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(Ricardo Cap 1) Sobre o Valor

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Sobre o Valor
Capítulo I – Princípios de Economia Política e Tributação (David Ricardo)
	PALAVRAS-CHAVE:
Seção I
Valor de troca
A utilidade não é a medida de valor de troca, embora sem possuir essa característica, um bem não possua valor nenhum. O valor de um bem vem de duas características, sua escassez e sua e a quantidade de trabalho necessário para produzi-lo.
Bens cujo valor reside apenas em sua escassez
Alguns bens têm seu valor de troca medido apenas pela sua escassez, como é o caso de obras de arte e quadros famosos. Seu valor não depende da quantidade de trabalho utilizada na produção, mas da riqueza e disposição a pagar dos interessados em possuí-lo.
O valor de troca na sociedade primitiva
Na sociedade primitiva o valor de troca das mercadorias era medido pelo trabalho necessário para produzi-las, de forma que todo acréscimo nessa quantidade de trabalho aumentaria o valor de troca.
Medida-padrão de valor (Smith)
Smith definiu a medida-padrão de valor como a quantidade de trabalho que um objeto pode comprar no mercado. Caso isso fosse verdade, um bem sempre poderia comprar no mercado a mesma quantidade de trabalho que foi necessária para confeccioná-lo, o que não acontece uma vez que a quantidade de trabalho que um bem pode comprar está sujeita a variações.
Exemplo da produção de alimentos
Em determinado país, é exigido em o dobro de trabalho, , exigido em . Se em o salário do trabalhador fosse constituído por alimentos de preço , ele não subsistiria caso essa quantidade diminuísse. Os alimentos teriam encarecido 100%, em , se variassem pela quantidade de trabalho utilizada em sua produção, enquanto o aumento no valor teria sido muito pequeno se fosse medido pela quantidade de trabalho pela qual poderia ser trocado. Adam Smith estaria errado então ao dizer que o valor é dado pela quantidade de trabalho comandado que uma mercadoria pode comprar. O valor, para Ricardo, seria a quantidade de trabalho contido no produto.
Seção II
Trabalhos com dificuldades diferentes são remunerados de maneira diferente
A relação entre dois trabalhos de dificuldades diferentes é rapidamente ajustada no mercado, dependendo da habilidade comparativa do trabalhador e da intensidade do trabalho. Embora essa relação seja sujeita a poucas variações, se uma quantidade X for adicionada na quantidade de trabalho necessária, haverá um efeito proporcional no preço da mercadoria.
Seção III
O trabalho indireto também afeta o valor das mercadorias
O valor das mercadorias deve ser regulado não só pelo trabalho direto que as produz, mas também pelo trabalho efetuado nos implementos, ferramentas e edifícios que possibilitam o trabalho em si.
Quantidade de trabalho e sua relação com o valor relativo da mercadoria
A redução da quantidade de trabalho sempre reduz o valor relativo de uma mercadoria, seja no trabalho direto que confecciona a mercadoria, seja no trabalho que produz o capital usado para produzi-la.
Seção IV
“O princípio de que a quantidade de trabalho empregada na produção de mercadorias regula seu valor relativo é consideravelmente modificado pelo emprego de maquinaria e de outros capitais fixos e duráveis”
Capital fixo e circulante
O capital pode ser classificado como fixo ou circulante, dependendo da rapidez com que perece, a frequência com que precisa ser reproduzido ou segundo a lentidão que se consome. O capital circulante tem uma peculiaridade, uma vez que pode girar, i.e., voltar àquele que o aplica. Se a durabilidade e o valor do capital fixo forem idênticos para a produção de dois produtos, o valor das mercadorias produzidas também seria igual.
O valor das mercadorias dado no tempo
As mercadorias com mesmo valor contido terão valor de trocas diferentes, se não puderem ser lançadas no mercado ao mesmo tempo. A diferença entre os valores trata-se de uma compensação pelo tempo em que os juros permaneceram retidos.
“Parece, portanto, que a divisão do capital em diferentes proporções de capital fixo e circulante, empregada em diferentes atividades, introduz uma considerável modificação na regra, de aplicação universal quando se emprega quase exclusivamente trabalho na produção: as mercadorias jamais variarão de valor, a menos que maior ou menor quantidade de trabalho seja necessário para sua produção. Nesta seção, demostrou-se que, sendo invariável a quantidade de trabalho, o aumento do seu valor ocasionará simplesmente uma diminuição no valor de troca das mercadorias em cuja produção se emprega capital fixo; e que, quanto maior for o montante de capital fixo, maior será essa diminuição.”
Seção V
“O princípio de que o valor não varia com o aumento ou com a queda de salários é modificado também pela desigual durabilidade do capital e pela desigual rapidez de seu retorno ao aplicador”
Durabilidade de capital fixo
Foi suposto que duas empresas com o mesmo capital aplicam de forma diferente esse capital entre capital fixo e circulante. Agora, a suposição é de que o montante de capital fixo é igual. A durabilidade desse capital fixo pode aproximá-lo do capital circulante. Quanto menor for essa durabilidade, mais parecido ele será com o capital circulante.
Durabilidade do capital e trabalho
Se o capital fixo não é de natureza durável, maior será a necessidade de trabalho para mantê-lo funcionando de forma eficiente. Dessa forma, todo aumento salarial tornará os bens cuja produção reside em trabalho mais caros, e aqueles cuja produção reside mais em capital fixo mais baratos.
Capital fixo e os lucros dos fabricantes
O fabricante que usasse mais capital fixo, diante de um aumento salarial de longo prazo, poderia aumentar seu lucro mantendo os preços constantes. No entanto, isso causaria uma invasão de capital no seu setor de atuação e, via concorrência, a lucratividade do setor diminuiria. Dessa forma, se o fabricante precisa diminuir os preços que cobra para evitar o aumento da concorrência.
Seção VI
“Sobre uma medida invariável de valor”
O ouro como medida invariável de valor
A rigor não existe padrão invariável de valor, uma vez que todas as mercadorias estão suscetíveis a variações na quantidade de trabalho necessária para produzi-las. Mesmo a quantidade de trabalho pudesse ser removida como variação no valor, ainda assim haveria diferenças devido a quantidade de capital empregada em capital fixo e circulante. É possível, no entanto, supor a existência de um bem com aplicação equidistante dos extremos (tão longe de uma empresa que só utiliza maquinaria quanto de uma que só utiliza trabalho) que possa servir como referência da variação de valor dos demais bens. Para Ricardo, esse bem seria o ouro.
Seção VII
“Diferentes efeitos da alteração no valor do dinheiro, meio permanente de expressão do preço, ou da alteração no valor das mercadorias que o dinheiro compra”
Aumento dos salários monetários
Como o dinheiro é uma mercadoria de valor variável, sua desvalorização leva a aumento nos salários monetários, que por sua vez, leva a um aumento geral nos preços das mercadorias.
Aumento
O aumento dos preços não provoca necessariamente uma elevação nos lucros. Essa elevação é medida pela proporção que do lucro em relação ao preço. Dessa forma, se o preço era dividido percentualmente entre , e em – sendo , e os trabalhadores, proprietários de terra e capitalistas, respectivamente – e em a divisão passou a ser , e , é possível dizer que os lucros aumentaram e os salários e renda da terra diminuíram.

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