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* * * DO BEM DE FAMÍLIA ORIGEM HISTÓRICA E CONCEITO Início do Século XIX – Texas (EUA) Crise econômica – Homestead act – 1839 Proteção à pequena propriedade (residência do devedor) No Brasil CC-16 (Arts.70-73) Dec. Lei 3.200/41 – Limitava aos imóveis de pequeno valor Lei 6.742/79 – Extinguiu a limitação de valor CF/88 (art. 5º, XXVI) – Pequena propriedade rural livre da penhora (débitos decorrentes da atividade produtiva) Lei 8.009/90 – Bem de família obrigatório ou legal NCC – Arts. 1.711-22 – Bem de família voluntário Limitação do valor (1/3 do patrimônio líquido familiar) Coexistem as duas legislações Conceito (Bem de Família Voluntário) – Caio Mário “Forma de afetação de bens a um destino especial, que é se a residência da família, e, enquanto for, é impenhorável por dívidas posteriores à sua constituição, salvo as provenientes de impostos devidos pelo próprio prédio” * * * DO BEM DE FAMÍLIA BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO Instituído pelos cônjuges/companheiros ou pela entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento O terceiro também pode instituí-lo (testamento ou doação), desde que haja anuência expressa de ambos cônjuges/companheiros e da família União estável/família monoparental/anaparental/eudemonista Limitação: o imóvel não pode superar 1/3 do valor líquido do patrimônio existente Finalidade: proteger um imóvel de maior valor, quando vários são utilizados como residência Se foi instituído por testamento, o benefício depende da inexistência de dívidas do falecido Pode ser imóvel rural ou urbano, mas exige-se seja residência efetiva da família, restrito a um único imóvel Deve ser registrado do cartório imobiliário Só abrange as dívidas posteriores à sua instituição, salvo os tributos relativos ao imóvel (IPTU) e as taxas condominiais (1.715) * * * DO BEM DE FAMÍLIA BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO Instituído pelos cônjuges/companheiros ou pela entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento Vale até o falecimento de ambos os cônjuges ou a maioridade dos filhos (salvo se curatelados), o que ocorrer por último Os móveis e utensílios que guarnecem o imóvel também integram o benefício No caso de venda: anuência dos cônjuges e dos filhos (curador especial, se menores) Autorização judicial para sub-rogar por outro ou vender Se vender sem autorização, extingue o instituto A administração do bem de família é de ambos consortes Falecendo ambos genitores, passa ao filho mais velho ou ao seu tutor, se menor Aplicam-se as disposições da Lei 8.009/90 nas omissões do NCC. * * * DO BEM DE FAMÍLIA BEM DE FAMÍLIA OBRIGATÓRIO Previsto na Lei 8.009/90 Torna impenhorável o imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, contra o pagamento de dívidas, salvo as excetuadas na própria lei e em outras específicas Súmula 205, STJ: o benefício é concedido mesmo quando a penhora é anterior à sua vigência Imóvel habitado por solteiro: a jurisprudência admite aplicação da Lei 8.009/90 (direito à moradia) Aplicada também à união estável, família monoparental, anaparental, eudemonista e aos divorciados Penhora sobre parte do bem, desde que seja possível o desmembramento (STJ) Imóvel locado: proteção aos bens móveis quitados Móveis e eletrodomésticos essenciais ao funcionamento do lar são impenhoráveis, salvo os excessos (STJ) Veículos, obras de arte e adornos: penhoráveis * * * DO BEM DE FAMÍLIA BEM DE FAMÍLIA OBRIGATÓRIO Rol legal e taxativo os penhoráveis Art. 3º Casos de nomeação voluntária à penhora do bem de família Imóvel do fiador em locações: penhorável (Lei 8.245/91, art. 82) O insolvente que de má-fé adquire imóvel mais valioso, vendendo ou não o anterior Se constatar, o Juiz transfere o benefício ao imóvel mais barato Anula a venda do imóvel mais barato, se realizada Critério primordial: morada permanente A casa própria locada a terceiro – impenhorável (STJ e TJ’s) A impenhorabilidade é oponível a qualquer tempo Norma de ordem pública (reconhecível de ofício pelo Juiz) Embargos à execução, exceção de pré-executividade ou petição simples
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