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Nutrição Animal

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Nutrição Animal
Alfredo Emílio Silveira de Borba
Universidade dos Açores
Departamento de Ciências Agrárias
Quadro 1.Elementos e compostos que é possível encontrar nos alimentos
Alimentos
Humidade
Matéria Seca
Compostos 
orgânicos
Compostos 
inorgânicos
Proteicos
Ácidos Aminados Essenciais:isoleucina, leucina, lisina, metinina, 
fenilalanima, treonina, triptófano, valina
Ácidos Aminados Semi-essenciais:arginina, ácido aspartico, 
glicina, histidina, prolina, tirosina
Ácidos Aminados Não Essenciais:alanina, ácido aspártico, 
ácido glutâmico, hidroxiprolina, serina
Azotados Não proteicos: péptidos, aminas, amidas, ácidos nucleicos, 
nitratos, ureia, ácidos aminados não proteicos, compostos com N
Lipídios
Ácidos gordos essenciais: Linoleico, Linolénico
Esteriodes: Colesterol, Vitamina D e compostos relacionados
Perpenoides: Carotenos, Xantofilas, etc...
Ceras: cutina etc.
Fosfolípidos: Lecitina, etc...
Diversos: ácidos gordos livres, etc...
Hidratos 
de 
Carbono
Monossacáridos: pentoses e hexoses
Dissacáridos: açucares com moléculas simples
Oligissacáridos: açucares com mais de dois açucares simples, mas moléculas pequenas
Plissacáridos não fibrosos: dextrina, amido, pectina
Polissacáriods fibrosos: Hemicelulose, celulose e xilanas
Vitaminas
Hidrossolúveis: ácido ascórbico, biotina, colina, cobalamina, 
folacina, niacina, ácido pantoténico, piridoxina, riboflavina, 
tiamina
Lipossolúveis: A,D,E e K
Diversos: lenhina, ácidos orgânicos, compostos que contribuem para a 
cor, sabor e odor, toxinas e inibidores das várias classes, hormonas 
vegetais e animais
Elementos essenciais Macro: Ca, Cl, K, Mg, P, S
Micro: Co, Cr, Cu, F, Fe, I, Mn, Mo, Ni, Se, Si, Sn, V, Zn
Possivelmente essenciais: As, Ba, Br, Cd, Sr
Não essenciais: Ag, Al, Au, Bi, Ge, Hg, Pb, Rb, Sb, Ti
Frequentemente tóxico: As, Cd, Cu, F, Hg, Mo, Pb, Se, Si
Quadro 2. Composição em percentagem de algumas forragens
Forragem Água Proteína Gordura Fibra 
Bruta 
HC totais Cinza Cálcio Fósforo 
Pastagem 67.9 5.0 1.1 7.9 23.1 2.8 0.12 0.06 
Milho Verde 75.7 2.0 0.6 5.8 20.4 1.3 0.07 0.05 
Palha de Trigo 12.2 3.2 1.4 38.3 76.9 6.3 0.14 0.07 
Feno de Luzerna 8.6 15.5 1.7 28.0 65.1 9.0 1.29 0.21 
Grão de Milho 14.6 8.9 3.9 2.1 71.3 1.3 0.02 0.27 
Bagaço de Soja 10.9 46.7 1.2 5.2 35.3 5.9 0.30 0.65 
Farinha de Carne 5.8 54.9 9.4 2.5 5.0 24.9 8.49 4.18 
 
Quadro 3. Composição do corpo animal 
Componentes (%) Espécie 
Água Proteína Gordura Minerais 
Vitelo recém nascido 74 19 3 4 
Novilho magro 64 19 36 5 
Porco, 100 kg 49 12 36 2-3 
Galinha 57 21 19 3 
Cavalo 60 18 18 4 
Coelho 69 18 8 5 
Homem 60 18 18 4 
ª valores eu incluem o conteúdo gastro-intestinal 
Quadro 4. Composição de novilhos em crescimento 
Componentes (%) Peso Corporal 
Normal, kg Água Matéria Seca Proteína Gordura Minerais 
45 71.8 28.2 19.9 4.0 4.3 
91 69.5 30.5 19.6 6.3 4.6 
136 66.3 33.7 19.4 9.8 4.5 
182 65.8 34.2 19.3 10.6 4.4 
227 62.9 37.1 19.2 13.7 4.2 
273 62.2 37.8 19.2 14.0 4.6 
318 60.8 39.2 18.8 15.9 4.5 
364 57.9 42.1 18.7 19.2 4.2 
409 54.1 45.9 17.7 25.5 3.8 
454 53.1 46.9 17.6 25.5 3.8 
500 48.0 52.0 16.2 31.9 3.9 
545 48.6 51.4 15.7 31.1 3.7 
 
Quadro 5. Mudança da composição corporal de bovinos
com o aumento do peso 
Peso corporal vazio (kg) 
300 400 500 
Proteína 163 157 152 
Gordura 299 431 573 
Energia 15.6 20.6 26.1 
Cálcio 14.9 14.2 13.7 
Fósforo 8.1 7.8 7.5 
 
Quadro 6. 
Produção 
e uso de 
grãos em 
relação 
com a 
população
humana 
mundial
Ano 
1960 1980 2000 
População (biliões) 3,038 4,415 6,098 
 
Grão Totais (Milhões de Toneladas) 
Produção 842 1 450 2 177 
Uso na alimentação 444 714 1106 
Uso na alimentação per capita, Kg 147 162 181 
Outros usos 406 737 1 071 
Uso total 850 1 451 2 177 
 
Cereais secundários (milho, sorgo, cevada, aveia, 
milho painço) 
 
Produção 465 746 1 068 
Uso na alimentação 138 180 228 
Uso na alimentação per capita, Kg 46 41 37 
Outros usos 325 559 841 
Uso total 464 739 1 068 
 
Trigo 
Produção 237 442 682 
Uso na alimentação 175 292 486 
Uso na alimentação per capita, Kg 58 66 80 
Outros usos 70 157 197 
Uso total 245 449 682 
 
Arroz 
Produção 140 263 427 
Uso na alimentação 130 243 393 
Uso na alimentação per capita, Kg 43 55 65 
Outros usos 11 21 34 
Uso total 140 263 427 
 
Quadro 7. Balanço da utilização de nutrientes na produção animal
Energia e Proteínas Totais Energia e Proteína consumida por humanos 
Energia Proteína Energia Proteína 
 
 
Produto Entrada 
MCal 
Saída 
% 
Entrada 
Kg 
Saída 
% 
Entrada 
MCal 
Saída 
% 
Entrada 
Kg 
Saída 
% 
Leite 19 960 23.1 702 28.8 4 555 101.1 11.5 181.4 
Carne 
Bovino 
20 560 5.2 823 5.3 1 869 57.1 39.9 108.8 
Porco 1 471 23.2 66 37.8 588 58.0 29.0 86.0 
Aves 23.2 15.0 1.2 30.0 11.2 31.0 0.48 75.0 
As entradas calculam-se como energia digestível e proteína digestível e incluem os custos de manutenção animais para a 
reprodução. 
Alimentos
DEFINIÇÃO DE ALIMENTO
Este termo, em geral, é sinónimo de alimento natural e 
forragens, mas tem, no entanto, um sentido mais amplo do que
este, pois engloba todas aquelas substâncias desprovidas de 
toxidade que podem ser incluídas nas dietas devido às suas
propriedades nutritivas. Assim, compreende não só os produtos
vegetais e animais, os subprodutos preparados por eles, mas
também as substâncias nutritivas puras, sintetizadas
quimicamente ou produzidas por qualquer outro processo.
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
A primeira divisão classificativa dos alimentos baseou-se no 
volume. Tal classificação separou os alimentos de elevada e de 
baixa concentração em nutrientes produtores de energia. Sob a 
designação de alimentos volumosos, grosseiros fibrosos ou 
forragens, os alimentos formados por plantas completas, tais 
como: feno, palha, silagem, pastos. Agrupando todos os restantes
sob a designação de energéticos e suplementos. Inclui-se no 
primeiro grupo as raízes e tubérculos comestíveis devido à sua 
quantidade elevada em água.
Outra classificação divide os alimentos em seis classe: 
forragens; suplementos energéticos; suplementos proteicos; 
suplementos vitamínicos; suplementos minerais e aditivos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
I FORRAGENS ( alimentos com mais de 18% Da MS de fibra 
bruta e com baixa concentração energética)
Forragens secas: Fenos
Palhas
Outros produtos com mais de 18% FB
Forragens aquosas: Pastagens: Naturais ou 
espontâneas
Cultivadas
Silagens
Raízes e tubérculos
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
II SUPLEMENTOS ENERGÉTICOS (São alimentos que contém 
grande quantidade de energia por unidade de peso e menos de 
20% da MS de PB e menos de 18% da MS de FB)
Grãos de cereais
Resíduos de moagem
Frutos secos e nozes
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
III SUPLEMENTOS PROTEICOS (são alimentos com mais de 
20% da MS de PB)
Produtos de origem animal
Produtos de origem marinha
Produtos de origem vegetal
Produtos de aviários
Proteína Bruta e ácidos aminados limitantes dos suplementos proteicos de 
origem vegetal e animal.
Suplementos proteicos de origem vegetal Suplementos proteicos de origem animal
Suplemento PB/%MS Ácido Aminado limitante Suplemento PB/%MS Ácido Aminado mais
abundante
Farinha de
Soja
50 Cistina, metionina Farinha de
peixe
65 Lisina, metionina e
triptofano
F. de
Amendoim
25-30 Cistina, metionina e lisina Farinha de
carme
60-70 Lisina
F. de
Algodão
38 Cistina, metionina e lisina F. carne e
osso
45-55 Lisina
F. de Copra 19.5 Lisina e histidina Sangue seco 80 Lisina, arginina,metionina, cistina e leucina
F. de Palma 19 Metionina Leite 33 Cistina e metionina (caseína
F. de
Linhaça
34 Lisina e metionina Leite
desnatado
35 Cistina e metionina
F. de
Girassol
20-32 Lisina Soro β globulina
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
IV SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS
V SUPLEMENTOS MINERAIS
VI ADITIVOS
Antibióticos
Hormonas
Enzimas 
Edulcorantes
Fármacos
Substâncias corantes
Etc...
Aditivos
São produtos adicionados em pequenas quantidades aos 
alimentos base, no sentido de fortificar, estimular ou medicar. 
Aditivos
Dificuldade do Tema
- Número muito elevado de substâncias
- Poucos pontos comuns entre elas
- Pontos complexos, mal esclarecidos
- Assunto polémico (preconceitos)
- Literatura dispersa
- Muita literatura “cinzenta”
- Muita literatura comercial
- Desinteresse
Tipos de Aditivos
Aglutinantes, 
Acidificantes
Adicionadas ao alimento 
em pequenas quantidades
Coccidiostáticos e 
Antibióticos
Com excepção dos 
medicamentos
Vitaminas e 
oligoelementos
Substâncias não 
nutritivas
ExcepçõesCaracterísticas
Objectivo dos Aditivos
PigmentosProduto Animal
Vitaminas, oligoelementos, 
Antibióticos, Coccidiostáticos
Animal
Conservantes, Antioxidantes, 
Aglutinantes, Corantes
Alimento
ExemploObjectivo
Princípios 
Básicos da Legislação Europeia sobre Aditivos
- Principio das listas positivas
- Proibição das substâncias hormonais
- Classificação em grupos
- Listagem das autorizações em dois anexos
Anexo I e Anexo II (Anexo II – provisórias)
- Interdição das combinações de antibióticos entre si (incl. 
Factoes de crescimento)
- Controlo da comercialização e uso
- Exportação para paises terceiros e análises e investigação
(Casos particulares)
CLASSIFICAÇÃO DOS ADITIVOS
Legislação Comunitária
A- Antibióticos
B- Substâncias de efeito antioxidante
C- Aromatizantes e apetentes
D – Coccidiostáticos e outras substâncias de efeito específico
E- Emulsionantes, estabilizantes, espessantes e gelificantes
F – Corantes, incluindo pigmentos
G- Agentes conservantes
H – Vitaminas, provitaminas e substâncias de efeito análogo, 
quimicamente bem definidas
I – Oligoelementos
J- Factores de crescimento
L- aglomerantes, antiespumantes e coagulantes
M – Reguladores de acidez
Anexo I e Anexo II
Legislação Comunitária
Anexo I
-Por tempo indeterminado
-Obriga os Estados Membros
Anexo II
-Durante período limitado
-Não obriga os Estados Membros
1 2
3
4
5 6
1 – Processo concluído, utilização aprovada
2 – Processo concluído no essencial, aprovação prevista para breve
3 – Processo concluído ou revisto, utilização aprovada
4 – Utilização posta em dúvida, processo reaberto
5 – Utilização interdita devido a novos dados
6 – Fim do período de autorização sem passagem ou retorno ao Anexo I
Requisitos para aprovação de Aditivos
1 - Ter eficácia sobre o alimento ou sobre o animal
2 - Não prejudicar a saúde pública ou animal
3 – Não prejudicar o meio ambiente
4 – Não alterar a qualidade dos produtos
5 – Ser controlável no alimento
6 – Não ter uso terapêutico nas condições que é usado
7 – Não ter uso critico em medicina humana ou veterinária
Ensaios para verificação da segurança de aditivos
1 – Toxicidade aguda por ingestão
2 - Toxicidade por inalação 
3 – Efeito irritante para pele e mucosas
4 – Potencial alérgico
5 – Mutagénese
6 – Toxicidade subcrónica (mín. 90 dias em roedores)
7 – Toxicidade crónica/cancerinogénese
8 – Efeito sobre reprodução, eventualmente combinados com 
estudos de embriotoxicidade e teratogénese (mín. 2 gerações em 
linha directa)
Promotores: Mecanismos
(Amstrong, 1986)
A – Porcos e Aves
Redução Selectiva da flora intestinal
- Controlo de microrganismos patogénicos
- Menor consumo de nutrientes por microrganismos
- Menor desconjugação de ácidos biliares
- Menor produção de substâncias irritantes
Alterações da parede intestinal
- Alteração de actividades enzimáticas
- Maior taxa de absorção de nutrientes
- Menor taxa de renovação de tecidos
Promotores: Mecanismos
(Amstrong, 1986)
A – Ruminantes
Alteração da flora do rúmen
- Maior produção de C3, menor de C2 e frequentemente de 
C4
- Menor produção de metano
- Mais passagem de azoto alimentar para o intestino
Aumento dos tempos de retenção no rúmen
- Maior % de M.O. Digerida no rúmen
Controlo de Coccidiose (borregos)
Acção intestinal residual
Antibióticos Promotores
Pontos Fundamentais
- Antibióticos em doses muito baixas estimulam 
crescimento/produção e melhoram índice de conversão
- Fenómeno descoberto em finais dos anos quarenta
- Utilização em larga escala desde 1950
- Efeitos agora limitados, mas compensadores
- Mecanismos complexos ainda mal explicados
- Acção fundamental a nível digestivo, sobre a microflora
- Dão origem a flora resistente
- Estas resistências parecem não ter consequências
- Ainda assim autorização limitada a antibióticos:
- de espectro limitados
- pouco importantes em medicina
- sem absorção intestinal
Antibióticos
Mecanismos de acção
SulfamidasInibição de sistemas enzimáticos
QuinolonasInibição síntese ácidos nucleicos
Tetraciclinas, Macrólidos, 
Cloranfenicol
Inibição síntese proteína
PolimixinasAlteração permeabilidade ou 
sistemas de transporte activo da 
membrana
Penicilina, Cefalosporinas, 
Bacitracina
Inibição síntese parede celular
ExemplosMecanismos de Acção
Jawetz (1995)
Promotores
Hormonas
InterditosInterditosOralAnálogos 
catecolaminas, 
numerosas 
substâncias
Beta-agonistas
Permitida 
em vacas 
leiteiras
InterditaParentalHormonas 
recombinantes
especificas; acção 
marcada sobre a 
produção de leite
Somatotropina
(hormona do 
crescimento)
Permitidos 
em bovinos 
de carne
InterditosParental (implantes) 
ou oral
Hormonas naturais 
ou substâncias 
similares
Anabolizantes 
esteróides
EUAEUAdministraçãoNaturezaSubstâncias
Promotores
Antibióticos vs Hormonas
Frequentemente negativaDesconhecidaImagem Pública
Perturbações metabólicas, 
cancerinogénese
Promovem resistência a 
antibióticos
Principais criticas
Nalguns casos 
marcadamente alterada
Pouco alteradaComposição dos 
produtos finais
Frequentemente notáveisLimitados, mas 
compensadores
Resultados 
Zootécnicos
Metabolismo interno do 
animal
Lúmen do tracto digestivoLocal de acção 
principal
Frequentemente parenteralOral, via alimentoAdministração
HormonasAntibióticos
Flora digestiva
Animais experimentais
Criados em condições normais, 
livremente expostos
Holoxénicos
Sem alguns microrganismosHeteroxénico
Com apenas alguns microrganismosGnotoxénico
Estéril, sem microorganismosAxénico
CaracterísticasTipo de Animal
Antibióticos autorizados na União Europeia 
alimentação animal
- monoensina de sódio;
- salinomicina de sódio;
- flavofosfolipol e
- avilamicina.
Há um tendência para a proibição do uso destas substâncias 
como promotores do crescimento
PE 319.374//-43
Monoensina em Bovinos
(Shelling, 1984)
Efeitos no rúmen
- Maior concentração de C3
- Menor Concentração de C2
- Menor Concentração de C4
- Menor Concentração de lactato
- pH menos reduzido por stress glucídico
- Menor produção de metano
- Menor ingestão de concentrados
- Maior ingestão de alimentos grosseiros
- Maior enchimento com forragens
- Menor taxa de passagem
- Maior digestibilidade da M.O.
- Maior digestibilidade da proteína
- Menos desaminação de aminoácidos
- Menos proteólise
- Economia de proteína
- Maior proteína by pass
- Maior percentagem de amido by pass
- Alteração da população microbiana
Coccidiostáticos
Características
- Ser eficaz contra todas as espécies de coccídias
- Não induzir resistências
- Permitir desenvolvimento de imunidade- Não prejudicar o animal
- Não prejudicar o produto
- Não ser tóxico para o animal
- Não ser tóxico para o homem
- Não interferir com outras substâncias presentes na ração 
(ex. medicamentos)
- Ter boas propriedades tecnológicas
- Ser facilmente doseável
- Ser barato
Coccidiostáticos
Pontos fundamentais
- Substâncias anti-coccídias (anti-protozoárias)
- Tratamento sistemático (Autorização automática)
- Conjugar com programa integrado de defesa
- Rodar substâncias com frequência
- Cumprir intervalo de segurança
- Ter atenção a incompatibilidades e efeitos secundários
Pigmentos
Metabolitos secundáriosAntocianas
Protecção ClorofilaXantofilas
Protecção ClorofilaCarotenos
FotosínteseClorofila
FunçãoPigmento
Pigmentantes
Extr. Pimentos vermelhos
Carophyll yellow
Extractos Marigold
Carophyll Reed
Lucantal
Carophyll Pink
Capsantina
Beta-apo-8-carotenal
Éster etílico do ácido Beta-
apo-8-carotenoico
Luteina
Criptoxantina
Violaxantina
Cantaxantina
Zeaxantina
Citranaxantina
Astaxantina
E160c
E116e
E160f
E160b
E160c
E160e
E160g
E160h
E160i
ProdutosSubstânciaCOD
Antioxidantes
BHT, BHA, tocoferóis
Ácido ascórbico
Ácido cítrico
Combinação com radicais livres
Oxidação preferencial
Relação com metais, outros
Verdadeiro
Redutores
Sinérgicos
ExemploMecanismo de acçãoTipo
Conservantes
Animais de companhia, s/restrições
Soro leite para porcos, 600 ppm
Silagens s/ restrições
Cães e gatos, 500 ppm SO2
Cães e gatos, al. enlatados, 100ppm
Cães, 53 000ppm, gatos,75 000ppm
Silagens, sem restrições
Silagens, sem restrições
Hidrobenzoatos
Formaldeido
Bisulfito e Metasulfito de Sódio
Nitrato de sódio
1,2 – Propanodiol
Ácido Clorídrico
Ácido Sulfúrico
Sem restrições
Sem restrições
Sem restrições
Ácidos orgânicos
Sais de ácidos orgânicos
Ácido ortofosfórico
RestriçõesSubstâncias
Gelificantes
Celulose microcristalina
Metilcelulose
Etilcelulose
Hidroxipropilcelulose
Hidroxipropilmetilcelulose
Metiletilcelulose
Carboximetilcelulose (CMC)
E460
E461
E462
E463
E464
E465
E466
Derivados da celulose
Agar-agar
Carragenanas
Furceleranas
Farinha de grão de guar, goma de guar
Goma adragante, tragacante
Goma arábica
Goma xantante
E406
E407
E408
E412
E413
E414
E415
Gomas diversas
ÀCIDO ALGÍNICO
Alginato de sódio
Alginato de potássio
Alginato de amónio
Alginato de cálcio
Alginato propilenoglicol
E400
E401
E402
E403
E404
E405
Alginatos
Tampões
- Bicarbonato de sódio
- Sesquicarbonato de sódio
- Óxido de magnésio
- Carbonato de cálcio
- Bentonites sódicas
Tampões
Recomendações do NRC, 1989
1,6 – 2,20,8 – 1,2Combinação (2:1 a 3:1)
0,4 – 0,60,2 – 0,4Óxido de magnésio
1,2 – 1,60,6-0,8Bicarbonato de sódio
% Concentrado% RaçãoSubstância
Probióticos
-Neologismo criado por Parker, 1974
- Pro-bios = a favor da vida
- Definição restrita: preparação com bactériso vivas
- Definição lata: preparações com bactérias e/ou 
leveduras, vivas ou mortas
- Probiose química: substâncias que afectam microflora 
digestiva (excluindo antibióticos)
- Uso: terapia/complemento antibioterapia/ promoção
-Usos terapêuticos: orais, nasais, vaginais
- Efeitos promoção bastante variáveis
-- Mecanismos de acção mal esclarecidos
Probióticos
Efeitos 
Efeitos no rúmen Efeitos na Produção Animal
Aumento do número de bactérias no 
rúmen
Aumento da actividade das bactérias, 
maior síntese de proteína microbiana 
e de vitaminas. Diminuição do nível 
de amoníaco no rúmen.
Aumento da digestão ruminal de 
celulose
Maior disponibilidade de nutrientes 
para produção. Maior eficiência de 
utilização das forragens. Aumento da 
ingestão voluntária.
Alteração da actividade metabólica do 
rúmen
Maior estabilidade do processo 
digestivo ruminal. Maior produção e 
melhor composição dos produtos de 
origem animal, como o leite, em 
teores e perfis de gordura e proteína.
Probióticos
Pontos geralmente importantes
- Escolha das espécies e estirpes microbianas
- Ausência de microrganismos contaminantes
- Viabilidade após liofilização, atomização, etc…
- Condições de conservação
- Resistência às altas temperaturas (granulação)
- Quantidade administrada (Células vivas/animal/dia)
- Resistência à lisozima bucal
- Resistência à acidez (suco gástrico)
- Resistência às demais secreções digestivas
- Capacidade de multiplicação rápida
- Capacidade de implantação (adesão às paredes do tubo digestivo)
- Compatibilidade com antibióticos promotores
- Compatibilidade com medicamentos
Probióticos
Microrganismos utilizados
- Lactobacilos
- Streptococcus
- Bacillus (subtilis, cereus, outros)
- Leveduras (Sccharomyces cerevisiae)
Aminoácidos industriais
PóFermentaçãoTriptofanoTriptofano
98PóFermentaçãoL-TreoninaTreonina
99Pó
Liquido
Liquido
Pó
Síntese
Síntese 
Síntese
Síntese
Síntese
DL-Metionina
DL-Metionina sódica
DL-Análogo hidroxilado (MHA)
DL-Sal de cálcio do MHA
DL-Metionina protegida
Metionina
78PóFermentaçãoL-Lisina.HClLisina
Teo
r
FormaFabricoProdutoAminoácido
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
Composição das Diferentes fracções analíticas do Sistema de 
WEENDE
Fracção Weende Componentes 
Humidade Agua (ácidos e bases voláteis se existirem) 
Cinza Bruta Minerais /(macro e micro-elementos + sílica) 
Proteína Bruta Proteína, polipeptidos, ácidos aminados, amidas, aminas, 
sais amoníacais, basesa azotasa, vitaminas B 
Extracto Etéreo Gorduras, óleos, ceras, ácidos orgãnicos, pigmentos, 
esteróis, vitaminas lipossolúveis 
Fibra Bruta Celulose, hemicelulose e lenhina 
Extractivos não azotados Celulose, hemicelulose, lenhina, açúcares solúveis, 
fructosanas, amido, pectinas, ácidos orgânicos, taninos, 
pigmentos e vitaminas hidrossolúveis 
 
Marcha analítica de WEENDE
Amostra de Alimento
Humidade
Matéria Seca
Extracto Etéreo
Azoto
Fi b ra B ru ta
Cinza Bruta
Tratamento Alcalino
Resíduo
Filtrado
Filtrado
Resíduo
Estufa a 105ºC
Kjeldahl
Mufla
Incineração
Cinzas+Fibra Bruta
Mufla Incineração
Cinzas
Tratamento ÁcidoExtracção por éter
Problemas do sistema de WEENDE
Azoto total
(Proteína bruta = %N x 
6.25
Azoto proteico
Azoto não proteico
Proteínas
Polipeptídeos complexos
Polipeptidos simples
Àcidos aminados livres
Amidas
Sais amoniacais
Substâncias azotadas diversas (bases, 
heterósidos, Vitaminas B)
Prótidos
Substâncias azotadas 
não proteicas
Problemas do sistema de WEENDE
Sistema analítico de Van Soest
Utilização digestiva Fracção Componentes 
Ruminantes Não ruminante 
Categoria 
 
Conteúdo 
celular (solúvel 
na sol. 
Detergente 
neutro) 
Lipídios 
Açúcares, ácidos orgânicos e 
outras substâncias solúveis em 
água 
Amido 
Substâncias azotadas não 
proteicas 
Proteína solúvel 
Pectina (1) 
 
 
Virtualmente 
 
completa 
 
 
Muito 
 
Elevada 
 
 
 
 
A 
 
 
 
 
Constituintes da 
parede celular 
(insolúvel na 
sol. Detergente 
neutro) 
Hemicelulose 
Celulose 
 
Lenhina 
Cutina 
Compostos azotados ligados à 
lenhina 
Proteínas alteradas pelo calor 
Sílica (2) 
Parcial 
Parcial 
 
 
 
Indigestível 
Muito baixa 
Muito baixa 
 
 
 
Indigestível 
 
 
 
 
B 
(1) Pectina embora parte da parede celular, é solúvel na solução detergente neutro 
Sílica em que uma pequena fracção pode estar presente no citoplasma, sendo solubilizada pelo detergente neutro.
Marcha analítica de Van Soest
Amostra do alimento
Digestão com reagente detergente neutro
(sulfato de laurilo sódico)
Solúveis D.N.
Conteúdo Celular (CC)
Fibra insolúvel D.N.
Componeestes da parede 
celular (NDF)
Digestãocom reagente detergente ácido
(bromato cetil trimetil amónio)
Solúveis D.A: hemicelulose e 
fracção de N da parede celular
Fracção insolúvel D.A: celulose e lenhina
Digestão com H2SO4 a 72%
Solúvel: celulose Insolúvel: lenhina, cutina, cinzas (sílica), 
N ligado à lenhina (ADL)
A Água
Produção de água metabólica apartir dos nutrientes
Oxigénio l/g Nutriente 
Alimento Água formada 
Água metabólica por g 
de alimento 
Amido 0.83 1.49 0.56 
Gordura 2.02 1.88 1.07 
Proteína 0.97 2.44 0.40 
 
A Água
Produção de água metabólica apartir dos nutrientes
Kolb, 1987
0,413Proteína
0,555Amido
1,071Gordura
Água Produzida
kg
1 kg
A Água
Água eliminada pelo Cavalo (400 a 500 kg PV)
2 a 40 litros/diaPele e pulmões
4 a 22 litros/diaUrina
7 a 19 litros/diaFezes
Dependendo da actividade física do animal. As diferenças 
entre Verão e Inverno são de 10 l/d e a produção de leite 
adiciona 15 a 30 l/dia
Metabolismo hídrico de ovelhas estabuladas (Temp. 20-26ºC)
Meses de recolecção das rações Conceito 
Junho Setembro 
Consumo de alimento 
Matéria Seca consumida , g/d 
Proteína bruta, g/d 
EM Macl/d 
Entrada de água 
Água bebida, g/d 
 % do total 
Água no alimento g/d 
 % do total 
Água Metabólica, g/d 
 % do total 
Entrada total, g/dia 
Saída de água 
Água fecal, g/d 
 % do total 
Água urinária, g/d 
 % do total 
Água respiração, g/d 
 % do total 
Saída total, g/d 
 
795 
122 
2.00 
 
2093 
87.3 
51 
2.1 
240 
10.1 
2384 
 
328 
13.8 
788 
33.0 
1268 
53.2 
2384 
 
789 
50 
1.39 
 
1613 
88.1 
50 
2.7 
167 
9.1 
1830 
 
440 
24.0 
551 
30.1 
839 
45.9 
1830 
 
Necessidades de água de bovinos europeus e indico, 
afectados por temperaturas crescentes
Consumo esperado de água de várias classes de animais 
domésticos adultos, em clima temperado
Animal Litros/dia 
Bovinos de carne 
Vacas leiteiras 
Ovelhas e cabras 
Cavalos 
Porcos 
Frangos 
Patos 
22-66 
38-110 
4-5 
30-45 
11-19 
0.2-04 
0.4-0.6 
 
Efeito da restrição de água a 50%, à temperatura de 18 e 32ºC
 
18ºC 32ºC Media 
Sem Restrições 50% restringida Sem Restrições 50% 
Restringida 
Peso corporal, kg 
Consumo de alimento, kg/dia 
Volume de urina, l/dia 
Água fecal, kg/dia 
Vaporização total, g/h 
Agua corporal total, % 
Líquidos extravasculares, % 
Volume de plasma, % 
Metabolismo, Kcal/dia 
Água metabólica, kg/dia 
Temperatura rectal, ºC 
641 
36.3 
17.5 
21.3 
1133 
64.5 
59.0 
3.9 
798 
2.5 
38.5 
623 
24.9 
10.1 
10.5 
583 
50.9 
45.5 
3.9 
694 
2.0 
38.5 
622 
25.2 
30.3 
11.7 
1174 
67.9 
61.5 
4.4 
672 
2.1 
39.2 
596 
19.1 
9.9 
8.2 
958 
52.6 
46.9 
3.9 
55.7 
1.9 
39.5 
 
Anatomia 
comparativa do 
tubo digestivo 
de diferentes 
espécies
A DIGESTÃO
As células do organismo animal requerem um fornecimento constante de 
enregia e substâncias plásticas (principlamente proteínas). Estas substâncias
encontram-se nos alimentos em formas que não são directamente absorvíveis, 
macromoléculas que para serem utilizadas pelo animal tem que se converter 
em formas mais simples. O conjunto de processos que começam com a 
ingestão dos alimentos e acabam com a absorção e excreção dos resíduos não
absorvidos denomina-se A DIGESTÃO.
Verificam-se dois tipos de digestão: Física e Química.
Digestão Física: Mastigação, motilidade do tracto digestivo, processos de 
embebição e solubilização.
Digestão Química: Secreções glandulares, particularmente as suas
enzimas e as enzimas das bactérias, protozoários e fungos, do tracto digestivo.
SECREÇÕES DO TRACTO DIGESTIVO
SUCO GÁSTRICO: é o produto das secreções das glândulas
gástricas.
Compostos orgânicos: Pepsina
Gastricina
Quimosina
Lipase
Mucos gástrico.
Compostos inorgânicos: HCl
O HCl activa o pepsinogénio e exerce uma acção protectora anti-
séptica sobre o conteúdo gástrico.
SUCO PANCREÁTICO: é a secreção exócrina do pâncreas.
Compostos orgânicos. 3 enzimas proteolíticas (tripsina, 
quimiotripsina,carboxipeptidases A e B)
1 lipase
1 amilases
Compostos inorgânicos: Bicarbonato de sódio
Carbonato de sódio.
BILIS: Constitui tanto uma excreção como uma secreção.
1º pigmentos biliares
2º ácidos biliares
Pigmentos biliares: bilirrubina e biliverdina
Ácidos biliares: derivados do ácido colamico – àcidos mais
frequentes – ácido cólico e quenodesoxicólico.
SUCO ENTÉRICO: Secreção das glândulas intestinais
(Lieberkulen) e das glândulas doodenais (Brunner).
Para além de sai inorgânicos, entre os quais abundam
principalmente o Cloro, e bicarbonato de sódio, potássio, cálcio, no 
suco entérico tem mucina e enteroquinase e diversas enzimas digestivas: 
Maltase
αglucosidase
Sacarase
Lactase
βgalactosidase
αdextrinase
Aminopéptidase
Dipéptidase
Nucleotidases
Nucleosidases
METABOLISMO DOS GLÚCIDOS
No retículo-rúmen vive uma população microbiana constituída por
Bactérias (109-1010/ml), protozoários (106/ml) e fungos.
Todos os Glúcidos parietais são hidrolizados pelos microrganismos
do rúmen. A Lenhina é indigestível. Os produtos finais da digestão dos 
glúcidos parietais são: o ácido acético, o ácido propiónico, o ácido
butírico, o CO2 e o CH4.
Bactérias
Bactérias Ruminais
Butyrivibrio fibrisolvens
Bacteroides ruminicola
Ruminococcus sp.
Bacteroides succinogenes
Ruminococcus
flavefaciens
Ruminococcus albus
Butyrivibrio fibrisolvens
HemicelulolíticasCelulolíticas
Bactérias Ruminais
Succinimonas
amylolitica
Streptococcus bovis
Bacteroides ruminicola
Bacteroides ruminicola
Butyrivibrio fibrisolvens
Bacteroides ruminicola
Lachnoapira multiparus
Succinivibrio
dextrinosolvens
Treponema bryantii
Streptococcus bovis
AmilolíticasPectinolíticas
Bactérias Ruminais
Succinivibrio
dextrinosolvens
Selenomonas sp.
Bacteroides ruminicola
Ruminococcus bromii
Butyrivibrio sp.
Treponema sp.
Methanobrevibacter
ruminantium
Methanobacterium
formincicum
Methanomicrobium
mobile
UreolíticasMetanogénicas
Bactérias Ruminais
Megasphaera elsdenii
Selenomonas
ruminantium
Treponema bryantii
Lactobacillus vitulinus
Lactobacillus ruminus
Utilizadoras de ácidosUtilizadoras de açucares
Bactérias Ruminais
Bacteroides amylophilus
Bacteroides ruminicola
Butyrivibrio fibrisolvens
Streptococcus bovis
Anaerovibrio lipolytica
Butyrivibrio fibrisolvens
Treponema bryantii
Eubacterium sp.
Fusocillus sp.
Micrococcus sp.
ProteolíticasUtilizadoras de lípidos
Bactérias Ruminais
Bacteroides
ruminicola
Megasphaera
elsdenii
Selenomonas
ruminantium
Produtoras de amónia
Fungos e Protozoários
Protozoários Ruminais
A maior parte dos protozoários do rúmen são ciliados, mas 
encontram-se também flagelados embora o seu número seja mais 
reduzido. Os protozoários ciliados do rúmen pertencem todos à
classe dos Kinetofragmophora e à sub-classe dos Vestibulifera
(De Puytorac et al., 1974) citados por Jouany (1978), repartindo-
se por duas ordens: a dos Trichostomatina e a dos 
Entodiniomorphida. Ao nascer os animais são estéreis, a 
colonização com bactérias dá-se a partir do ar por contaminação , 
mas os protozoários só são veiculados pelo alimento (Jouany. 
1978). 
METABOLISMO DOS GLÚCIDOS
Esquema de degradação ruminal dos HC mais importantes 
METABOLISMO DOS GLÚCIDOS
Esquema da Formação de Metano, Acetato, Propionato
e Butirato, apartir do Piruvato
METABOLISMO DOS GLÚCIDOS
Ciclo de Krebs, oxidação e produção de energia 
Via comum do metabolismo energético, dos glucídos,lipídios e proteínas
METABOLISMO DOS GLÚCIDOS
Algumas funções de biossintéticas do Ciclo de Krebs
Intervenção das vitaminas e dos minerais no metabolismo 
energético
METABOLISMO PROTEICO
O metabolismo proteico no ruminante é um processo dinâmico, 
dependendo do nível de ingestão, da composição de matéria seca da 
dieta e do estado fisiológico do animal (Teller e Godeau, 1989a). A 
principal característica que estabelece uma diferença entre o 
metabolismo azotado no ruminante e no monogástrico é a existência do 
rúmen, com uma população microbiana que tem a capacidade de 
transformar as proteínas alimentares, sintetizando novas proteínas, as 
microbianas.
METABOLISMO PROTEICO
METABOLISMO PROTEICO
A fracção proteica que chega ao abomaso é constituída
essencialmente por:
1 - proteínas alimentares não degradadas no rúmen;
2 - proteína microbiana;
3 - alguns ácidos aminados e péptidos;
4 - uma pequena fracção de amoníaco e
5 - quantidades não desprezáveis de ácidos nucleicos dos 
microrganismos
METABOLISMO PROTEICO
Síntese de Proteína Metabolizável pelo Sistema UK
PARTIÇÃO DA ENERGIA NO ORGANISMO ANIMAL
PARTIÇÃO DA ENERGIA NO ORGANISMO ANIMAL
Energia Fecal: 1. Alimentos não digeridos
2. Produtos de origem microbiana
3. Excreções para o intestino (enzimas, ex.)
4. Descamação da mucosa intestinal
Energia Urinária: 1. Endógena
2. Exógena
Incremento calório e calor de fermentação (Km, Kf, Kl): O 
incremento calórico é originado pela ineficiência do aparelho
metabólico para armazemar toda a energia que se liberta pela
degradação dos alimentos. O calor de fermentação provêm dso
fenómenos fermentativos ao nível do rúmen e do intestino grosso
PARTIÇÃO DA ENERGIA NO ORGANISMO ANIMAL
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
Por definição "a digestibilidade de um alimento é a porção do 
alimento ingerido que não é excretado com as fezes e que, portanto, se 
supõe ter sido absorvido" (Jones, 1981; Close et al. , 1986 e McDonald
et al. , 1988).
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
São vários os factores responsáveis pela variação da
digestibilidade nas forragens, podemos referir os
inerentes à própria planta: espécie, género, cultivar, 
estado de maturação e factores edafo-climáticos (tipo de 
solo, fertilização e clima), e os ligados ao animal: 
espécie, estado fisiológico e de produção, meio ambiente, 
nível de ingestão, tempo de retenção e frequência de 
refeições.
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
Estado de maturação
Representação esquemática das modificações na composição, conteúdo
celular e parede celular e a sua digestão, em gramíneas maduras
(Osbourn, 1982).
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
Estado de maturação
Os componentes químicos mais importantes da
parede celular são os hidratos de carbono. Estes podem
ser subdivididos em duas categorias, aqueles que se 
apresentam na forma cristalina e aqueles que não se 
apresentam nessa forma. O segundo composto orgânico
da parede celular é a lenhina, complexo muito ramificado
de polímeros de resíduos de fenilpropano. 
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
Estado de maturação
Os hidratos de carbono da parede celular podem
dividir-se em três classes: as pectinas, as hemiceluloses e 
os hidratos de carbono microfibrilhares, sendo de 
salientar neste último grupo a celulose, podendo, no 
entanto, ocorrer outros como as β1,4- mananas e as β1,3-
xilanas. 
Segundo Dehority (1973) a celulose pode representar
40 a 60% dos hidratos de carbono da parede celular e a 
hemicelulose 30 a 40%.
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
Estado de maturação
As celulose são cadeias não ramificadas de resíduos D-
anidroglucopiranose ligados por ligações glucosídicas do tipo β 1,4. A 
celulose presente na parede celular está organizada em unidades
biológicas de estrutura conhecida - as microfibrilhas. Estudos físicos e 
químicos demonstraram que as microfibrilhas de celulose tem áreas
muito ordenadas (regiões cristalinas) e outras com menos ordem
(regiões amorfas) (Fairbrother e Brink, 1989). 
O grau de cristalinidade do polímero de celulose é um dos factores
mais importantes que podem afectar o valor nutritivo de uma planta
(Flachowsky e Sundstøl, 1988), pois as celuloses cristalinas são
degradadas a uma taxa mais lenta do que a celulose amorfa (Kerley et 
al., 1988a).
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
Estado de maturação
As hemiceluloses constituem um grupo de hidratos de carbono, 
inicialmente julgado um precursor da celulose, e podem dividir-se em 
três grupos: 
- as xilanas, hidratos de carbono constituídos por cadeias lineares 
de D-xilopiranose ligados por ligações glucosídicas ß 1,4; 
- as mananas, cadeias compostas por resíduos de ß - D 
manopiranose e ß - D glucopiranose, na razão de 3:1 unidas por 
ligações glucosídicas ß 1,4, resíduos simples de ß - D galactopiranose
ligam-se, por ligações ß 1,6, com alguns dos resíduos de manose da 
cadeia principal e unidades de ß 1,6 (Buxton et al.,1987); 
- as galactanas, constituídas principalmente por arabinogalactanas, 
que consistem numa cadeia principal de ß -galactopiranose unidas a 
outras por ligações glucosídicas ß 1-3, ligadas a elas encontram-se 
ramificações de D-galactopiranose ou L- arabinofuranose (Goodwin e 
Mercer ,1988).
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
Estado de maturação
As pectinas são um importante polissacárido da matriz da parede
celular. O seu componente mais importante é o ácido poliurónico. O 
parênquima da parede celular tem um elevado conteúdo em pectina, 
tendo o xilema secundário da parede celular menos pectina (Wilson et 
al., 1988).
CONCEITO DE DIGESTIBILIDADE
Estado de maturação
A lenhina é uma macromolécula amorfa insolúvel que cobre um grupo de 
constituintes intimamente relacionados de polímeros de alto peso molecular, 
principalmente resíduos de fenilpropano (C6-C3). Na biossíntese da lenhina, a 
estrutura de fenilpropano é formada por três ácidos cinâmicos: o p-courámico, o 
ferulico e o sinápico. Estas unidades monoméricas estão ligadas C a C por fortes 
ligações éster que são muito resistentes à hidrólise (Howarth, 1988). 
A lenhina é um constituinte dos tecidos de suporte (xilema), não se 
encontrando confinada às paredes celulares dos tecidos condutores mas também
nos outros tecidos, embora a sua distribuição não seja uniforme. São as camadas
que morrem em primeiro lugar, as que se tornam mais fortemente lenhificadas. 
A lenhificação dá-se, segundo Goodwin e Mercer (1988), por dois motivos: 1º
porque a parede celular forma uma rede ramificada para o interior da matriz o que
consolida as microfibrilhas de celulose e 2º porque a lenhina protege as 
microfibrilhas da parede celular de ataques químicos, físicos ou biológicos.
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
A quantidade total de forragem ingerida por um animal é o produto da
taxa de ingestão e do tempo dispendido a comer. A relação entre a taxa
de ingestão e a ingestão voluntária é forte, positivamente correlacionada e 
sugere que a resistência da forragem à quebra durante a mastigação é um 
factor importante envolvido no controle da ingestão voluntária (Antuna e 
Moseley, 1988 e Moseley e Manendez, 1989).
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Factores fisiológicos que afectam a ingestão de alimentos em novilhos de 
engorda, através da regulação do sistema nervoso central (Ingvartsen et al., 
1986).
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Variação da ingestão voluntária em ovinos, com a 
percentagem de proteína bruta da dieta (Weston,1971)
 Dieta pobre em proteína Dieta média em proteína Dieta rica em proteína 
 11.7% PB 15.8% PB 19.9% PB 
 Ingestão g MS/dia 942 ± 55 1127 ± 40 1153 ±55 
 Ingestão g MS/dia/W0.75 82.4 ± 3.6 94.3 ± 2.7 96.7 ± 3.6 
 Ingestão de MO g/dia 67.9 ± 0.7 - 72.0 ± 2.1 
 Ingestão de N g/dia 20.3 - 34.7CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Relação entre a digestibilidade aparente da energia do alimento e 
a ingestão voluntária de matéria seca (Blaxter et al., 1961)
 Alimento Digestibilidade da energia Ingestão voluntária 
 Kcal/100 Kcal g MS/24 h/Kg W0.734 
 Pobre 44.7 50.5 
 Médio 48.8 77.2 
 Bom 74.2 94.0 
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Variação em ovinos da ingestão voluntária e da 
digestibilidade da matéria seca com a idade (Cruickshank et al. 
1989) 
Idade dos ovinos 
semanas 
Ingestão de M.S. 
g/Kg P.V./dia 
s.e. Digestibilidade da 
M.S. (%) 
8 
12 
29.7 
30.8 
4.22 
5.39 
73 
71 
8 
12 
27.3 
34.8 
3.55 
1.52 
81 
79 
 
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Efeito da variação da temperatura na ingestão de alimento da
vaca leiteira ( ----- ) e novilhos de feedlot ( - - - ) (Ames et al., 1981).
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Relação entre a distensão do rúmen e a ingestão voluntária 
(Mybanya et al., 1987)
 Distensão _____________ Ingestão de feno (g)_____________ 
 0 - 3 Horas ± SEM 3 - 5 Horas ±SEM 
 0 5563 515 660 98 
 12.5 5230 297 976 323 
 20 3984 449 1292 217 
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Variação em ovinos da ingestão voluntária e da digestibilidade 
da matéria seca com a idade (Cruickshank et al. 1989) 
Idade dos ovinos 
semanas 
Ingestão de M.S. 
g/Kg P.V./dia 
s.e. Digestibilidade da 
M.S. (%) 
8 
12 
29.7 
30.8 
4.22 
5.39 
73 
71 
8 
12 
27.3 
34.8 
3.55 
1.52 
81 
79 
 
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Conteúdo de NDF na dieta de vacas leiteiras
 
Produção de leite (Litros/dia) NDF óptimo (g/kg MS) 
Secas 
<15 
15-20 
20-30 
30-40 
>40 
600 
500 
450 
400 
350 
300 
 
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Relação entre a ingestão voluntária (kg/dia) e as características do 
alimento
CONCEITO DE INGESTÃO VOLUNTÁRIA
Alterações típicas na ingestão voluntária, produção de leite e variação 
do peso vivo, durante a lactação
Intestino Delgado
NDF
Ingestão de 
alimento
rúmen
Parede celular
NDF
Micorga.
amidoamido
AGV
Acético
Propiónico
Butirico
amido
AGCL AGCL
proteína proteína
NH3
AA L +
pept
NH3 ureia
proteína
açucar
AA L+pept
B P F
glucose
NDF
glucose
AA L+pept
NH3ureia
microganismos
C2 C3 C4
Metabolismo no Rúmen
(Adaptado de Tamminga , 2004)
Intestino DelgadoIngestão de 
Proteína
rúmen
Parede celular
Micorga.
proteína
pepti.
NH3
AA L 
NH3 ureia
proteína
AA L
B P F
AA L
NH3ureia
proteína
microbiana
Metabolismo proteico no Rúmen
proteína
péptidos
péptidos
NH3 UREIA
Figado
UREIA
Rim
Urina
Hidratos de Carbono estruturais e 
não estruturais da planta
Hidratos de Carbono da Planta
Conteúdo celular Parede Celular
Ácidos 
orgânicos
Açúcares Amido Fructanas Pectinas
B-glucagon
Galactanas
Hemicelulose Celulose
HC Solúveis em Detergente neutro
Fibra solúvel em 
Detergente Neutro
NDF
ADF
Exemplo entre o mínimo de NDF e a sua relação 
com o NFC (Hidratos de Carbono não Estruturais)
(Ishler e Vargas, 2004)
25%
15%
3%
8%
49%
25%
19%
7%
8%
41%
NDF
PB
Gordura
Cinza
NFC
Fim da LactaçãoInicio da Lactação
Rúmen
Figado
Gordura
corporal
Intestino
C2,C4,C3
Glucose
Leite
Energia
Ácidos
gordos,
C18,
C16
Gordura
AA
Proteína
Minerais
Vitaminas
Ácidos
gordos, 
C18
Ácidos
gordos
Glucose
Energia
Lactose
H2O
Síntese do leite
Tipos de Energia
Tipo Função
Oxidativa (O) Energia Livre
Cetogénica (C) Gordura
Glicogénica (G) Lactose
Aminogénica (A) Proteína
Necessidades de Energia (EM)
(Tamminga, 2004)
182229316
182128335
172026364
171823423
151517532
105851
----------------------------------- % --------------------------------(x Manutenção)
AminogénicaGlicogénicaCetogénicaEnergia LivreNível

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