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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
SOBRENOME, NOME� 
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SOBRENOME, NOME DO CORRETOR QUE CORRIGIU TCC PROJETO �
RESUMO 
 
Este artigo abordara o tema a importância das ludicidade na educação infantil no processo de ensino a aprendizagem de forma dinamizar o ensino, dando meios para uma aula dinâmica. Sabe-se que ao brincar a criança torna-se um ser criativo, responsável e trabalhador, assumindo outros papéis durante a brincadeira. Desta forma, estão agindo frente à realidade de maneira não literal, transformando suas ações do cotidiano. Em virtude disso, procura-se saber de que forma se deve trabalhar o lúdico de modo que este venha contribuir para a aprendizagem da criança. Para tanto, busca com esta escrita analisar como o lúdico pode influenciar no processo de ensino aprendizagem das crianças, bem como conceituar o lúdico. Procura-se, também saber como é trabalhada a ludicidade na prática pedagógica e sobre sua influência na aprendizagem das crianças. Ademais pesquisa-se como devem ser trabalhadas as atividades que envolvem a ludicidade para a criança; demostra-se a importância da ludicidade no dia a dia do aluno. 
 
Palavras-Chave: Interação. Criança. Aprendizagem. Ludicidade. 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO
Atualmente muitas pessoas ainda trazem  consigo aquele velho discurso de que a escola é local para aprendizagem e não para brincadeiras. Esta concepção errônea corrobora para a exclusão ou incompreensão do lúdico no processo de ensino aprendizagem, pois elas enxergam como algo inútil, ou seja, perca de tempo. O lúdico deve ser utilizado pedagogicamente como fator complementar e também como parte inerente no desenvolvimento integral da criança, pois ao ser educada ludicamente, ela se constrói, aprende a lidar com situações que contém regras, melhora sua sociabilidade e constrói sua própria visão de mundo.
 No processo de ensino-aprendizagem as atividades lúdicas ajudam a construir uma práxis emancipadora e integradora, ao tornarem-se um instrumento de aprendizagem que favorece a aquisição do conhecimento em perspectivas e dimensões que perpassam o desenvolvimento do educando. O lúdico é uma estratégia insubstituível para ser usada como estímulo na construção do conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias, além disso, é uma importante ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais.
Assim, a presente escrita teve como objetivo geral analisar como o lúdico pode influenciar no processo de ensino aprendizagem das crianças e compreender a ludicidade na prática pedagógica e sua influencia na aprendizagem das crianças. Tendo em vista que o brincar, no que diz respeito às atividades educativas, além de ser um caminho real de aprendizagem, oferece meios para adultos capazes de perceber e aprender sobre a criança e suas necessidades.
A pesquisa se estrutura metodologicamente numa abordagem de natureza qualitativa, onde inicialmente busca-se a ampliação da pesquisa bibliográfica para estudos mais precisos sobre o tema. O emprego do lúdico nas escolas é um recurso pedagógico de fundamental importância e não deve ser negligenciado, pois só é considerado um método eficaz se for desempenhado com a função de instruir simultaneamente e de divertir. Isto porque, enquanto se divertem, a atividade lúdica promove tanto o desenvolvimento psicológico, social, cognitivo e até corporal da criança. 
A educação infantil encarrega-se de proporcionar o lúdico na escola, a partir de atividades que possibilitem que a criança exerça sua criatividade indispensável para sua formação pessoal. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p. 27) faz a seguinte afirmação:
A brincadeira favorece a auto estima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de constituição infantil.
	
É perceptível que criança que brinca e participa de jogos, desde seus primeiros anos de vida é um ser completo e feliz, com habilidades para criar e recriar a realidade em que está inserida. Adquire aspectos culturais presenciados em seu cotidiano que são reproduzidos em sua forma de expressar-se.
A criança tem uma íntima relação com os brinquedos. Esses objetos ativam seu raciocínio por meio do exercício físico, mental e social capacitando-a através da agilidade psicomotora e, despertando a criatividade. Assim, a criança passa a reproduzir e representar as coisas que ela consegue detectar em seu dia a dia. São inúmeros os benefícios alcançados por meio do brincar com o lúdico, entre os quais se pode notar o elevar da auto estima, a ampliação do vocabulário a socialização, o domínio da linguagem, além da construção de sua própria personalidade. 
São poucas as atividades que permitem a manifestação do imaginário infantil por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente pelo professor. Entre professores e pais, há uma presença acentuada da ideia de que o jogo infantil é perda de tempo na escola e que deve ser utilizado quase exclusivamente em momentos de lazer e descanso (SILVA, 2003, p. 16).
	A partir dessa afirmação e, mediante os estudos realizados sobre a importância da ludicidade na educação infantil aumenta mais ainda a certeza de que o professor necessita preparar se para incentivar o processo educativo da criança, pois é de fundamental importância o período que passa com seus alunos. O desenvolvimento mental e físico é alcançado através da psicomotrocidade como um resultado mais efetivo. 
Dessa forma, o professor deixa o papel de transmissor exclusivo de informação e passa a assumir a postura de agente formador de opinião, desempenhando em sua prática pedagógica uma função fundamental que aponta para a condição de mediador e facilitador da integração entre os alunos e, os alunos com o brinquedo e fazer lúdico, transformando essa prática em construção de conhecimentos. A mediação em termos genéricos é o processo de interação de um elemento intermediário numa relação, a relação deixa então de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento. 
Assim, as relações estabelecidas pelo professor como mediador das tarefas lúdicas, possibilitam o ampliar da criatividade, do saber e, consequentemente a criança alcança seu desenvolvimento integral tão visado. 
Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características. Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros etc. A fonte de seus conhecimentos é múltipla, mas estes encontram se, ainda, fragmentados. É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p. 27)
	A criança realiza uma atividade significativa por da ação lúdica, visto que o ato de brincar propicia a ela uma relação entre os seres que tem vida e os seres inanimados e, é por meio dessa reciprocidade que ela constrói o conhecimento e reflete em todas as quais que percebe no ambiente em que estar. Ela nota e consegue discernir os aspectos familiares, culturais e sociais, considerando o contexto e analisando seu aspecto futuro, produzindo o seu desenvolvimento emocional, cognitivo e social. 
Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas contradições das sociedadesem que estão inseridas. A criança não se resume a ser alguém que não é, mas que se tornará (adulto, no dia em que deixar de ser criança). Reconhecemos o que é específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Esse modo de ver as crianças favorece entendê-las e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista. A infância, mais que estágio, é categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem infância (KRAMER, 2007, p.15).
Considerando que as atividades lúdicas vão além do fazer mecânico, o fazer por fazer, é fundamental que o educador não faça das atividades lúdicas apenas como um entretenimento para passar o tempo durante a aula, mas que utilize como um momento de interação, de reciprocidade e de partilha, que seja o momento da integração social, dos sentimentos, dos ensinamentos, e dos movimentos em sua prática pedagógica diária, constituindo-se, assim, em exercícios valorosos para a formação da criança, colaborando para seu desenvolvimento afetivo, cognitivo, e motor. 
As atividades lúdicas possibilitam o avanço dos processos psíquicos da criança e, servindo como uma ferramenta para conhecer o mundo físico e seus fenômenos, os objetos e seus usos sociais e, finalmente, entender os diferentes modos de comportamento humano, os papéis que desempenham, como se relacionam e os hábitos culturais.
É importante demarcar que o eixo principal em torno do qual o brincar deve ser incorporado em nossas práticas é o seu significado como experiência de cultura. Isso exige que a garantia de tempos e espaços para que as próprias crianças e os adolescentes criem e desenvolvam suas brincadeiras, não apenas em locais e horários destinados pela escola a essas atividades (como os pátios e parques para recreação), mas também nos espaços das salas de aula, por meio da invenção de diferentes formas de brincar com os conhecimentos (BORBA, 2006, p.44).
A educação como um todo cumpre seu papel em propor aos educadores uma reflexão sobre os direitos que a criança tem de crescer e se desenvolver em um espaço incentivador da criatividade, no qual a criança sinta-se segura para expor seu mundo interior revelado através da fantasia, do movimento, da brincadeira, do fazer lúdico, visto que essa dinâmica exige uma prática pedagógica possível de mostrar a criança que ela pertence a um contexto social e cultural, no qual suas relações extra familiar possibilitam a construção de sua história de vida.
2 CONCEITUANDO A PALAVRA LÚDICO
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. A evolução semântica da palavra "lúdico", entretanto, não parou apenas nas suas origens e acompanhou as pesquisas de Psicomotricidade. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de 5 psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo. Passando a necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente.
Santos (2002) refere-se ao significado da palavra ludicidade que vem do latim ludus e significa brincar. Onde neste brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos, tendo como função educativa do jogo o aperfeiçoamento da aprendizagem do indivíduo.
Assim, a ludicidade tem conquistado um espaço na educação infantil. O brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.
Ainda Santos (2002, p. 12) relata sobre a ludicidade como sendo:
Uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento.
A ludicidade está associada com algo alegre e prazeroso, com características básicas que levam o aprendiz à plenitude da experiência, à valorização interpessoal, à liberdade de expressão, à flexibilidade e ao questionamento dos resultados, com abertura para a descoberta e a relevância do processo-produto das atividades.
A ludicidade, com suas 6 regras e valores, pode oportunizar o exercício da cidadania. Por meio de práticas lúdicas o aprendiz exercita o auto conhecimento, aprende a respeitar a si mesmo e ao outro, a relacionar-se bem por meio da percepção do brincar consciente e da não violência. Ele amplia sua compreensão e sua prática sobre como o lúdico contribui para uma vivência integrada entre os colegas e o professor, motivando-os a aprender.
Os valores e benefícios educacionais das atividades lúdicas são reconhecidos em todas as idades do ser humano, pela sua prática e podem ser comprovados a partir dos primeiros anos de vida. Por isso  importante termos em mente, que durante a infância, os jogos e brincadeiras não são meros passatempos que são utilizados apenas para entretenimento das crianças e sim reconhecermos essa prática como um instrumento facilitador do desenvolvimento, sócio emocional, intelectual e físico, favorecendo a socialização e interação e envolvimento  com outras crianças.
2.1 O lúdico na aprendizagem 
A atividade lúdica não está presente somente no ato de brincar, mas também no ato de ler. A literatura é uma forma de apropriar-se do lúdico, visto que o texto literário tem uma tendência a despertar o pensamento do leitor, atraindo para criar um diálogo com o texto e fantasiar a história lida ou ouvida de maneira que naturalmente o leitor comece a descobrir e compreender do mundo ao seu redor. 
A Leitura poder ser uma ferramenta utilizada pelo professor como atividade lúdica, visto que um texto interessante e apropriado para cada faixa etária prende a atenção da criança e estimula a criatividade. A criança pode ser capaz de colorir, fantasiar ou até dramatizar uma história lida.
A ludicidade favorece o desempenho das funções motoras e psicomotoras das crianças em suas atividades, já que no texto, o leitor assume dois papéis importantes, o papel individual de interagir consigo mesmo e o papel coletivo de interagir com a turma. “Na verdade, a atividade lúdica é uma forma de o indivíduo relacionar-se com a coletividade e consigo mesmo.” (Amarilha, 1997p. 88)
Para essa escritora a ludicidade e o prazer dependem da compreensão e interpretação do texto e, são aprendidos através da prática da leitura e do contar de histórias. Tendo a figura do livro como um brinquedo, a expectativa que se espera é que a atividade lúdica contribua na formação de um futuro leitor.
 Cunha (1997p. 29) diz que: “Objetos, sons, movimentos, espaços, cores, figuras, pessoas, tudo pode virar brinquedo através de um processo de interação em que funcionam como alimentos que nutrem a atividade lúdica, enriquecendo-a.
 Amarilha (1997p. 27) salienta que as imagens são as primeiras impressões de mundo que a criança aprende: “Ao transformar essas imagens em expressão, pela linguagem verbal, entra na composição literária o elemento prazeroso. Esse componente gerador de prazer advém sobretudo da natureza lúdica da	linguagem.”
 A atividade lúdica tem um aspecto especial, porque ela jamais será esquecida, não desbota, nem fica ultrapassada, prevalece na história de vida de cada criança e, sua essência será sempre lembrada, em comparação com a história ficará registrada na memória das crianças e no tempo, sua marca é indelével .
Então, além de possibilitar o desenvolvimentoe a aprendizagem, o brincar humaniza as crianças e possibilita-lhes, ao seu modo e ao seu tempo, compreender e realizar com sentido sua natureza humana, bem como o fato de pertencerem a uma família e a uma sociedade em determinado tempo histórico e cultural. De acordo com Vygotsky (1991), a brincadeira é entendida como atividade social da criança, cuja natureza e origem específicas são elementos essenciais para a construção de sua personalidade e compreensão da realidade na qual se insere.
O lúdico, ou seja, as brincadeiras, jogos e brinquedos na Educação Infantil são essenciais para o desenvolvimento das crianças, pois são atividades primárias, as quais trazem benefícios nos aspectos físico, intelectual e social. Brincando, a criança desenvolve a identidade e a autonomia, assim como a capacidade de socialização, através da interação e experiências de regras perante a sociedade.
Valorizar o lúdico durante os processos de ensino significa considerá-lo na perspectiva das crianças, sendo vivido na sala de aula como algo espontâneo, permitindo-lhes sonhar, fantasiar, realizar desejos e viver como crianças de verdade.
O brincar faz parte da vida da criança, do seu dia-a-dia, considerando que durante o brincar ela aprende e gasta energia, brincando por puro prazer, para ocupar o tempo, e o ambiente escolar deve ser transformado num espaço cheio de prazer, utilizando atividades direcionadas ao brincar.
Aprendizagem é toda atividade cujo é a formação de novos conhecimentos, habilidades, hábitos, naquele que a executa, ou a aquisição de novas qualidades nos conhecimentos, habilidades, hábitos que já possuam. O vinculo interno que existe entre a atividade e os novos conhecimentos e com objetos e fenômenos formam as representações e conceitos desses objetos e fenômenos.
É por meio de uma série de fatores, emocionais, sociais, neurológicos que a aprendizagem se constitui, o que acaba gerando mudanças comportamentais nos indivíduos.  Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente.
Para Vygotsky (1984, p.103) “a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio objetal e social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção.”  Portanto, para que ocorra  aprendizagem é preciso que uma série de fatores se interliguem.  E através da junção de vários meios familiares, sociais, escolares que a criança desenvolve também a aprendizagem.
Segundo a teoria de Vygotsky (2006), aprendizagem e desenvolvimento não são sinônimos. Para o autor, a aprendizagem de uma criança e seu desenvolvimento estão ligados entre si desde os seus primeiros anos de vida, a aprendizagem deve ser coerente com o desenvolvimento da criança, a capacidade de aprender está relacionada com a zona de desenvolvimento em que a criança se encontra. Ao mesmo tempo, a aprendizagem estimula processos internos de desenvolvimento, criando zonas de desenvolvimento proximal. A aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento mental. (Vygotsky, 2006, p.115). A zona de desenvolvimento proximal é um conceito importante da teoria de Vygotsky (2007). O autor determina dois níveis de desenvolvimento: o real, representando o que a criança já consegue realizar sozinha, e o potencial, que significa aquelas atividades que a criança tem capacidade de realizar, mas ainda não o faz. A zona de desenvolvimento proximal, ou ZDP, se encontra entre esses dois níveis de desenvolvimento, ela representa o que a criança consegue realizar, mas contando com a ajuda de um mediador. O que está na ZDP hoje, amanhã pode ser desenvolvimento real. Ou seja, é essencial para o aprendizado criar a zona de desenvolvimento proximal. 
2.2 EDUCAÇAO INFANTIL ESPAÇO SALA DE AULA 
Desde o nascimento a criança precisa de ambientes com espaços adequados para movimentar-se livremente com garantia de segurança e possibilidade de socializar-se com o outro e com o mundo ao seu redor. Estes espaços são um direito assegurado as crianças, tanto em setores públicos ou privados. Conforme Lima (2001, p.16): o espaço é muito importante para a criança pequena, pois muitas, das aprendizagens que ela realizará em seus primeiros anos de vida estão ligadas aos espaços disponíveis e/ou acessíveis a ela. 
Piaget diz que o desenvolvimento resulta de combinações entre aquilo que o organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio que os esquemas de assimilação vão se modificando progressivamente, considerando os estágios de desenvolvimento. 
 O homem traz em se uma concepção de conhecimentos que se desenvolve a partir da interação com o meio social em que está inserido. Assim, Piaget enfatiza a interação do sujeito com o meio, sem considerar as relações entre os pequenos e suas diversas culturas. Vygotsky já salienta a partilha dos conhecimentos que decorrem das interações entre individuo/ meio/ individuo. (apud KRAMER 2000 pg.29)
Conforme Vygotsky: “o ser humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas é essencial ao seu desenvolvimento”. Neste caso, o ambiente deve ser preparado exclusivamente para as crianças, visando a segurança delas e ao mesmo tempo apresentado ser um desafio, haja visto, que este ambiente deve ser um lugar onde ela possa sentir o prazer emocional e físico por fazer parte de tal meio e, se identificar com o mesmo, criando vínculo de interação, estabelecendo relações entre o grupo, na expectativa de aprender a viver socialmente e, respeitando as diferenças que há num ambiente coletivo. 
Um ambiente aconchegante é tudo que a criança precisa para se desenvolver em todos os aspectos das dimensões físicas, psicológicas, intelectuais e morais. 
Para criança, o espaço é o que sente, o que vê, o que faz nele. Portanto, o espaço é sombra e escuridão; é grande, enorme ou, pelo contrário, pequeno; é poder correr ou ter que ficar quieto, é esse lugar onde ela pode ir para olhar, ler, pensar. O espaço é em cima, embaixo, é tocar ou não chegar a tocar; é barulho forte, forte demais ou, pelo contrário, silêncio, é tantas cores, todas juntas ao mesmo tempo ou uma única cor grande ou nenhuma cor (BATTINI, 1982, apud ZABALZA, 1998, p.24)
Segundo Rego (1995) o educador pode ajudar não somente na organização do espaço e do tempo para executar o lúdico na sala de aula, como pode também escolher os utensílios para incrementar o jogo. É de fundamental importância que as atividades lúdicas apresentem o objetivo de valorizar a criatividade da criança e, que não sejam consideradas apenas como um passa tempo do aluno e do professor, mas que a própria criança sinta sua importância, por isso o professor deve deixar transparecer o propósito, o qual deseja alcançar em cada tarefa. 
É notável que a maioria das escola não apresentam uma estrutura física compatível com o ambiente adequado para as crianças passar boa parte do seu tempo. O ambiente deve preparado para satisfazer as necessidades básicas da criança, além de ornamentado com cores, os brinquedos, os objetos pessoais devem ser colocados em lugares de acesso a criança, a fim de desenvolver sua autonomia e, respeitar as particularidades uma das outras. 
A organização dos espaços deve ser de forma a provocar os pequenos nas dimensões emocional, social, cognitivo e motor. Possibilitando a criança andar, pular, correr, subir, descer, criar, recriar e, por meio de diversas tentativas, aprender a dominar os seus anseios, sua temperança emocional e o equilíbrio físico. O ambiente da escola deve estimular os sentidos da criança, pois é através deles que ela recebe o estímulo do meio externo, como cheiro de da terra molhada, ou de alimentos que estão sendo preparados para a ingestão.
A criança deve ser testada a experimentar os órgãos dos sentidos nos diversos aspectos da dimensão exterior, no caso, ela pode identificar objetos através das diferentes texturas.
 Carvalho e Rubiano (2001, p.111) afirmamque: “a variação da estimulação deve ser procurada em todos os sentidos: cores e formas; músicas e vozes; aromas e flores e de alimentos sendo feitos; oportunidades para provar diferentes sabores”. Vera Lucia Costa Hank, em seu artigo “O espaço físico e sua relação no desenvolvimento e aprendizagem da criança” concorda com David e Weinstein que personalizar o ambiente é muito importante para a construção da identidade pessoal da criança, tornar a criança competente é desenvolver nela a autonomia e a independência. 
Ao oferecer um ambiente rico e variado se estimulam os sentidos e os sentidos são essenciais no desenvolvimento do ser humano. A sensação de segurança e confiança é indispensável visto que mexe com o aspecto emocional da criança. Oportunizando as crianças de interagirem e em certos momentos que desejarem ficarem sozinhas brincando. (CARVALHO E RUBIANO 2001, P.109) 
 
 
3 METODOLOGIA
 O trabalho foi construído a partir de uma pesquisa teórica e pesquisa bibliográfica. Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, sites, teses com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo. Segundo Cervo e Bervian (1976, p. 69) qualquer tipo de pesquisa em qualquer área do conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento da situação em questão, quer para a fundamentação teórica ou ainda para justificar os limites e contribuições da própria pesquisa. Assim, afirmam que a pesquisa bibliográfica é um excelente meio de formação e juntamente com a técnica de resumo de assunto ou revisão de literatura, constituí geralmente o primeiro passo de toda pesquisa científica. Deste modo o presente trabalho se desenvolveu por meio de uma pesquisa que tratam do assunto lúdico, enquanto medida de trabalho do professor de educação infantil, propostas de atividades lúdicas, para crianças. 
Percebe -se que a criança aprende enquanto brinca e ainda tem a oportunidade de desenvolver habilidades e competências que se farão presentes e acrescentarão elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas.  
O estudo realizado sobre esta temática procurou saber de que forma devemos trabalhar o lúdico de modo que este venha contribuir para a aprendizagem da criança.
 
 
REFERÊNCIAS
 
AMARILHA, M. Estão mortas as fadas? Literatura infantil e prática pedagógica. Petrópolis: Vozes, Natal: EDUFRN, 1997. 
BORBA, Ângela M. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BRASIL,
MEC/SEB. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade/ Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Referencial Curricular Para a Educação Infantil: Introdução. Brasília: MEC, 1998.
HANK, Vera Lucia Costa. O espaço físico e sua relação no desenvolvimento e aprendizagem da criança. 
KRAMER, Sônia. A infância e sua singularidade. In: Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
LIMA, Elvira de Souza. Como a criança pequena se desenvolve. São Paulo: Sobradinho, 2001.
REGO, T. Cristina. Vygotsky: Uma Perspectiva Histórico-Cultural da Educação,
Petrópolis – RJ, 1995.
REGO, C.R. (1998). Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 5. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
SILVA, L. S. P. O brincar de faz-de-conta e a imaginação infantil: concepções e a
prática do professor, 2003. xp. Tese (doutorado) Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
SANTOS, S. M. P. O lúdico na Formação do Educador (org). Petrópolis: Vozes, 1997.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
WAJSKOP, Gisela. 1995. O brincar na educação infantil. Caderno de Pesquisa, São Paulo, n.92, p. 62-69, fev.
ZABALZA, M. A. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998.
CUNHA,N. H S. A Brinquedoteca Brasileira. In: SANTOS, M. P. dos. Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos. 2ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1997.
CARVALHO, Maria Campos de; RUBIANO, Márcia R.Binagamba Organização dos Espaços em Instituições Pré- Escolares .Educação Infantil: muitos olhares. São Paulo: Cortez 2001. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Pesquisa Bibliográfica. In:______. Metodologia do trabalho científico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987. p. 44-79.
 CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. A pesquisa: noções gerais. In:______. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1976. p. 65-70.
 
� Aluna Graduanda em Licenciatura de pedagogia, Centro Universitário Internacional UNINTER
� Professora Orientadora Adriana Camila Machado Da Rocha, Centro Universitário Internacional UNINTER

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