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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIA DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA QUÍMICA ORGÂNICA I REATIVIDADE DOS ALCOÓIS: PREPARAÇÃO DO CLORETO DE TERT- BUTILA NOME DOS ALUNOS: AMANDA FERNANDES, ELIETE SCHNEIDER, IZOLDA CAMARGO, LARISSA RICO E PÂMELA RODRIGUES TURMA: FA GRUPO: 2 PROFESSORA: LUISA BARRETT Sinop – MT 9 de Nov/2017 1. OBJETIVO Preparar o cloreto de tert-butila numa reação de substituição nucleofílica do tert-butanol. Purificar por destilação simples e identificar o cloreto tert-butila preparado anteriormente e ter contato com a técnica de destilação simples. 2. MATERIAL UTILIZADO Materiais Funil de separação Provetas de 25 e 50 mL Béquer de 250 mL Funil simples Suporte universal Aro Espátula Álcool butílico terciário Ácido clorídrico concentrado CaCl2 anidro Solução aquosa de NaHCO3 5% Pisseta com água destilada 3. INTRODUÇÃO Os alcoóis são compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional hidroxila (OH) ligada a um ou mais carbonos saturados. O tert-butanol ((CH3)3COH) é caracterizado por ter o grupo hidroxila ligado ao carbono central do isobutano (ou metilpropano (C4H10)). Esses compostos orgânicos são comumente utilizados para a preparação de Haletos de alquila. No presente trabalho o álcool, tert-butanol, foi colocado em reação com o ácido clorídrico para a preparação do cloreto de tert-butila, levando em consideração que as reações orgânicas possibilitam a obtenção de variados produtos orgânicos, neste caso a reação a qual se seguiu foi a de Substituição Nucleofílica Unimolecular. Para esta reação o mecanismo SN1 acontece em três etapas: a quebra heterolítica da ligação do Hidrogênio(H) com o Cloro (Cl) o que segue com a protonação do álcool pelo ácido que formando água (H2O), um ótimo grupo abandonador, sendo a saída da água a etapa lenta da reação, o que resulta na formação do carbocátion. O íon cloreto se liga ao carbocátion e assim ocorre a formação do Cloreto de tert-butila (C4H9Cl). Este é o mecanismo mais adequado para substratos que formam carbocátions estáveis (haletos terciários) como tem-se na preparação do cloreto de t-butila a partir do t-butanol. Abaixo está representado o mecanismo de reação SN1: Para a parte da purificação, foi utilizado um processo de destilação que pode ser exercido para diferentes fins, logo, existem diferentes técnicas para tal processo seguindo a partir de uma solução de dois ou mais componentes onde pelo menos um dos componentes é um líquido. E tem-se o objetivo de separar as substâncias presentes nessa solução. A purificação se fez a partir da solução liquida em aquecimento até que a mesma comece a ferver, quando a pressão atmosférica se igualar a pressão dentro do recipiente, formando bolhas no liquido e assim acontece a vaporização deste, seguida pela condensação do vapor formado, este volta ao estado líquido e é recolhido. As técnicas que geralmente são utilizadas para a obtenção do cloreto tert-butila puro são: extração e lavagem, secagem de solução (secagem por agentes inorgânicos e minerais), filtragem simples (eliminação do agente secante), destilação simples (obtenção do cloreto de tert-butila). Quando um conjunto de medidas é usado para a extração do produto líquido- líquido se denomina marcha química. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Preparação do cloreto tert-butila a partir do tert-butanol. Na capela mediu-se nas provetas 33 mL de ácido clorídrico e 10 mL de álcool tert- butílico. Transferiram-se ambos para o funil de separação. Tampou-se adequadamente e segurou-se de modo que a haste ficasse inclinada e voltada para cima (Figura 1). Assim que foram colocados os reagentes no funil agitou-se 2 vezes e foi liberado o gás formado em seu interior, ainda na capela. Para isso abriu-se a torneira do funil. De volta para a bancada deu-se continuidade ao processo de agitação, seguido de liberação do gás por quinze minutos. Ao terminar o tempo determinado colocou-se o funil no suporte universal e esperou-se um tempo até que a camada inferior ácida fique límpida, após isso foi possível observar a formação de duas fases. Retirou-se a tampa e colocou-se um béquer abaixo do funil. Foi aberta a torneira e retirou-se a fase mais aquosa, localizada na parte inferior do funil, em um enlenmayer de 125 mL (Figura 2). Figura 1-Posição para liberação da pressão durante o uso do funil de separação. (Fonte arquivo pessoal) Figura 2- Extração pelo funil de separação. (Fonte: arquivo pessoal) Após isso, adicionou-se 20 mL de água destilada, medida na proveta, no funil. Novamente aguardou-se um tempo e observou-se a formação de duas fases. Agitou-se por dois minutos, sempre abrindo a torneira para a liberação de gás. E mais uma vez realizou-se a retirada da fase aquosa, recolhendo ela no enlenmayer. Mediu-se 20 mL de bicarbonato de sódio na proveta e adicionou-se no funil. Ao se realizar a adição retirou-se o ar e novamente iniciou-se a agitação durante dois minutos, sendo esta intercalada com a retirada do gás. Houve a formação de duas fases, ao se colocar o funil no suporte universal, por isso foi retirada a fase de baixo. Por fim, adicionou-se 20 mL de água e agitou-se por dois minutos novamente, liberando o gás de vez em quando. Voltou-se ao suporte universal e abriu-se a torneira do funil separando as duas fases formadas. Restando no funil apenas o ácido orgânico, o qual foi retirado pela parte de cima do funil, para evitar contaminação, em um béquer seco. A fase aquosa foi descartada na pia sob água corrente. Foi adicionado ainda uma pequena quantidade de cloreto de cálcio anidro no ácido orgânico. Após adicionar deu-se uma pequena agitada e notou-se que o líquido ficou límpido. Em seguida passamos o líquido para o béquer, juntamente com a bancada 1. Ao final levou-se o enlenmayer com o ácido orgânico, devidamente identificado, para ser guardado em local apropriado. Purificação do cloreto tert-butila. A parte dois do experimento não pode ser realizada devido à greve dos técnicos. Não sendo possível o uso do laboratório sem a presença dos mesmos. Figura 3-Produto tert-butila ao final da extração. (Fonte:arquivo pessoal.) 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO O experimento realizado nessa prática ocorreu via reação de substituição nucleofílica de 1º ordem (SN1). Na qual o grupo hidróxido (OH - ) do álcool foi substituído pelo íon cloreto (Cl - ). Devido ao substrato ser um álcool terciário ele não reagiria via mecanismo SN2. Na reação SN1 o álcool tert-butílico, se transforma em cloreto de t-butila somente com agitação com ácido clorídrico concentrado a temperatura ambiente. Como mostra a reação abaixo. Depois da agitação foi observado a formação de duas fases, uma fase aquosa formada de H2O e HCl e outra fase orgânica (cloreto de t-butila.) Isso ocorre por conta do cloreto de tert- butila não ser solúvel em água, ficando na fase superior e a fase inferior correspondia a água e ao HCl que não reagiu por estar em excesso. Foi utilizada a técnica de extração e lavagem por isso foi adicionado água destilada e bicarbonato de sódio no funil contendo a fase orgânica. Ao se realizar a lavagem da fase orgânicacom o bicarbonato de sódio, tem-se por objetivo para retirar os traços de HCl (arrastar o excesso de cloreto) presente no meio, devido ao bicarbonato ser uma base ele ajuda a neutralizar o ácido.Ocorrendo através da seguinte reação representada logo abaixo. NaHCO3 + HCl → NaCl + CO2 + H2O Observa-se através da reação que há formação de CO2, que é liberado de tempo em tempo abrindo-se a torneira do funil, enquanto agita-se. E novamente se forma duas fases, a superior correspondendo à fase orgânica e a inferior à solução aquosa de NaCl, sendo esta última descartada. Por conta de a fase orgânica conter traços de NaCl, realizou-se uma última lavagem com água destilada, procedendo-se da mesma forma, sendo a fase aquosa descartada e obtendo-se a fase orgânica (cloreto de t-butila). A utilização do cloreto de cálcio anidro se deve ao fato dela ser uma substância higroscópica, ou seja, tem a capacidade de absorver umidade. Por isso sua utilização tinha como objetivo eliminar traços de água ainda presentes na fase orgânica. A destilação seria utilizada para purificar as substâncias presentes no cloreto de tert- butila obtido, porém não foi possível sua realização pela greve dos técnicos, não permitindo o uso dos laboratórios. 6. CONCLUSÃO A realização destes experimentos foi de grande importância para a compreensão do mecanismo SN1. Além disso, percebeu-se que a reação se deu de forma muito simples na prática, através de uma reação de substituição nucleofílica de 1ª ordem. Porém não se pode confirmar isso por meio de teste. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B.; Química Orgânica 1, volume 2, 7ª edição, Rio de Janeiro, 2002, cap. 6 <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAemgQAL/sintese-cloreto-t-butila>. Acesso em 19 de nov 2017. < https://pt.scribd.com/doc/14537186/Preparacao-do-Cloreto-de-t-butila>. Acesso em 20 de nov 2017.
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