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conceito acustico adriana introdução

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CONFORTO ACÚSTICO
Profa. Adriana Petito de A. Silva Castro
INTRODUÇÃO
• Hoje em dia, com o crescimento desordenado dos núcleos 
urbanos, o advento das novas tecnologias da construção civil, 
questões de ordem cultural, etc → aumento de questões 
relacionadas ao conforto acústico.
• É fundamental, aos arquitetos, considerar a Acústica desde o início 
do projeto, isto é, desde o levantamento de dados → projetar de 
forma coerente e econômica.
• A intervenção na acústica, depois de realizada a construção → não 
permite soluções tão eficazes como as que se obtêm no início do 
projeto → encarece o orçamento da obra.
INTRODUÇÃO (cont.)
• Qualificar acusticamente o espaço requer do arquiteto o 
conhecimento da interferência acústica que o projeto tem sobre o 
ambiente e as consequências projetuais decorrentes de questões 
acústicas.
• Considerar a acústica do ambiente → desenvolver uma 
sensibilidade ao SOM → um dos elementos qualificadores do 
espaço → garantia que o espaço projetado não resulte em um 
ambiente de baixa qualidade acústica.
• Atuar acusticamente → grande desafio.
EVOLUÇÃO
• Antiguidade → teatros ao ar livre 
(gregos e romanos)
– Prioridade → efeitos visuais
• Forma do teatro grego → 
localizado em terrenos íngremes 
→ cenário religioso → corais, 
danças, rituais → distribuição da 
plateia em formas semicirculares 
→ aproximação do público ao 
palco → maior captação sonora 
do espectador. cáveaorquestra
palco
ATENAS
EVOLUÇÃO (cont.)
• Teatro romano → segue o modelo 
grego, mas com estrutura independente, 
sem vincular à topografia.
• Estrutura que se apóia em escadas e 
corredores, criando superfícies verticais 
mais altas – reforço sonoro (reflexões 
laterais).
• Destinado ao divertimento do público.
VERONA
EVOLUÇÃO (cont.)
• Idade Média → expansão do 
Cristianismo → igrejas retratavam as 
funções acústicas.
• Grandes volumes e superfícies → 
construídas com materiais 
acusticamente refletivos (pedra e 
alvenaria) → grande sobreposição 
sonora → influência no 
desenvolvimento da música. PÁDUA
EVOLUÇÃO (cont.)
• Renascimento → valorização da literatura e da arte → revitalização 
dos teatros.
• Algumas características da Antiguidade, porém, desenvolveram-se 
em espaços fechados → momento importante para a acústica 
arquitetônica.
• Teatro ao ar livre: som ouvido pelo receptor restringe-se 
praticamente ao som emitido diretamente pela fonte.
• Teatro fechado → grande número de superfícies propicia inúmeras 
reflexões sonoras, que reforçam o som direto.
EVOLUÇÃO (cont.)
• Barroco → o teatro tinha a função de 
convívio social para a sociedade e festas.
• Ópera → teatro tinha que ter ambientes 
específicos para orquestra → as diferenças 
das características acústicas entre o palco 
e a área de orquestra → problemas 
acústicos → necessidade de equilíbrio 
acústico.
• Séc. XIX → teatro wagneriano → audiência 
distribuída em leque, rodeada por nichos e 
pilares → difusão do som refletido.
Teatro wagneriano - nichos e pilares
EVOLUÇÃO (cont.)
• A partir do século XX → valor da acústica dos ambientes foi 
comprovado, cientificamente.
• Estudo de Wallace C. Sabine → correlação entre volume, materiais 
e tempo de reverberação dos ambientes → rápido 
desenvolvimento dos princípios acústicos.
• Séc. XX → plateia apresentou homogeneidade na recepção sonora 
→ forma retangular dos auditórios → em conjunto com o cálculo do 
tempo de reverberação → melhora acústica.
• Porém, em conjunto com a forma retangular → paralelismo das 
paredes → prejudicial → defeitos acústicos. 
EVOLUÇÃO (cont.)
• Atualmente → preocupação acústica → não apenas questão de 
condicionamento acústico do ambiente, mas também de controle 
de ruído e preservação da qualidade ambiental.
• Acústica urbana → mais importância → maior número de fontes 
produtoras de ruído → consequências prejudiciais ao homem.
SOM X RUÍDO
• Som: toda vibração ou onda mecânica gerada por um corpo vibrante, que 
possa ser detectada pelo ouvido humano.
– Se propaga em todas as direções, a partir da fonte → pode haver uma 
maior concentração de energia em um determinado sentido → 
direcionamento.
– Não se propaga no vácuo, requer um meio (sólido, líquido ou gasoso).
• Ruído: toda sensação auditiva desagradável ou insalubre (subjetivo); para 
uns, é som; para outros, ruído. Ex: banda de música.
– Fisicamente: é todo fenômeno acústico não periódico, sem 
componentes harmônicos definidos, resultante da superposição 
desarmônica de sons provenientes de várias fontes.
SOM X RUÍDO
SOM X RUÍDO
CONCEITUAÇÃO SOBRE ONDAS
ONDA - DEFINIÇÃO
• É uma perturbação que transporta energia de um local para outro.
– Esse transporte pode ser através de um meio – ondas em meios 
materiais
– Através do vácuo – ondas eletromagnéticas 
• Um meio é uma substância ou material que transmite essa energia 
(transporta a onda). Por exemplo: água, ar, gás, madeira, concreto, 
etc. 
MEIO
• As partículas do meio são deslocadas temporariamente (por um 
determinado intervalo de tempo) e retornam à sua posição original
http://www.glenbrook.k12.il.us/gbssci/phys/mmedia/waves/lw.html
CLASSIFICAÇÃO DE ONDAS
1. Baseada na direção do deslocamento da partícula em relação à 
propagação da energia (propagação da onda):
• Longitudinais
• Transversais
2. Baseada na capacidade (ou não) de transmitir energia através do 
vácuo :
• Ondas em meios materiais ou mecânicas
• Ondas eletromagnéticas
Ondas longitudinais
• O deslocamento das partículas é paralelo à direção de 
propagação da onda
http://www.kettering.edu/~drussell/Demos/waves/wavemotion.html
Ondas transversais
• Deslocamento das partículas perpendicular à direção de 
propagação da onda
http://www.kettering.edu/~drussell/Demos/waves/wavemotion.html
Ondas na água
• Envolvem movimentos longitudinais e transversais - Onda
superficial
http://www.kettering.edu/~drussell/Demos/waves/wavemotion.html
Ondas mecânicas
• Necessitam da presença de meio material para 
transportar energia
– (ex: ondas sonoras, ondas na água) 
ONDAS SONORAS
Ondas sonoras - definição
• São ondas mecânicas longitudinais: resultam do movimento 
longitudinal de partículas do meio de propagação
– ar, água, gás
• Fonte = corpo vibrante (diapasão, cordas vocais)
• Meio = ar (ou água, gás, etc)
O SOM
• Transferência de energia através do meio, devida a uma 
perturbação
• Necessita de meio material para se propagar; vibração das 
moléculas do meio
• Energia transferida: sonora ou acústica
• Realiza trabalho: faz vibrar o tímpano, janelas, copos
• Velocidade de propagação no ar: 340 m/s
– Velocidades maiores em meios mais densos
O SOM
• Há três características importantes:
– Frequência (e período);
– Comprimento de onda;
– Velocidade de propagação.
FREQUÊNCIA E PERÍODO
f
f
1
1




CLASSIFICAÇÃO DAS ONDAS SONORAS QUANTO 
À FREQUÊNCIA
COMPRIMENTO DE ONDA
• É a distância que o som percorre 
em cada ciclo completo de 
vibração.
• Caracteriza o comportamento do 
som perante a superfície, 
revelando se esta tem dimensões 
adequadas para que ocorra a 
distribuição sonora adequada.
VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO
• O som se propaga em velocidade diretamente proporcional à 
densidade do meio.
• No ar, a 20ºC e ao nível do mar, c = 340 m/seg
• A velocidade de propagação do som:
– É diretamente proporcional à temperatura;
– É diretamente proporcional à umidade;
– Não sofre influência da pressão atmosférica;– Não varia com a frequência.
V =  . f
ENERGIA E INTENSIDADE DAS ONDAS
• A intensidade das ondas harmônicas é definida como a taxa média de 
energia transmitida (energia transmitida na unidade de tempo) por unidade 
de área normal à direção de propagação, isto é, a potência média por 
unidade de área.
 
A
tE
A
P
I medmed


INTENSIDADE SONORA E SENSIBILIDADE 
AUDITIVA
• O comportamento da onda sonora, considerando apenas o raio direto, 
tende a se propagar esfericamente.
• Portanto, a intensidade do som (W/m2) decai à medida que se afasta da 
fonte, pois a área de distribuição da energia sonora aumenta.
• Por isso → melhores lugares são aqueles mais próximos da fonte 
(palestrante).
Relação da intensidade com a sensação auditiva
• Limiar de audição: intensidade mínima de uma onda sonora para a 
qual o ouvido é sensível. 
– I0 = 1 pW/m
2 = 10-12 W/m2 0 dB
• Limite tolerável ao ouvido humano (limiar da dor): 
– Id = 1 W/m
2. 120 dB
NÍVEL DE INTENSIDADE SONORA
• Escala logarítmica → a percepção que o ouvido apresenta para a pressão 
ou intensidade sonora corresponde a uma resposta não-linear, ou seja, 
dobrando seu valor, o ouvido não irá perceber o som como sendo duas 
vezes mais intenso.
NIS → nível de intensidade sonora
Iref → 10-12 W/m2 
NIS
INTENSIDADE SONORA
SENSIBILIDADE AUDITIVA
• Curvas isofônicas 
(Fletcher e Munson)
• Ex. um som de
– 50 dB A 1000hZ
– 60 dB a 100Hz
– 42 dB a 4000 Hz
– MESMA SENSAÇÃO 
AUDITIVA

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