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O USO DE ANIMAIS EM PESQUISA Profa. Mari Luminosa Muler Pesquisa com animais • A pesquisa como meio Geração de conhecimento que seja transponível aos seres humanos (estudo em fase pré-clínica) • A pesquisa como fim O estudo do animal • CNS (Conselho Nacional de Saúde) RDC nº 219: as pesquisas em modelos animais fundamentam as pesquisas clínicas (a pesquisa em qualquer área do conhecimento, envolvendo seres humanos deverá estar fundamentada na experimentação prévia realizada em laboratórios, animais ou em outros fatos científicos) • CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) • CEP (Comitê de Ética) Pesquisa com animais Regulamentação das Pesquisas em Animais no Brasil • Desde 1934: O estado penaliza quem aplicar maus tratos aos animais Declaração universal dos direitos dos animais Em 27 de janeiro de 1978 foi proclamada em assembléia da UNESCO a Declaração Universal do Direito dos Animais. Determina que “a experimentação animal, que implica um sofrimento físico, é incompatível com os direitos do animal, quer seja uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer outra” e, que “as técnicas substitutivas devem ser utilizadas e desenvolvidas.” • MAUS TRATOS - Golpear ou ferir voluntariamente qualquer órgão ou tecido de animais domésticos, exceto a castração - Praticar ato de abuso e crueldade: Manter animais em locais anti-higiênicos Privá-los de água, comida e luz Abandonar animal doente ou ferido Deixar de ministrar a ele tudo o que humanitariamente se possa prover Não dar morte rápida e livre de sofrimento Manter os animais em número tal que não lhes seja possível mover-se livremente Regulamentação das Pesquisas em Animais no Brasil • Replace (substituir) Uso de métodos alternativos sempre que possível • Reduce (reduzir) Uso do menor número possível de animais em experimentações • Refine (refinamento) Uso de métodos adequados de analgesia, anestesia, sedação e eutanásia O princípio dos 3 Rs Uso de animais em Laboratório • Princípio dos 3 Rs • Replace – consiste na substituição do uso de animais por modelos alternativos não sensíveis, sempre que possível, ou por animais com sistema nervoso menos desenvolvido. • Dessa forma, a lei vigente no país criou uma câmara permanente intitulada Métodos Alternativos, para a validação e a divulgação desses métodos. Uso de animais em Laboratório • Exemplos de métodos de substituição ao uso animal: • Modelos computacionais e matemáticos; • Teste in vitro; • Cultura de células; • Modelos e simuladores mecânicos; • Filmes e vídeos interativos para demonstração em aulas. Uso de animais em Laboratório • Reduce – consiste na redução do número de animais por experimento, sem prejudicar a qualidade do resultado experimental. Esta pode ser obtida, por exemplo, com cálculos amostrais bem definidos e com a escolha do melhor modelo biológico a ser utilizado. • Para o tratamento estatístico, podem ser considerados testes-pilotos, que muitas vezes, definem com mais precisão o número de animais a serem utilizados. Uso de animais em Laboratório • Refine – Os cientistas propõem que as técnicas e os procedimentos que serão realizados nos animais sejam menos invasivos e o mais refinados possível, sendo capazes de reduzir a dor, a angústia e o sofrimento animal. • Esse refinamento abrange protocolos experimentais bem definidos de anestesia, analgesia, assim como a utilização, sempre que necessário, de anti-inflamatórios e antibióticos, no pré e no pós-cirúrgico. Penalização legal no Brasil • Pena de multa e de detenção de três meses a um ano, para aqueles que praticarem: - Maus-tratos - Experiência dolorosa, ainda que para fins didáticos ou científicos. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • I - tratamento de respeito ao animal; • II - restrição a experimentos relevantes; • III - adequação da espécie, do número de animais e do tempo de duração de cada experimento; • IV - utilização de métodos adequados; • V - realização do trabalho por profissionais legalmente habilitados; • VI - adoção de normas de biossegurança; • VII – planejamento dos experimentos; • VIII - assumir que os animais sentem dor de maneira similar aos seres humanos. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 6º trata da utilização de métodos alternativos, ficando “proibida a utilização de animal em qualquer experimento para o qual seja possível utilizar outro método cientificamente adequado.” • O § 2º determina que “o número de animais utilizados e o tempo de duração de um experimento devem ser os mínimos indispensáveis para produzir o resultado conclusivo.” A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 7º diz que os experimentos que possam causar dor ou angústia devem desenvolver-se sob sedação, analgesia ou anestesia adequadas. • Segundo o § 1º aqueles experimentos cujo objetivo seja o estudo dos processos relacionados à dor e à angústia condicionam-se a autorização específica da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) (instituída pelas Instituições que desenvolvem ensino, pesquisa ou experimentação, bem como criem ou comercializem animais com essas finalidades). A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O § 2º veda o uso de bloqueadores neuromusculares ou relaxantes musculares em substituição a substâncias sedativas, analgésicas ou anestésicas. • E o § 3º diz que “se, durante o experimento, o animal apresentar sinais de dor ou sofrimento intensos a despeito de anestesia ou analgesia, a dor deve ser imediatamente aliviada e, se isso não for possível, o animal deve ser sacrificado por métodos humanitários. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 8º determina o destino dado ao animal ao encerrar-se o experimento, se ele deve ser mantido vivo ou sacrificado por métodos humanitários. A eutanásia deve ser cometida quando o animal não tiver condições de recuperar a saúde completa ou possa apresentar dor ou sofrimento intensos. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • De acordo com o art. 9º “é vedada a reutilização de um animal já utilizado num experimento que lhe tenha causado sofrimento ou dores violentas ou permanentes, independentemente de se ter recorrido a anestesia ou analgesia.” A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 10 recomenda que as práticas de ensino devem, sempre que possível, ser fotografadas, filmadas ou gravadas, de forma a permitir sua reprodução para ilustração de práticas futuras, evitando-se a repetição desnecessária de experimentos didáticos com animais. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação • O art. 11. determina que “todo experimento deve ser realizado ou supervisionado por profissional de nível superior, graduado ou pós-graduado na área biomédica, vinculado a instituição credenciada pelo CONCEA.” • O CONCEA vem a ser o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, presidido pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente. A utilização de animais em atividades de ensino, pesquisa e experimentação A ética em pesquisa com animais “Como em qualquerinvestigação científica, o mérito de experimentos com animais depende da rígida adesão ao método científico. Esta adesão determinará a reprodutibilidade e a confiabilidade dos resultados, chave para todo bom experimento” (Claude Bernard, 1865). • ETAPAS: Rigor científico Melhor qualidade dos resultados (menor variabilidade) Menor nº animais usados em pesquisa Ética na pesquisa A ética em pesquisa com animais Os ratos têm sua FC aumentada no contato com o homem Valores normais: 80 a 180 bpm Valores aumentados: 300 a 350 bpm Alternativa: Mais ratos na mesma caixa = diminuição da FC A ética em pesquisa com animais * A sensibilidade animal é parecida com a do ser humano A ética em pesquisa com animais Data Animal Uso Antes de 1900 • Tratamento de raiva • Tratamento da Deficiência de Vitamina do Complexo B 1900-1920 • Tratamento da Varíola; Estudos sobre a patogenia da Tuberculose • Tratamento de Raquitismo Mecanismos da anafilaxia 1920-1930 • Desenvolvimento da Técnica de Cateterismo Cardíaco Descoberta da insulina e do mecanismo do Diabetes • Mecanismo do eletrocardiógrafo 1930-1940 • Desenvolvimento de Anticoagulantes • Funções dos neurônios 1940-1950 • Tratamento de Artrite Reumática • Efeito curativo da penicilina em infecções bacterianas Data Animal Uso 1950-1960 • Descoberta do Fator Rh do sangue • Desenvolvimento da Quimioterapia para o Tratamento do Câncer • Descoberta do DNA • Vacina de Febre Amarela • Cultivo do vírus da poliomielite, o que levou ao desenvolvimento da vacina 1960-1970 • Interpretação do código genético e seu papel na síntese de proteínas • Desenvolvimento de Drogas Antidepressivas 1970-1980 • Desenvolvimento da tomografia computadorizada 1980-1990 • Desenvolvimento de Anticorpos Monoclonais • Desenvolvimento de Terapia Genética BIOTÉRIOS BIOTÉRIOS CONCEITOS GERAIS DEFINIÇÃO Lugar físico onde se alojam, criam e utilizam animais de laboratório Animais apresentam características ou qualidades genéticas e microbiológicas definidas Instalações capazes de produzir e manter espécies animais destinadas a diversos tipos de ensaios controlados, para atender as necessidades dos programas de pesquisa, ensino, produção e controle de qualidade nas áreas biomédicas, ciências humanas e tecnológicas segundo a finalidade da instituição. FINALIDADE Contribuir com a pesquisa na área da saúde, permitindo a obtenção de dados confiáveis. Os animais… Fornecem dados para o desenvolvimento de novas tecnologias, vacinas e fármacos Geram conhecimento sobre a biologia das espécies e a sua interação com o meio ambiente Cuidados • Manipulação do animal, coleta de amostras de tecidos, exames, inoculações e necrópsias • Possibilidade de: - Ferimentos; - Doenças; - Contaminações ao manipulador e ao meio ambiente. TIPOS DE BIOTÉRIOS • CRIAÇÃO • PRODUÇÃO • EXPERIMENTAÇÃO BIOTÉRIO DE CRIAÇÃO • Produz e mantém as matrizes das linhagens; • Controle rigoroso da saúde dos animais e esquemas especiais de acasalamento para manutenção das características genéticas; • Instalação em áreas isoladas, distantes de centros urbanos; Sala de Animais - Criação Estantes com as gaiolas BIOTÉRIO DE PRODUÇÃO • Apresenta os animais em acasalamento para aumentar a prole BIOTÉRIO DE EXPERIMENTAÇÃO • Apresenta os animais que estão em experimentação • Recebem animais do biotério de criação; • Os animais ficam alojados durante um determinado período experimental; • A construção deve ser próxima à do laboratório de pesquisa; • Instalação de barreiras sanitárias de proteção, tanto para o trabalhador quanto para o meio ambiente. Sala de Animais - Experimentação Estantes com as gaiolas de experimentos Quarentena Mamadeiras com medicamentos Animais de cuidados especiais • Barreiras sanitárias • Controle genético estrito • Código de ética • AMBIENTE PADRONIZADO (segundo a espécie) • Técnicos treinados e qualificados ESTRUTURA DE UM BIOTÉRIO AMBIENTES • MACROAMBIENTE • MICROAMBIENTE MACROAMBIENTE • Deve promover uma estabilidade de: • Temperatura • Iluminação • Ventilação -renovação total de ar em torno de 15-20 trocas de ar/hora 1 - Máquina de lavar gaiolas 2 - Autoclave 3 - Passador 4 – Câmara de óxido de etileno X – Cortina de ar T - Tanque de imersão S - Sanitário B - Box de Higienização Estrutura Física e principais equipamentos de um Biotério Corredor de Distribuição Quarentena Almoxarifado Laboratório Administração Vestiário S S B B B Àrea de Preparo Àrea de Higienização Corredor de Recolhimento Sala de Animais - Criação Sala de Animais - Criação Sala de Animais - Experimentação Vestiário Depósito de Material T 2 3 4 1 X Sala de Animais - Experimentação Demais Materiais e Àreas do Biotério Fluxo de entrada e saída de material e pessoal Entrada Entrada Principal Ampliação: Portas trancadas com chave Àrea de Preparo Material limpo para ser utilizado Estantes Ventiladas Àrea de Higienização Funcionários organizando o material para ser higienizado Àrea de Higienização Limpadores de mamadeiras e bicos de mamadeiras Autoclave Grades no interior da autoclave para serem esterilizadas GAIOLAS • SEGURA E ESPECÍFICA • CONFORTÁVEL • FÁCIL ACCESO À ÁGUA E ALIMENTO • PERMITIR A OBSERVAÇÃO • VENTILADAS • IDENTIFICADAS • DE MATERIAL INOXIDÁVEL, DURÁVEL E DE FÁCIL LIMPEZA Gaiola para animais em biotérios http://blogs.estadao.com.br/herton escobar/uma-fabrica-de camundongostransgenicos/ GAIOLAS GAIOLAS Comportamento de ratos e camundongos • Hierarquia social • Cada animal tem seu papel como dominante ou dominado; • Agressividade • Entre ratos; • Camundongos; • Disputa por território; • Mudança de grupo entre os machos; • Defender filhotes entre as fêmeas. Uso de animais em Laboratório • Postura • Em pé na gaiola, para exploração de ambiente e luta Uso de animais em Laboratório • Limpeza • A secreção oleosa produzida pelas glândulas da pele é distribuída pelo corpo, mantendo a pelagem limpa e com brilho. A falta desse hábito indica que o animal está com algum problema. Uso de animais em Laboratório • Porfirina: Pigmento de coloração avermelhada nos olhos e no nariz, indica sofrimento ou estresse. • Pode ocorrer pela liberação da amônia no ambiente decorrente da: • falta de troca das gaiolas, • pela falta da ventilação ambiental ou • pela liberação de gases irritantes produzidos por produtos de limpeza. Uso de animais em Laboratório Uso de animais em Laboratório • Brincadeiras • Espaço suficiente na gaiola Uso de animais em Laboratório • Alojamento dos animais • Devem ser alojados em grupo • Enriquecimento Físico • Estrutura adequada na gaiola, traz mais benefícios para os animais.Existem diversos tipos de enriquecimento para animais de laboratório que podem ser improvisados ou que são comercializados. Uso de animais em Laboratório • Imobilização e Contenção dos animais • Troca de gaiolas • Ratos – deve-se suspender o animal com as mãos atrás das patas dianteiras e da cabeça, pelo meio do corpo (dorso). • Não é recomendável o manuseio pela cauda. Imobilização e Contenção dos animais • Camundongos - São manuseados pela base da cauda. • Se o trajeto for longo, deve-se apoiar o animal Procedimentos para contenção dos animais • Ratos • Segurando o pescoço do animal com os dedos indicador e médio; • Envolvendo-lhe o dorso abaixo dos membros anteriores. • Contenção manual para ratos puxando-lhe toda a pele do dorso Principais vias de administração de substâncias • Oral – substância misturada na comida ou água • Subcutânea – raramente dolorida • Endovenosa – diretamente na corrente sanguínea • Injeção em ratos • Intraperitoneal • Peritônio: membrana serosa que recobre as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos Riscos e acidentes Riscos físicos; químicos e de acidentes; Acidentes causados por animais; Acidentes causados por equipamentos; Não utilizar os EPIs Estudantes, estagiários e pesquisadores iniciantes; Outros riscos e acidentes Estufas, autoclaves, alta temperatura; Manutenção inexistente ou inadequada de equipamentos; Produtos corrosivos, tóxicos, explosivos, voláteis e inflamáveis. Outros riscos e acidentes Riscos ergonômicos (lesão de esforço repetitvo); Longos períodos em pé ou posição inadequada; Levantamento e deslocamento de peso; Outros riscos e acidentes Equipamentos de Raio-X; Lâmpadas de Ultravioleta; EPIs para uso exclusivo nas salas de animais Lavagem de mãos e banho após a manipulação de animais e subprodutos Uso de microisoladores, cabines de segurança e fluxos laminares Adoção de procedimentos operacionais padronizados e programas educacionais para prevenção de riscos. NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIOS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIO • Cada área deve conter os materiais de limpeza exclusivos e não devem ser levados a outras áreas, para evitar contaminação entre elas. • Os alimentos devem ser guardados em recipientes de plástico. • Bebedouros devem ser desinfectados 1 vez/semana. • A água deve ser clorada e livre de patógenos. • A cama deve ser removida periodicamente para evitar a formação de mau cheiro NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIO NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIOS • Implantação de sistemas de barreiras; • Treinamento da equipe técnica; • Monitorização sanitária permanente; • Desinfecção ambiental constante; • Sistema de quarentena para novas espécies ou linhagens a serem introduzidas no biotério; • Vigilância no cumprimento de normas técnicas; • Acesso restrito ao biotério (a porta principal deverá estar sempre trancada); • A construção do biotério deverá facilitar sua limpeza; • Animais de diferentes espécies e não envolvidos em um mesmo experimento deverão estar alojados em áreas fisicamente separadas; • As áreas de ventilação deverão conter barreiras físicas impedindo a passagem de insetos e outros animais. NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIOS • Animais Convencionais Apresentam microorganismos variados e desconhecidos • Animais Gnotobióticos São divididos em diferentes tipos, tais como: - Germ-free: Livres de microorganismos - SPF: Livres de microorganismos específicos - Microorganismos conhecidos: Intencionalmente contaminados CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS TIPOS DE ANIMAIS Espécies de Animais Animais silvestres Podem transmitir zoonozes: - Hantavirose; - Leishmaniose; - Clamídia. Zoonoses associadas aos animais de laboratório Camundongos e ratos Ectoparasitoses, leptospirose, febre da mordedura do rato, salmoneloses, Hantaviroses, Arboviroses Hamsters Ectoparasitoses, Clamidiose Coelhos Dermatofitoses, ectoparasitoses, pasteurelose Cobaias Clamidioses, salmoneloses, dermatofitoses Cães Raiva, leptospirose, brucelose, histoplasmose, ectoparasitoses Gatos Amebíase, raiva, doença da arranhadura do gato, toxoplasmose Primatas Herpes B, tuberculose, hepatite, salmoneloses.. ESPÉCIES MAIS USADAS • Camundongo • Cobaia • Coelho • Hamster…
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