investimento multimercados têm por objetivo diversificar o investimento de seus recursos em diversas classes de ativos, como nos mercados de renda fixa, câmbio e ações. Os fundos de investimento multimercados não têm o compromisso de concentrar recursos em nenhum fator de risco em especial. Podem, inclusive, utilizar ativos derivados em carteira tanto para proteção (hedge) quanto para alavancagem. A procura pelas melhores oportunidades para diversificar os ativos do fundo de investimento multimercado depende da capacidade e experiência do gestor, que deve combinar a aplicação do percentual do patrimônio que será investido em cada um dos mercados com a escolha do melhor momento para alocar esses recursos. O crédito do resgate do valor parcial ou total investido pelo cotista deste fundo de investimento costuma ser executado no mesmo dia de sua solicitação. A administração deste fundo possui grande liberdade, podendo operar com ativos tanto de renda fixa como de renda variável. Multimercados Macro: fundos que atuam em diversas classes de ativos (renda fixa, renda variável, câmbio etc.), delimitando as estratégias de investimento baseadas em cenários macroeconômicos de médio e longo prazo, operando de forma direcional. Admitem alavancagem. Multimercados Trading: fundos que utilizam as estratégias de investimento com diversificação de mercados ou classes de ativos, aproveitando oportunidades de ganhos causados por movimentos de curto prazo nos preços dos ativos. Admitem alavancagem. Multimercados Multiestratégia: fundos que têm a possibilidade de utilizar mais de uma estratégia de investimento, por não possuírem compromisso declarado de se dedicarem a uma em particular. Admitemalavancagem. Multimercados Multigestor: fundos que possuem como meta aplicar em mais de um fundo, geridos por gestores distintos. A principal aptidão necessária na administração deste fundo consiste no processo de uma boa seleção de gestores. Admitem alavancagem. Multimercados Juros e Moedas: fundos que procuram retorno no longo prazo por meio de investimentos em ativos de renda fixa; permite estratégias que impliquem risco de juros, risco de índice de preço e risco de moeda estrangeira. Admitem alavancagem. Multimercados Estratégia Específica fundos que utilizam estratégia de investimento que implique alguns riscos específicos, tais como commodities ou índice futuro. Admitem alavancagem. 11 Long and Short – Neutro: fundos que realizam operações de ativos e derivativos atrelados ao mercado de renda variável, montando posições compradas e vendidas, com o objetivo de manter a exposição neutra ao risco do mercado acionário. Os recursos remanescentes em caixa devem ficar investidos em operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Admitem alavancagem. Long and Short – Direcional: fundos que realizam operações de ativos e derivativos ligados ao mercado de renda variável, montando posições compradas e vendidas. O retorno deve ser derivado, principalmente, da diferença entre essas posições. Os recursos remanescentes em caixa devem ficar investidos em operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Admite alavancagem. Balanceados: fundos que procuram receber retorno no longo prazo por meio de investimento em diversas classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio etc.). Estes fundos utilizam uma estratégia de investimento diversificada e deslocamentos táticos entre as classes de ativos ou estratégia explícita de rebalanceamento de curto prazo. Também devem ter explicitado o mix de ativos (percentual de cada classe de ativo) com o qual devem ser comparados (asset allocation benchmark). Desta maneira, estes fundos não podem ser equiparados a indicadores de desempenho que reflitam apenas uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem alavancagem. Capital Protegido: fundos que procuram retornos em mercados de risco com o objetivo de proteger, parcial ou totalmente, o principal investido. Ações: Os fundos de investimento de ações têm como fim concentrar o investimento de, no mínimo, 67% de seus recursos em ações de empresas negociadas em bolsa de valores. Alguns dos fundos de investimento de ações buscam, inclusive, superar o desempenho de algum índice de referência do mercado de ações, como o IBOVESPA5 ou o IBrX6. São considerados fundos de alto risco, possuindo metas conciliáveis com as metas de investimento de longo prazo. Os fundos de investimento multimercados podem utilizar ativos derivados em carteira tanto para proteção (hedge) quanto para alavancagem. Também conhecidos como fundos de investimento em renda variável. O crédito do resgate do valor parcial ou total investido pelo cotista deste fundo de investimento costuma ser executado até quatro dias após a sua solicitação. Ações Ibovespa Indexado: fundos cuja meta de investimento é seguir o comportamento do Ibovespa. Não admitem alavancagem. 5 O IBOVESPA é um índice que apresenta o rendimento de uma carteira de ações teórica e indica o valor médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo 6 O IBrX é um índice que apresenta o rendimento de uma carteira com 100 ações das mais negociadas na BOVESPA em termos de número de negócios e volume financeiro. 12 Ações Ibovespa Ativo: fundos que empregam o Índice Bovespa como referência, possuem o objetivo explícito de superar este índice. Admitem alavancagem. Fundos de Ações IBrX Ações IBrX Indexado: fundos cuja principal meta de investimento é acompanhar o comportamento do IBrX ou do IBrX 50. Não admitem alavancagem. Ações IBrX Ativo: fundos que usam como orientação os índices IBrX ou IBrX 507, possuindo como meta superar o respectivo índice. Admitem alavancagem. Fundos de Ações Setoriais: fundos que investem em empresas que fazem parte de um mesmo setor ou conjunto de setores semelhantes da economia. Estes fundos devem esclarecer em suas políticas de investimento os setores, subsetores ou segmentos que são opções possíveis para aplicação, conforme classificação setorial definida pela Bovespa. Os recursos remanescentes em caixa devem ficar investidos em operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Não admitem alavancagem. Fundos de Ações FMP (Fundos Mútuos de Privatização) - FGTS: fundos regulamentados pelas Instruções CVM nos 141/1991, 157/1991, 266/1997, 279/1998 e suas modificações. O principal objetivo destes fundos é aplicar os recursos disponíveis em ações de empresas que estão sendo privatizadas pelo governo Federal ou pelos governos Estadual e Municipal, ou que estejam em procedimento de operações de venda de participações acionárias de propriedade da União, dos Estados ou dos Municípios, objetivando a pulverização da base acionária. Fundos de Ações Small Caps: fundos cuja parcela de ações aplique, no mínimo, 90% em ações de empresas que não estejam entre as 25 maiores participações do IBrX - Índice Brasil, ou seja, ações de empresas que possuam, relativamente, baixa e média capitalização de mercado. Os 10% restantes podem ser aplicados em ações de maior liquidez ou capitalização de mercado, contanto que não estejam incluídas entre as dez maiores participações do IBrX – Índice Brasil. Os recursos restantes em caixa devem ficar investidos em operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Não admitem alavancagem. Fundos de Ações Dividendos: fundos cuja carteira está aplicada apenas em ações de empresas com histórico de dividend yield (renda gerada por dividendos) expressiva ou que, na visão do gestor, apresentem essas perspectivas. Os recursos remanescentes em caixa 7 O IBrX 50 é um índice que apresenta o rendimento de uma carteira com 50 ações das mais negociadas na BOVESPA em termos de números de negócios e volume financeiro 13 devem ficar aplicados em operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Não admitem alavancagem. Fundos de Ações Sustentabilidade/Governança: fundos que investem somente em empresas que apresentam bons patamares de governança corporativa, ou que se destacam em responsabilidade social e sustentabilidade empresarial no longo prazo, conforme critérios estabelecidos por entidades reconhecidas no mercado ou supervisionados por conselho não vinculado à gestão do fundo. Os recursos remanescentes em caixa devem ficar investidos em operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Não admitem alavancagem. Fundos de Ações Livre: neste segmento, entram os fundos de ações abertos que não se encaixam em nenhum dos segmentos anteriores. Admitem alavancagem. Cambial: os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por títulos de renda fixa (80%+) que tenham como meta de rentabilidade proporcionar a variação de preços de uma determinada moeda estrangeira. O principal fator de risco da carteira de um fundo de investimento cambial é a variação dos preços da moeda estrangeira ou do cupom cambial. Possui risco moderado, e é recomendado para investidores que buscam preservar o poder de compra de seu patrimônio em moeda estrangeira ao longo do tempo. Podem utilizar ativos derivados em carteira apenas com o objetivo exclusivo de proteção (hedge), sem permitir qualquer tipo dealavancagem. É importante destacar que os fundos de investimento cambiais não refletem apenas a cotação da moeda, pois taxa de administração e imposto de renda são tributos descontados do patrimônio líquido do fundo. Dívida Externa: Os fundos dessa categoria possuem em sua carteira de investimento composição com (80%) títulos emitidos pelo governo brasileiro negociado no mercado internacional. Os 20% restantes do patrimônio dos fundos de investimento da dívida externa podem ser aplicados em outros títulos de crédito negociados no exterior. Estes fundos podem utilizar ativos derivados em carteira apenas com o objetivo exclusivo de proteção (hedge), não sendo permitido qualquer tipo de alavancagem; estes derivativos podem ser negociados tanto no Brasil quanto no exterior. Os títulos componentes da carteira dos fundos de investimento da dívida externa são custodiados no exterior. Este tipo de fundo de investimento é uma forma ágil e de baixo custo operacional para investir em títulos do governo brasileiro negociados no exterior. Direitos Creditórios: A carteira de investimento desses fundos é formada em sua totalidade por títulos que demonstram operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços. Esses títulos são denominados recebíveis. Esses fundos possuem uma 14 regulamentação própria (Instruções CVM 356/2001 e 399/2003 e suas modificações). Os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), também conhecidos como fundos de recebíveis, têm por objetivo aquisição de contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias e/ou serviços. As cotas dos fundos de investimento em direitos creditórios são remuneradas com base nas parcelas periódicas a serem pagas por quem adquiriu tais produtos, mercadorias e/ou serviços. São constituídos sob a forma de condomínio aberto ou fechado e destinam-se exclusivamente a investidores qualificados. Fundos de Previdência: São fundos de investimento cujo fim é acolher os recursos captados pelo plano gerador de benefícios livres (PGBLs). Estes fundos procuram retorno através de investimentos em ativos de renda fixa (sendo aceitos títulos sintetizados através do uso de derivativos); pode utilizar estratégias que acarretem em risco de juros e de índice de preços do mercado doméstico. Excluem-se estratégias que impliquem risco de moeda estrangeira ou de renda variável. Não admitem alavancagem. Previdência Balanceados Previdência Balanceados – até 15: fundos que buscam retorno no longo prazo por meio de investimento em várias classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio etc.). Possuem uma estratégia de investimento diversificada e deslocamentos táticos entre as classes de ativos ou estratégia explícita de rebalanceamento de curto prazo. Devem expor o mix de ativos (percentual de cada classe de ativo) com o qual devem ser comparados (asset allocation benchmark) ou intervalo definido de alocação. Neste tipo, devem ser classificados os fundos cujo limite máximo de alocação em ativos de renda variável é até 15%. Sendo assim, não podem ser comparados a indicador de desempenho que reflita apenas uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem alavancagem. Previdência Balanceados – de 15-30: fundos cuja definição é semelhante ao anterior, com exceção de que neste tipo devem ser classificados os fundos cujo limite máximo de alocação em ativos de renda variável está entre 15% e 30%. Sendo assim, não podem ser comparados a indicador de desempenho que reflita apenas uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem alavancagem. Previdência Balanceados – acima de 30: a definição deste fundo é semelhante à descrição do fundo Previdência Balanceados – até 15, com exceção que neste tipo devem ser classificados os fundos cujo limite máximo de alocação em ativos de renda variável está acima de 30%. Sendo assim, não podem ser comparados a indicador de desempenho que reflita apenas uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem alavancagem. 15 Previdência Multimercados: fundos que procuram retorno no longo prazo através de investimento em diferentes e várias classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio etc.). Estes fundos não possuem explicitado o mix de ativos (percentual de cada classe de ativo) com o qual devem ser comparados (asset allocation benchmark), podendo, inclusive, ser comparados a parâmetro de desempenho que reflita apenas uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Estão incluídos também neste tipo, os fundos cujo intervalo de alocação esteja omisso. Não admitem alavancagem. Previdência Data-Alvo: fundos que buscam retorno num prazo referencial, ou data-alvo, através de investimento em diversas classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio etc.) e estratégia de rebalanceamento periódico. Estes fundos têm compromisso de diminuição da exposição a risco tendo em vista o prazo a decorrer para a respectiva data-alvo. Não devem ser comparados a indicador de desempenho que reflita apenas uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem alavancagem. Previdência Ações: fundos que devem possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações à vista, bônus ou recibos de subscrição, certificados de depósito de ações, cotas de fundos de ações, cotas dos fundos de índice de ações, Brazilian Depositary Receipts, classificados como nível II e III. Neste tipo estão classificados os fundos que se destinam a somente receber aplicações de outros fundos de previdência aberta. Não admitem alavancagem. Imobiliário: São fundos de investimento cujos recursos têm como fim empreendimentos imobiliários e possuem uma regulamentação própria (instruções CVM 205/1994 e 206/1994 e suas modificações). São fundos que investem em empreendimentos imobiliários como edifícios comerciais, shopping centers, hospitais etc. O retorno do capital investido se dá por meio da distribuição de resultados do Fundo (o aluguel pago por um shopping center, por exemplo) ou pela venda das suas cotas do Fundo. Risco Risco em investimento é a probabilidade de não se obter o que se esperava, a chance de certas operações causarem perda de recursos. Tratando-se de fundos de investimento, temos cinco dimensões para o risco: 1. Riscos de mercado: Podem ser definidos como uma medida das perdas potenciais de um fundo de investimentos se elementos de mercado mudarem inesperadamente. Esta classificação abrange perdas potenciais para os seguintes fatores: 16 Taxas de juros, taxas de câmbio, ações e commodities: Perdas potenciais devido a mudanças inesperadas nos seus respectivos valores. Liquidez: Perdas potenciais de um fundo devido a suas posições se tornarem mais difíceis de se serem vendidas ou financiadas no mercado. Derivativos e Hedge: perdas de um fundo causadas pelo uso de derivativos para hedge mau utilizados, ou especulação errônea. Concentração: Perdas devido à falta de diversificação do fundo. 2. Riscos Operacionais: Podem ser definidos como uma medida das perdas potenciais de um fundo de investimentos relativas a falhas humanas ou de equipamentos nos seus sistemas, práticas e controles internos. Esta classificação abrange os seguintes fatores: Equipamento e obsolescência: Perdas potenciais de uma empresa que administra recursos de terceiros causada por falhas em seus sistemas (telefônicos, elétricos, de software, de hardware etc). Confiabilidade e presteza: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceirospor causa de informações não recebidas, processadas, armazenadas e transmitidas com rapidez de forma confiável. Erro não-intencional: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros causadas por erros não intencionais (negligência, falta de concentração, etc). Fraudes furtos ou roubos: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros causados por fraudes, furtos ou roubos (falta de controle interno, divulgação de informações erradas a clientes intencionalmente, manipulação de resultados, etc). Qualificação: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros devido à falta de funcionários com qualificação apropriada. Produtos e serviços: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros causado pelo não cumprimento das expectativas e necessidades de seus clientes, seja em produtos, seja em serviços. Regulamentação: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros causada por uma alteração em alguma regulamentação externa que não pode ser atendida pela firma. Liquidação financeira: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros devido a erros nos procedimentos internos no encerramento de transações. Modelagem: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros devido à falta ou má utilização ou interpretação de modelos matemáticos. Imagem: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros causada por uma reputação mais manchada no mercado. 17 3. Concentração: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros causada pela não diversificação de negócios (fundos de investimento, clientes e serviços). Sistêmico: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros causada por alterações no ambiente de trabalho. Catástrofe: Perdas potenciais de uma empresa de administração de recursos de terceiros causadas pela incapacidade de se operar por causa de catástrofes (terremotos, enchentes, etc). 4. Riscos de crédito: Podem ser definidos como uma mensuração das perdas potenciais de um fundo de investimento causadas pela obrigação não honrada, ou da capacidade alterada de uma contraparte em honrar seus compromissos, tendo como consequência uma perda financeira. Inadimplência: Perdas potenciais resultantes de uma contra parte não ser capaz de pagar devidamente juros ou o vencimento destes Degradação: Perdas potenciais resultantes da redução do rating de uma contraparte Garantia: Perdas potenciais resultantes da redução do valor de mercado das garantias de um empréstimo. Soberano: Perdas potenciais resultantes de alguma mudança na política nacional de um país que altere sua capacidade de honrar seus compromissos. Concentração: Perdas potenciais resultantes da concentração da exposição de crédito em poucas contrapartes. 5. Riscos legais: Podem ser definidos como a medida das perdas potencias resultantes da violação da legislação, da criação de novos tributos (ou da reinterpretação dos existentes) ou da existência de contratos pouco claros ou que não estejam bem documentados. Legislação: Perdas potenciais resultantes de penalidades impostas por regulamentação ou processos de clientes contra a empresa de administração de recursos de terceiros Tributário: Perdas potenciais resultantes da criação de novos tributos ou mudanças na interpretação dos tributos já existentes Contrato: Perdas potenciais resultantes de contratos omissos ou mal escritos (não possuem o devido amparo legal). É muito comum as perdas causadas por certo tipo de risco causar as perdas por outros riscos, por exemplo: uma empresa que não segue devidamente a legislação pode, além de perder recursos devido às penalidades perder mais recursos devidos a uma piora de sua reputação no mercado. Desta maneira, os diversos riscos se encontram, normalmente, associados entre si. 18 Transparência na gestão do Fundo Nesses tempos em que a governança corporativa está avançando nos mercados acionários, cabe aqui estabelecer também os mesmos critérios para os gestores de fundos de investimento. Infelizmente, a transparência na gestão dos fundos de investimentos negociados no mercado brasileiro ainda é negligenciada em função de certos argumentos cuja asserção é baseada em conceitos de espionagem, apoiado, principalmente, no argumento de sigilo bancário. 19 Questões 1. Qual o profissional responsável pela escolha dos ativos que irão compor a carteira do fundo, bem como pela emissão das ordens de compra e venda? a) O administrador b) O custodiante c) O gestor d) O distribuidor 2. Os Fundos Referenciados DI estão atrelados a qual taxa? a) SELIC b) IBOVESPA c) CDI d) IBrX e) IbrX -50 3. Os Fundos de Investimento de Ações possuem qual percentual mínimo de aplicação em ações? a) 34% b) 53% c) 67% d) 82% e) 95% 4. Os Fundos de Investimentos Multimercados se caracterizam por a) Investir principalmente em commodities e não haver possibilidade de alavancagem. b) Investir principalmente em commodities e haver a possibilidade de alavancagem. c) Investir principalmente em derivativos e não haver possibilidade de alavancagem. d) Investir principalmente em derivativos e haver a possibilidade de alavancagem. 5. Sobre os impostos incidentes sobre os fundos de investimentos: a) Os impostos incidentes são proporcionais ao volume investido, não sendo influenciado pelo tempo que o dinheiro ficou investido. b) Quanto mais tempo o investidor segurar os papéis maior será o IOF e menor será o imposto de renda no resgate. c) Quanto mais tempo o investidor segurar os papéis menor será o IOF e maior será o imposto de renda no resgate d) Quanto mais tempo o investidor segurar os papéis maior será a carga de ambos os impostos 20 e) Quanto mais tempo o investidor segurar os papéis menor será a carga de ambos os impostos Referências http://www.bmfbovespa.com.br/Fundos- Listados/FundosListados.aspx?Idioma=pt-br&tipoFundo=imobiliario. http://www.bb.com.br/docs/pub/voce/dwn/CartilhaFundos.pdf http://wiki.advfn.com/pt/Fundos_de_Investimento_Imobili%C3%A1rio http://www.comoinvestir.com.br/ Mercado de Valores Mobiliários Brasileiros, Comitê Consultivo de Educação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Gestão de riscos para fundos de investimento, Antônio Marcos Duarte Júnior CMA SOLUTIONS CMA EDUCACIONAL BANCO DO BRASIL