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CURSO 
LIGA DE MERCADO FINANCEIRO FEA USP 
 
GESTÃO DE FUNDOS 
 
 
 
 
 PARCEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Sumário 
O que é um fundo de investimentos .................................................................................................. 3 
Como é Organizado ......................................................................................................................... 3 
Obrigações do Administrador e do Gestor ........................................................................................ 4 
O Gestor de Carteira ........................................................................................................................ 5 
Tributação ........................................................................................................................................ 7 
Tipos de Fundos ............................................................................................................................... 8 
Risco .............................................................................................................................................. 15 
Transparência na gestão do Fundo................................................................................................. 18 
Questões ........................................................................................................................................ 19 
Referências .................................................................................................................................... 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
O que é um fundo de investimentos 
 
Um fundo de investimentos é uma forma de aplicação financeira na 
qual pessoas físicas e jurídicas depositam seus recursos para que sejam 
administrados e investidos por terceiros. Desta maneira, cada pessoa detém 
certa quantidade de cotas do fundo: quanto maior o valor investido, mais 
cotas possuirá o investidor. 
O valor da cota é calculado diariamente pela divisão do valor total do 
patrimônio líquido do fundo pela quantidade de cotas. O valor do patrimônio 
líquido é calculado pela soma de todos os direitos do fundo, todos os ativos 
adquiridos e o valor de caixa, subtraído das obrigações do fundo; nestas 
obrigações incluem-se as despesas relativas à administração. Por exemplo: 
um fundo com patrimônio líquido de R$1.000.000 possui 500.000 cotas; 
1.000.000/500.000 = R$ 2 por cota. 
Frequentemente, os fundos de investimento são comparados a um 
condomínio: cada pessoa detém a sua parte e, juntos, um grupo de pessoas 
delega a um terceiro a administração e os cuidados que se deve ter com os 
seus patrimônios. Ainda, os fundos permitem aos investidores individuais 
obterem retorno sobre uma quantia maior que a efetivamente investida, 
tendo em vista que a remuneração é calculada sobre a soma das cotas de 
todos os investidores. Assim, os fundos podem ser uma maneira efetiva 
para pequenos investidores aplicarem seus recursos e obterem retorno 
superior àquele que obteriam gerindo o dinheiro por conta própria. 
 
Como é Organizado 
 
No Brasil, um fundo de investimentos possui registro na Receita 
Federal (CNPJ), constituindo-se sob a forma de pessoa jurídica. A gestão de 
fundos é a administração de um fundo de investimentos, realizada por 
especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos jurídicos 
e legais, e os gestores tratam da estratégia de montagem da carteira de 
ativos, visando a gestão de fundos com o maior lucro possível a um 
determinado nível de risco, compatível com a política de investimentos do 
fundo. 
 Enquanto pessoa jurídica, o fundo de investimento deve ter um 
estatuto social (registrado em um cartório de notas e ofício), no qual 
constam os direitos e deveres dos cotistas, bem como os aspectos relativos 
à organização social do fundo. 
A gestão de fundos administra fatores como carteiras diversificadas 
ou menos diversificadas, e ativos de diversos tipos - como ações, títulos de 
renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos, títulos públicos, etc. Todo o 
dinheiro aplicado nos fundos é convertido em cotas, que são distribuídas 
entre os aplicadores ou cotistas, que passam a ser proprietários de partes 
da carteira proporcionais ao capital investido. O valor da cota é atualizado 
diariamente e o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o número 
de cotas adquiridas pelo valor da cota no dia. 
Como todo condomínio, a Assembleia de cotistas é o órgão decisório 
e a ela cabe aprovar o balanço social do fundo, bem como definir certas 
funções administrativas que o fundo necessita seguir, para ser aprovado 
4 
 
pela Comissão de Valores Mobiliários – o órgão do Governo Federal 
responsável pela fiscalização dos fundos de investimento. 
 
As funções administrativas são as seguintes: 
 
 O Gestor da carteira de investimento é o responsável pela 
gestão do patrimônio do fundo de investimento. O gestor 
poderá ser uma pessoa física ou uma pessoa jurídica; em 
ambos os casos é necessário um registro junto a Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM). 
 O Administrador é o responsável pela representação do fundo 
perante os órgãos de fiscalização do governo federal, a CVM ou 
o Banco Central do Brasil. Necessariamente o administrador 
deverá ser uma instituição financeira aprovada pelo Banco 
Central do Brasil. Uma das funções do administrador é a 
determinação do valor da cota do fundo. 
 O Custodiante será o responsável pela guarda dos títulos que 
compõem a carteira do fundo de investimento. Ele deverá ser 
uma empresa com autorização do Banco Central do Brasil para 
exercer essa função. 
 Há uma quarta função que não é definida no estatuto social do 
fundo, mas que é igualmente importante para a existência do 
mesmo: trata-se do distribuidor, que possui a função de captar 
recursos junto a investidores. 
 O Administrador deverá ainda contratar os serviços de uma 
empresa de auditoria, pois o balanço social do fundo deve ser 
auditado por uma empresa independente. 
 
Obrigações do Administrador e do Gestor 
 
O administrador é o responsável pelo Fundo e pelas informações 
perante os cotistas e a CVM, devendo ser identificado no regulamento do 
fundo. É ele quem constitui o fundo e, no mesmo ato, aprova o seu 
regulamento. A ele também compete: 
Praticar todos os atos necessários à administração da carteira do 
Fundo, caso esta não seja terceirizada, bem como exercer todos os direitos 
inerentes aos ativos que a integrem, dentro dos limites legais e das regras 
estabelecidas pela CVM; 
Contratar obrigatoriamente um auditor independente, que deverá ser 
registrado na CVM, para auditar as demonstrações contábeis do Fundo; 
Contratar, se for o caso, outra pessoa física ou jurídica, devidamente 
credenciada pela CVM, para gerenciar a carteira do Fundo; 
Contratar terceiros legalmente habilitados para a prestação dos 
seguintes serviços relativos às atividades do Fundo: atividades de 
tesouraria, controle e processamento dos ativos financeiros, escrituração da 
emissão e resgate de cotas, custódia, consultoria de investimentos, 
distribuição de cotas e classificação de risco por agência especializada 
(obrigatório quando o administrador não estiver devidamente credenciado 
ou autorizado para a prestação dos serviços). 
O artigo 65 da instrução CVM 409, de 18 de agosto de 2004 elenca 
algumas das obrigações do administrador. Como exemplo, cita-se o serviço 
5 
 
de atendimento ao cotista, que consiste na prestação de esclarecimentose 
resposta à possíveis questionamentos e reclamações feitas por cotistas: 
esse serviço deve estar diretamente subordinado ao diretor responsável 
perante a CVM pela administração do Fundo, ou a outro diretor 
especificamente indicado à CVM para esta função, devendo ainda constar 
nos informativos enviados aos cotistas o endereço e o número do telefone 
desse serviço. 
Cabe também ao administrador de um fundo de investimentos a 
divulgação de informações aos investidores na periodicidade, prazo e teor 
definidos pela regulamentação da CVM: esta divulgação deve ser feita de 
forma imparcial a todos os cotistas. 
Ainda, a instrução CVM 522, de 08 de maio 2012, introduziu a 
obrigação de o administrador do fundo, a partir de 02 de julho de 2012, 
adotar políticas, práticas e controles internos necessários para que a 
liquidez da carteira do fundo seja compatível com os prazos previstos no 
regulamento para pagamento dos pedidos de resgate e cumprimento das 
obrigações do fundo, conforme estabelece o artigo 65-B da citada instrução. 
IMPORTANTE: É vedado ao Administrador prometer rendimentos 
predeterminados aos cotistas do Fundo. A mesma atenção dispensada ao 
Administrador do Fundo deve ser atribuída ao Gestor da Carteira caso esta 
função, pelo regulamento do Fundo, seja desempenhada por terceiros. 
 
O Gestor de Carteira 
 
O Gestor de Carteira é responsável pela gestão profissional, conforme 
estabelecido no seu regulamento, dos ativos financeiros integrantes da 
carteira do fundo. Essa função deve ser desempenhada por pessoa física ou 
jurídica credenciada como administrador de carteira de valores mobiliários 
pela CVM. O Gestor do Fundo tem poderes para negociar, em nome do 
fundo de investimento, os ativos financeiros do fundo, bem como exercer o 
direito de voto decorrente dos ativos financeiros detidos por ele, realizando 
todas as demais ações necessárias para tal exercício, observado o disposto 
na política de voto. Dentre as suas principais atividades, destacam-se: 
Escolher os ativos que irão compor a carteira do Fundo, selecionando 
aqueles com melhor perspectiva de rentabilidade, dado um determinado 
nível de risco compatível com a política de investimento do Fundo; 
Emitir as ordens de compra e venda com relação aos ativos que 
compõem a carteira do Fundo, em nome do Fundo. 
Atenção: Tanto o Administrador do Fundo como o Gestor da Carteira 
devem estar devidamente credenciados na CVM. 
Se o administrador e/ou o gestor da carteira do fundo forem 
descredenciados, por decisão da CVM, para o exercício de administração de 
carteira, eles devem ser substituídos, hipótese em que a CVM nomeará um 
administrador temporário até a eleição de nova administração. 
Da mesma forma, nos casos de renúncia e destituição, por 
deliberação da assembleia geral, o administrador e o gestor também devem 
ser substituídos. Nessa hipótese, o administrador fica obrigado a convocar 
imediatamente a assembleia geral para eleger seu substituto, a se realizar 
no prazo de até 15 (quinze) dias. É facultado aos cotistas que detenham ao 
menos 5% (cinco por cento) das cotas emitidas, em qualquer caso, ou à 
CVM, nos casos de descredenciamento, a convocação da assembleia geral. 
6 
 
No caso de renúncia, o administrador deverá permanecer no exercício de 
suas funções até sua efetiva substituição, que deverá ocorrer no prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, sob pena de liquidação do fundo pelo 
administrador. 
Além do estatuto social, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
exige que o fundo tenha um prospecto onde conste de forma clara os riscos 
que o investidor corre ao ingressar como cotista, a política de investimento 
do fundo e informações gerais sobre o fundo. 
O estatuto social deverá ainda estabelecer as datas de realização da 
Assembleia de Cotistas. 
 
Funcionamento: 
 
O investidor, ao aplicar os seus recursos financeiros em um fundo de 
investimento, estará adquirindo certa quantidade de cotas que 
representarão o patrimônio do fundo de investimento. 
Para calcular o valor da cota o administrador poderá utilizar duas 
metodologias: 
 Cota Fechamento: nessa metodologia o Administrador irá determinar 
o valor da cota no final do dia e, para tanto, utilizar-se-á do valor do 
patrimônio do fundo constante no final do dia. Nessa situação, o 
investidor somente irá saber o valor da cota no dia seguinte ao da 
aplicação. 
 
 Cota Abertura: nessa metodologia o Administrador irá determinar o 
valor da cota no início do dia e, para tanto, utilizar-se-á do valor do 
patrimônio do fundo no início do dia. Nessa situação, o investidor 
sabe no momento da aplicação a quantidade de cotas que está 
adquirindo. 
 
Assim, de posse do valor da cota, o administrador poderá então calcular 
a quantidade de cotas que cada investidor possui e determinar o valor atual 
dos investimentos realizados pelos cotistas. Para isso, basta dividir o valor 
financeiro aportado pelo investidor pelo valor da cota (em caso de 
aplicação) ou multiplicar a quantidade de cotas pelo valor atual da cota para 
se determinar o valor atual dos investimentos (em caso de resgate, por 
exemplo). 
Além das metodologias acima mencionadas, o Administrador do fundo 
poderá adotar a cota de um determinado dia para aplicação ou para 
resgate. Em geral, os administradores adotam a cota do dia seguinte (D + 
1) para as aplicações e resgates. Essa informação deverá estar 
mencionada no estatuto social do fundo e no prospecto. 
Alguns administradores adotam também um prazo de carência para 
efetuar os resgates. Caso o investidor saque durante a vigência da carência, 
ele poderá perder a rentabilidade entre a data de aniversário da carência e 
a data do resgate (essa condição deverá ser mencionada no estatuto social 
do fundo e no prospecto). Se estiver previsto no estatuto social do fundo, o 
Administrador somente poderá resgatar em datas estipuladas. 
 
Taxas: 
 
As taxas que podem ser cobradas pelo Administrador do Fundo são: 
7 
 
 
 Taxa de administração: o administrador cobra para executar os 
trabalhos relativos à gerência administrativa do fundo. Essa taxa é 
definida, em geral, em termos anuais e incide diariamente sobre o 
patrimônio do fundo. Assim, ao divulgar o valor da cota, o 
administrador já terá descontado o valor da taxa de administração. 
 
 Taxa de performance: cobrada em função dos objetivos de 
rentabilidade, que são definidos no estatuto social do fundo: caso o 
gestor do fundo ultrapasse esses objetivos, ele fará jus a uma 
remuneração. De igual forma, o administrador, ao divulgar o valor da 
cota do fundo, já terá descontado o valor da taxa de performance do 
fundo. 
 
Os critérios de cálculo da taxa de performance são definidos no estatuto 
social do fundo e constam do prospecto. 
Taxa de entrada ou de saída: poderá ser cobrada do investidor quando 
da aquisição de cotas do fundo (taxa de entrada ou de carregamento), ou 
quando da solicitação do resgate de cotas (taxa de saída). O valor da cota 
do fundo, divulgado pelo administrador, não considera o pagamento dessa 
taxa, devendo ela ser acertada à parte. Como todas as demais, a taxa de 
entrada ou saída também devem estar definidas no estatuto social do 
fundo, bem como constar em seu prospecto. 
 
Tributação 
 
 Imposto de Renda 
 
O imposto de renda nos fundos de investimento incide sobre a 
rentabilidade obtida pelo cotista. 
 O percentual (alíquota) do imposto de renda varia de acordo com a 
composição da carteira do fundo, e de acordo com o prazo médio dos títulos 
que a compõem. 
Nos fundos de investimento cuja carteira possuir 67% ou mais 
investido em ações, a alíquota será de 15% sobre a rentabilidade obtida, e 
incidiráno momento em que o cotista efetuar o resgate. 
Os fundos de investimento de curto prazo estão sujeitos à incidência 
de imposto de renda na fonte. A alíquota de IR que incide sobre os fundos 
de investimento de curto prazo é de 22,5% sobre o lucro obtido em 
aplicações de até 180 dias e de 20% em aplicações acima de 180 dias. Para 
fins de tributação, são considerados fundos de investimento de curto prazo 
aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou inferior a 365 
dias. 
Os fundos de investimento de longo prazo também estão sujeitos à 
incidência de imposto de renda na fonte. Para fins de tributação, são 
considerados fundos de investimento de longo prazo aqueles cuja carteira 
de títulos tenha prazo médio igual ou superior a 365 dias, e a tributação dá-
se da seguinte maneira: 
 
 
 
8 
 
 
Prazo Médio da Carteira do Fundo de 
Investimento 
Alíquota 
Até 180 dias 22,50% 
De 181 até 360 dias 20,00% 
De 361 dias até 720 dias 17,50% 
Acima de 721 dias 15,00% 
 
No último dia útil dos meses de maio e novembro, a Receita 
Federal cobra uma parcela do imposto de renda calculado sobre a 
rentabilidade obtida pelo cotista, para fundos de investimento de curto e 
longo prazo. Essa parcela é calculada a uma alíquota de 15% sobre a 
rentabilidade e é deduzida do saldo de cotas que o investidor possui. A 
diferença de alíquota (se houver) será paga no momento em que o cotista 
solicitar o resgate. 
 
 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 
O imposto sobre operações financeiras (IOF) incide caso o prazo 
entre a aplicação e o resgate seja inferior a 30 dias; as alíquotas são 
decrescentes em função do prazo. Como o imposto de renda, as alíquotas 
incidem sobre a rentabilidade obtida pelo cotista. Veja abaixo as alíquotas: 
 
Número de dias 
decorridos após a 
aplicação 
IOF 
(em%) 
Número de 
dias 
decorridos 
após a 
aplicação 
IOF 
(em%) 
1 96 16 46 
2 93 17 43 
3 90 18 40 
4 86 19 36 
5 83 20 33 
6 80 21 30 
7 76 22 26 
8 73 23 23 
9 70 24 20 
10 66 25 16 
11 63 26 13 
12 60 27 10 
13 56 28 6 
14 53 29 3 
15 50 30 0 
 
Tipos de Fundos 
 
 Curto Prazo: Os fundos de investimento de curto prazo possuem 
como meta reproduzir as variações das taxas de juros e das taxas 
pós-fixadas, através de investimentos dos seus recursos em títulos 
públicos federais ou em títulos privados de baixo risco de crédito, 
9 
 
com prazo máximo de 375 dias e prazo médio da carteira de, no 
máximo, 60 dias. A rentabilidade dos fundos de investimento de 
curto prazo se associa a variação das taxas SELIC ou CDI. São 
considerados conservadores quanto ao risco, sendo compatíveis com 
objetivos de investimento de curto prazo, pois suas cotas são menos 
sensíveis às variações das taxas de juros e valores do mercado. O 
crédito do resgate do valor parcial ou total investido pelo cotista 
deste fundo de investimento costuma ser executado no mesmo dia de 
sua solicitação. 
 
 Referenciado: Os fundos de investimento dessa categoria 
acompanham a variação do indicador de desempenho (benchmark)1 
definido em seu regulamento, mantendo, pelo menos, 95% de sua 
carteira constituída por ativos que acompanham o referido indicador. 
Este fundo deve investir, no mínimo, 80% em títulos públicos 
federais ou em títulos de renda fixa privados que estejam incluídos 
na categoria baixo risco de crédito. O administrador deste tipo 
de fundo de investimento pode utilizar, nos até 5% restantes, ativos 
derivados2 em carteira apenas com o objetivo exclusivo de proteção 
(hedge)3, sem permitir qualquer tipo de alavancagem. Este tipo de 
investimento é de baixo risco e é indicado para quem procura um 
investimento de curto a médio prazo. 
 
 
 Fundos Referenciados DI: São fundos atrelados ao CDI4 (Certificado 
de Depósito Interbancário). Estes fundos investem, no mínimo, 95% 
em papéis pós-fixados de renda fixa, com rendimento próximo ao 
CDI e aplica pelo menos 80% em papéis da dívida federal ou papéis 
de empresas com baixo risco. Desta maneira, este investimento está 
atrelado aos juros de mercado. É um investimento de baixo risco, 
que se torna uma boa opção em um momento de juros altos. 
 
 Outros fundos referenciados: Acompanha qualquer outro parâmetro 
que não os juros de curto prazo (CDI). Os fundos cambiais já foram 
tratados como um segmento dos fundos referenciados, porém neste 
material serão tratados individualmente. 
 
 
 Multimercados: Os fundos dessa categoria obtêm a sua rentabilidade 
fundamentalmente a partir de operações com derivativos financeiros. 
Os derivativos financeiros são contratos relativos a operações com 
liquidação futura de modo a permitir que o gestor do fundo possa 
 
1 Benchmark é um indicador que dá a referência de desempenho que cada fundo deve 
acompanhar. Muitas vezes o ponto de referência é o CDI ou o índice BOVESPA, desta maneira 
a meta deve ser obter um rendimento de percentual igual ou superior a essa taxa. 
2 Os ativos derivados ou derivativos são contratos, que agem como instrumentos financeiros 
cujo valor é originado do preço de mercado de um ativo ou outro instrumento financeiro que lhe 
serve de referência, como commodities e moedas. 
3 Hedge é uma posição adotada por investidores que os coloca em uma posição mais 
conservadora e protegida de possíveis oscilações do mercado. 
4 O Certificado de Depósito Interbancário são títulos de emissão de instituições financeiras, que 
lastreiam operações, como empréstimos, para operações entre bancos. A taxa CDI costuma 
acompanhar de perto a taxa SELIC. 
10 
 
alavancar o patrimônio do fundo em uma determinada estratégia de 
investimento. A alavancagem é a possibilidade que o gestor possui de 
aumentar a aplicação do fundo através de endividamento, o que 
aumenta o risco e exposição do fundo, e ao mesmo tempo o 
incremento do lucro, caso este ocorra. Os fundos de investimento 
multimercados têm por objetivo diversificar o investimento de seus 
recursos em diversas classes de ativos, como nos mercados de renda 
fixa, câmbio e ações. Os fundos de investimento multimercados não 
têm o compromisso de concentrar recursos em nenhum fator de risco 
em especial. Podem, inclusive, utilizar ativos derivados em carteira 
tanto para proteção (hedge) quanto para alavancagem. A procura 
pelas melhores oportunidades para diversificar os ativos do fundo de 
investimento multimercado depende da capacidade e experiência do 
gestor, que deve combinar a aplicação do percentual do patrimônio 
que será investido em cada um dos mercados com a escolha do 
melhor momento para alocar esses recursos. O crédito do resgate do 
valor parcial ou total investido pelo cotista deste fundo de 
investimento costuma ser executado no mesmo dia de sua 
solicitação. A administração deste fundo possui grande liberdade, 
podendo operar com ativos tanto de renda fixa como de renda 
variável. 
 
 Multimercados Macro: fundos que atuam em diversas classes de 
ativos (renda fixa, renda variável, câmbio etc.), delimitando as 
estratégias de investimento baseadas em cenários macroeconômicos 
de médio e longo prazo, operando de forma direcional. Admitem 
alavancagem. 
 
 Multimercados Trading: fundos que utilizam as estratégias de 
investimento com diversificação de mercados ou classes de ativos, 
aproveitando oportunidades de ganhos causados por movimentos de 
curto prazo nos preços dos ativos. Admitem alavancagem. 
 
 Multimercados Multiestratégia: fundos que têm a possibilidade de 
utilizar mais de uma estratégia de investimento, por não possuírem 
compromisso declarado de se dedicarem a uma em particular. 
Admitemalavancagem. 
 
 Multimercados Multigestor: fundos que possuem como meta aplicar 
em mais de um fundo, geridos por gestores distintos. A principal 
aptidão necessária na administração deste fundo consiste no 
processo de uma boa seleção de gestores. Admitem alavancagem. 
 
 Multimercados Juros e Moedas: fundos que procuram retorno no 
longo prazo por meio de investimentos em ativos de renda fixa; 
permite estratégias que impliquem risco de juros, risco de índice de 
preço e risco de moeda estrangeira. Admitem alavancagem. 
 
 
 Multimercados Estratégia Específica fundos que utilizam estratégia de 
investimento que implique alguns riscos específicos, tais como 
commodities ou índice futuro. Admitem alavancagem. 
11 
 
 
 Long and Short – Neutro: fundos que realizam operações de ativos e 
derivativos atrelados ao mercado de renda variável, montando 
posições compradas e vendidas, com o objetivo de manter a 
exposição neutra ao risco do mercado acionário. Os recursos 
remanescentes em caixa devem ficar investidos em operações 
permitidas ao tipo Referenciado DI. Admitem alavancagem. 
 
 Long and Short – Direcional: fundos que realizam operações de 
ativos e derivativos ligados ao mercado de renda variável, montando 
posições compradas e vendidas. O retorno deve ser derivado, 
principalmente, da diferença entre essas posições. Os recursos 
remanescentes em caixa devem ficar investidos em operações 
permitidas ao tipo Referenciado DI. Admite alavancagem. 
 
Balanceados: fundos que procuram receber retorno no longo prazo 
por meio de investimento em diversas classes de ativos (renda fixa, 
ações, câmbio etc.). Estes fundos utilizam uma estratégia de 
investimento diversificada e deslocamentos táticos entre as classes 
de ativos ou estratégia explícita de rebalanceamento de curto prazo. 
Também devem ter explicitado o mix de ativos (percentual de cada 
classe de ativo) com o qual devem ser comparados (asset allocation 
benchmark). Desta maneira, estes fundos não podem ser 
equiparados a indicadores de desempenho que reflitam apenas uma 
classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem 
alavancagem. 
 
 Capital Protegido: fundos que procuram retornos em mercados de 
risco com o objetivo de proteger, parcial ou totalmente, o principal 
investido. 
 
 Ações: Os fundos de investimento de ações têm como fim concentrar 
o investimento de, no mínimo, 67% de seus recursos em ações de 
empresas negociadas em bolsa de valores. 
Alguns dos fundos de investimento de ações buscam, inclusive, 
superar o desempenho de algum índice de referência do mercado de ações, 
como o IBOVESPA5 ou o IBrX6. São considerados fundos de alto risco, 
possuindo metas conciliáveis com as metas de investimento de longo prazo. 
Os fundos de investimento multimercados podem utilizar ativos derivados 
em carteira tanto para proteção (hedge) quanto para alavancagem. 
Também conhecidos como fundos de investimento em renda variável. O 
crédito do resgate do valor parcial ou total investido pelo cotista deste 
fundo de investimento costuma ser executado até quatro dias após a sua 
solicitação. 
 
 Ações Ibovespa Indexado: fundos cuja meta de investimento é seguir 
o comportamento do Ibovespa. Não admitem alavancagem. 
 
 
5 O IBOVESPA é um índice que apresenta o rendimento de uma carteira de ações teórica e 
indica o valor médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo 
6 O IBrX é um índice que apresenta o rendimento de uma carteira com 100 ações das mais 
negociadas na BOVESPA em termos de número de negócios e volume financeiro. 
12 
 
 Ações Ibovespa Ativo: fundos que empregam o Índice Bovespa como 
referência, possuem o objetivo explícito de superar este índice. 
Admitem alavancagem. 
 
 Fundos de Ações IBrX 
 
 Ações IBrX Indexado: fundos cuja principal meta de investimento é 
acompanhar o comportamento do IBrX ou do IBrX 50. Não admitem 
alavancagem. 
 
 Ações IBrX Ativo: fundos que usam como orientação os índices IBrX 
ou IBrX 507, possuindo como meta superar o respectivo índice. 
Admitem alavancagem. 
 
 Fundos de Ações Setoriais: fundos que investem em empresas que 
fazem parte de um mesmo setor ou conjunto de setores semelhantes 
da economia. Estes fundos devem esclarecer em suas políticas de 
investimento os setores, subsetores ou segmentos que são opções 
possíveis para aplicação, conforme classificação setorial definida pela 
Bovespa. Os recursos remanescentes em caixa devem ficar investidos 
em operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Não admitem 
alavancagem. 
 
 Fundos de Ações FMP (Fundos Mútuos de Privatização) - FGTS: 
fundos regulamentados pelas Instruções CVM nos 141/1991, 
157/1991, 266/1997, 279/1998 e suas modificações. O principal 
objetivo destes fundos é aplicar os recursos disponíveis em ações de 
empresas que estão sendo privatizadas pelo governo Federal ou pelos 
governos Estadual e Municipal, ou que estejam em procedimento de 
operações de venda de participações acionárias de propriedade da 
União, dos Estados ou dos Municípios, objetivando a pulverização da 
base acionária. 
 
 Fundos de Ações Small Caps: fundos cuja parcela de ações aplique, 
no mínimo, 90% em ações de empresas que não estejam entre as 25 
maiores participações do IBrX - Índice Brasil, ou seja, ações de 
empresas que possuam, relativamente, baixa e média capitalização 
de mercado. Os 10% restantes podem ser aplicados em ações de 
maior liquidez ou capitalização de mercado, contanto que não 
estejam incluídas entre as dez maiores participações do IBrX – Índice 
Brasil. Os recursos restantes em caixa devem ficar investidos em 
operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Não admitem 
alavancagem. 
 
 Fundos de Ações Dividendos: fundos cuja carteira está aplicada 
apenas em ações de empresas com histórico de dividend yield (renda 
gerada por dividendos) expressiva ou que, na visão do gestor, 
apresentem essas perspectivas. Os recursos remanescentes em caixa 
 
7 O IBrX 50 é um índice que apresenta o rendimento de uma carteira com 50 ações das mais 
negociadas na BOVESPA em termos de números de negócios e volume financeiro 
13 
 
devem ficar aplicados em operações permitidas ao tipo Referenciado 
DI. Não admitem alavancagem. 
 
 Fundos de Ações Sustentabilidade/Governança: fundos que investem 
somente em empresas que apresentam bons patamares de 
governança corporativa, ou que se destacam em responsabilidade 
social e sustentabilidade empresarial no longo prazo, conforme 
critérios estabelecidos por entidades reconhecidas no mercado ou 
supervisionados por conselho não vinculado à gestão do fundo. Os 
recursos remanescentes em caixa devem ficar investidos em 
operações permitidas ao tipo Referenciado DI. Não admitem 
alavancagem. 
 
 Fundos de Ações Livre: neste segmento, entram os fundos de ações 
abertos que não se encaixam em nenhum dos segmentos anteriores. 
Admitem alavancagem. 
 
 
 Cambial: os fundos dessa categoria têm a sua carteira de 
investimentos composta por títulos de renda fixa (80%+) que 
tenham como meta de rentabilidade proporcionar a variação de 
preços de uma determinada moeda estrangeira. 
O principal fator de risco da carteira de um fundo de investimento 
cambial é a variação dos preços da moeda estrangeira ou do cupom 
cambial. Possui risco moderado, e é recomendado para investidores que 
buscam preservar o poder de compra de seu patrimônio em moeda 
estrangeira ao longo do tempo. Podem utilizar ativos derivados em carteira 
apenas com o objetivo exclusivo de proteção (hedge), sem permitir 
qualquer tipo dealavancagem. É importante destacar que os fundos de 
investimento cambiais não refletem apenas a cotação da moeda, pois taxa 
de administração e imposto de renda são tributos descontados do 
patrimônio líquido do fundo. 
 
 
 Dívida Externa: Os fundos dessa categoria possuem em sua carteira 
de investimento composição com (80%) títulos emitidos pelo governo 
brasileiro negociado no mercado internacional. Os 20% restantes do 
patrimônio dos fundos de investimento da dívida externa podem ser 
aplicados em outros títulos de crédito negociados no exterior. Estes 
fundos podem utilizar ativos derivados em carteira apenas com o 
objetivo exclusivo de proteção (hedge), não sendo permitido 
qualquer tipo de alavancagem; estes derivativos podem ser 
negociados tanto no Brasil quanto no exterior. Os títulos 
componentes da carteira dos fundos de investimento da dívida 
externa são custodiados no exterior. Este tipo de fundo de 
investimento é uma forma ágil e de baixo custo operacional para 
investir em títulos do governo brasileiro negociados no exterior. 
 Direitos Creditórios: A carteira de investimento desses fundos é 
formada em sua totalidade por títulos que demonstram operações 
realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, 
imobiliário, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços. 
Esses títulos são denominados recebíveis. Esses fundos possuem uma 
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regulamentação própria (Instruções CVM 356/2001 e 399/2003 e 
suas modificações). Os fundos de investimento em direitos creditórios 
(FIDC), também conhecidos como fundos de recebíveis, têm por 
objetivo aquisição de contratos mercantis de compra e venda de 
produtos, mercadorias e/ou serviços. 
As cotas dos fundos de investimento em direitos creditórios são 
remuneradas com base nas parcelas periódicas a serem pagas por quem 
adquiriu tais produtos, mercadorias e/ou serviços. São constituídos sob a 
forma de condomínio aberto ou fechado e destinam-se exclusivamente a 
investidores qualificados. 
 
 Fundos de Previdência: São fundos de investimento cujo fim é 
acolher os recursos captados pelo plano gerador de benefícios livres 
(PGBLs). Estes fundos procuram retorno através de investimentos em 
ativos de renda fixa (sendo aceitos títulos sintetizados através do uso 
de derivativos); pode utilizar estratégias que acarretem em risco de 
juros e de índice de preços do mercado doméstico. Excluem-se 
estratégias que impliquem risco de moeda estrangeira ou de renda 
variável. Não admitem alavancagem. 
 
 
 Previdência Balanceados 
 
 Previdência Balanceados – até 15: fundos que buscam retorno no 
longo prazo por meio de investimento em várias classes de ativos 
(renda fixa, ações, câmbio etc.). Possuem uma estratégia de 
investimento diversificada e deslocamentos táticos entre as classes 
de ativos ou estratégia explícita de rebalanceamento de curto prazo. 
Devem expor o mix de ativos (percentual de cada classe de ativo) 
com o qual devem ser comparados (asset allocation benchmark) ou 
intervalo definido de alocação. Neste tipo, devem ser classificados os 
fundos cujo limite máximo de alocação em ativos de renda variável é 
até 15%. Sendo assim, não podem ser comparados a indicador de 
desempenho que reflita apenas uma classe de ativos (por exemplo: 
100% CDI). Não admitem alavancagem. 
 
 Previdência Balanceados – de 15-30: fundos cuja definição é 
semelhante ao anterior, com exceção de que neste tipo devem ser 
classificados os fundos cujo limite máximo de alocação em ativos de 
renda variável está entre 15% e 30%. Sendo assim, não podem ser 
comparados a indicador de desempenho que reflita apenas uma 
classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Não admitem 
alavancagem. 
 
 Previdência Balanceados – acima de 30: a definição deste fundo é 
semelhante à descrição do fundo Previdência Balanceados – até 15, 
com exceção que neste tipo devem ser classificados os fundos cujo 
limite máximo de alocação em ativos de renda variável está acima de 
30%. Sendo assim, não podem ser comparados a indicador de 
desempenho que reflita apenas uma classe de ativos (por exemplo: 
100% CDI). Não admitem alavancagem. 
 
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 Previdência Multimercados: fundos que procuram retorno no longo 
prazo através de investimento em diferentes e várias classes de 
ativos (renda fixa, ações, câmbio etc.). Estes fundos não possuem 
explicitado o mix de ativos (percentual de cada classe de ativo) com 
o qual devem ser comparados (asset allocation benchmark), 
podendo, inclusive, ser comparados a parâmetro de desempenho que 
reflita apenas uma classe de ativos (por exemplo: 100% CDI). Estão 
incluídos também neste tipo, os fundos cujo intervalo de alocação 
esteja omisso. Não admitem alavancagem. 
 
 Previdência Data-Alvo: fundos que buscam retorno num prazo 
referencial, ou data-alvo, através de investimento em diversas 
classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio etc.) e estratégia de 
rebalanceamento periódico. Estes fundos têm compromisso de 
diminuição da exposição a risco tendo em vista o prazo a decorrer 
para a respectiva data-alvo. Não devem ser comparados a indicador 
de desempenho que reflita apenas uma classe de ativos (por 
exemplo: 100% CDI). Não admitem alavancagem. 
 
 Previdência Ações: fundos que devem possuir, no mínimo, 67% da 
carteira em ações à vista, bônus ou recibos de subscrição, 
certificados de depósito de ações, cotas de fundos de ações, cotas 
dos fundos de índice de ações, Brazilian Depositary Receipts, 
classificados como nível II e III. Neste tipo estão classificados os 
fundos que se destinam a somente receber aplicações de outros 
fundos de previdência aberta. Não admitem alavancagem. 
 
 
 Imobiliário: São fundos de investimento cujos recursos têm como fim 
empreendimentos imobiliários e possuem uma regulamentação 
própria (instruções CVM 205/1994 e 206/1994 e suas modificações). 
São fundos que investem em empreendimentos imobiliários como 
edifícios comerciais, shopping centers, hospitais etc. O retorno do 
capital investido se dá por meio da distribuição de resultados do 
Fundo (o aluguel pago por um shopping center, por exemplo) ou pela 
venda das suas cotas do Fundo. 
 
 
Risco 
 
Risco em investimento é a probabilidade de não se obter o que se 
esperava, a chance de certas operações causarem perda de recursos. 
Tratando-se de fundos de investimento, temos cinco dimensões para o 
risco: 
 
 
1. Riscos de mercado: Podem ser definidos como uma medida das 
perdas potenciais de um fundo de investimentos se elementos de 
mercado mudarem inesperadamente. Esta classificação abrange 
perdas potenciais para os seguintes fatores: 
 
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 Taxas de juros, taxas de câmbio, ações e commodities: Perdas 
potenciais devido a mudanças inesperadas nos seus respectivos 
valores. 
 Liquidez: Perdas potenciais de um fundo devido a suas posições se 
tornarem mais difíceis de se serem vendidas ou financiadas no 
mercado. 
 Derivativos e Hedge: perdas de um fundo causadas pelo uso de 
derivativos para hedge mau utilizados, ou especulação errônea. 
 Concentração: Perdas devido à falta de diversificação do fundo. 
 
2. Riscos Operacionais: Podem ser definidos como uma medida das 
perdas potenciais de um fundo de investimentos relativas a falhas 
humanas ou de equipamentos nos seus sistemas, práticas e controles 
internos. Esta classificação abrange os seguintes fatores: 
 
 Equipamento e obsolescência: Perdas potenciais de uma empresa que 
administra recursos de terceiros causada por falhas em seus sistemas 
(telefônicos, elétricos, de software, de hardware etc). 
 Confiabilidade e presteza: Perdas potenciais de uma empresa de 
administração de recursos de terceirospor causa de informações não 
recebidas, processadas, armazenadas e transmitidas com rapidez de 
forma confiável. 
 Erro não-intencional: Perdas potenciais de uma empresa de 
administração de recursos de terceiros causadas por erros não 
intencionais (negligência, falta de concentração, etc). 
 Fraudes furtos ou roubos: Perdas potenciais de uma empresa de 
administração de recursos de terceiros causados por fraudes, furtos 
ou roubos (falta de controle interno, divulgação de informações 
erradas a clientes intencionalmente, manipulação de resultados, etc). 
 Qualificação: Perdas potenciais de uma empresa de administração de 
recursos de terceiros devido à falta de funcionários com qualificação 
apropriada. 
 Produtos e serviços: Perdas potenciais de uma empresa de 
administração de recursos de terceiros causado pelo não 
cumprimento das expectativas e necessidades de seus clientes, seja 
em produtos, seja em serviços. 
 Regulamentação: Perdas potenciais de uma empresa de 
administração de recursos de terceiros causada por uma alteração 
em alguma regulamentação externa que não pode ser atendida pela 
firma. 
 Liquidação financeira: Perdas potenciais de uma empresa de 
administração de recursos de terceiros devido a erros nos 
procedimentos internos no encerramento de transações. 
 Modelagem: Perdas potenciais de uma empresa de administração de 
recursos de terceiros devido à falta ou má utilização ou interpretação 
de modelos matemáticos. 
 Imagem: Perdas potenciais de uma empresa de administração de 
recursos de terceiros causada por uma reputação mais manchada no 
mercado. 
 
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3. Concentração: Perdas potenciais de uma empresa de administração 
de recursos de terceiros causada pela não diversificação de negócios 
(fundos de investimento, clientes e serviços). 
 
 Sistêmico: Perdas potenciais de uma empresa de administração de 
recursos de terceiros causada por alterações no ambiente de 
trabalho. 
 Catástrofe: Perdas potenciais de uma empresa de administração de 
recursos de terceiros causadas pela incapacidade de se operar por 
causa de catástrofes (terremotos, enchentes, etc). 
 
4. Riscos de crédito: Podem ser definidos como uma mensuração das 
perdas potenciais de um fundo de investimento causadas pela 
obrigação não honrada, ou da capacidade alterada de uma 
contraparte em honrar seus compromissos, tendo como consequência 
uma perda financeira. 
 
 Inadimplência: Perdas potenciais resultantes de uma contra parte 
não ser capaz de pagar devidamente juros ou o vencimento destes 
 Degradação: Perdas potenciais resultantes da redução do rating de 
uma contraparte 
 Garantia: Perdas potenciais resultantes da redução do valor de 
mercado das garantias de um empréstimo. 
 Soberano: Perdas potenciais resultantes de alguma mudança na 
política nacional de um país que altere sua capacidade de honrar seus 
compromissos. 
 Concentração: Perdas potenciais resultantes da concentração da 
exposição de crédito em poucas contrapartes. 
 
5. Riscos legais: Podem ser definidos como a medida das perdas 
potencias resultantes da violação da legislação, da criação de novos 
tributos (ou da reinterpretação dos existentes) ou da existência de 
contratos pouco claros ou que não estejam bem documentados. 
 
 Legislação: Perdas potenciais resultantes de penalidades impostas 
por regulamentação ou processos de clientes contra a empresa de 
administração de recursos de terceiros 
 Tributário: Perdas potenciais resultantes da criação de novos tributos 
ou mudanças na interpretação dos tributos já existentes 
 Contrato: Perdas potenciais resultantes de contratos omissos ou mal 
escritos (não possuem o devido amparo legal). 
É muito comum as perdas causadas por certo tipo de risco causar as 
perdas por outros riscos, por exemplo: uma empresa que não segue 
devidamente a legislação pode, além de perder recursos devido às 
penalidades perder mais recursos devidos a uma piora de sua reputação no 
mercado. Desta maneira, os diversos riscos se encontram, normalmente, 
associados entre si. 
 
 
 
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Transparência na gestão do Fundo 
 
Nesses tempos em que a governança corporativa está avançando nos 
mercados acionários, cabe aqui estabelecer também os mesmos critérios 
para os gestores de fundos de investimento. Infelizmente, a transparência 
na gestão dos fundos de investimentos negociados no mercado brasileiro 
ainda é negligenciada em função de certos argumentos cuja asserção é 
baseada em conceitos de espionagem, apoiado, principalmente, no 
argumento de sigilo bancário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões 
 
1. Qual o profissional responsável pela escolha dos ativos que irão 
compor a carteira do fundo, bem como pela emissão das ordens de 
compra e venda? 
 
a) O administrador 
b) O custodiante 
c) O gestor 
d) O distribuidor 
 
2. Os Fundos Referenciados DI estão atrelados a qual taxa? 
 
a) SELIC 
b) IBOVESPA 
c) CDI 
d) IBrX 
e) IbrX -50 
 
3. Os Fundos de Investimento de Ações possuem qual percentual 
mínimo de aplicação em ações? 
 
a) 34% 
b) 53% 
c) 67% 
d) 82% 
e) 95% 
 
4. Os Fundos de Investimentos Multimercados se caracterizam por 
 
a) Investir principalmente em commodities e não haver 
possibilidade de alavancagem. 
b) Investir principalmente em commodities e haver a possibilidade 
de alavancagem. 
c) Investir principalmente em derivativos e não haver 
possibilidade de alavancagem. 
d) Investir principalmente em derivativos e haver a possibilidade 
de alavancagem. 
 
 
 
5. Sobre os impostos incidentes sobre os fundos de investimentos: 
 
a) Os impostos incidentes são proporcionais ao volume investido, 
não sendo influenciado pelo tempo que o dinheiro ficou investido. 
b) Quanto mais tempo o investidor segurar os papéis maior será o 
IOF e menor será o imposto de renda no resgate. 
c) Quanto mais tempo o investidor segurar os papéis menor será 
o IOF e maior será o imposto de renda no resgate 
d) Quanto mais tempo o investidor segurar os papéis maior será a 
carga de ambos os impostos 
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e) Quanto mais tempo o investidor segurar os papéis menor será 
a carga de ambos os impostos 
 
Referências 
 
http://www.bmfbovespa.com.br/Fundos-
Listados/FundosListados.aspx?Idioma=pt-br&tipoFundo=imobiliario. 
 
http://www.bb.com.br/docs/pub/voce/dwn/CartilhaFundos.pdf 
 
http://wiki.advfn.com/pt/Fundos_de_Investimento_Imobili%C3%A1rio 
 
http://www.comoinvestir.com.br/ 
 
Mercado de Valores Mobiliários Brasileiros, Comitê Consultivo de Educação 
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
Gestão de riscos para fundos de investimento, Antônio Marcos Duarte Júnior 
 
CMA SOLUTIONS 
CMA EDUCACIONAL 
BANCO DO BRASIL