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Adam’s Fallacy: A Guide to Economic Theology Duncan Foley Capítulo 1 - Adam’s Vision ● A falácia em questão é a separação que Adam Smith faz entre o campo da economia e o das outras relações sociais. Como se o foco em seu próprio bem se refletisse em um bem para a sociedade no campo da economia, mas nas outras esferas sociais o indivíduo ainda tivesse que pensar por outras ângulos e aplicar alguns outros valores. Ao chamar essa linha de pensamento de falaciosa, Foley tenta mostrar que a economia e as outras relações sociais são indissociáveis. Essa ideia de que o pensamento econômico é um reino isolado e pode agir por si só teve sua base com Smith, mas muito do pensamento econômico posterior foi construído em cima disso. ● “Smith deixa sem resolver a questão do “ovo ou da galinha” sobre se é, em última instância, a propensão humana a trocar e barganhar que leva à divisão de trabalho, ou se a divisão de trabalho incentiva as pessoas a negociar” ● A “Espiral Virtuosa”: Divisão do trabalho e extensão do mercado. As relações entre divisão do trabalho e extensão do mercado criam feedbacks positivos. A divisão do trabalho gera maior produtividade e diminui os custos, possibilitando maior acumulação e riqueza e gerando maior extensão de mercado, o que acaba por gerar uma maior divisão do trabalho. Esse ciclo de retroalimentação é, para Smith, o segredo da riqueza das nações. Aquela nação que conseguir incentivar esse processo e abrir caminho para que ele ocorra sem esbarrar em barreiras institucionais ou legislativas terá um maior progresso. ● Consequências da divisão do trabalho e a Lei de Say: ao pensar a divisão do trabalho, podemos chegar em uma consequência imediata negativa: o crescimento do desemprego. Isso se deve ao fato de que o aumento na produtividade, causado pela divisão de trabalho, pode ser mais rápido que o aumento da extensão de mercado causado pela espiral virtuosa. Com isso, menos trabalhadores seriam necessários para produzir uma mercadoria, e a demanda não teria acompanhado esse crescimento em produtividade para fazer com que o número total de trabalhadores necessários continuasse a ser o mesmo. Smith argumenta a respeito disso com base na Lei de Say. Essa lei de um economista francês basicamente argumenta que um produto cria sua própria demanda. Ou seja, ao produzir uma mercadoria, o capitalista paga salários, que geram demanda, e ao vender o produto recebe capital. Portanto a produção criou riqueza e aumentou a demanda por mercadorias. A consequência disso é que a taxa de desemprego por falta de demanda deveria estar sempre bastante próxima de zero. “This is Adam’s Fallacy in action. The immediate effect of increases in labor productivity is to impose costs (unemployment) on a group (workers) who are in a weak position to protect themselves from these costs. Ordinary moral reasoning would regard this as a bad thing. Smith offers the hope that some of these displaced workers will eventually find alternative jobs (though some others may not), and that lower prices of products will benefit consumers of products. Thus the direct, concrete evil of unemployment is instrumental to achieving the indirect, abstract good of lower prices. Say’s Law comes up again and again in this story, and it will help to keep two points in mind. Over long periods of time, it appears that something like Say’s Law does operate: at least there is no longterm drift toward constantly increasing unemployment as a result of technological change and rising labor productivity. On the other Adam’s Vision / 11 hand, over shorter periods, the absorption of technologically unemployed workers into new jobs can be quite slow, creating real social, economic, and political problems. The stubbornly high unemployment rates in many Western European countries over the last three decades of the twentieth century are an example. Thus one important issue about Say’s Law is what time scale we are looking at, and what we believe is the analytical connection between economic events on a short and a long time scale.” ● Preço Real e Preço Nominal: Smith diferencia o preço nominal de uma mercadoria (a quantidade de dinheiro pela qual ela poderia ser trocada), do preço real, que é a quantidade de trabalho necessário para produzi-la. ○ Sobre o valor medido em quantidade de trabalho, quando colocamos uma moeda comum em jogo e quando o próprio trabalho passa a ser uma mercadoria, com o pagamento de salários, é possível encarar essa questão de duas formas: uma seria a quantidade de trabalho necessário para produzir uma mercadoria, outra seria a quantidade de trabalho que alguém pode “comprar” ao trocar uma mercadoria por dinheiro e depois usar esse dinheiro para comandar trabalho. ○ Ainda sobre essas duas abordagens, trabalho incorporado e trabalho comandado, nota-se: o preço de uma mercadoria contém não só o salário do trabalhador, mas também o lucro e a renda da terra. Portanto, a quantidade de trabalho que uma mercadoria consegue comandar é, em geral, maior que a quantidade de trabalho que ela contém. ● Preço de Mercado e Preço Natural: Para Smith, o preço de mercado é a quantidade em dinheiro pela qual uma mercadoria está passando de mãos no mercado atualmente. Essa quantidade tende a se alterar com base nas mudanças em gosto, oferta e demanda. Porém, para Smith, as mercadorias possuem um “preço natural”, ao redor do qual o preço de mercado constantemente gravita. ○ A teoria do valor de Smith se preocupa com a determinação do preço natural das mercadorias, enquanto que as forças de oferta e demandas são responsáveis pela flutuação do preço de mercado ● A decomposição do preço em salários, renda e lucro é a base para a teoria de Smith, e outros economistas clássicos, de porque o preço de mercado tende a gravitar em torno do preço natural. Basicamente, se o preço de um produto está acima de seu preço natural, é porque o lucro, o salário, ou ambos, está também acima de sua taxa natural. Esse fato irá atrair trabalhadores ou capistalistas de outros setores para usufruírem desses frutos acima da média, o que fará com que o preço retorne ao preço natural. O mesmo vale para o cenário contrário, em que o preço de mercado está abaixo do natural, trabalhadores e capitalistas irão deixar aquele mercado em busca de algo mais vantajoso, fazendo com que o preço suba. ● “O processo de aumento da divisão de trabalho através da acumulação de capital, de acordo com Smith, tende a aumentar os salários acima do nível de subsistência, de forma que os trabalhadores de certa forma dividem os frutos do progresso tecnológico e do aumento da produtividade no trabalho” ● Componente 1, salários: Smith aponta que o ritmo de crescimento do capital de uma nação, não a sua quantidade total atual de capital, irá determinar o nível dos salários e o estilo de vida da população. Com esse desenvolvimento, Smith aborda a dinâmica dos níveis salariais com base nesses fatores, mas não chega a conseguir desenvolver uma teoria sobre as forças que geram os níveis naturais de salário em um determinado lugar e tempo. ● Componente 2, lucros: No capítulo que trata deste assunto o autor teoriza sobre como a concorrência entre os capitalistas age no sentido de uma equalização das taxas de lucro. Essa noção de auto regulação do mercado por meio da concorrência é a base da posição em defesa do laissez-faire do autor. ○ Relação entre taxas de juros e taxas de lucros: taxas de juros são um bom indicativo das taxas de lucro em um determinado país ○ Também aponta que as taxas de lucro tendem a diminuir com a acumuçaão. Ou seja, conforme um país acumula riqueza, as taxas de lucro alipraticadas tendem a cair. Não é muito específico sobre os motivos, ainda é uma fonte de debate ● Componente 3, Renda da terra(ou de outros recursos escassos): ○ Para Smith, a renda da terra é baseada em uma posição de “monopólio”, ou seja, alguém que é dono de um pedaço fértil de terra, ou qualquer outro recurso natural, de modo a poder controlar o acesso dos produtores àquele recurso. Com a condição de que não haja nenhum outro recurso do tipo disponível de forma mais fácil para o produtor, o proprietário está em posição de barganha, de modo que pode negociar uma parte dos lucros da produção, que toma a forma de “renda da terra”. Portanto, com essa linha de pensamento, a renda é um efeito do preço da mercadoria produzida na terra arrendada, portanto a renda acompanha o aumento ou diminuição do preço. Além disso, outra implicação dessa análise de Smith é que não há um nível “natural” de renda que ajude a explicar o preço natural das mercadorias, pelo fato de a própria renda ser determinada pelo preço, não o contrário. ● Conclusão sobre teoria do valor A organização do Livro I de Smith em torno da ideia de “preço natural” e a decomposição do “valor adicionado” em componentes-salários, lucro e renda-é uma ótima ferramenta pedagógica, permitindo uma percepção completa e simples da teoria do valor e da distribuição. No entanto, Smith falha em chegar em conclusões lógicas sobre as origens do preço natural. Ele não oferece teorias sobre como os salários ou lucros naturais se estabelecem, mas na verdade faz somente uma ótima análise de como essa dinâmica funciona e de como a concorrência tende a equalizar lucros e salários. A seção sobre renda da terra também não ajuda em conclusões sobre como o preço natural é gerado, pois acaba por cair em uma lógica circular, já que Smith conclui que a renda da terra é determinada pelo preço. Capítulo 2 - Gloomy Science ● Com base no argumento do crescimento populacional em PG e aumento na produção de alimentos em PA, Malthus conclui que uma boa parte da população necessariamente vive em miséria e pobreza grande o bastante para estabilizar a população total, através de uma alta taxa de mortalidade, principalmente entre crianças ● O desenvolvimento, novas tecnologias, podem com certeza aumentar a produtividade do trabalhador e seu salário, causando um aumento no padrão de vida. Mas esse aumento no padrão de vida irá gerar, segundo um autor, um boom de crescimento populacional, principalmente por conta da diminuição da mortalidade infantil. Esse crescimento populacional irá ser superior ao aumento de produtividade agrícola, de modo que o salário real do trabalhador irá cair conforme o preço do alimento suba, o que força a classe trabalhadora de volta às condições de subsistência, em que as taxas de mortalidade infantil crescerão novamente, restaurando o equilíbrio ● 3 relações chave para a construção do raciocínio de Malthus: ○ Aumento no salário real causa diminuição na mortalidade ○ Aumento no salário real causa aumento na fertilidade, devido à casamentos mais cedo e melhores condições nutricionais da mãe. ○ Aumento populacional causa diminuição do salário real devido ao aumento no preço do alimento ● Equilíbrio Malthusiano e Equilíbrio Smithiano ○ Um fenômeno demográfico global é o de diminuição da taxa de fertilidade a partir de um certo ponto, quando o padrão de vida já está mais alto. Com esse fenômeno é possível haver um segundo equilíbrio demográfico, em que a mortalidade e a fertilidade se igualam mas em um padrão de vida elevado. No entanto, sob a suposição malthusiana de que uma maior população leva à diminuição do padrão de vida, esse segundo equilíbrio não seria possível de ser atingido.No entanto, se um crescimento na população causasse um aumento no padrão de vida, esse segundo equilíbrio seria atingível. Smith propõe um mecanismo que causa justamente esse cenário: quanto maior a população, mais extensa é a divisão do trabalho e, portanto, maior é a produtividade. Ricardo (ainda Cap.2) ● Ricardo começa o seu “Principles of Political Economy and Taxation” dizendo que concordo com tudo o que Smith disse, menos com o seu tratamento sobre teoria do valor e distribuição. Ricardo critica a circularidade da teoria aditiva do valor de Smith, particularmente envolvendo renda da terra. Ele argumenta que a Teoria do Valor Trabalho é a única fundação lógica para se raciocinar a política econômica. Ricardo irá se focar no “preço natural” das commodities, sua visão é de que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho incorporado nela. Por exemplo, se uma mesa leva 20 horas para ser feita e um bushel de trigo leva 1 hora, o preço natural da mesa deve ser 20 vezes maior que o preço natural do bushel de trigo. ● Ricardo está consciente de que existem diferentes tipos e qualidades de trabalho, mas acaba por argumentar que é possível estabelecer no mínimo uma equivalência geral entre diferentes tipos e qualidades de trabalho entre diferentes indústrias. Em outras palavras, Ricardo assume que existe uma unidade padrão de trabalho a que todas as outras formas específicas de trabalho podem ser reduzida. O autor não se preocupa muito com os métodos técnicos para se obter essa unidade padrão, a parte importante para ele é que, uma vez estabelecida essa medida, é possível raciocinar através da teoria do valor trabalho. ● Crítica de Ricardo a Smith: Uma das versões da teoria do valor trabalho de Smith iguala o valor de uma mercadoria à quantidade de trabalho que essa mercadoria consegue comandar ao ser trocada no mercado, ao invés de estabelecer que seu valor é a quantidade de trabalho que ela contém. Ricardo critica essa abordagem afirmando que, desse modo, o preço das mercadorias depende do salário. Por exemplo, se uma mesa leva 40 horas para ser feita e o salário é de 1$/hora, essa mesa consegue comandar 40 horas de trabalho no mercado. Se por algum motivo o salário subir para 2$/hora a mesa passará, sem nenhuma alteração em seu processo de produção, a comandar apenas 20 horas de trabalho no mercado. Para Ricardo esse é um defeito fatal, pois ele pretende que a teoria do valor trabalho determine o valor de uma mercadoria independente de variações no salário. ● Vantagem comparativa na troca de mercadorias: ○ Exemplo: Dois países produzindo 2 commodities, Inglaterra precisa de 100 horas de trabalho padrão para produzir uma tira de tecido e 120 horas para produzir um barril de vinho. Já Portugal precisa de 90 horas de trabalho padrão para produzir uma tira de tecido e 80 horas de trabalho padrão para produzir um barril de vinho. Em termos de trabalho, Portugal possui uma vantagem em ambos os produtos. No entanto, Ricardo argumenta que existe uma possibilidade para uma troca vantajosa para ambos os países, quando Inglaterra exporta vinho para Portugal. É mais barato para a Inglaterra comprar o vinho Português do que produzir o seu próprio vinho e é mais barato para Portugal comprar tecido vendendo seu vinho para a Inglaterra em troca de tecido. Essa análise mostra que Ricardo acreditava que sua teoria do valor trabalho se mantinha somente dentro de cada país, mas não entre diferentes países, presume-se que por conta do capital e do trabalho não conseguirem mover-se livremente de um país para outro ● Concorrência e Teoria do Valor Trabalho: Uma complicação da teoria do valor trabalho de Ricardo é a potencial inconsistência com a reivindicação de Smith sobre as taxas de lucro serem equalizadas entre todas as indústrias por conta da concorrência e do fluxo de capital. Na teoria do valor de Ricardo, trabalhadores de tempo integral em diferentes indústriasirão adicionar a mesma quantidade de trabalho ao produto, como os salários são os mesmos também por conta da concorrência, esses trabalhadores irão todos produzir a mesma quantidade de lucro. No entanto, diferentes trabalhadores em diferentes indústrias podem estar equipados com diferentes quantidades de capital (em forma de máquinas, ferramentas, equipamentos). Como a taxa de lucro é a razão do lucro obtido por capital investido, sob essas circunstâncias as taxas de lucro não seriam iguais entre diferentes indústrias. ○ Como Ricardo também aceita a reivindicação de Smith sobre a equalização das taxas de lucro, então nesse caso, com as taxas de lucro iguais, mudanças no salários iriam alterar os valores relativos, a não ser que a quantidade de capital investida por trabalhador fosse a mesma em todas as indústrias. Essa alteração do valor relativo com base em uma alteração de salário contraria o que Ricardo esperava de uma teoria do valor. Por fim, Ricardo sai dessas contradições basicamente afirmando que a equalização dos lucros faz com que os preços se desviem das taxas naturais de trabalho incorporado, mas não se distanciam muito, pois a diferença de capital investido por trabalhador não é tão diferente entre as indústrias, (“Teoria dos 93% do valor do trabalho”) ● Acumulação de capital, salários, renda e lucro ○ Aqui Ricardo irá aplicar a teoria do valor trabalho para analisar as dinâmicas da acumulação de capital. A ideia é que o valor incorporado de trabalho na mercadoria determina o valor da mercadoria no geral na sociedade como um todo, esse valor é dividido entre salários, lucros e renda da terra de acordo com a teoria da distribuição ○ A análise de Ricardo será feita toda em cima do setor da agricultura, por conta da seguinte conclusão: os salários e os lucros nos diferentes setores da economia devem se equalizar, pois o capital irá fluir do setor com menor lucro para o com maior lucro até que a equalização ocorra. Dado que essa equalização existe, então determinando o lucro e o salário natural na agricultura também encontramos o lucro e o salário natural na economia como um tudo. Por isso a análise será focada somente nesse setor. ○ Salário Natural: Aqui, Ricardo adota a análise Malthusiana de que a dinâmica entre fertilidade e mortalidade irão determinar um nível de equilíbrio do salário, em que a população será estável. Esse nível de equilíbrio torna-se o salário natural para Ricardo. ○ Renda da terra: Conforme a população cresce, as terras mais férteis são cultivadas antes das terras menos férteis. Conforme o plantio vai crescendo para as terras menos férteis, o produto total da agricultura cresce, mas cada novo trabalhador na terra menos fértil adiciona uma quantidade menor ao total do que o último. A suposição de que o aumento na produção agrícola só se dá através da exploração de terras menos férteis é a base da premissa de Malthus de retornos decrescentes. A produtividade por trabalhador diminui conforme a população e a quantidade de trabalhadores na agricultura cresce. Isso é inconsistente com a teoria de retornos crescentes de Smith, que prevê um aumento na produtividade com um aumento da população. ■ A soma do lucro e da renda da terra deve ser igual ao produto total da terra menos os salários. Esse produto total menos os salários muitas vezes é chamado de “produto excedente”. Resta estabelecer o que determina a divisão desse excedente entre lucro e renda da terra: a premissa é de que o capitalista é livre para migrar o seu capital para outra terra ou outro setor em que o lucro seja maior. Com isso, começa uma barganha entre o dono da terra e o capitalista. No fim, a renda deve ser a quantidade o bastante para que o lucro seja o mesmo que em qualquer outro setor ou terra. Justamente por essa dinâmica do fluxo de capital, o lucro em qualquer porção de terra deve ser o mesmo, portanto conforme terras menos férteis passam a ser exploradas, a taxa de lucro diminui. A taxa de lucro na agricultura é, portanto, sempre igual à taxa de lucro praticada na terra marginal, ou seja, na terra menos fértil. Portanto: conforme a população cresce e o plantio ocorre em terras menos férteis, o aluguel das terras mais férteis já cultivadas sobe. Como um todo, conforme a margem da agricultura se expande, uma porção cada vez maior da produção vai para renda da terra. ○ Terras marginais e a taxa de lucro: Como a terra marginal não possui renda da terra, todo o seu produto excedente é lucro. Essa taxa de lucro da terra marginal determina então, pelo já explicado mecanismo da equalização de lucros, as taxas de lucro de todas as outras terras e de todos os outros setores da economia ○ Portanto, o resumo de toda essa teoria da distribuição de Ricardo e a forma como esses fatores operam em conjunto é: as leis Malthusianas de fertilidade e mortalidade estabelecem o salário natural a longo prazo no país. A população pode se expandir ou se contrair como resultado de mudanças na quantidade de capital disponível para empregar trabalhadores, mas os trabalhadores em si vêem seu padrão de vida sempre retornando ao mesmo nível. Dada a população de um país, a fertilidade de sua terra determina quanto da terra tem de ser cultivada para providenciar o alimento necessário, o que por consequência determina a fertilidade da terra marginal. O produto excedente da terra marginal assume a forma de lucro, e determina a taxa de lucro. Todos os trabalhadores dividem o mesmo padrão de vida e todos os capitalistas dividem a mesma taxa de lucro do seu capital. O produto excedente da terra que é mais fértil que a terra marginal toma a forma de renda da terra.
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