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Prévia do material em texto

Conforto Ambiental: 
Acústica
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Vanderlei Rotelli
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti 
Conceitos Físicos do Som
• Conceitos Físicos do Som.
• Conhecer os conceitos de conforto ambiental e conceitos físicos do som.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Conceitos Físicos do Som
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Conceitos Físicos do Som
Conceitos Físicos do Som
Nesta disciplina vamos estudar as principais características físicas do som, além 
de entender como nossos projetos de urbanismo e de arquitetura são afetados por 
este item, e, principalmente, como podemos tratar este incômodo.
Podemos entender o Conforto Ambiental como um estado de satisfação de uma 
pessoa em um determinado local, ou seja, uma pessoa está confortável em um am-
biente quando todos os estímulos que proveem deste ambiente deixam-na em um 
estado de tranquilidade e calma. Resumidamente, podemos dizer que uma pessoa 
está confortável em relação a um fenômeno quando pode observá-lo ou senti-lo, 
sem incômodo ou preocupação.
Como você já sabe, estar confortável em um local vai além do que apenas a 
acústica, ou seja, depende do conforto térmico, do conforto luminoso, do conforto 
ergonômico, entre outros fatores. Além disso, existe um fator psicológico, que é 
difícil de ser quantificado, por ser pessoal, isto é, se você gosta do estilo de música 
que está tocando no rádio, você está aproveitando o fenômeno de maneira plena 
e sem desconforto, enquanto que, se você não gosta do estilo de música, você não 
está aproveitando o fenômeno, independentemente do volume do som, e da quali-
dade dos aparelhos que estão sendo utilizados.
De qualquer maneira, a redução das interferências e dos ruídos é um pré-requi-
sito para o conforto acústico, e vamos estudar como isso pode ser medido e como 
podemos resolver estes problemas. Vamos começar?
A primeira coisa que vamos estudar são as características físicas do som, pois é 
preciso entender como o som funciona, para entender como as formas de absorção 
e vedação vão trabalhar.
A nossa primeira pergunta deve ser: “O que é o som?”
E teremos várias respostas para esta pergunta, de acordo com a fonte na qual 
você for pesquisar, isto é, se você procurar uma resposta na Física, você terá que “o 
som é uma forma de energia vibratória que se propaga em um meio”; a psicologia 
dirá que “o som é uma sensação inerente a cada indivíduo”; ou seja, cada ciência nos 
dará uma resposta para esta pergunta, mas o que precisamos entender para nosso 
uso é mais simples e direto, ou seja, como vamos deixar o indivíduo confortável com 
relação ao fenômeno acústico, independentemente da definição que vamos assumir.
Fisiologicamente, percebemos o som pela vibração das moléculas de ar que 
estão suspensa no ambiente; o som parte de uma fonte sonora, que inicia o mo-
vimento destas partículas; conforme as partículas mais próximas da fonte vão se 
movendo, elas vão atingindo outras partículas, que também se movem, e desta ma-
neira, o som vai se propagando. Quanto mais distante da fonte sonora a partícula 
estiver, menor será a força com a qual ela será atingida e se moverá.
O som pode ser percebido entre ambientes, por menor que seja a vibração; 
como o som se propaga pela vibração das moléculas, quando estas moléculas se 
8
9
chocam contra uma parede, por exemplo, elas farão com que esta parede vibre, 
transmitindo, desta maneira, o som para cômodos contíguos. Quanto mais fina for 
uma parede, mais ela irá vibrar, e mais som será transmitido.
O som também pode ser definido como uma diferença de pressão, ou seja, a 
pressão atmosférica é constante e estática; quando eu falo ou faço algum barulho, 
estou interferindo na pressão, causando um abalo que será sentido pelas outras 
pessoas como um som; dependendo da pressão sonora envolvida, este abalo na 
pressão pode ser sentido fisicamente, pelo deslocamento do ar, além do barulho, 
como por exemplo, em uma explosão.
Vamos começar entendendo alguns conceitos importantes para entender o com-
portamento do som, e como podemos tratá-lo.
O mais importante é saber que o som é uma onda, e se propaga de maneira 
tridimensional, ou seja, a partir de um emissor o som irá se propagar em todas as 
direções. Além disto, como qualquer tipo de onda, o som precisa de um meio físico 
para se propagar, isto é, o som só se propaga se houver um material no qual ele 
vá se espalhar.
Vamos estudar alguns parâmetros desta onda, que a caracterizam e que nos 
permitem a quantificação do som.
Vamos começar entendendo o que é o “Período”. Como você já imagina, o pe-
ríodo de uma onda tem relação direta com o tempo. O período de uma onda é o 
tempo de duração de um ciclo.
Posição de Equilíbrio
Amplitude
Tempo
Período
Vibração
T
A
A
Figura 1 – Período
É possível ver na figura 1 que o período é o tempo que a onda precisa para 
completar um ciclo completo, ou seja, para sair do estado de repouso e atingir a 
sua menor e a sua maior amplitude, e retornar ao ponto de repouso. Este período 
pode ter uma variação praticamente infinita de tempo; é claro que quando falamos 
em som, estes tempos são bastante pequenos.
O próximo parâmetro de uma onda que devemos entender é a “Frequência”. 
A frequência de uma onda pode ser entendida como o número de ciclos que uma 
onda faz em um determinado período.
9
UNIDADE Conceitos Físicos do Som
O físico que definiu este tipo de medição foi Heinrich Rudolf Hertz, que definiu 
que a frequência é o numero de ciclos em um segundo; esta medida, em homena-
gem ao físico alemão, é conhecida como Hertz.
Figura 2 – Frequência
Na figura 2, podemos ver que em um período de tempo de 1 segundo a onda 
percorre dois ciclos completos, o que significa que esta onde tem uma frequência 
de 2 Hertz, ou 2 Hz.
É fácil entender estes parâmetros, certo? E estes dois conceitos juntos se expli-
cam, isto é, como já vimos, a onda que está representada na figura 2 tem uma fre-
quência de 2 Hz; desse modo qual seria o período desta mesma onda? Isto mesmo! 
0,5 segundo, ou que significa dizer que em um período de 0,5 segundo ela faz um 
ciclo completo. Agora tenho a certeza que estes parâmetros ficaram mais claros.Apenas como curiosidade, pois estudaremos isto adiante, as menores frequências 
com as quais trabalhamos em acústica são de 250 Hz.
Um outro parâmetro que utilizamos para definir as ondas sonoras é a “Ampli-
tude”. Podemos definir a amplitude de onda como a distância entre o ponto de 
equilíbrio da onda e o seu pico ou o seu vale.
Como falamos em distância, a medida de unidade da amplitude de onda pode ser o 
metro, o centímetro ou ainda o milímetro. Também podem ser utilizadas outras medi-
das, como o Pascal, mas para nossos trabalhos, utilizaremos o metro ou suas divisões.
Al
tu
ra
x /cm
t (s)
0.012
-0.012
0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8
0.04
-0.04
0
A= 0,012 cm
Figura 3 – Amplitude
10
11
Na figura 3 é possível ver que a amplitude da onda que está representada na 
figura é 0,012cm; lembre-se que a amplitude vai do repouso até o pico da onda. 
Isto é simples, certo?
Apenas para fixar os conceitos que vimos, qual é o período da onda representa-
da na figura 3? Isso mesmo! Esta onda tem um período de 2 segundos, ou seja, a 
onda faz um ciclo completo em 2 segundos.
E qual seria a frequência desta mesma onda? Esta é um pouco mais difícil, certo? 
Mas como sabemos que a frequência é medida em segundos, podemos verificar 
que a frequência desta onda é de ½ Hz, ou seja, em um segundo, a onda consegue 
fazer metade de um ciclo. Está ficando mais simples, não é?
O próximo parâmetro a ser estudado é o “Comprimento de Onda”. Como na ca-
racterística anterior, o comprimento é dado em metros, centímetros ou milímetros, 
pois é uma medida de distância.
Esta distância é medida entre características iguais da onda, isto é, a distância é 
medida entre o momento de repouso, ou o pico, ou o vale; o comprimento de onda 
dá a distância entre pontos iguais.
Pr
es
sã
o
P (Pa)
30
-30
2 4 6 8 10 12 14
0
�= 10 m
x (m)
Figura 4 – Comprimento de onda
Você deve ter reparado na imagem que existe uma letra grega, o λ (lambda). 
Este é o símbolo utilizado para indicar o comprimento de onda. Na figura 4 
podemos ver que o comprimento de onda é de 10m, ou seja, a distância entre 
pontos iguais desta onda é de 10m. Também é possível perceber que não temos 
a presença do tempo neste gráfico, então não podemos calcular o período e a 
frequência das ondas.
Outro parâmetro que existe para todas as ondas, e, também para as ondas sono-
ras, é a “Velocidade”. A velocidade, obviamente, é uma medida da rapidez com que 
a onda se propaga em algum meio. A velocidade, como você certamente já sabe, 
é representada pela letra “v”.
A velocidade de propagação (v) é a divisão da distância percorrida pela onda, 
pelo tempo necessário para percorrer esta distância. Como estamos falando em 
uma distância dividida por um tempo, a unidade de medida da velocidade de pro-
pagação vai ser dada em metros por segundo (m/s). 
11
UNIDADE Conceitos Físicos do Som
Você já deve ter percebido que a velocidade de onda é uma relação entre o 
comprimento de onda (λ) e o período, ou seja, a velocidade de onda é a divisão do 
comprimento de onda pelo período.
Figura 5 – Velocidade de Propagação da Onda
No caso do som, quanto mais denso o meio onde a onda está se propagando, 
mais rápida é esta velocidade. Isto significa que o som se propaga mais rápido na 
água do que no ar, por exemplo. Para que se tenha uma ideia, consideramos que a 
velocidade do som no ar é de 340 m/s.
Tabela 1 – Velocidade do som em diferentes meios
SÓLIDOS
Vidro (20º C) 5130 m/s
Alumínio (20º C) 5100 m/s
LÍQUIDOS
Glicerina (25º C) 1904 m/s
Água do Mar (25º C) 1533 m/s
Água (25º C) 1493 m/s
Mercúrio (25º C) 1450 m/s
GASES
Hidrogênio (0º C) 1286 m/s
Hélio (0º C) 972 m/s
Ar (20º C) 343 m/s
Ar (0º C) 330 m/s
Fonte: Adaptado de http://bit.ly/2M2QOeN
Para nós, arquitetos, pensando no conforto acústico de nossos clientes, o som se 
propagar mais rapidamente no concreto do que no ar, por exemplo, pode ser um 
problema muito grave, e difícil de ser resolvido. E porque você acha que isto pode 
12
13
ser um problema? Exatamente! Como o som se propaga mais rápido em meios 
mais densos, ele também é mais difícil de ser absorvido pelos materiais isolantes. 
Importante!
Conhecendo a velocidade do som no ar, é possível calcular a distância que um raio caiu, 
contando-se os segundos que o som leva para chegar. Quando você vir o clarão de um 
raio, comece a contar os segundos. Se o som demorar, por exemplo três segundos para 
chegar, é sinal que o raio caiu a aproximadamente 1 Km. 
Você Sabia?
Já que estamos falando sobre a velocidade de propagação do som, tenho a cer-
teza de que você já assistiu a algum filme da série “Guerra nas estrelas”, ou algum 
outro filme de ficção cientifica. Você deve ter percebido que a maior parte destes 
filmes tem varias cenas de ação, com explosões, raios disparando e naves voando 
para todos os lados. Outra coisa presente na maior parte destes filmes é o som 
das explosões, das armas e das naves. Você acha que estas cenas aconteceriam de 
verdade, caso não tivéssemos a tecnologia, isto é, as batalhas seriam tão barulhen-
tas? Isso mesmo, é claro que não ouviríamos nenhum som, porque o som precisa 
de um meio para se deslocar, e no espaço temos o vácuo, o que quer dizer que 
não existe nenhum meio físico que permitiria o deslocamento do som. Esta é uma 
liberdade que os cineastas tomam, para que os filmes fiquem mais emocionantes, 
apenas isso.
Vamos agora estudar algumas qualidades fisiológicas do som, que tem a ver com 
a nossa audição e a nossa percepção do som.
A primeira característica sonora que vamos estudar é a “Intensidade Sonora”. 
A inten sidade sonora tem relação direta com a quantidade de energia transportada 
pela onda sonora. 
A intensidade sonora é o que chamamos, normalmente, de volume do som. 
Quando uma pessoa pede para que aumentemos o volume do rádio ou da televi-
são, ela está pedindo para que aumentemos a intensidade sonora, ou seja, a quan-
tidade de energia que aquela onda sonora está transportando. 
A intensidade sonora é medida em decibéis, que é uma divisão de 1 bel; esta 
escala é relativa, isto é, não tem dimensão; e logarítmica, ou seja, 2dB não são o 
dobro de 1dB, já que a escala aumenta de forma logarítmica. 
0 dB é o limiar da audição, ou seja, o som mais baixo que o ser humano con-
segue ouvir, enquanto que 120 dB é o limiar da dor, causando a surdez com uma 
exposição muito curta; o decibel será usado em nossos cálculos acústicos.
Existe uma lei da física que nos ajuda a entender como a intensidade sonora 
diminui com a distância. É a lei do inverso do quadrado da distância.
13
UNIDADE Conceitos Físicos do Som
r
2r
3r
I
Potência da fonte
S
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
I
I
9
4
Figura 6 – Lei do inverso do quadrado da distância
Na figura 6 podemos entender como o som perde sua potencia conforme vai se 
distanciando da fonte. Na figura, se você tem uma distancia “r”, o som atinge uma 
área “A”; se dobrarmos a distância para “2r”, a área atingida pelo som quadruplica, 
ou seja, a intensidade sonora é inversamente proporcional ao quadrado da distância. 
Na pratica isto significa que se da fonte sonora estiver saindo uma intensidade 
de som igual a “X”, no ponto “r”, localizado a 1m de distância da fonte, estará che-
gando a mesma quantidade de som “X”. 
No ponto 2r, localizado a 2m de distancia da fonte, a intensidade de som que 
estará chegando é de “X/4”, ou seja, apenas ¼ do som que sai da fonte original. 
No ponto “3r”, que está localizado a 3m de distancia da fonte original, a intensi-
dade de som que estará chegando será de “X/9”, nove vezes menos do que o som 
que saiu da fonte.
Isto pode ser um grande problema para um show, por exemplo, pois as pessoas 
mais pertos das caixas acústicas ouvirão uma quantidade ensurdecedora de som, 
para garantir que as pessoas mais distantes dos palcos e das caixas acústicas con-
sigam ouvir algum som. 
Você consegue perceber como isto vai influenciar diretamente nossos projetos de 
auditórios e teatros? Onde colocaras caixas acústicas, de tal forma a garantir que 
todos os presentes ouçam a mesma quantidade de som? Acertar este cálculo e este 
posicionamento é um grande desafio para os especialistas em som arquitetônico.
Figura 7 – Posicionamento das caixas acústicas
Fonte: somaovivo.org
14
15
Na figura 7, temos um grupo de caixas acústicas na posição “ST1”. Esta é a po-
sição mais tradicional de uso destas peças, no palco, próximo aos músicos, ou no 
púlpito, próximo ao pastor ou ao padre, se pensarmos em um local de culto. Nesta 
posição, podemos ter a certeza de que se o ouvinte “ov1” estiver ouvindo conforta-
velmente, o ouvinte “ov2”, mais distante do palco, ou do púlpito, não estará ouvindo 
praticamente nada, enquanto que se o ouvinte “ov2” estiver ouvindo confortavelmen-
te, certamente o ouvinte “ov1” estará com uma intensidade sonora ensurdecedora.
Já a posição do conjunto de caixas acústicas indicado na posição “ST2”, no alto 
do palco, vai diminuir a diferença entre as distâncias que o som deve percorrer en-
tre os ouvintes “ov1” e “ov2”, o que quer dizer que a diferença entre a intensidade 
sonora ouvida pelos dois ouvintes será menor.
Esta é uma das formas de resolver este problema; você consegue pensar em 
alguma outra maneira de resolvermos este problema? Isso mesmo! Podemos ter 
um conjunto de caixas acústicas, com menor potência, na parte dos fundos da sala. 
Podemos ainda, colocar os alto falantes pendurados no centro da sala. Você perce-
be como existem saídas, o que precisamos é entender a física do som, e em como 
podemos resolver os problemas de nosso cliente.
Escala de Decibéis, disponível em: http://bit.ly/2GFWnLQ 
Ex
pl
or
No link acima mostra a escala de decibéis; é possível notar que sons com até 
cerca de 50 dB são considerados repousantes, já que não incomodam. A partir dis-
to, os sons começam a incomodar, fatigar, e chegam a ser perigosos ou dolorosos. 
É importante que o arquiteto conheça esta escala por vários motivos, como por 
exemplo, escolher o melhor caixilho para a vedação de uma janela, em função do 
local onde o imóvel está sendo construído. Locais mais barulhentos vão pedir es-
quadrias com mais poder de vedação e isolamento acústico.
Caso o profissional esteja fazendo uma reforma de um imóvel que vai mudar de 
uso, se transformando em uma indústria, por exemplo, é preciso que se pense em 
fazer um tratamento acústico, diminuindo o stress tanto dos funcionários, como dos 
moradores do entorno.
Você já deve ter percebido que nem sempre isto é feito, já que todos conhe-
cemos casos de alterações que resultaram em pioras na vizinhança, mas temos a 
obrigação de não cometer estes erros.
A segunda característica do som que vamos estudar é o “Timbre”. É esta a ca-
racterística que nos permite diferenciar as fontes sonoras; aliás, esta é uma caracte-
rística da fonte sonora, e não do som.
Você já deve ter ouvido falar em instrumentos que tem uma afinação diferente 
dos outros, certo? Isto acontece com frequência em uma orquestra, onde um violi-
no, por exemplo, pode ter uma afinação diferente de outro violino. 
É o timbre que nos permite reconhecer a diferença entre violinos com diferentes 
afinações; é o timbre que faz com que o maestro reconheça um instrumento fora 
15
UNIDADE Conceitos Físicos do Som
do tom em meio a uma orquestra com dezenas de instrumentos, ou um condutor 
perceba uma voz desafinada em um coral com dezenas de outras vozes. 
O timbre nos permite distinguir sons que tenham a mesma intensidade e a mes-
ma frequência, identificando a fonte sonora, como faz um maestro ou um condutor, 
que tem o ouvido treinado para esta função.
Comparação entre timbres, disponível em: http://bit.ly/2GFXawi 
Ex
pl
or
No link acima é possível ver que o timbre tem uma relação direta com a forma da 
onda, pois muitas vezes a amplitude e a frequência são as mesmas, mas o formato 
da onda nos permite perceber as diferenças.
A terceira característica que vamos estudar é a “Altura do Som”. Altura do som 
não tem a ver com a intensidade e o “volume” do som. Esta “Altura” à qual esta-
mos nos referindo tem a ver com a classificação do som em “Graves”, “Médios” e 
“Agudos”, e não com a frase usual que diz que “o som está alto” quando o volume 
de som é muito grande. É importante que você entenda esta diferença.
Esta “Altura sonora” está relacionada com a frequência sonora, com o número 
de ciclos por segundo, ou Hertz, e está muito associado à musica, mas é importan-
te para a acústica além disto.
Gr
av
es
M
éd
io
s
Ag
ud
os
0 20 400 1600 20000 f (Hz)
Sons
Ul
tra
-so
m
In
fra
-so
m
Figura 8 – Altura ou frequência sonora
A altura do som está relacionada diretamente com a frequência, como é possível 
ver na figura 8; quanto menor a frequência, mais grave, ou grosso o som; quanto 
maior a frequência, mais agudo ou mais fino.
Grave
Agudo
Comprimento de onda
Comprimento de onda
Amplitude
Amplitude
Figura 9 – Comparação entre ondas graves e agudas
16
17
Outra característica importante do som é a “inteligibilidade”, ou seja, o grau de 
compreensão do que está sendo dito. Em arquitetura este é um conceito fundamen-
tal! Você já pensou se em um projeto de auditório ou de teatro, as pessoas não 
conseguirem entender o que está sendo falado?
Em termos de acústica arquitetônica este é uma das caraterísticas mais impor-
tantes, já que vai garantir a eficiência acústica do espaço. De nada vai adiantar que 
seu projeto atenda a todas as normas, esteja esteticamente agradável, seja acessível, 
sustentável, ou qualquer outro parâmetro que você quiser adotar, se as pessoas não 
puderem se comunicar, ou mesmo permanecer no espaço.
Vamos estudar agora, como as ondas sonoras se compartam no espaço, para 
conseguir entender como podemos fazer o tratamento, tanto de ambientes fecha-
dos, como de ambientes abertos.
Como já foi dito, uma onda sonora parte de um emissor. Esta onda tende a se 
propagar de maneira esférica, em todas as direções, caso não haja nenhum obstá-
culo, como é possível ver na figura 10.
Figura 10 – Propagação da onda sonora
Quando estas ondas encontram uma superfície lisa e dura elas irão se refletir, como 
é possível ver na figura 11. As linhas vermelhas representam as ondas que são refleti-
das. É necessário que o bloqueio seja feito por uma superfície dura; caso a superfície 
não seja resistente, a superfície vai transmitir a vibração para a parte posterior.
Quando a onda sonora atinge uma superfície dura e lisa já sabemos o que acon-
tece, mas e se a superfície tiver uma abertura, o que vai acontecer? Veja a figura, e 
tente entender como isso funciona.
Figura 11 – Refl exão Figura 12 – Difração
17
UNIDADE Conceitos Físicos do Som
Desta maneira fica mais fácil de entender, certo? O que ocorre com esta aber-
tura é o efeito da difração, que está representada na imagem pelas ondas na cor 
magenta, isto é, as ondas sonoras passam pela abertura e continuam com apenas 
uma perda de potência sonora.
Eu sei que a maior parte destes conceitos já são conhecidos, pois são componen-
tes da Física que estudamos no Ensino Médio, mas sempre é interessante relembrar 
algumas coisas antes de seguirmos em frente.
Vamos em breve estudar o comportamento do som nos ambientes urbanos e 
nos ambientes construídos, e as definições que estudamos vão ajudar a entender o 
que acontece nestes locais e como podemos fazer para resolver os problemas que 
irão surgir com o excesso de barulho.
18
19
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Propriedades do som - Atura, intensidade, timbre 
Vídeo sobre as características do som.
https://youtu.be/pWqAtp1baqE
Ondas Sonoras - Brasil Escola
Vídeo sobre parâmetros da onda sonora.
https://youtu.be/kR5FSlOPrhI
 Leitura
Novas tecnologias no estudo de ondas sonoras
Artigo sobre características do som.
http://bit.ly/2Kv9Gjj
Parâmetros acústicos subjetivos: critérios para avaliação da qualidade acústica de salas de música 
Tese sobre característicasde salas de música.
http://bit.ly/2Kx0AT3
19
UNIDADE Conceitos Físicos do Som
Referências
BISTAFA, S. R. Acústica aplicada ao controle de ruído. Ed. Blucher, São Paulo. 
1ª ed. 2018.
SOUZA, L. C. L; ALMEIDA M. G. & BRAGANÇA, L. Be-a-bá da acústica ar-
quitetônica: ouvindo a arquitetura. Ed. UFSCAR, São Carlos, 1ª ed. 2006.
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