Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Prof. Leandro Dobrachinski Curso de Medicina Módulo Mecanismos Fisiológicos II Componente Modular: Farmacologia 2017.2 Inibidores da Síntese da Parede Celular Conteúdo: Objetivos: Parasitologia no âmbito da Saúde Bibliografia Avaliações Notas Apresentar a disciplina, bem como a sua fundamentação profissional, Descrever os conteúdos que serão abordados ao longo do semestre; Indicar a bibliografia bem como o material que será utilizado pelo docente; Informar as avaliações (Provas e Trabalhos/Seminários) que serão realizados; Apresentar o cálculo de notas necessário para a aprovação na disciplina; 3 Inibidores da Síntese da Parede Celular Alguns antimicrobianos interferem seletivamente na síntese da parede celular bacteriana – uma estrutura que as células dos mamíferos não possuem; As propriedades químicas e estruturais peculiares da parede celular fizeram dela um alvo atraente e proeminente da quimioterapia antibacteriana; 4 Síntese da Parede Celular A biossíntese da parede celular ocorre em três fases principais: Síntese de monômeros de Mureína a partir de aminoácidos e de unidades de açúcares; Adição de componentes peptídicos; 5 Polimerização dos monômeros de mureína em polímeros de peptidoglicano lineares; 6 Ligação cruzada das cadeias de mureína entre si por enzimas denominadas transpeptidases; 7 Classes dos Inibidores da Síntese da Parede Celular: β – lactâmicos Glicopeptídeos Vancomicina Teicoplamina Polipeptídicos Polimixina Bacitracina Colistina Penicilinas Cefalosporinas Carbapenêmicos Monobactâmicos Lipopeptídeos Daptomicina Epóxidos - Fosforados Fosfomicina trometamol 8 Antimicrobianos β - lactâmicos Possuem a mesma estrutura central e o mesmo mecanismo de ação; Possui em comum no seu núcleo estrutural o anel ß-lactâmico, o qual confere atividade bactericida. Conforme a característica da cadeia lateral definem-se seu espectro de ação e suas propriedades farmacológicas; Carbapenemos Monobactâmicos Cefalosporinas Penicilinas Os β-lactâmicos constituem a maior classe e mais amplamente prescrita de antibióticos; 9 A resistência bacteriana aos antibióticos β-lactâmicos continua aumentando em uma velocidade assustadora; 10 Em 1928, Alexander Fleming fez uma descoberta casual que iria revolucionar o tratamento das infecções bacterianas; Penicilinas Tem-se dito que muitas descobertas científicas são feitas ao acaso; O acaso, já dizia Pasteur, só favorece aos espíritos preparados; Hospital St. Mary's (Londres) 11 Fleming quando saiu de férias e esqueceu algumas placas com culturas de microrganismos em seu laboratório; Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um fungo; Em volta das colônias deste não havia mais bactérias; 12 Flening descobriu assim um fungo do gênero Penicillium e demonstrou que o fungo produzia uma substância que causava a morte das bactérias; A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos; A explosão da 2ª Guerra Mundial em 1939 retomou o interesse pela descoberta de Flening; 13 Em 1940, Sir Howard Florey e Ernst Chain purificaram a substância obtida por Flening: Penicilina; Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infectados, assim como a sua não-toxicidade; Em 1941, os seus efeitos foram demonstrados em humanos; Benzilpenicilina 14 Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina por este trabalho; A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial; A produção da penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurou uma nova era para a medicina: “A era dos antibióticos”. 15 As penicilinas estão entre os fármacos mais utilizados e também entre os menos tóxicos; As penicilinas são os fármacos preferidos para várias infecções; Porém o desenvolvimento freqüente de resistência tem limitado seu uso; Estrutura 1 2 R 1 – Anel Tiazolidina 2 – Anel β – lactâmico R – Radical 16 R Os membros dessa família diferem entre si no substituinte R ligado ao ácido 6-aminopenicilânico; Portanto as modificações do RADICAL alteram: Atividade Antibacteriana; Estabilidade Química; Hipersensibilidades; Sensibilidade às Enzimas de Resistência; Benzilpenicilina Amoxicilina 17 Mecanismo de Ação Interferem na última etapa da síntese da parede bacteriana (transpeptidação ou ligações cruzadas); 18 Classificação da Penicilinas As penicilinas são classificadas de acordo com o seu espectro de atividade antimicrobiana; Penicilinas Naturais São obtidas de fermentações do fungo Penicillium chrysogenum. Benzilpenicilina ou Penicilina G Fenoximetilpenicilina ou Penicilina V Penicilinas sensíveis à Penicilinases 19 Entre as Benzilpenicilinas, a associação da penicilina com determinadas substâncias determina sua farmacocinética; Penicilina G Cristalina Penicilina G Procaína Penicilina G Benzatina 20 Penicilinas Resistentes à Penicilinases Estas penicilinas são resistentes à hidrólise pela penicilinase Estafilocóccica; Seu uso apropriado deve ser restrito ao tratamento das infecções supostas ou comprovadamente causadas por Estafilococos produtores desta enzima; Esses fármacos são muito menos ativos que a penicilina G contra outros microrganismos sensíveis à penicilina; Meticilina Oxacilina Nafcilina Dicloxacilina Cloxacilina Microrganismos resistentes à Meticilina indicam resistência à todas as Penicilinas do grupo 21 Devido à sua toxicidade renal, a Meticilina não é usada na clínica, nos EUA, exceto em testes de laboratório para identificar cepas resistentes de MRSAs; Nafcilina Essa penicilina semissintética é altamente resistente à penicilinase; Se mostrou eficaz contra infecções causadas por cepas de S. aureus produtoras de penicilinase; É ligeiramente mais ativa do que a oxacilina contra S. aureus resistente à Penicilina G; 22 Embora seja a mais ativa das penicilinas resistentes à penicilinase contra outros microrganismos, a Nafcilina não é tão potente quanto a penicilina G; Penicilinas de Espectro Ampliado (Aminopenicilinas) Têm um espectro antibacteriano similar ao da benzilpenicilina, mas são mais eficazes contra bacilos gram-negativos; Todos são destruídos pela β-lactamase (das bactérias gram-positivas e gram-negativas). Adição de Radicais que aumentam a hidrofilicidade 23 São bactericidas para microrganismos gram-positivos e gram-negativos; Infecções do trato respiratório superior; Infecções do trato urinário; Meningite; Infecções intestinais; É estável em ácido e bem absorvida por VO; Alimento diminui a sua absorção; Necessita ajuste de dose na IR; Ampicilina Ampicilina 24 Amoxicilina A amoxicilina pode ser administrada sem considerar os horários das refeições; É estável em ácido e foi desenvolvido para uso oral e é absorvido mais rápida e completamente pelo trato GI que a Ampicilina; Incidência de diarréia com amoxicilina é menor que depois da administração de Ampicilina; As Penicilinas de espectro ampliado podem ser associadas a Inibidores de β – lactamases; 25 Penicilinas Antipseudomonas CARBOXIPENICILINAS UREIDOPENICILINAS Piperacilina e Ticarcilina são denominadas penicilinas antipseudomonas devido à sua atividade contra Pseudomonas aeruginosa; Esses antimicrobianos estão disponíveis apenas em preparações parenterais; Devido à tendência da P. aeruginosa a desenvolver resistência durante o tratamento, utiliza-se uma penicilina antipseudomonas em associação com um aminoglicosídeo ou com uma fluoroquinolona para as infecções causadas por pseudomonas fora do trato urinário; 26 Efeitos Adversos das Penicilinas
Compartilhar