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Livro 2 Metodologia da Pesquisa

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Livro 2 - Metodologia da Pesquisa
Sumário
Site: UTFPR - Servidor de Cursos UAB
Curso: Ensino de Ciências
Livro: Livro 2 - Metodologia da Pesquisa
Impresso por: JULIANE ZOLIN
Data: sábado, 4 Nov 2017, 12:47
Sumário
2 A PESQUISA
2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS
2.1.1 Classificação das Pesquisas Segundo Área do Conhecimento
2.1.2 Classificação das Pesquisas Segundo sua Finalidade ou Natureza
2.1.3 Classificação das Pesquisas Quanto aos Objetivos
2.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos ou Métodos Empregados
2.1.5 Quanto à Forma de Abordagem ou Natureza dos Dados
2.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
2.3 REFERENCIAL TEÓRICO
2.4 DELINEAMENTO DA PESQUISA
2 A PESQUISA
Segundo Gil (2010, p. 1) pesquisa é o “procedimento racional e sistemático que tem como
objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Assim, a pesquisa, é desenvolvida
através de métodos e técnicas de investigação científica, objetivando solucionar os problemas propostos
na pesquisa.
Para a realização de uma pesquisa é necessário confrontar os dados, as informações coletadas
e conhecimento teórico sobre determinado assunto. O êxito da pesquisa depende do pesquisador, de
sua curiosidade, criatividade, atitude autocorretiva, sensibilidade social, perseverança, paciência,
confiança, dentre outros aspectos (GIL, 1987).
No entanto, para a realização da pesquisa, é necessário a elaboração de um projeto de pesquisa
que irá mapear, de forma sistemática, como realizar a pesquisa, ou seja, o caminho a ser percorrido
durante a pesquisa, a fim de que as ações sejam planejadas, evitando assim, que se perca tempo
realizando ações desnecessárias para o êxito da pesquisa. 
2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS
As pesquisas podem ser classificadas de diferentes maneiras. Buscando uma classificação que
seja coerente, é necessário definir previamente o critério adotado para a classificação.
Segundo Gil (2010) “é possível estabelecer múltiplos sistemas de classificação e defini-las segundo a área
do conhecimento, a finalidade, o nível de explicação e os métodos adotados”. 
2.1.1 Classi�cação das Pesquisas Segundo Área do
Conhecimento
Segundo a área do conhecimento de acordo com o CNPq citado por Gil (2010, p.26) “as
pesquisas são classificadas em sete grandes áreas: 1. Ciências Exatas e da Terra; 2. Ciências
Biológicas; 3. Engenharias; 4. Ciências da Saúde; 5. Ciências Agrárias; 6. Ciências Sociais Aplicadas; e
7. Ciências Humanas.
 Cada uma dessas áreas, por sua vez, é subdividida em subáreas, que são estabelecidas em
função dos objetos de estudos e dos procedimentos metodológicos. 

2.1.2 Classi�cação das Pesquisas Segundo sua
Finalidade ou Natureza
Segundo Gil (2010, p.26), “uma das maneiras mais tradicionais de classificação das pesquisas é
a que estabelece duas grandes categorias, denominadas de pesquisa básica e pesquisa aplicada”.
Pesquisa Básica: reúne estudos que tem como propósito preencher uma lacuna no
conhecimento. Ou seja, objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem
aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.
Pesquisa Aplicada: abrange estudos elaborados com a finalidade de resolver problemas
identificados no âmbito das sociedades em que os pesquisadores vivem. Ou seja, objetiva gerar
conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos. Envolve verdades e
interesses locais. 
 Em decorrência da ampliação da quantidade de pesquisas, tanto básicas quanto aplicadas, vem
surgindo novos sistemas de classificação. Um desses sistemas é proposto pela Adelaide University
(2008) citado por Gil (2010, p.26), que define em:
Pesquisa básica pura: pesquisas destinadas unicamente à
ampliação do conhecimento, sem qualquer preocupação com seus
possíveis benefícios. 
Pesquisa básica estratégica: pesquisas voltadas à aquisição de novos
conhecimentos a amplas áreas com vistas à solução de reconhecidos
problemas práticos. 
Pesquisa aplicada. Pesquisas voltadas à aquisição de conhecimentos
com vistas à aplicação numa situação específica. 
Desenvolvimento experimental. Trabalho sistemático, que utiliza
conhecimentos derivados da pesquisa ou experiência prática com vistas
à produção de novos materiais, equipamentos, políticas e
comportamentos, ou à instalação ou melhoria de novos sistemas de
serviços.
2.1.3 Classi�cação das Pesquisas Quanto aos
Objetivos
Toda pesquisa tem seus propósitos, naturalmente seus objetivos tendem a ser diferentes dos
objetivos de qualquer outra pesquisa. De acordo com Gil (2010, p.27) em relação aos objetivos mais
gerais as pesquisas classificam-se em: pesquisa exploratória, descritiva e explicativa.
Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema estudado, a fim de torná-lo
explícito ou a construir hipóteses; tendo, portanto, como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou
descobertas. Envolve levantamento bibliográfico, estudo de caso, “entrevistas com pessoas que possuem
experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão” (SELLTIZ
et al., 1967, p.63 apud GIL, 2002). Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de caso.
Pesquisa Descritiva: objetiva descrever as características de determinada situação, população, podendo ser
utilizada para identificar relações entre variáveis. Assume, em geral, a forma de pesquisa Etnográfica e
Levantamento. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática.
Pesquisa Explicativa: visa a identificação de fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos
fenômenos. Dessa forma, estuda e descreve características ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade
estudada. Esse tipo de pesquisa é a que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o
“porquê” das coisas. Sendo assim, é complexa e delicada, visto que o risco de cometer erros aumenta
consideravelmente. Quando realizada em pesquisas na área das ciências sociais, requer o uso do método
observacional e em pesquisas na área de ciências naturais requer o uso do método experimental. Utiliza-se de
técnicas padronizadas para coleta de dados, como questionário e observação. Assume a forma de pesquisa
experimental e ou quase experimental. (Gil, 2002). 
2.1.4 Quanto aos Procedimentos Técnicos ou
Métodos Empregados
Segundo Gil (2010, p.28) “para avaliar a qualidade dos resultados de uma pesquisa, torna-se
necessário saber como os dados foram obtidos, bem como os procedimentos adotados em sua análise e
interpretação”. Justifica-se então o surgimento de sistemas que classificam as pesquisas segundo a
natureza dos dados em pesquisa quantitativa e qualitativa, em relação ao ambiente em que estes dados
foram coletados em pesquisa de campo ou de laboratório, em relação ao grau de controle das variáveis
em pesquisa experimental e não experimental, etc.
 A seguir apresenta-se uma síntese de cada um dos tipos de pesquisas, segundo seus
procedimentos técnicos, extraídos de Gil (2010).
Pesquisa Bibliográfica: é elaborada a partir de toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de
estudo. Constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com artigos e periódicos
disponibilizados na Internet.
Pesquisa Documental: Quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. A
análise documental difere-se da pesquisa bibliográfica devido a natureza das fontes. Os documentos são fontes ricas
e estáveis de dados, não exigindo o contato com os sujeitos da pesquisa. Dessa forma, consideram-se documentos,
relatórios de pesquisa, tabelas estatísticas, autobiografias, regulamentos, leis, documentos cartoriais, normas,
pareceres, cartas, memorandos, diários pessoais, etc.
Pesquisa Experimental: descreve o que ocorreráou poderá ocorrer através de experimentos. Nessa
pesquisa, determina-se um objeto de estudo, verifica- se e selecionam-se as variáveis, define-se as formas de
controle e observa-se os efeitos produzidos pela variável no objeto. O pesquisador é agente ativo durante a pesquisa.
 
 Pesquisa Intervencionista: apresenta potencial para, simultaneamente, propor novas práticas
pedagógicas (ou aprimorar as já existentes), produzindo conhecimento teórico nelas baseado.
Denominam-se intervenções as interferências (mudanças, inovações), propositadamente realizadas, por
professores/pesquisadores, em suas práticas pedagógicas. Tais interferências são planejadas e
implementadas com base em um determinado referencial teórico e objetivam promover avanços,
melhorias, nessas práticas, além de pôr à prova tal referencial, contribuindo para o avanço do
conhecimento sobre os processos de ensino/aprendizagem neles envolvidos. Para que a produção de
conhecimento ocorra, no entanto, são necessários que se efetivem avaliações rigorosas e sistemáticas
dessas interferências.
Levantamento: As informações são obtidas com um grupo significativo de pessoas acerca do problema
estudado através de interrogação direta às pessoas (exemplo: levantamento de dados através de questionários). Após
a coleta das informações, faz-se uma análise quantitativa dos dados para a obtenção dos resultados.
Estudo de caso: é o estudo de um caso, seja simples ou específico. Deve ser bem delimitado, com
contornos claros e definido. O estudo de caso pode ser similar a outros, porém, é ao mesmo tempo distinto, pois
possui como foco interesses próprios e singulares. Visa à descoberta, enfatiza a interpretação em contexto, retrata a
realidade de forma completa e profunda, usa uma variedade de fontes de informação, representa os diferentes ou
conflitantes pontos de vista presentes numa situação social e deve apresentar linguagem e forma acessível.
Pesquisa de campo: assemelha-se ao levantamento, no entanto, apresenta maior aprofundamento das
questões propostas. Essa pesquisa estuda um único grupo ou comunidade, ressaltando a interação dos participantes.
Dessa forma, exige maior flexibilidade e utiliza-se de técnicas de observação. O pesquisador tem experiência direta
com a situação estudada, devendo permanecer o maior tempo possível na comunidade, a fim de entender as regras e
costumes que regem o grupo estudado.
Pesquisa Ex-Post-Facto: o “experimento” é realizado depois dos fatos. São tomadas situações que se
desenvolveram naturalmente, trabalhando nelas como se estivessem submetidas a controle. Seus estudos envolvem
a sociedade global, em que são investigados determinantes econômicos e sociais.
Exemplo: existem duas cidades, aproximadamente com o mesmo tamanho, tendo características sócio-
culturais parecidas e com o mesmo tempo de fundação. Numa delas instala-se um fábrica e as mudanças dessa
cidade são atribuídas a esse fato, pois a fábrica é o único fator relevante a ser observado.
Pesquisa-ação: requer o envolvimento ativo do pesquisador e ação por parte dos grupos envolvidos na
pesquisa de modo cooperativo ou participativo. Essa pesquisa é vista, muitas vezes, como desprovida da
objetividade que deve caracterizar os procedimentos científicos. No entanto, é considerada muito útil nas pesquisas
identificadas por ideologias “reformistas” e “participativas”.
Pesquisa Participante: consiste na participação, interação real do pesquisador com a comunidade ou grupo
investigado. A pesquisa pode acontecer de duas formas: natural, em que o pesquisador pertence à mesma
comunidade ou grupo investigado, e artificial, em que o pesquisador integra-se ao grupo com a finalidade de obter
informações.
Ensaio Clínico: Constitui um tipo de pesquisa em que o investigador aplica um tratamento denominado de
intervenção. Com o objetivo principal o de responder questões referentes à eficácia de novas drogas ou tratamentos,
São estudos de caráter experimental ou quase experimental, realizados com pessoas voluntárias.
Estudo de Corte: Visa estudar um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo
uma amostra a ser acompanhada por certo período de tempo. Para observar e analisar o que acontece com elas.
Estudo Caso-controle: São estudos ex-post-facto, ou seja, feitos de trás pra frente, depois que os fatos
ocorrem. Em síntese: partem do conseqüente (a doença) para o antecedente (a exposição ao fator de risco). Neste
estudo o pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator presumível do
fenômeno, porque ele já ocorreu. O pesquisador procura identificar situações que se desenvolveram naturalmente e
trabalhar sobre elas como se estivessem submetidas a controle. 
2.1.5 Quanto à Forma de Abordagem ou Natureza
dos Dados
Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, traduzindo em números
opiniões e informações para dessa forma, classificá-los e analisá-los. Utiliza recursos e de técnicas
estatísticas (percentagem, desvio padrão, moda, média, etc.). O tema pesquisado é claro e familiar.
Pesquisa Qualitativa: A pesquisa qualitativa não pode ser traduzida em números. A interpretação dos
fenômenos, dos dados coletados (textos reais, escritos ou orais, não verbais) e a atribuição de significados são
elementos básicos. Não se utiliza métodos e técnicas estatísticos e o ambiente natural é a fonte direta para coleta de
dados. A pesquisa qualitativa é descritiva, podendo descrever pessoas, situações, acontecimentos, transcrições de
entrevistas e acontecimentos, fotografias, desenhos, documentos etc; sendo assim, o pesquisador é o instrumento
chave para a pesquisa, tendendo a analisar seus dados indutivamente. Na pesquisa qualitativa o processo e seu
significado são os focos principais. O tema não é familiar, exigindo flexibilidade para lidar com o inesperado. A
pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos que são obtidos através do contato direto do
pesquisador com a situação estudada, através de pesquisa exploratória, enfatizando mais o processo do que o
produto e preocupando-se em retratar a perspectiva dos participantes. 
Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, traduzindo em números opiniões e informações
para dessa forma, classificá-los e analisá-los. Utiliza recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, desvio padrão,
moda, média, etc.). O tema pesquisado é claro e familiar.
2.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A DELIMITAÇÃO DO
TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Tema: na sua escolha, o acadêmico ou pós-graduando deve dimensionar o interesse que tem
pelo assunto; avaliar se possui qualificação (intelectual) para submetê-lo a uma investigação; verificar se
existe bibliografia especializada suficiente para sua fundamentação. O tema deverá indicar, sob forma de
enunciado, os aspectos que serão investigados na pesquisa.
Delimitação do tema e formulação do problema: delimitar é indicar a abrangência do estudo, ou seja, é
estabelecer os limites extensionais e conceituais do tema em questão. Enquanto princípio de logicidade, é
importante salientar que, quanto maior a extensão conceitual, menor a compreensão conceitual e, inversamente,
quanto menor a extensão conceitual, maior a compreensão conceitual. Para que fique clara e precisa a extensão
conceitual do assunto, é importante situá-lo em sua respectiva área de conhecimento, possibilitando, assim, que se
visualize a especificidade do objeto no contexto de sua área temática. Delimitado o tema, o passo seguinte é a sua
problematização. Gil (2002) aponta cinco “regras” para a adequada formulação do problema. São elas: a) o
problema deve ser formulado como uma pergunta; b) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável; c) o
problema deve ter clareza; d) o problema deve ser preciso; e) o problema deve apresentar referências empíricas. As
regras não são absolutamente rígidas e devem ser moldadas à especificidadedo problema. É importante, também,
lembrar que cada orientador possui uma forma própria de problematizar as questões de pesquisa.
Justificativa: a justificativa situa a importância do estudo e os porquês da realização da pesquisa. O texto
da justificativa, em geral, deve apresentar os motivos que levaram à investigação do problema e endereçar a
discussão à relevância teórica e prática, social e científica do assunto.
Objetivos: os objetivos indicam as ações que serão desenvolvidas para a resolução do problema de
pesquisa. O objetivo geral é apresentado na forma de um enunciado que reúne, ao mesmo tempo, todos os objetivos
específicos. Os objetivos específicos informam sobre as ações particulares que dizem respeito à análise teórica e aos
meios técnicos de investigação do problema.
Hipótese(s): consiste em apresentar um ou mais enunciados, sob forma de sentença declarativa e que
resolve (em) provisoriamente o problema. A pesquisa tratará de buscar respostas que refutam ou corroboram as
suposições que forem apresentadas. Dependendo da natureza do problema e da forma de o orientador trabalhar, este
item pode ser opcional.
Definição dos conceitos operacionais: consiste em apresentar o significado que os termos do problema
assumem na pesquisa. Através das definições, diz Köche (2001), [...]“é possível estabelecer os indicadores que
podem ser utilizados para categorizar as variáveis”. É importante salientar que não será possível estabelecer
instrumentos e procedimentos para coleta de dados, se os indicadores das variáveis não estiverem previamente
definidos. 
2.3 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico também pode ser chamado de revisão de literatura, pressupostos teóricos,
revisão bibliográfica, marco teórico, etc. Esta etapa do projeto é importante, porque apresenta uma breve
discussão teórica do problema, na perspectiva de fundamentá-lo nas teorias existentes. As ideias
apresentadas no texto devem estar organicamente ligadas com os objetivos, hipóteses, definição
conceitual e operacional das variáveis e outras partes do projeto. A fundamentação teórica apresentada
deve, ainda, servir de base para a análise e interpretação dos dados coletados na fase de elaboração do
relatório final. Os dados apresentados devem, necessariamente, ser interpretados à luz das teorias
existentes.
2.4 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa, segundo Gil (2002), “refere-se ao planejamento da mesma em sua
dimensão mais ampla”, ou seja, neste momento o investigador estabelece os meios técnicos da
investigação prevendo-se os instrumentos e procedimentos necessários utilizados para a coleta de
dados. O delineamento da pesquisa, em geral, apresenta os seguintes elementos:
Tipo de pesquisa: consiste em informar qual o desenho que a pesquisa terá, ou seja, se a pesquisa será
bibliográfica, ou descritiva, ou experimental, ou estudo de caso, ou documental, etc. É necessário, então, que o
investigador justifique o tipo de pesquisa que escolheu e apresente, de imediato, seu conceito;
População/amostra: indica se a pesquisa vai abranger o universo populacional da realidade pesquisada ou
se apenas uma amostra. No caso de se optar por uma ou por outra, é necessário informar os procedimentos e/ou
critérios adotados para a sua execução. Informam-se também, características gerais da população a ser investigada
(cidade, município, bairro);
Instrumentos utilizados para coleta de dados: consistem em indicar o tipo de instrumento utilizado para
registro dos dados que serão coletados. No caso de questionários ou entrevistas deve se apresentar o modelo em
anexo;
Procedimentos utilizados na coleta de dados: informam-se as operações que serão executadas no
momento da coleta de dados; 
Procedimentos para análise e interpretação de dados: indicam-se os recursos que serão utilizados para a análise dos
dados. Se forem estatísticos, devem ser informados os tipos de gráficos, quadros ou tabelas;
Cronograma: previsão das atividades e, respectivamente, período (dia ou mês) de execução;
Referências: relação das obras utilizadas para a fundamentação do problema de pesquisa. A Associação
Brasileira de Normas Técnicas (NBR – 6023 de agosto de 2002), deverá ser consultada para que os elementos que
identificam a referência (livros, periódicos, etc.) sejam apresentados corretamente.

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