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[Sweezy] Uma crítica

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RESUMO “UMA CRÍTICA” – PAUL SWEEZY
SOBRE A DEFINIÇÃO DE FEUDALISMO DE DOBB
	Segundo Sweezy, Dobb argumenta que a caracterização do sistema feudal da Europa ocidental se daria pela organização da produção ao redor da propriedade feudal e pela servidão enquanto relação de produção predominante. Em outras palavras, 
Sweezy considera como ponto fundamental na leitura de Dobb o fato de feudalismo ser tratado como sinônimo de servidão.
Mais adiante, partindo desta definição, Sweezy considera implícita a instabilidade do sistema feudal, marcado pela contínua competição entre senhores e vassalos por terras e pelo crescimento populacional.
Ainda assim, uma vez que o dominante é o valor de uso do produto, não haveria a pressão para a constante melhoria dos modos de produção (como no capitalismo). Ou seja, apesar da instabilidade e insegurança crônicas, haveria uma forte tendência pela manutenção de certos métodos e relações de produção.
DECLÍNEO FEUDAL PELA ÓTICA DE DOBB
Aqui Sweezy enfatiza a contradição de Dobb: a teoria que apresenta para a desintegração e o declínio da idade média estaria pautada em fatores internos ao próprio sistema feudal e não apenas na ascensão do comércio. Seriam estes:
Ineficiência do feudalismo como sistema de produção;
Crescente necessidade de renda da classe dominante e 
Exaustão da força de trabalho de que se nutria o sistema.
Ou seja, Sweezy considera imperativo que Dobb demonstre que tanto a crescente necessidade de receita pela classe dominante quanto a fuga dos servos podem ser explicados em termos de forças internas. A grande que questão para Sweezy é que o fato da intensificação da guerra e o desprezo pelos interesses dos servos não pode ser tomado como uma característica natural do feudalismo. 
CONCLUSÕES DE SWEEZY SOBRE O DECLÍNEO FEUDAL
	A crescente extravagância dos servos pode ser explicada pela ascensão do comércio, e o movimento de fuga da terra, mais pelo desenvolvimento das cidades que um resultado da opressão de que Dobb fala. Portanto, a explicação sobre a transição do modo de produção feudal estaria embasada em causas externas ao sistema. 
	Com efeito, Sweezy admite que Dobb mostrou que o impacto do comércio sobre o sistema feudal foi mais complicado do que em geral se imagina, sendo demasiado simplista a ideia de que economia monetária e comércio são a mesma coisa.
O grande processo que levou a transição entre produção para o uso e produção para a troca teve como força criativa primária a troca à longa distância. A pressão para comprar gerou pressão por vender, e a posse da riqueza se tornou um fim em si mesma na economia de troca. Quatro teriam sido os efeitos principais:
A ineficiência da organização feudal de produção
A existência do valor de troca como um fato econômico
A evolução dos gostos da classe feudal dominante
O desenvolvimento das cidades
Vale ressaltar que triunfo dessa forma de economia não necessariamente implicou no fim da escravidão, tenho este sido um avanço paralelo.
Resumindo de forma esquemática, a teoria de Sweezy seria que [ a partir do comércio]:
	Acrescenta, também, o papel da burguesia comercial enquanto força criativa da transformação, ou seja, uma “via revolucionária que depende do mercador”.
CONCLUSÕES DE SWEEZY SOBRE A DEFIÃO DE FEUDALISMO
	A caracterização de Dobb como “feudal” seria embasada no fato de que o camponês ainda se encontra coagido em seus movimentos, dependente de seu senhor de muitas maneiras. Se seguida à risca, implicaria que alguns lugares seriam feudais até a atualidade. Para Sweezy, a servidão não está associada, deste modo, apenas ao feudalismo.
	Diante disso, defende que a fase de transição não foi nem feudal nem capitalista, mas uma mistura entre estes dois sistemas. 
SOBRE A ASCENÇÃO DO CAPITALISMO
	Ademais, Sweezy concorda com Dobb sobre o avanço e a consolidação do capitalismo. Acredita na existência de duas fases distintas:
 Transferência de riqueza para a burguesia (aquisição)
Realização dos requisitos para o investimento industrial (realização)

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