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cultura da Batata e Mandioca

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CAMPUS DE CACHOEIRA DO SUL 
CACHOEIRA DO SUL – RS 
Batata 
Prof. Alfran Tellechea Martini 
Engenheiro Agrônomo 
Doutor em Engenharia Agrícola 1 
• Origem 
– Nativa dos Andes onde é cultivada há mais de 8.000 anos – 
Incas. 
– Europa (1570) – espanhóis. 
– América do Norte (1620) – tornou-se alimento popular. 
– Brasil (1920) – cinturão verde São Paulo. 
• Quarta cultura mais importante no mundo: 
- Trigo, milho e arroz. 
Introdução 
2 
• A área plantada anualmente está em torno de 140.000 
ha. 
 
• Pesquisas apontam produção superior a 60 t/ha. 
 
• As Regiões Sul e Sudeste (PR,SC, RS, MG e SP) são as 
principais produtoras, contribuindo com 
aproximadamente 98% da área plantada com batata no 
Brasil. 
 
• Hoje é considerada a principal hortaliça no país. 
Introdução 
3 
• Características: 
– Nome científico: Solanum tuberosum L. 
– Família Solanaceae. 
– Planta anual com hábito de crescimento herbáceo. 
– Tubérculos – caules adaptados para reservas, resultado do 
engrossamento dos estolões. 
– Reprodução vegetativa. 
– Ciclo: 90-115 dias. 
Introdução 
4 
Introdução 
Fonte: www.abbabatatabrasileira.com.br 
Figura 1. Morfologia da planta de batata. 
5 
• Alto valor energético. 
• Ausência de colesterol. 
• 100g de batata suprem 13% das necessidades de crianças e 7% 
de adultos. 
• Possui balanço adequado de proteína e energia = < 
complementação proteica que outras raízes, tubérculos e alguns 
cereais. 
Aspectos Nutricionais 
Fonte: www.abbabatatabrasileira.com.br 6 
Aspectos Nutricionais 
• Fonte de tiamina, niacina, vitamina B6, ácido fólico e 50% de 
vitamina C para um adulto. 
• Ferro, fósforo, magnésio e potássio. 
• Maior produção de energia e proteínas por hectare - 300 kg 
hectare-1. 
– Trigo 200 kg ha-1 
– Arroz 168 kg ha-1 
7 
Fonte: www.abbabatatabrasileira.com.br 
Figura 2. Valor biológico de alimentos básicos. 
Aspectos Nutricionais 
0 
10 
20 
30 
40 
50 
60 
70 
80 
90 
100 
Ovo Leite Batata Trigo Arroz Feijão Milho 
95 
88 
78 
68 
65 
62 
58 
8 
Consumo per Capita 
Kg ano-1 
Mundo 31,70 
África 14,00 
Ásia 23,70 
Europa 91,40 
América do Norte 57,00 
América do Sul 28,90 
Brasil 16,92 
Fonte: FAOSTAT, 2012 
• Considerado um dos principais problemas; 
• Encarada como alimento marginal: 
• Aumento da renda, diminui consumo. 
Tabela 1. Consumo per capita. 
9 
Batata no Mundo 
Posição Produção 
 Países Toneladas 
1º China 74.799.084 
2º Índia 36.577.300 
3º Rúsia 21.140.500 
4º Ucrânia 18.705.000 
5º EUA 18.016.200 
6º Alemanha 10.201.900 
7º Polônia 8.765.960 
8º Bangladesh 7.930.000 
9º Belarus 7.831.110 
10º Holanda 6.843.530 
19º Brasil 3.595.330 
Outros 41.271.330 
TOTAL 255.677.244 
Fonte: FAOSTAT, 2012 
Tabela 2. Países maiores produtores de batata. 
10 
Batata no Brasil 
Fonte: FAOSTAT, 2012 
Posição Produto Prod. (ton) 
1º Cana-de-açúcar 719.157.000 
2º Soja 68.5287000 
3º Milho 56.060.400 
4º Leite integral 31.667.600 
5º Mandioca 24.354.000 
6º Laranja 19.112.300 
7º Arroz 11.208.900 
8º Carne de Frango 10.733.000 
9º Carne Bovina 7.196.140 
13º Batata 3.595.330 
Tabela 3. Ranking das culturas mais produzidas no Brasil. 
11 
Produtividade no Brasil 
Fonte: FAOSTAT; IBGE, 2012 
Figura 3. Evolução da Produtividade de batata no Brasil. 
0 
5 
10 
15 
20 
25 
30 
P
ro
d
u
ti
vi
d
ad
e 
(m
il 
kg
 h
a-
¹)
 
12 
Produção x Área Plantada no Brasil 
Fonte: FAOSTAT; IBGE, 2012 
Figura 4. Evolução da Produção e área plantada de batata no Brasil. 
125 
130 
135 
140 
145 
150 
155 
160 
165 
0 
500 
1000 
1500 
2000 
2500 
3000 
3500 
4000 
4500 
Produção (ton) Área colhida (ha) 
Á
re
a 
co
lh
id
a 
(m
il 
h
a)
 
P
ro
d
u
çã
o
 (
m
il 
to
n
) 
13 
87% 
67,6 % 
Produção x Estado 
Fonte: IBGE, 2012 
Figura 5. Produção de batata X Estados 
31,06 
19,06 
17,80 
10,00 
0,00 
5,00 
10,00 
15,00 
20,00 
25,00 
30,00 
35,00 
Minas Gerais Paraná São Paulo Rio Grande do Sul 
Pe
rc
e
n
tu
al
 d
e 
p
ro
d
u
çã
o
 
14 
Estes estados representam 
79% da produção nacional. 
Produtividade x Estado 
Fonte: IBGE, 2012 
Figura 5. Produtividade de batata X Estados 
0 
5 
10 
15 
20 
25 
30 
35 
40 
45 
Goiás Bahia Minas Gerais São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do 
Sul 
P
ro
d
u
ti
vi
d
ad
e 
m
il 
kg
 h
a-
¹ 
41,7 
37,2 
29,4 
22,4 22,4 
17,9 
16,4 
15 
– Safra das águas: agosto a dezembro (RS, SC, PR, MG e 
SP). Aproximadamente 60 mil hectares. 
– Safra das secas: dezembro a abril (RS, SC, PR, MG e 
SP). Aproximadamente 46 mil hectares. 
– Safra de inverno: abril a julho (SP, MG e ES). 34 mil 
hectares. 
Épocas de Plantio 
16 
Safra das 
Águas; 43% 
Safra da Seca; 
33% 
Safra de 
Inverno; 24% 
Proporção das Épocas de Produção 
Fonte: IBGE, 2012 17 
Figura 6. Participação das épocas de plantio na cultura da batata 
Alto risco da doença 
da requeima. 
• Plantio da batata até a emergência das hastes 
– Reservas tubérculo; excesso h2o prejudicial; 1 a 2 semanas 
• Emergência ao início da tuberização 
– > crescimento da parte aérea e raízes; 
– Adubação complementar 
– Início tuberização; 
– > Exigências hídricas 
– 1-2 até 4-5 semanas 
 
Desenvolvimento da Cultura 
18 
• Início tuberização até o máximo desenvolvimento 
vegetativo 
– Máxima absorção de nutrientes e tuberização; 
– Início problemas fitosssanitários; 4-5 até 8-10 semanas. 
• Máximo desenvolvimento vegetativo à senescência 
– Mais longo e maior ganho de peso 
– < Exigências hídricas; > Problemas fitossanitários 
– 8-10 até 15-17 semanas 
 
Desenvolvimento da Cultura 
19 
• Termoperiodicidade diária: 10°C ≠ entre dia e noite 
• 20-25 durante o dia. 
• 10-16 durante a noite. 
• Temperatura ideal; 
• Emergência – Início tuberização: 18 – 22°C 
– Baixa no início do ciclo – atraso no estabelecimento. 
– Excesso de umidade: apodrecimento e má formação de tubérculos. 
• Amena na tuberização (20°C) – maior produtividade. 
• T° > 29°C na tuberização = Altera a respiração < Fotossíntese 
– Menor nº e peso unitário de tubérculos; 
– Menor IAF. 
Exigências Climáticas 
20 
• Hortaliça mais exigente em água. 
• Necessidade de água ou evapotranspiração total da cultura 
varia de 350 – 600 mm/ciclo. 
• Dependendo principalmente das condições climáticas predominantes 
e duração do ciclo da cultivar. 
• A eficiência da utilização varia de 4 – 7 Kg de tubérculos/m³. 
• Minimizar riscos inerentes a condições climáticas adversas. 
 
Exigências Hídricas 
21 
• Leve, areno-argilosos, soltos, bem estruturados, com 
média ou alta fertilidade, bem drenados e com boa 
aeração. 
– Preparo convencional: aração e gradagem. 
– Problemas de erosão. 
• Correção do solo: 
– Relativamente tolerante à acidez; 
– pH ideal: 5,5; 
– Saturação de bases 60%. 
 
Solo 
22 
• > produtividades = > exportação de nutrientes: 
• Exemplo: 
– Uma lavoura com produtividade de 
27 T ha-1, exporta: 
• 131,76 kg de K; 
• 85,86 kg de N; 
• 25,92 kg de P; 
• 11,43 kg de S; 
• 4,05 kg de Ca e Mg. 
• Pesada adubação. 
Adubação 
23 
• Batata-semente:– Menor tamanho favorável. 
– Adequado brotamento 
• Densidade de plantio - 3.420 kg ha-1 - tipo I 
• Plantio em sulcos (10-15 cm) 
– Espaçamento: 
• 80-90 cm – consumo 
• 70-75 cm – batata-semente. 
• 20-50 cm na linha – depende vigor. 
• Evitar contato do fertilizante com a batata-semente. 
Implantação da Cultura 
24 
Entre as linhas 
Implantação da Cultura 
Figura 7. Plantadora-adubadora de batata. 
25 
• Amontoa: 
– Aterramento da fileiras, formando um camaleão de cerca de 
20 cm. 25 a 30 dias após a emergência. 
– Efetuar quando hastes atingirem 25-30 cm de altura. 
– Estimula tuberização. 
– Melhora eficiência da adubação de cobertura. 
– Previne esverdeamento. 
– Controle de plantas daninhas. 
 
Tratos Culturais 
26 
Esverdeamento 
Figura 8. Esverdeamento da batata por exposição prolongada a luz solar. 
27 
Esverdeamento = produção de solanina nos tubérculos, a qual é tóxica 
para seres humanos. Esverdeamento pela perda de água. 
Tratos Culturais 
Figura 9. Ilustração da amontoa. 
28 
Amontoa para evitar exposição ao sol que pode causar escaldadura e 
esverdeamento das batatas. 
Insetos Pragas 
- Constitui um dos maiores problemas na cultura da 
batata. 
- O controle é um dos fatores que mais oneram os custos. 
- Causadores de danos: 
• Diretos 
• Indiretos 
29 
• Pulgões • Vaquinha - Diabrotica speciosa 
Figura 10. Principais insetos-praga e seus danos. 
Principais Pragas 
30 
• Traça-da-batata – 
Phthorimaea operculella 
 
 
• Mosca-minadora – Liriomyza 
huidobrensis 
 
Figura 11. Principais insetos-praga e seus danos. 
Principais Pragas 
31 
Figura 12. Pragas secundárias. 
Pragas Secundárias 
• Bicho - bolo 
 
 
• Burrinho 
 
 
32 
Figura 13. Pragas secundárias. 
Pragas Secundárias 
• Ácaros 
 
 
• Bicho - arame 
 
 
33 
Doenças 
Doenças podem ser causadas por fungos, bactérias, 
vírus e nematóides. 
Maior participação nos custos de produção, pela 
necessidade de aplicações sequenciais. 
34 
• Murcha bacteriana – Pseudomonas 
solanacearum 
• Vírus do enrolamento da folha – 
Potato leafroll virus 
Figura 14. Principais doenças e seus danos. 
Doenças 
35 
• Requeima – Phytophthora infestans 
 
• Pinta preta – Alternaria solani 
Figura 15. Principais doenças e seus danos. 
Doenças 
36 
Manejo de Plantas Daninhas 
37 
Competição com plantas daninhas: 
 
• Efeitos diretos: competição por fatores de crescimento: 
– Água. 
– Luz. 
– Nutrientes. 
• Efeitos indiretos: 
– Dificultam a colheita. 
– Hospedeiro de pragas e doenças. 
– Efeitos alelopáticos. 
• Cada adicional de 10% na massa seca de PD decréscimo 
de 12% na produção de tubérculos (Nelson e Thoreson, 
1981). 
38 
Período Crítico de Prevenção da 
Interferência 
110 
PCPI PAI 
0 30 50 
PTPI 
Amontoa 
PAI e PCPI variáveis: 
• Clima. 
• Grau de infestação. 
• Densidade de plantas. 
• Vigor de cultivares. 
• Adubação. 
Guimarães, 2003 39 
Espécie Nome comum Espécie Nome comum 
Brachiaria plantaginea Papuã Portulaca oleraceae Beldroega 
Cenchrus echinatus Capim-carrapicho Sida sp. Guanxumas 
Digitaria horizontalis Milhã Coronopus didymus Mastruço 
Eleusine indica Capim pé-de-galinha Sonchus oleraceus Serralha 
Echinochloa sp. Capim-arroz Amaranthus sp. Caruru 
Brachiaria decumbens Capim-braquiária Galinsoga parviflora Picão-branco 
Commelina benghalensis Trapoeraba Solanum americanum Maria-pretinha 
Cyperus rotundus Tiririca Richardia brasiliensis Poáia-branca 
Bidens pilosa Picão-preto Ipomoea sp. Corriola 
Tabela 4. Principais plantas daninhas associadas a 
cultura da batata. (Adaptado de Blanco, 2008) 
40 
17 0 0 34 17 51 51 34 
------------- Plantas m-2 ------------- 
Figura 18. Número e massa seca de tubérculos em diferentes densidades de 
Sorghum halepense . (Adaptado de Beltrano & Caldiz, 1993) 
-85% 
-80% 
-95% 
-55% 
-65% 
-45% 
41 
Competição 
• Controle preventivo: 
– Batata-semente certificada e/ou registrada. 
– Evitar que plantas daninhas produzam sementes. 
– Não permitir o desenvolvimento de plantas daninhas de 
propagação vegetativa. 
– Limpeza de máquinas, cuidado com trânsito de veículos e 
animais. 
– Limpeza de arredores. 
Métodos de Controle 
42 
• Controle cultural: 
– Preparo antecipado do solo. 
– Espaçamento. 
– Densidade de plantio. 
– Cultivares adaptadas e vigorosas. 
– Rotação de culturas: 
• Arroz, milho, sorgo, pastagens, feijão. 
• diversifica controle químico. 
– Cobertura do solo. 
• Controle mecânico: 
– Capinas. 
– Cultivadores (capinadeiras). 
– Arranquio. 
43 
Áreas mais úmidas, favorece 
o desenvolvimento de 
doenças como sarna 
pulverulenta e podridão dos 
tubérculos. 
Início Fim 
pl. m-2 Graus dia DAE 
Fechamento 
(%) 
Graus dia DAE 
Fechamento 
(%) 
5,3 571 19 40 1163 51 80 
6,6 676 24 50 1014 43 100 
Tabela 5. Período crítico de prevenção da interferência de plantas daninhas 
(PCPI), baseado no desenvolvimento em graus dia, dias após a emergência e 
fechamento do dossel foliar em duas populações de plantas (Adaptado de 
Ahmadvand et al. 2009). 
População de Plantas 
PCPI População de plantas 
População de plantas 
PAI 
PCPI PAI 
44 
População de Plantas 
P
ro
d
u
çã
o
 r
el
at
iv
a 
(%
 e
m
 
re
la
çã
o
 à
 á
re
as
 li
vr
es
 d
e 
P
D
 
Figura 19. Efeito do aumento do período da interferência (círculos) e períodos livre 
da infestação de plantas daninhas (triângulos) sobre a produção relativa de 
batatas em (A) alta densidade de plantas e (B) baixa densidade de plantas 
(Adaptado de Ahmadvand et al. 2009). 
PAI PCPI PAI PCPI 
19 – 51 DAE 24 – 43 DAE 
45 
Tabela 6. Avaliação visual do fechamento da entrelinha pelo dossel foliar de 
diferentes cultivares de batata. (Adaptado de Colquhoun et al., 2009) 
 
1Médias não seguidas por mesma letra, diferem pelo teste LSD 5%. 
 
Cultivar 
Fechamento do dossel foliar 
1º de junho 21 de junho 
-----------------------%---------------------- 
Atlantic 16 a 84 bcd 
Snowden 14 ab 88 bc 
Superior 16 a 76 cd 
Rodeo 10 bc 88 bc 
Goldrush 9 c 74 d 
Russet Norkotah 10 bc 85 bcd 
Bannock Russet 4 d 53 e 
Russet Burbank 16 a 96 a 
Villeta Rose 8 c 79 bcd 
Dark red Norland 14 ab 89 ab 
Cultivares Competitivas 
46 
Cultivar 
Produtividade de tubérculos comercializáveis 
Infestação durante todo 
ciclo 
Livre de infestação nas 4 
primeiras semanas 
-----% em relação à testemunha capinada2 ----- 
Atlantic 57 a1 75 bc 
Snowden 57 a 92 ab 
Superior 48 ab 81 bc 
Rodeo 57 ab 86 ab 
Goldrush 42 b 79 bc 
Russet Norkotah 48 ab 85 ab 
Bannock Russet 23 c 58 c 
Russet Burbank 64 a 88 ab 
Villeta Rose 52 ab 88 ab 
Dark red Norland 60 a 98 a 
Tabela 7. Produtividade total de batata comercializável em cultivares submetidas 
à diferentes períodos de convivência com plantas daninhas. (Adaptado de 
Colquhoun et al., 2009) 
 
1Médias não seguidas por mesma letra, diferem pelo teste LSD 5%. 
2Produtividade relativa à área sem presença de plantas daninhas. 
Cultivares Competitivas 
47 
• Controle químico: 
– Controle de PD em épocas chuvosas 
– Controle de plantas daninhas que incidem na fase de 
crescimento da batata. 
– Plantas que escapam de outras métodos de controle (após a 
amontoa). 
– Herbicidasaplicados em pré plantio, pré e pós emergência. 
– Dessecação em pré-colheita. 
 
• Controle integrado: 
– Emprego de duas ou mais medidas de controle. 
48 
Ingrediente ativo 
Nome 
comercial 
Composição Aplicação Indicação 
Carfentrazone-ethyl Affinity 400 EC 400 g L-1 Pré Gra, lat 
Clethodim Select 240 CE 240 g L-1 Pós Gra 
Clomazone Gamit 360 CS 360 g L-1 Pré/Pós Gra 
Dibrometo de diquat Reglone 200 g L-1 Pós-d Gra, lat 
Dibrometo de paraquat Gramoxone 200 g L-1 Pós-d Gra, lat 
Fenoxaprop-p-ethyl Rapsode 110 g L-1 Pós Gra 
Fluazifop-p-butyl Fusilade 250 250 g L-1 Pós Gra 
Flumioxazin Flumyzin 500 500 g Kg-1 Pré/Pós Gra, lat 
Tabela 8. Herbicidas registrados para a cultura da batata. 
Fonte: Agrofit, 2012 49 
• Quando as hastes apresentarem-se secas e tubérculo com 
película firme. 
• Uso mecânico. 
• Catação manual após a destruição das leiras. 
Colheita 
Fonte: Google 
Figura 20. Ilustração da colheita. 
50 
• Perda de umidade. 
• Lavagem. 
• Diminuição da vida pós-colheita, aumento de 
apodrecimentos e deterioração dos tubérculos. 
• Risco de contaminação por patógenos. 
• Aumento da taxa de descarte pelo processo de 
limpeza. 
• Maiores perdas no transporte à longas 
distâncias. 
 
Processamento 
51 
• Condições naturais (galpões) - 1 mês. 
• Condições refrigeradas com 80-90% UR e 7 
– 12º C - 3 meses. 
• Temperaturas amenas no armazenamento pode 
ocasionar acúmulo de sacarose e açúcares 
redutores, deixando a batata escura quando for 
frita. 
 
 
Armazenamento 
52 
• Local arejado, seco e com abrigo de luz. 
• Deixar abrigada da luz para evitar 
esverdeamento e formação de glicoalcalóides 
tóxicos = solanina, reduzindo o valor comercial 
e causando danos a saúde humana. 
• Evitar pilhas próximas às paredes e 
formação de grandes blocos. 
• Adequado expurgo de pragas e roedores. 
 
Armazenamento 
53 
• Alta produtividade = rentabilidade. 
• Maior produção de energia e proteína por hectare. 
• Alto valor biológico. 
• Considerado alimento marginal. 
• Altamente perecível. 
• Produto volumoso = alto valor de transporte. 
Considerações Finais 
54 
• Falta de informações aos consumidores quanto suas 
qualidades. 
• Inexistência de mecanismos formais e legais para a 
certificação e validação de tecnologias especificas para 
os sistema de cultivo. 
• Necessidade de realizar rotação de culturas. 
• Utilizar MIPD para obter êxito na produção de batata. 
Considerações Finais 
55 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CAMPUS DE CACHOEIRA DO SUL 
CACHOEIRA DO SUL – RS 
Mandioca 
Prof. Alfran Tellechea Martini 
Engenheiro Agrônomo 
Doutor em Engenharia Agrícola 56 
Origem 
57 
Introdução 
• Originária da América do Sul (9 mil anos) 
• Fonte energética para 500 milhões de pessoas 
• Atraz de cana-de-açúcar, soja e milho 
• Países em desenvolvimento 
• Pequenas áreas 
Importância econômica 
Utilização da parte aérea 
• Alimentação animal 
 
• Energia 
58 
Importância econômica 
Utilização das raízes 
 Culinária 
 Alimentação animal (16 e 30 t MS/ha/ano; 
 Indústria 
 Álcool (12.800l ha; 55 t/ha raízes; Salla, 2008) 
 
59 
Importância econômica 
A raiz pode ser classificada em: 
1) de “mesa” - é comercializada na forma in 
natura; 
 
2) para a indústria - transformada principalmente 
em farinha, que tem uso essencialmente 
alimentar, e fécula. 
60 
FÉCULA 
( Amido) 
FERMENTADA MODIFICADA 
IN NATURA 
Polvilho 
Papéis 
Baby - food 
Álcool 
Fermento 
químico 
Goma para 
tecidos 
Tapioca / Sagu 
- Dextrina (papelão) 
- Pré-gelatinizados 
- Glucose 
- Sorbitol (adoçante) 
- Vitamina C 
- Plásticos biodegradáveis 
 
Figura 1. Utilização industrial da mandioca 
61 
 
• Espécie comestível e largamente difundida; 
• Pertence a família Euphorbiaceae, que contém 
mais de duzentas espécies; 
• São plantas de hábito arbustivo ou herbáceo; 
• Suas principais espécies, por serem 
comestíveis e largamente difundidas, são 
Manihot esculenta e a Manihot utilissima. 
Mandioca 
 
62 
Características 
Quanto à toxidade as cultivares podem ser: 
1) doces ou de "mesa", também conhecidas como aipim, macaxeira 
ou mandioca mansa e normalmente utilizadas para consumo fresco 
humano e animal; 
2) amargas ou mandiocas bravas, geralmente usadas nas indústrias. 
Quanto ao teor de ácido cianídrico: 
1) Não venenosa - menos 50 mg de HCN por kg de raiz fresca 
2) Pouco venenosa - de 50 a 80 mg de HCN por kg de raiz fresca 
3) Venenosa - de 80 a 100 mg de HCN por kg de raiz fresca 
4) Muito venenosa - acima de 100 mg de HCN por kg de raiz fresca 
Ciclo: 
Precoce: 10-12 meses 
Semi-precoce: 14-16 meses 
Tardio: 18-20 meses 
 
63 
 
Uso industrial Mesa 
 
• Branca de Sta Catarina 
• Roxinha 
• Fibra 
• IAC 12 
• IAC 13 
• IAC 14 
• IAC 15 
• Fécula Branca 
• Espeto 
• Mantiqueira 
• Verdinha 
• Jaçanã 
• Preta 
• IAC 576 
• Pioneira 
• Paraná 
• Gema de Ovo 
 
Embrapa, 2010. 64 
Cultivares de mandioca para plantio na 
região Centro Sul do Brasil 
1. Cor da folha apical 
Verde 
claro 
Verde 
escuro 
Verde 
arroxeado 
Roxo 
65 
Características 
Características 
2. Cor do córtex do caule 
Amarelo Verde claro Verde escuro 
66 
3. Cor externa do caule 
Laranja Verde 
amarelado 
Dourado Marrom 
claro 
 
Prateado Cinza Marrom 
escuro 
67 
Características 
5. Cor externa da raiz 
Branco ou 
creme 
Amarelo Marrom 
claro 
Marrom 
escuro 
68 
Características 
6. Cor da polpa da raiz 
Branca Creme Amarela Rosada 
69 
Características 
7. Textura da epiderme da raiz 
Lisa Rugosa 
70 
Características 
• Clima tropical e subtropical; 
• Precipitação pluviométrica variável de 600 a 1.500 
mm/ano; 
• Temperatura média de em torno de 25ºC. 
• 30 graus de latitudes Norte e Sul; 
• Altitudes até cerca de 2.300 metros; 
• Período de luz ideal 12 horas/dia. 
 
 
 
Clima 
Cultura da Mandioca 
71 
Solo 
• Arenoso – Textura médio (argiloso = compactação): 
• Terrenos de baixada, topografia plana e encharcados 
periódicamente (inadequado = pequeno 
desenvolvimento das plantas de apodrecimento das 
raízes): 
• Profundidade: 
• Declividade (até 10%): 
• Práticas conservacionistas do solo: 
 
Ideais: arenosos ou textura média (fácil crescimento das raízes, 
boa drenagem e facilidade de colheita). 
 
 
72 
Cultura da Mandioca 
Época de Plantio 
• Disponibilidade de rama 
 
• Fatores climáticos 
 
• Pragas, Insetos e PD 
 
 
Manejo das ramas para o plantio 
• Época de coleta das ramas (10 a 12 meses) 
• Corte das ramas 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 cm 
5 - 7 gemas 
1,5 cm 
1,5 cm 
75 
Armazenagem e viabilidade das ramas 
• Sombreado 
• Coberto com palha ou capim seco 
Local 
Tratamento recomendados para as manivas durante a conservação 
Fonte: Agrofit 
 
O espaçamento é definido como a distância entre as fileiras de plantas 
e entre plantas na fileira. 
 Fileiras simples: 1,00 x 0.60 m (16.666 plantas ha-1) a 1,00 x 
1,00m (10.000 plantas/ha), dependendo do tipo de ramificação, 
porte da cultivar e fertilidade do solo. 
 Fileiras duplas: 2,00 m x 0,60 m x 0,60 m (12.820 plantas/ha) ou 
2,00 m x 0,80 m x 0,80 m (8.928 plantas/ha). 
 Fileiras duplas: alto rendimento de raízes, consorciocom culturas 
de ciclo curto (milho, feijão, etc.), rotação de culturas na mesma 
área, redução do número de hastes, controle do mato de forma 
mecanizada e facilita colheita. 
Espaçamento 
 
76 
Cultura da Mandioca 
77 
 O plantio pode ser feito em covas, sulcos e 
leirões contínuos ou covas altas; 
 
 O plantio em covas ou sulcos é feito na 
profundidade de até 10 cm e as manivas 
colocadas na posição horizontal das covas, 
cobrindo-o com uma leve camada de terra. 
 
Plantio 
Cultura da Mandioca 
Fileira 
simples 
Fileiras 
duplas 
Consorciado 
com feijão 
78 
Covas 
79 
• Enxada 
• Sulcador a tração animal ou mecanizados. 
• Plantadeiras mecanizadas disponíveis no mercado 
que fazem de uma só vez as operações: 
• sulcamento, adubação, corte das manivas, 
plantio e cobertura das manivas. 
Plantio 
Cultura da Mandioca 
 
ADUBAÇÃO E CALAGEM 
 
pH = 5,5 a 7,0 (ideal = 6,5). 
 As áreas devem ser escolhidas, preparadas, 
corrigidas e adubadas adequadamente, conforme os 
resultados de análise química. 
80 
Cultura da Mandioca 
Marandovás 
Broca do caule 
Formigas 
Ácaros 
81 
PRAGAS 
Fonte: Google imagens 
 DOENÇAS 
Podridão de raiz 
Mancha parda 
Mancha parda grande 
Ferrugem da mandioca 
(Uromyces manihotis) 
82 
Fonte: Google imagens 
83 
 Mudas sádias 
 Boa drenagem 
 Adubação balanceada 
 Controlar os insetos e nematóides vetores de viroses e 
as brocas que provocam ferimentos nas plantas 
 Evitar ferimentos nos tratos culturais 
 Destruir os restos culturais que, normalmente hospedam 
populações de patógenos e insetos 
 Realizar rotação de culturas 
 Inspecionar a lavoura com freqüência 
 
 DOENÇAS 
84 
A colheita da mandioca é feita de maneira manual ou com 
auxílio de implementos: 
 
• 1000 a 1500 kg/homem/dia 
 
a) A poda das ramas, efetuada a uma altura de 20 a 30 cm acima do nível do 
solo, pode ser feito de maneira manual ou com auxílio de implementos 
COLHEITA 
• Reduz a produção de raízes e o teor de 
carboidratos 
• Disseminação de pragas e doenças 
• Aumenta a infestação de ervas daninhas 
• Aumenta teor de fibras nas raízes 
• Elevar o número de hastes por planta 
85 
 
c) arranquio das raízes do solo que pode ser executado de maneira manual, 
com a ajuda de ferramentas ou por meio de implementos mecanizados, 
como o arrancador 
 
 
 
 
b) passagem de implementos mecanizados como o afofador 
86 
d) Arranquio das raízes das cepas da mandioca, também conhecido como 
"despinicar" . 
e) Carregamento 
• A colheita é realizada quando a cultura alcança alto rendimento 
de raízes e de percentual de amido, quando o destino é a 
indústria, ocorrendo geralmente de 12 a 18 meses de idade da 
planta. 
• Para a mandioca de mesa a colheita é feita geralmente a partir 
dos oitavo mês, pois colheitas tardias podem reduzir a qualidade 
das raízes para o consumo. 
• Raízes de mandioca são perecíveis; após a colheita ocorre 
processo de murchamento e arroxeamento. 
• O rendimento industrial varia de 25 a 30%, ou seja uma 
tonelada de raízes produz cerca de 300 quilos de farinha. 
 
COLHEITA E RENDIMENTO 
87 
PLANTAS DANINHAS 
88 
 
• As plantas daninhas concorrem com a cultura da 
mandioca pelos fatores de produção, principalmente por 
água e nutrientes. 
• Perdas em produção de raízes podem chegar a 
90%, em função do tempo de convivência e da 
densidade das espécies infestantes (Carvalho, 2000; 
Mattos & Cardoso, 2003). 
 
 
Manejo de plantas daninhas 
89 
 
 Custo elevado da mão-de-obra para o 
controle de plantas daninhas, é devido ao 
crescimento inicial muito lento da cultura, que 
demora para fechar e cobrir o solo. Esse custo 
representa 35 a 40 % do custo total de produção, 
demandando cerca de 50 % de toda mão-de-obra 
requerida no ano agrícola. 
 
 Gomes; Leal, 2006 
 
 
90 
Manejo de plantas daninhas 
 Quanto ao período crítico, em condições 
normais de umidade e temperatura a mandioca é 
sensível à competição das plantas daninhas nos 
primeiros quatro meses do seu ciclo, exigindo 
nessa fase um período aproximado de 100 dias 
livre da interferência, a partir de 20 a 30 dias após 
sua brotação, para se obter boa produção, 
dispensando daí em diante o controle até à 
colheita. 
 
Embrapa, 2010 
. 
91 
Manejo de plantas daninhas 
Família Nome científico Comum 
Compositae 
 
Acanthospermum australe Carrapicho rasteiro 
Acanthospermum hispidum Carrapicho-de-carneiro 
Eupatorium ballataefolium Eupatorio, picão-preto 
Eupatorium laevigatum Eupatorio, Erva-formigueira 
Blainvillea rhomboidea Picão grande 
Centratheum punctatum Perpétua 
Ageratum conyzoides Mentrasto 
Bidens pilosa Picão preto 
Sonchus oleraceus Serralha 
Emilia sonchifolia Falsa serralha 
Tagetes minuta Cravo de defunto 
Galinsoga parviflora Picão branco 
Galinsoga ciliata Picão branco, fazendeiro 
Gramineae 
Brachiaria plantaginea Capim marmelada 
Rhynchelytrum repens Capim favorito 
Pennisetum setosum Capim oferecido 
Leptocloa filiformis Capim mimoso 
Echinochloa colonum Capim coloninho 
Digitaria horizontalis Capim colchão 
Setaria vulpiseta Capim rabo-de-raposa 
Eleusine indica Capim pé-de-galinha 
Leguminosae Senna occidentalis Fedegoso 
Malvaceae 
Sida spinosa Guanxuma, malva 
Sida rhombifolia Guanxuma, relógio 
Sida cordifolia Malva branca 
Tabela 9. Plantas daninhas que ocorrem na cultura da mandioca, no Brasil. 
Embrapa, 2010. 
92 
Continuação tabela 9. 
Família Nome científico 
Comum 
 
Rubiaceae 
Spermacoce verticillata Vassourinha de botão 
Mitracarpus hirtus Poaia da praia 
Diodia teres Mata pasto 
Richardia brasiliensis Poaia branca 
Spermacoce latifolia Erva quente 
Richardia scabra Poaia do cerrado 
Euphorbiaceae 
Croton lobatus Café bravo 
Euphorbia heterophylla Amendoim bravo 
Phyllanthus tenellus Quebra-pedra 
Chamaesyce hirta Erva-de-santa-luzia 
Chamaesyce prostata Quebra-pedra rasteiro 
Euphorbia brasiliensis Leiteira 
Convolvulaceae Ipomoea sp. Corda-de-viola 
Portulacaceae Portulaca oleracea Beldroega 
Amaranthaceae 
Amaranthus viridis Caruru verde 
Amaranthus spinosus Caruru-de-espinho 
Amaranthus hybridus Caruru roxo 
Alternanthera tenella Apaga fogo 
Commelinaceae 
Commelina benghalensis Trapoeraba, marianinha 
Commelina difusa Trapoeraba, marianinha 
Cyperaceae 
Cyperus rotundus Tiririca roxa 
Cyperus esculentus Tiriricão, tiririca amarela 
Embrapa, 2010. 93 
• Controle cultural 
• Controle mecânico 
• Controle químico 
• Controle integrado 
94 
Métodos de controle de plantas daninhas 
na cultura da mandioca 
 
 
 bom preparo do solo; 
 
 qualidade da maniva para o plantio; 
 
 escolha da variedade adaptada ao ecossistema; 
 
 época de plantio; 
 
 densidade de plantio; 
 
 rotação de culturas; 
 
 uso de coberturas verdes. 
 95 
Controle cultural 
 
Arranquio manual 
Capina manual 
Roçadas 
Cultivo mecanizado 
Embrapa, 2010 
96 
Controle mecânico 
 Quando os períodos de convivência das plantas daninhas 
com a cultura foram iguais e superiores a 50 dias entre o 
plantio e a capina, a produtividade da cultura apresentou 
decréscimo na produção de raízes; 
 
 As perdas no rendimento foram superiores a 90% 
quando a primeira capina foi realizada após 100 dias de 
convivência da cultura com as plantas daninhas; 
 
 O PCPI encontra-se dos 25 aos 75 DAP. 
INTERFERÊNCIADE PLANTAS DANINHAS SOBRE A 
PRODUTIVIDADE DA MANDIOCA (Manihot esculenta) 
Albuquerque et al., 2008 
97 
 A cultura da mandioca é mais sensível à competição 
quando o período de convivência é superior a 60 dias 
após o plantio. 
 
 Capinas realizadas até 90 dias após o plantio 
aumentam consideravelmente a produção de ramas e 
raízes de mandioca. 
Alcântara et al.,1982 
Pinho et al. ,1980 
98 
 
 
 
Consiste no uso de herbicidas, que são produtos 
químicos aplicados em pré e pós-emergência das 
plantas daninhas para seu controle. 
99 
 Controle químico 
Tabela 11 . Herbicidas indicados para o controle de plantas daninhas na cultura 
da mandioca. 
Nome comum 
Produto 
comercial 
Dose (kg do 
i.a./ha-1) 
Época de 
aplicação 
Mecanismo de 
ação 
Clomazone Gamit 0,8- 1,0 Pré Carotenóides 
Metribuzin 
Sencor 480, 
Lexone SC 
 
0,35 - 0,49 
 
Pré 
 
Fotossistema II 
Trifluralina 
Trifluralina 
Nortox 
0,53 - 1,07 
 
PPI Microtúbulos 
Ametryn + 
clomazone 
Sinerge CE 
1,2 + 0,8 a 1,5 + 
1,0 
Pré / Pós 
inicial 
Fotossistema II 
+ 
Carotenóides 
 
Clethodim Select 240 CE 0,084 a 0,108 Pós ACCase 
Isoxaflutole 
Provence 750 
WG 
0,075 a 
0,09375 
Pré 
 
Carotenóides 
 
Agrofit, 2012; 100 
Nome comum Nome comercial Dose (kg do i.a./ha-1) Época de aplicação 
Diuron Karmex, Diuron, Cention 1,0 - 1,5 PRÉ* 
Linuron Afalon SC, Linurex 1,0 - 2,0 PRÉ 
Alachlor Laço CE, Alaclor Nortox 2,4 - 2,8 PRÉ 
Oxyfluorfen Goal 0,36 - 0,48 PRÉ 
Trifluralina Trifluralina Nortox 0,53 - 1,07 PPI 
Metolaclor Dual 960 CE 2,4 - 2,88 PRÉ 
Atrazina Gesaprim 500, Atrazinax 2,0 - 3,0 PRÉ 
Metribuzin Sencor 480, Lexone SC 0,35 - 0,49 PRÉ 
Clomazone Gamit 0,80 - 1,0 PRÉ 
Fenoxapropetil Furore 0,15 - 0,21 PÓS 
Sethoxydin Poast 0,23 PÓS 
Fluazifop-P-butil Fusilade 125 0,188 PÓS 
Haloxyfop-methyl Verdict 0,12 PÓS 
Quizalofop-ethyl Targa 0,1 PÓS 
Glifosato Roundup 0,72 - 1,08 PÓS** 
Diuron + metolaclor Mistura de tanque 1,0 + 1,92 PRÉ 
Trifluralina + diuron Mistura de tanque 1,0 + 0,53 PRÉ 
Diuron + alachlor Mistura de tanque 1,0 + 1,2 PRÉ 
Atrazina + alachlor Boxer 2,4 - 2,88 PRÉ 
Linuron + metolaclor Mistura de tanque 1,0 + 1,92 PRÉ 
Linuron + alachlor Mistura de tanque 1,0 + 1,2 PRÉ 
Tabela 12 . Herbicidas indicados pela pesquisa, mas não registrados para a 
cultura da mandioca no Brasil. 
101 
Fonte: Embrapa, 2003. 
 
 
 Consiste na integração dos métodos 
químico, mecânico e cultural, com o objetivo de 
eliminar as deficiências de cada um deles e, 
assim, obter um resultado mais eficiente, redução 
dos custos e menor efeito sobre o meio ambiente. 
102 
Controle integrado 
 Na cultura da mandioca, os dois métodos mais 
utilizados para o controle de plantas daninhas são o 
mecânico, por meio de capinas, e o químico, por meio de 
herbicidas. 
 No entanto, o uso de herbicidas nesta cultura ainda é 
limitado, dependendo da disponibilização de mais 
informações e de mais herbicidas registrados para uso. 
Considerações finais 
103

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