Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Corpo humano 100 trilhões de células Renovação células 50 bilhões/dia Nutrientes Compostos bioativos Funcionamento adequado conjunto SAÚDE Nutrientes AN avalia os compartimentos, buscando detectar anormalidades, deficiências que podem comprometer o EN do indivíduo. A doença é um evento dinâmico na vida de um indivíduo, determinado por desarmonias, desequilíbrios e influências perniciosas. Objetivo do nutricionista não é apenas identificar a doença, que não tem vida própria, mas caracterizar as desarmonias de cada caso, de forma a serem corrigidas ferramentas disponíveis Saúde Doença Estado Nutricional No plano individual ou biológico, estado nutricional é o resultado do equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto energético do organismo para suprir as necessidades nutricionais. O estado nutricional pode ter três tipos de manifestação orgânica: Adequação Nutricional (Eutrofia): manifestação produzida pelo equilíbrio entre o consumo em relação às necessidades nutricionais. - Carência Nutricional: manifestações produzidas pela insuficiência quantitativa e/ou qualitativa do consumo de nutrientes em relação às necessidades nutricionais. - Distúrbio Nutricional: manifestações produzidas pelo excesso e/ ou desequilíbrio de consumo de nutrientes em relação às necessidades nutricionais. SISVAN, 2004 Estado Nutricional Expressa o grau no qual as necessidades fisiológicas de nutrientes estão sendo alcançadas (DEHOOG, 1998). Manutenção da composição e funções adequadas do organismo (JEEJEEBHOY, 1990). Obtenção de resultados (DEHOOG, 1998). Ingestão Necessidade Equilíbrio Avaliar o estado nutricional ? Importância da Avaliação Nutricional (AN) Desnutrição Hospitalar Desnutrição é um estado mórbido secundário a uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais, que se manifesta clinicamente ou é detectado por meio de testes laboratoriais, antropometrico, topográficos ou fisiológicos (CALDWELL et al., 1981). Desnutrição Hospitalar Prevalência Mundialmente: Varia de 30 a 50% em pacientes clínicos e cirúrgicos (CORISH, 2000). Desnutrição Hospitalar - Brasil Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar Estudo epidemiológico de corte transversal Realizado entre Primeiro de maio à 15 de novembro de 1996 Avaliou o estado nutricional de 4000 pacientes internados na rede pública do Pais (12 Estados + DF). Indicador nutricional: ASG Resultados Ibranutri, 1996 0 10 20 30 40 50 60 70 Br as il No rte /NE Ce ntr o-o es te Su l Su de ste Não desnutrido desnutrido moderado Desnutrido grave 51,9 35,5 12,6 36,1 43,8 20,1 65,2 27,9 6,9 57,1 30,8 12,1 57,2 33,3 9,5 Fonte: IBRANUTRI, 1996. % Bahia – 76% Pará – 78,8% Conseqüências da Desnutrição Aumento da morbidade e mortalidade Qualidade de vida inferior Resistência muscular prejudicada Outras condições corporais prejudicadas Grande ônus social Custo elevado para o sistema de saúde e previdenciário. Fatores determinantes e condicionantes do estado nutricional(EN)? Lei 8080 – 19/09/1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. TÍTULO I Das Disposições Gerais Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. Saúde- doença Fatores determinantes e condicionantes do estado nutricional(EN)? Histórico de saúde - balanço do estado de saúde atual e anterior de um paciente e riscos de doença. Fatores determinantes e condicionantes do estado nutricional(EN)? Histórico socioeconômico – registro da condição social e econômica de uma pessoa, incluindo fatores como escolaridade, renda, identidade étnica. Fatores determinantes e condicionantes do estado nutricional(EN)? Histórico de medicamentos – registro de todos os medicamentos, sem ou com receita medica, que uma pessoa toma rotineiramente. Droga Nutriente mal absorvido Antiácido Vitamina A, ferro, fósforo Antibióticos Tetraciclina, neomicina Ferro, vitaminas lipossolúveis, gordura, vitamina B 12 Anticonvulsivantes Fenobarbital Folato Fenitoína Folato, cálcio, fósforo Anticoncepcionais orais Folato Tabela 1. Drogas que interferem com a absorção de nutrientes Fonte: ALBERT & CALLAWAY, 1992. Fatores determinantes e condicionantes do estado nutricional(EN)? Histórico de dieta – registro dos comportamentos alimentares e dos alimentos que uma pessoa ingere. Rastreamento nutricional Uso de técnicas de avaliação nutricional para identificar pessoas que se alimentam mal ou estão em risco de desnutrição RISCO NUTRICIONAL Diagnóstico Prognóstico Fonte: DETSKY, 1991. Cbjetivos da AN: Identificar os distúrbios nutricionais Possibilita intervenção nutricional adequada Auxiliar na recuperação e/ou manutenção do estado de saúde Monitorizar a eficácia da intervenção dietoterápica. Como intervir para AEN? Uso de ferramentas disponíveis hoje para diagnosticar e tratar o problema. AN é o primeiro passo no tratamento da desordens nutricionais (BLACKBURN; BISTRAIN; MAINI, 1977). A AEN ainda não dispõe de padrão-ouro que propicie fazer diagnósticos das alterações nutricionais com alto nível de eficácia (ACUÑA et al., 2003). Dessa forma, é necessário utilizar uma associação de vários indicadores para melhorar a precisão e acurácia do diagnóstico nutricional dos pacientes hospitalizados (KAMIMURA et al., 2003). Problema a ser investigado Interesse do investigador Custo /praticidade Sensibilidade Especificidade Reprodutibilidade Operacionalização Validade Indicadores nutricionais: Como selecioná-los? Indicador- ferramenta de avaliação , um parâmetro, uma medida que deve ser complementada com outras informações qualitativas e científica. Ex: antropemetria (peso, circunferências, pregas ...) Índice – índice é o resultado da razão entre duas ou mais medidas/variáveis, o qual isoladamente, não fornece um diagnóstico. A importância do índice é a possibilidade de interpretar e agrupar medidas. Exemplo: Peso em relação a idade, são combinações de medidas. Assim como as medidas de peso e altura se combinam para obter o IMC Ponto de corte - são limites estabelecidos (inferiores e superiores) que delimitam, com clareza, o intervalo de normalidade. O MS preconiza como classificação do estado nutricional infantil o percentil, por entender que é a forma de mais fácil compreensão e utilização. Porém, também são utilizadas outras formas de classificação, tais como: desvio padrão, escore Z e percentuais da média. (Adolescentes, adultos, idosos, gestantes) Índices Múltiplos Objetivo: Aumentar a sensibilidade e especificidade no diagnóstico de alterações do estado nutricional (SMITH & MULLEN, 1991). Usados: Instrumentos diagnósticos e prognósticos (BOTTONI, 2000). Crítica: Escolhidos como marcadores comprovantes de morbidade e de mortalidade e não como marcador do EN. Percentil – é a medida estatística proveniente da divisão de uma série de observações em cem partes iguais, estando os dados ordenados do menor para o maior, em que cada ponto da divisão correspondea um percentil. É a forma de classificação adotada pelo Ministério da Saúde para uso em serviços de saúde, por meio do Cartão da Criança. As curvas de Peso/Idade adotadas no Cartão da Criança correspondem ao padrão do NCHS e são elas: percentil 0,1; percentil 3; percentil 10; percentil 97. Padrão ou população de referência – é uma população cujas medidas foram aferidas em indivíduos sadios, vivendo em condições socioeconômicas, culturais e ambientais satisfatórias, tornando-se uma referência para comparações com outros grupos. A OMS e MS recomendam para crianças a referência do NCHS Reprodutibilidade – refere-se a concordância ou consistência de resultados quando o exame se repete em condições similares e se interpreta sem conhecimento prévio dos resultados Ex1. AMS, dois examinadores realizam o exame e obtém o mesmo resultado; Ex2. Dois radiologistas lêem independentemente as mesmas radiografias e chegam ao mesmo diagnóstico. Sensibilidade – proporção de indivíduos com a doença que são identificados corretamente pelo teste. Indica quão bom é o teste em identificar a doença em questão. Especificidade – proporção de indivíduos sem a doença que são identificados corretamente pelo teste. Indica o quão bom é o teste em identificar indivíduo sem a doença em questão Validação – se refere ao grau com que um instrumento representa bem um objeto medido. Ex. “test method QFA” é comparado com outro método, julgado mais exato e considerado padrão ouro (RA registro alimentar). Paciente Hospitalizado Doença descompensada Risco para desnutrição Retenção hídrica Interferência nos Exames Laboratoriais, Físicos, Antropométricos Limitação na Avaliação Nutricional Necessidades metabólicas Febre, infecção, queimaduras, cirurgia recente, traumatismos Avaliação Nutricional Análise abrangente do estado nutricional de um indivíduo, que usa métodos diretos e indiretos. DIRETOS Objetivos Subjetivos Antropometria Laboratoriais Consumo alimentar Índices Múltiplos História Clínica Exame Físico (Sinais e Sintomas) AMS (04 grupamentos musculares) ASG Métodos AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIOAL História Clínica Exame Físico Antropometria Exames Laboratoriais Avaliação Muscular Subjetiva Avaliação Subjetiva Global Avaliação do Consumo Alimentar Índices Múltiplos Todos os fatores relacionados ao processo de determinação dos problemas nutricionais Indicadores sociais, econômicos, culturais e demográficos INDIRETOS Métodos GRUPO RACIAL: (0) BRANCA (1) NEGRA (2) MULATO V15.GR □ ESTADO CIVIL: (0) CASADO (1) SOLTEIRO (2) DIVORCIADO (3) VIÚVO (4) OUTROS V16.EC □ OCUPAÇÃO: (0) DESEMPREGADO; (1) BISCATE, DOMÉSTICA, TRABALHADOR BRAÇAL; (2) ESTUDANTE, DONA DE CASA, TRABALHADOR EM SERVIÇO NÃO- ESPECIALIZADO; (3) DE FORMAÇÃO TÉCNICA OU ESPECIALIZADA; (4) DE FORMAÇÃO SUPERIOR; (5) APOSENTADO; (9) NÃO SABE / NÃO RESPONDEU V17.OCUP □ ESCOLARIDADE: (0) ANALFABETO OU SEMI-ANALFABETO; (1) 1º GRAU INCOMPLETO; (2) 1º GRAU COMPLETO; (3) 2º GRAU INCOMPLETO; (4) 2º GRAU COMPLETO; (5) SUPERIOR COMPLETO OU INCOMPLETO; (9) NÃO SABE / NÃO RESPONDEU. V18.ESCO □ RENDA PESSOAL: VOCÊ TEM RENDA PRÓPRIA? (0) NÃO; (1) SIM (SE SIM, RESPONDER V20) V19.RP □ RENDA FAMILIAR: (EM SALÁRIOS MÍNIMOS) __ __ V20.RF □□ NATURALIDADE: (1) SALVADOR ÁREA URBANA (2) SALVADOR ÁREA-RURAL (3) OUTRO MUNICÍPIO DA BAHIA (4) OUTRO PAÍS (SE 3 OU 4 , RESPONDER V21.) V21.NAT □ QUAL ESTADO/PAIS __________________________ V22. DADOS DEMOGRÁFICOS SÓCIOECONÔMICAS A avaliação do estado nutricional ainda não dispõe de padrão-ouro que propicie fazer diagnósticos das alterações nutricionais com alto nível de eficácia (ACUÑA et al., 2003). Dessa forma, é necessário utilizar uma associação de vários indicadores para melhor a precisão e acurácia do diagnóstico nutricional dos pacientes hospitalizados (KAMIMURA et al., 2003). Antropométricas são medidas físicas que refletem a composição e desenvolvimento corporal Propósitos principais: 1º. Avaliar o progresso do crescimento em gestantes , bebês, crianças e adolescentes 2º. Detectar desnutrição ou superalimentação em todas as faixas etárias 3º. Medir as mudanças na composição do corpo com o passar do tempo Antropometria antropo = humano métrico = medir Trata-se de um dos indicadores diretos do EN É a medida do tamanho corporal e de suas proporções Variações individuais: idade, gênero, estado fisiológico. Antropometria • Massa corporal total – expressa peso • Massa corporal protéica - CB e AMB • Distribuição de gordura corporal - pregas Antropometria Estimar: Medidas mais utilizadas: Peso – PA, PU, PI, PI ou desejável, Pajustável, PI para amputados, estimado e mudança de peso. Altura - altura do joelho, extensão dos braços, estatura recumbente. Circunferências – braço, punho, panturrilha, cintura, pescoço. Pregas cutâneas – PCT, PCB, PCSI,PCSE. Músculo Polegar Adutor – MAP Dinamometria (força de contração muscular das mãos) Antropometria Peso – soma de todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo Massa corporal Peso corporal (PC)– representa o somatório dos compartimentos de minerais, água corporal total (intra e extra celular), glicogênio, proteína e gordura. Obs.: O PC não determina qual é a sua porção de massa magra, gordura ou fluídos, sendo medida global de todos os compartimentos MEDIDAS DE PESO: Este parâmetro visa identificar o padrão de peso do indivíduo e suas possíveis variações neste, identificando o risco eminente de desnutrição ou sobrepeso que podem contribuir para o risco de desenvolvimento de doenças não transmissíveis e carências. Para tanto deve-se avaliar o Peso Atual, Peso Habitual e determinar o Peso Ideal bem como o percentual (%) de perda ponderal (%PP) nos últimos seis meses, levando-se em consideração as técnicas adequadas e a aplicabilidade de cada medida. PESO ATUAL: Medida objetiva e direta, não invasiva que poderá ser feita em todos os indivíduos exceto os acamados totais. Técnica de medida do Peso Atual (PA): •Deve ser observada a calibração da balança sempre que se fizer necessário. •A medida deverá ser realizada antes das refeições principais. •O indivíduo deverá permanecer em pé, descalço no centro da balança. •O indivíduo deverá estar usando o mínimo de roupa possível, de preferência leve ou uniforme padrão no caso de coleta de dados para pesquisa. As crianças devem estar nuas ou com o mínimo de roupas possíveis. •O medidor deverá se posicionar em frente à escala e as medidas deverão ser anotadas e registradas com exatidão imediatamente após a leitura. •No caso de Recém-natos e crianças < 2 ano deve-se utilizar a balança pediátrica devidamente calibrada. ! " #" $ %&'( ! " #" $ %&'( ! " #" $ %&'( ! " #" $ %&'( PESO HABITUAL: Trata-se da investigação do peso que o paciente costuma praticar nos último seis meses ou um ano, de tal forma que possamos avaliar possíveis interferências neste movimento ponderal com as demais etapas da investigação nutricional. A limitação deste dado está geralmente associada a perdas de memória dos idosos. Não aplicável a crianças. PU – medida de baixa sensibilidade (67%), significando que até um terço dos pacientes com perda de até 10kg podem não relatar este dado. % PU– pode ser importante para determinar o DN. Avaliada pela seguinte fórmula: % PU = peso atual x 100 peso usual Obs.: O PU é extrema importância. Pacientes obesos , embora tenham apresentado uma significativaperda peso, podem estar com o PA bem acima do PI, embora terem perdido peso com relação ao PU Peso usual (PU): utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso e em casos de impossibilidade de medir o PA Lameu, 2005 PESO IDEAL: Trata-se da determinação do peso esperado para um indivíduo ou para um grupo de indivíduos com as mesmas características de sexo e idade, visando a adequação do estado nutricional e evitar risco de doenças crônicas não transmissíveis. A seguir algumas técnicas de determinação deste Peso Ideal: Compleição = r altura (cm) circunferência do punho (cm) Obtida a r é classificada em pequena, média e grande, aplica-se no quadro da Metropolitan Life Insurance Company e compara-se com a altura e sexo para se obter PI. Utilizado mais em trabalhos de pesquisa (Lameu, 2005) Peso ideal(PI): Geralmente obtido a partir de tabelas de companhias de seguro de vida americana, que relacionam o peso com a longevidade; A tabela mais utilizada foi publicada pela “Metropolitan Life Insurance Company” de 1983; Baseadas em indivíduos com idade entre 25 a 59 anos e na compleição corporal estimada; Resultados levam em consideração: altura, sexo e compleição COMPLEÇÃO PEQUENA MÉDIA GRANDE HOMEM >10,4 9,6-10,4 < 9,6 MULHER >10,9 9,4-10,9 < 9,4 1. Compleição óssea : Baseia-se na determinação do Peso Ideal de indivíduos acamados Técnica: • Circundar o pulso com, fita inelástica, na parte distal do processo estilóide do rádio e ulna • Anotar a medida • Utilizar a fórmula da compleição • Identificar o tipo da compleição ( pequena, média ou grande) • Utilizar tabela de referência. Fórmula: (Lohman et al,1988) Compleição = Altura (cm) / C P (cm) IMC Homem Mulher Mínimo 20,1 18,7 Médio 22,0 20,8 Máximo 25,0 23,8 2. Método do IMC (OMS/98) Fórmula: PI = IMC x A2 Técnica: •Determinar a faixa de peso por IMC para cada faixa etária •Aplicar a fórmula •Padrão médio: Homem = 22,0mm e Mulher = 20,8mm •Faixa de Peso por IMC PI = IMC mín x A2 PI = IMC méd x A2 PI = IMC máx x A2 Obs.: Seja qual for a fórmula utilizada, o uso do PI na AN é muito importante , pois permite uma determinação mais fidedigna da perda de peso recente e crônica O peso , como % do PI (Adequação do peso)pode ser importante para o DN e calculado pela seguinte fórmula: % PI = peso atual x 100 peso ideal O % encontrado aplicado em quadros, tabelas com pontos de corte de referência (Hopkins; Blacburn & Thorntton,1979) (Lameu, 2005) Peso ideal(PI): O PI também pode ser estimado pela fórmula da FAO- 1985 , considerando o IMC médio, sendo mais utilizada na prática clínica: PI(♀) = altura m ² x 21 PI (♂) = altura m ² x 22 As interpretações do IMC para adulto e idosos encontram-se nas tabelas OMS, 1995 e 1997. Biotipo Homem Mulher Brevelíneo Altura – 100 ( altura – 100 ) – 5% Normolíneo ( Altura – 100 ) – 5% ( Altura – 100 ) – 10% Longelíneo ( Altura – 100 ) – 10% ( Altura – 100 ) – 15% 3. Método do biotipo: Comitee on Food and Nutrition) Técnica: •Identificar o biótipo do indivíduo e o seu sexo •Aplicar a fórmula Peso ideal para amputados: Indicado nos pacientes submetidos a amputação de membros, o peso pode ser corrigido através da fórmula: Para corrigir o peso corporal ideal de amputados, deve-se subtrair o peso da extremidade amputada do PI calculado. A figura a seguir fornece as porcentagens do peso correspondente a cada segmento do corpo (Cuppari,2002). Correção de Peso para Pacientes Amputados O peso estimado do segmento amputado deverá ser subtraído do Peso Ideal. Segmento Corporal % média do Peso Total Mão 0,7 Antebraço e Mão 2,3 Pé 1,5 Perna (abaixo do joelho) 5,9 Perna (acima do joelho) 10,1 Perna Inteira 16 Adaptado de Osterkamp,LK,1995. Fórmula: Correção de peso pós-amputação Peso corrigido = PAAMP (100 - % AMP) 100 PAAMP = peso antes da amputação AMP = amputação Para determinar o IMC para amputados, inicialmente determinar o peso estimado do paciente, inclusive o peso da parte do corpo faltante. - Usar a referência padrão (ver tabela) para determinar a proporção de peso corporal contribuída por uma parte individual do corpo. - Multiplicar o atual peso do paciente pela porcentagem de peso corporal da parte do corpo faltante para determinar o peso estimado da parte faltante. - Somar o peso estimado da parte do corpo faltante com o atual peso do paciente para determinar o peso estimado antes da amputação. -Dividir o peso estimado pela altura estimada do corpo para determinar o IMC. Determinação do percentual de perda de peso (%PP) (Blackburn, et al., 1977) Esta determinação visa estabelecer o risco clínico relacionado ao estado nutricional, desta forma quanto maior for este índice menor será a defesa orgânica, maior o tempo de cicatrização e portanto risco elevado de morbidade e mortalidade comprometendo assim a sobrevida de indivíduos. TÉCNICA: • Usar as fórmulas • Identificar o tempo de perda • Avaliar a tabela de referência % Peso Usual = PA x 100 PU % Perda de peso = PU - PA x 100 PU Quadro . Significado da perda de peso em relação ao tempo Tempo Perda Significativa de Peso ( %) Perda Grave de Peso 1 semana 1 – 2 >2 1 mês 5 > 5 3 meses 7,5 > 7,5 6 meses 10 > 10 Fonte:(BLACKBURN & BISTRIAN, 1977 apud KAMIMURA et al., 2003). Adequação do peso (%) Estado Nutricional ≤ 70 Desnutrição grave 70,1 - 80,0 Desnutrição moderada 80,1 - 90,0 Desnutrição leve 90,1 - 110,0 Eutrofia 110,1 - 120,0 Sobrepeso >120 Obesidade Adequação do peso Pode ser usada para classificar o estado nutricional do indivíduo além de ser útil para determinação do peso ajustado. Classificação do E N de acordo com a adequação do peso: • Adequação do peso (%) = peso atual X 100 peso ideal Peso ajustado Trata-se da correção do PI quando a adequação de peso for inferior a 95% ou superior a 115%. O objetivo deste método é estabelecer a necessidade diária de energia e nutrientes de um indivíduo proporcionando ótima tolerância orgânica a prescrição nutricional. Técnica: • Identificar a porcentagem de adequação de peso • Aplicar a fórmula: • Adequação do peso (%) = peso atual X 100 peso ideal • Determinar o Peso Ajustado: Peso Ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual Determinação do peso de indivíduos acamados (Chumlea, W.C.,1989): Trata-se da estimativa de peso dos indivíduos que estão presos ao leito e, portanto, não podem ter aferido o seu Peso Atual. Esta determinação requer a tomada prévia de medidas da altura do joelho (KH), circunferência da panturrilha (CP), circunferência do braço (CB) e prega cutânea subescapular (PCSE), devido a essa quantidade de medidas necessárias este método torna-se dependente da adequação técnica do profissional. Estimativa de Peso Adultos e Idosos Equações de Chumlea (1985): Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] Mulher = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] Onde: CP – Circunferência da panturrilha AJ - Altura do joelho CB - Circunferência do braço PCSE – Prega cutânea subescapular DETERMINAÇÃO DO PESO DE PACIENTE EDEMACIADO ( Martins, 2001 ): Aplica-se a indivíduos que apresentem edemas ou estejam em anasarca, requer atenção e prática de inspeção física para identificar o grau de edema. •TÉCNICA: tipo e localização do edema •Identificar na tabela a quantidade aproximadade Peso hídrico em excesso, de acordo com o tipo e localização do edema Edema Excesso de peso hídrico + Tornozelo 1 kg ++ Joelho 3 a 4 kg +++ Raiz da coxa 5 a 6 kg ++++ Anasarca 10 a 12 kg Ascite Excesso de peso hídrico Leve 3 a 5 kg Moderada 7 a 9 kg Grave 14 a 15 kg KRENITSKY, 2003. MARTINS , 2003. Estatura – considerado indicador das condições de vida da população, uma vez que seu déficit pode refletir inadequações nutricionais de caráter crônico. Pode ser usado em associação com o peso na AEN; Compõe índices: IMC, P/A, A/I; Usado cálculo do PI e determinação NE energéticas; Estadiômetro de haste móvel ou flexível, em parede sem rodapé ou piso acarpetado; Balanças dispõe de estadiômetro Altura: Medido utilizando-se estadiômetro ou antropômetro O indivíduo deve ficar em pé, com os calcanhares juntos, costas retas e os braços estendidos ao lado do corpo Técnica para deambulantes: •O indivíduo deverá estar descalço ou usando meias finas, sem adereço na cabeça •O peso deverá estar bem distribuído em ambos os pés •O indivíduo deverá permanecer em pé, sobre a plataforma - no caso do antropômetro fixo à balança - com os calcanhares juntos. Calcanhares, panturrilhas, glúteos, ombros e cabeça deverão tocar a parede ou superfície vertical do dispositivo de medida. •A cabeça deve está posicionada no plano horizontal de Frankfurt (olhando em linha reta). •Os braços deverão estar caídos ao longo do corpo com as palmas das mãos voltadas para as coxas. •O suporte deverá ser posicionado sobre a cabeça de tal forma que pressione apenas o cabelo. •O medidor deverá se posicionar em frente à escala e as medidas deverão ser registrados cuidadosamente no Cm mais próximo. •Caso a parede seja utilizada como suporte de medida, esta deve ser lisa. O instrumento e/ou o indivíduo não deverão ser posicionados sobre tapete, carpete ou piso irregular. Medidas de altura: A importância da tomada desta medida, em adultos, relaciona-se ao cálculo das necessidades diárias de energia e também da estimativa do PI em acamados. No caso de crianças, trata-se de um importante avaliador da adequação de crescimento. Em pacientes acamados onde não há possibilidade de aplicar a técnica convencional, optamos pelo uso da equação de Chumlea et al, 1985, à partir do uso da medida do comprimento da perna. Determinação da altura do paciente acamado:(Knee height) Estimativa da Estatura Técnica (deitado): (CHUMLEA et al., 1985). •Deve-se usar o instrumento Antropômetro com haste de metal •O indivíduo deverá estar deitado com a perna flexionada formando um ângulo de 90º no joelho. •O calibrador deve ser posicionado de tal forma que a parte fixa do suporte esteja na parte inferior dos pés, no calcâneo, e a móvel na superfície anterior do joelho acima dos côndilos do fêmur e próximo à rótula. •Manter a régua do calibrador paralelo à tíbia e exercer uma pressão suave nos suportes do calibrador em contato com o joelho. •Anotar o valor no 0,1 cm mais próximo e aplicar a fórmula Comprimento da perna Comprimento da perna Técnica (sentado): O indivíduo deverá estar sentado, o mais próximo possível da extremidade da cadeira, com a perna flexionada formando um ângulo de 90o no joelho (caso a altura da cadeira não seja compatível com o comprimento da tíbia utilizar sob os pés um apoio). O calibrador deve ser posicionado de tal forma que um dos suportes esteja na parte inferior dos pés, no calcâneo, e a outra na superfície anterior do joelho acima dos côndilos do fêmur e próximo à rótula. Manter a régua do calibrador paralelo à tíbia e exercer uma pressão suave no suporte do calibrador em contato com o joelho. Estimativa da Estatura para Adultos: Masculino Alt = 72.803 + 1.803 x AJ Feminino Alt = 51.875 + 2.184 x AJ Fonte: SILVEIRA et al., 1994. ESTIMATIVA DE ALTURA PARA IDOSO Homem : [2.02 x altura do joelho] – [0.04 x idade] + 64.19 Mulher : [ 1.83 x altura do joelho] – [0.24 x idade] + 84.88 CHUMLEA, W.C.; ROCHE, A. F.; MUKHERJEE,D., 1985 Estimativa da Altura Idosos Altura do Joelho (Equações de Chumlea): Homem = [64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho em cm)] Mulher = [84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho em cm)] Extensão dos Braços – braços estendidos, formando ângulo 90° com o corpo. Mede-se a distância entre os dedos médios das mãos Estatura Recumbente – posição supina, leito horizontal completo. Marcar lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé do lado direito. Medir a distância auxílio fita métrica flexível. Estatura recumbente Técnica: O indivíduo deverá estar em posição supina e com o leito horizontal completo. Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo com o auxílio de um triângulo, e medir a distância entre as marcas utilizando uma fita métrica flexível. Envergadura do braço Instrumento: fita inelástica de 0,5cm de largura Técnica: •Instrumento: fita inelástica de 0,5cm de largura •O indivíduo deverá ficar em pé de costas para a parede, com os braços estendidos lateralmente e mantidos na altura dos ombros durante a medida. Correção da altura pós-amputação Altura corrigida = (AAAMP)2 (100 X % AMP) 100 AAAMP = altura antes da amputação AMP = amputação (que faça parte da altura) Obs.: a altura só deverá ser corrigida quando houver comprometimento da mesma. Se não houver altura antes da amputação pode usar Knee Height (KH) ou envergadura do braço, quando não comprometidos. Correção da altura pós-amputação Altura corrigida = (AAAMP)2 (100 X % AMP) 100 Ex. Altura antes da amputação = 165 cm Parte amputada = pé + tornozelo ao joelho (1,4+ 4,4 = 5,9 %) Altura corrigida = (165 x165) ² x (100 x 5,9) 100 Altura corrigida = 27225 x 590/100 Altura corrigida = 160627/100 = 160,62 cm • IMC pós-amputação (IMCPAMP) (Izamaloukas et.al., 1994) IMC PAMP = Peso corrigido (PPAMP) Altura corrigida (APAMP) • Peso esperado pós-amputação (PEPAMP) PEPAMP = PEAAMP X (100 - % AMP) 100 • IMC pós-amputação (IMCPAMP) (Izamaloukas et.al., 1994) IMC PAMP = Peso corrigido (PPAMP) Altura corrigida (APAMP) • Peso esperado pós-amputação (PEPAMP) PEPAMP = PEAAMP X (100 - % AMP) 100 Antropometria Índice de massa corporal (IMC) – Indicador simples de estado nutricional calculado a partir da seguinte fórmula: IMC = peso atual (kg) estatura (m ²) Classificação dos pontos de corte para EN de adultos segundo IMC (OMS, 1995 e 1997) Classificação dos pontos de corte para EN de idosos segundo IMC (Lipschitz, 1994) , Referências CUPPARI, L. Guias de Medicina Ambulatrial e Hospitalar – Nutrição Clínica no adulto. 2 ed. Editora: Manole. OLIVEIRA, ABC et al. Comparação entre as medidas inferenciais de edema de membros inferiores utilizando o Leg-O-Meter e o deslocador de água. Rev. bras. fisioter., São Carlos, v. 10, n. 1, 2006. DUARTE, A. C. G. Avaliação nutricional: aspectos clínicos e laboratoriais. São Paulo: Atheneu, 2007. LAMEU, E. Clínica nutricional. 1ª ed., Rio de Janeiro: REVINTER,, 1071p., 2005. WHITNEY, E.; ROLFES, S. R. Nutrição 2 – aplicações, Sãp Paulo: Cengage Learning,v. 2, 418p., 2008. www.saude.gov.br/alimentacao. Lista de exercícios Com relação aos indicadores do estado nutricional, responda: 1. O que é estado nutricional e o que expressa ? 2. Como avaliamos o estado nutricional? 3. Quais os critérios de escolha de indicadores nutricionais? 4. O que é sensibilidade, especificidade e validade de um indicador ou método? 5. Quais são os métodos objetivos e subjetivos de avaliação nutricional?6. O que é e para que serve a antropometria? 7. Quais as vantagens de uma avaliação antropometrica? Medidas de circunferência: Estas medidas são utilizadas para determinação da Massa Celular Muscular do indivíduo que tem importância na avaliação da progressão de doenças catabólicas e da eficácia de intervenções terapêuticas sobre o prognóstico Circunferência do Braço (CB): Representa a soma das áreas constituídas pelos tecido ósseo, muscular e gorduroso do braço; O resultado obtido é comparado aos valores de referência do NHANES I demonstrados em tabela de percentil por Frisancho; A adequação da CB pode ser determinada por meio da equação abaixo e o estado nutricional classificado de acordo com quadro apresentado por Blackburn, G. L.; Thornton, P. A., 1979; Usada para estimar proteína somática e tecido adiposo. Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) X 100 CB percentil 50 Quadro 5.3 Estado nutricional segundo a CB DEP grave < 70% DEP moderada 70-80% DEP leve 80-90% Eutrofia 90-110% Sobrepeso 110-120% Obesida de >120%CB Fonte: Blackburn, G. L.; Thornton, P. A., 1979 Percentis da CB (cm) Circunferência do Braço (CB): É um indicador de DEP atual de crianças na faixa 0-5 anos encontra vantagens na simplicidade do instrumento utilizado, na facilidade e rapidez de coleta e interpretação dos dados, boa aceitabilidade, baixo custo, maior cobertura e replicabilidade. As limitações relacionam-se com a metodologia, padrões de normalidade, e definição de pontos de corte que garantam o máximo de especificidade (não inclusão dos normais) e de sensibilidade (não exclusão dos desnutridos) (COUTINHO, 1988) . É utilizada em associação com PCT na avaliação da AMB e AGB e na estimativa de peso para adultos e idosos na equação de Chumlea (1985). CMB(cm) = CB - x [ PCT ÷10 ] Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] Técnica em pé: O indivíduo deverá se posicionar em pé de forma ereta, de lado para o medidor, com a cabeça no plano de Frankfurt, braços relaxados e peso apoiado em ambos os pés. Com o indivíduo com o braço flexionado em direção ao tórax, formando um angulo de 90 graus, no cotovelo, localizar e marcar o ponto médio entre o processo do acrômio e a ponta ou extremidade do olécrano. Após marcar o ponto médio, o indivíduo deverá estender o braço ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa, a fita de fibra de carbono, com 5 cm de largura, deverá contornar o braço no ponto marcado de forma ajustada evitando compressão da pele ou folga. A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo. Para a criança que não pode ainda ficar em pé a medida poderá ser realizada com a mesma sentada sobre uma mesa ou no "colo" da mãe. • Registrar a leitura no 0,1 cm mais próximo. Técnica deitado - (LEE & NIEMAN, 1993): O indivíduo deverá esta deitado, olhando para cima com cabeça apoiada no travesseiro. A localização do ponto médio deverá ser realizada da mesma forma utilizada para a posição em pé. Antes de posicionar a fita em volta do braço, este deverá estar estendido sobre a cama, com a palma da mão voltada para cima, devendo ser colocado um apoio sob o cotovelo com o objetivo de afastar o braço da mesa ou cama, possibilitando a realização da medida. Registrar a leitura no 0,1 cm mais próximo. Padrão de referência para CB e CMB - idosos Circunferência muscular do braço (CMB) A medida da Circunferência Muscular do Braço é dependente da Circunferência do Braço e da medida da Prega cutânea tricipital e utiliza também os percentis para interpretação. Fórmula: CMB = CB - x [ PCT ÷ 10 ] Avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea) O cálculo de adequação da CMB é realizado por meio da fórmula abaixo: Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) X 100 CMB percentil 50 E o estado nutricional classificado de acordo com o quadro abaixo: CMB DEP grave < 70% DEP moderada 70-80% DEP leve 80-90% Eutrofia 90-110% Percentis da CMB (cm): Padrão de referência para CMB - idosos Área muscular do braço (AMB / AMBC) Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea AMBc é um índice de avaliação do tecido muscular aplicável a todas as faixas etárias e avaliadas por meio de percentis. Para maiores de 18 anos, aplicamos a fórmula da Área Muscular do braço corrigida (AMBC) Fórmula: (HEYMSFIELD et al., 1982): AMB (cm²) = [CB(cm) – x (PCT(mm) ÷ 10 ) ]2 4 AMB (cm²) = [CB – x (PCT ÷ 10 ) ]2 - 10cm Homem 4 AMB(cm²) = [CB – x (PCT ÷ 10 ) ]2 - 6,5cm Mulher 4 Ob.: = 3,14 Área muscular do braço (AMB / AMBC) Com base nos valores de referência estabelecidos por Frisancho, a classificação do estado nutricional é apresentada no quadro abaixo: AMBc Normal Percentil >15 DEP leve/moderada Percentil entre 5 e 15 DEP grave Percentil < 5 Quadro: Estado nutricional de acordo com AMBc Percentis da AMBc (cm²): MAP Objetivo: Avaliar a espessura do MAP Método: Com o indivíduo sentado, mão dominante repousando sobre o joelho homolateral, cotovelo em ângulo de aproximadamente 90° sobre o membro inferior utiliza-se o paquímetro de Lange exercendo uma pressão de 10g/mm² para pinçar o músculo adutor no vértice de um ângulo imaginário formado pela extensão do polegar e do dedo indicador (LAMEU et al., 2004) Pontos de coorte: Quadro 5. Espessura do Músculo Polegar Adutor em adultos. Sexo Valor Desvio Mediana Homem(mm) 12,5 +/- 2,8 12,0 Mulher(mm) 10,5 +/- 2,3 10,0 Fonte: LAMEU et al., 2004. M. Adutor do polegar Dinamômetro – Mede força muscular Relação com capacidade funcional Técnicas Avaliação Área de gordura do braço (AGB): É obtida por meio da fórmula abaixo , sendo os resultados comparados com a referência estabelecidas por Frisancho: AGB (cm²) = CMB (cm) x [ PCT (mm) ÷ 10 ] - x [PCT (mm) ÷ 10]² 2 4 Classificam-se como obesidade valores acima do percentil 90 Percentis da AGB (cm²): Circunferência da cintura (CC) A Circunferência da cintura correlaciona-se estreitamente com a RCQ é um índice aproximado de massa de gordura intra abdominal. Mudanças na CC refletem mudanças nos fatores de risco para DCV e outra formas de doenças crônicas. Técnica: O indivíduo deverá estar em posição ereta com os pés juntos e o peso distribuído de forma uniforme em ambos os pés, os braços caídos ao longo do corpo. A fita deverá circundar o indivíduo ao nível da linha natural da cintura, na parte mais estreita entre o tórax e o quadril ou na altura da cicatriz umbilical, em contato com a pele, devendo-se cuidar para que a mesma esteja ajustada ao corpo de forma a evitar folga ou compressão da pele. O medidor deverá posicionar-se agachado, em frente ao indivíduo, para que a leitura possa ser realizada. A leitura deverá ser realizada no cm mais próximo, no momento da expiração com o indivíduo respirando suavemente. É imprescindível a ajuda de outro medidor para que a fita circunde toda a cintura de forma horizontal. A medida é realizada com o avaliado sentado ou em pé, desde que esteja com a coluna ereta e a cabeça com o olhar orientado pelo Plano Horizontal de Frankfurt. A trena deve ser posicionada na menor circunferência do pescoço, logo acima da proeminência laríngea (pomo de Adão). A medida é realizada com aproximação de 0,1 cm, com a trena perpendicular ao eixo longo do pescoço, o que não será necessariamente vertical. A medida da circunferência do pescoço(CP) pode ser um indicador de problema de peso melhor do que o índice de massa corporal (IMC), revela um estudo realizado pelo University of Michigan (UM) Health System, com crianças e adolescentes. Estabeleceu-se então que, indivíduos com CP maior do que o valor estipulado na tabela abaixo são considerados com excesso de peso. Dra. Giuliana Bastos Esteves Nutricionista www.nutrigiuliana.com.br Síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono. Fisiopatologia* Physiopathology of obstructive sleep apnea-hypopnea syndrome ANDREA BARRAL MARTINS1, SÉRGIO TUFIK2, SoniaMariaGuimaraesPereiraTogeiroMoura3 Resumo A fisiopatogenia da apnéia obstrutiva do sono é multifatorial. O sexo, a obesidade, os fatores genéticos, anatômicos e hormonais e o controle da ventilação interagem diversamente na fisiopatogenia e expressão clínica da doença. A obesidade é o principal fator de risco, sendo a elevação do índice de massa corpórea, da gordura visceral e da circunferência do pescoço, fortes preditores de sua ocorrência. A progesterona, por aumentar a atividade dos músculos dilatadores das vias aéreas superiores, tem papel protetor nas mulheres antes da menopausa, justificando a maior prevalência da doença na pós-menopausa, no sexo masculino e na síndrome dos ovários policísticos. Evidências apontam para o fato de que o aumento da idade promove diminuição do tônus muscular, com redução da luz das vias aéreas superiores. O dismorfismo crânio-facial, como na retrognatia ou micrognatia, está associado ao posicionamento posterior da língua, e pode resultar em estreitamento da luz das vias aéreas superiores. Finalmente, comando ventilatório reduzido tem sido detectado em pacientes com síndrome de apnéia obstrutiva do sono e hipercapnia. Descritores: Apnéia do sono tipo obstrutiva/fisiopatologia; Índice de massa corporal; Obesidade Circunferência do quadril (CQ) Esta medida pode oferecer informações valiosas sobre a estrutura óssea e massa muscular glútea. Técnica: •O indivíduo deverá estar em pé, com os pés juntos e o peso distribuído de forma uniforme em ambos os pés. •Os braços caídos ao longo do corpo. •O medidor deverá posicionar-se agachado ao lado do indivíduo para que possa visualizar melhor a parte mais saliente do quadril. •A fita deverá circundar o quadril na parte mais saliente entre a cintura e a coxa com o indivíduo usando roupas leves, devendo-se cuidar para que a mesma esteja ajustada à roupa de forma a evitar folga ou compressão da pele. •A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo. Relação cintura/quadril (RCQ OU RAG): Corresponde a relação entre a circunferência da cintura e do quadril, determina o tipo de distribuição da gordura corporal correlaciona-se com doenças crônicas não transmissíveis. Sua determinação se dá pela equação: ANDRÓIDE GINÓIDE A sua interpretação varia de acordo com o sexo: RCQ > 1.0 HOMEM (andróide) e RCQ > 0.85 MULHER (andróide) Critérios de classificação: (BJORNTOP, 1985) Homens > 1 Andróide 1 Ginóide Mulheres > 0.85 Andróide 0.85 Ginóide Circunferência do punho (CP) Medida para auxiliar a estimativa do Peso Ideal de acamados. Técnica: •Circundar o pulso com, fita inelástica, na parte distal do processo estilóide do rádio e ulna •A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo Compleição = Altura (cm) / C P (cm) Circunferência da panturrilha Técnica: (deitado /sentado): •fita inelástica de 0,5cm de largura •O indivíduo deverá estar deitado ou sentado na mesma posição utilizada para medir o comprimento da perna. •A fita deverá ser posicionada, horizontalmente, em volta da panturrilha na circunferência máxima. A CP fornece a medida mais sensível de medir a massa muscular no idoso, sendo superior CB. C. Panturrilha < 31 cm – depleção de tecido muscular (TROIANO, 1994). A CP é usada para estimatima de peso em adultos e idosos - Equações de Chumlea (1985): Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] Medidas das pregas cutâneas: São medidas tomadas com o objetivo de avaliar a quantidade de gordura corpórea subcutânea de um indivíduo. A aplicabilidade dessas medidas relaciona-se com a idade, grau de hidratação do indivíduo e com os extremos do estado nutricional (obesidade/desnutrição). Jovens têm dobras cutâneas mais compressíveis devido à maior hidratação do tecido. As medidas de Pregas Cutâneas são feitas com o auxílio de calibradores de pregas ou plicômetros (Lange, Halperden, Holtain, McGaw), e devem seguir Técnica específica porém não podemos perder de vista que a leitura deverá ser realizada 2 a 3 (LEE & NIEMAN, 1993 ; GIBSON, 1993) ou 4 (LOHMAN, 1988) segundos após o pinçamento, a pinça deve ser feita com o calibrador exatamente no local marcado, formando um ângulo de 90º. com o tecido, e a prega mantida elevada enquanto a leitura é realizada.
Compartilhar