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1 2 Reservatório de 375 litros Bomba centrífuga Canal de 3000 mm Caixa de descarga de acrílico cristal transparente Caixa adutora de acrílico cristal transparente Placa de orifício Botoeira liga/desliga geral Válvula de drenagem Nível do reservatório Conjunto de vertedores removíveis (de orifícios) Conjunto de vertedores removíveis (triangular) Conjunto de vertedores removíveis (retangular) Registro de dreno na caixa adutora Piezômetro de coluna Mangueiras 6 mm de tomadas de pressão 3 ÍNDICE I) Objetivo ............................................................................................................... 4 II) Introdução ........................................................................................................... 4 III) Material utilizado ................................................................................................. 7 IV) Procedimentos experimentais ............................................................................... 8 a) Ensaios de bomba centrífuga .................................................................................... 8 b) Estudo com medidores em regime crítico ............................................................. 11 c) Ensaios com movimento uniforme de escoamento em canais ...................................................................................................... 13 Experimento 1 ................................................................................................. 14 Experimento 2 ................................................................................................. 14 Experimento 3 ................................................................................................. 14 d) Ensaios com vertedor ..................................................................................... 16 e) Estudos entre largura relativa ......................................................................... 17 f) Equação de Francis que leva em conta a velocidade da água no canal de acento ........................................................................... 17 g) Empuxo sobre superfície plana. Conceito ...................................................... 18 V) Resumo ................................................................................................................ 19 VI) Àbaco A1 ............................................................................................................. 19 Valores de μ para fórmula de Manning ............................................................... 19 VII) Bibliografia .......................................................................................................... 22 4 I - OBJETIVO Demonstrar experimentalmente o comportamento dos fluídos através de observações do escoamento pelo canal, complementando as aulas teóricas de mecânica dos fluídos e hidráulica aplicada, facilitando, assim, a compreensão dos fenômenos do escoamento e suas conseqüências. A área de Hidráulica e Saneamento Ambiental hoje está em destaque, pois a água é um bem finito e nós dependemos dela em quantidade e qualidade, portanto, é essencial investir nos estudos de transporte e tratamento da água e seus afins. Com isto, preparar mão de obra especializada e em condições de estudar, projetar, construir obras onde está a essência da vida humana e, também, propor soluções práticas de melhorias nos sistemas existentes para melhorar os problemas crônicos de alagamento, enchentes e outros inconvenientes nos centros urbanos. II - INTRODUÇÃO A hidráulica tem uma série de dificuldades quanto à demonstração matemática dos fenômenos no comportamento dos fluídos, por isso, a demonstração em uma Bancada de Ensaios reforça a compreensão, tornando mais fácil o entendimento destes fenômenos, assim como, demonstra os coeficientes empregados para que possamos obter valores reais do escoamento. Este canal foi construído visando uma grande variedade de testes e experimentos. O fluído a ser utilizado nele é a água, permitindo fazer a visualização de seu comportamento. Associando-se esta visualização aos conceitos teóricos da mecânica dos fluídos podemos abranger um vasto campo de aplicação. A hidráulica dos canais, assim como a de outros condutos, tem suas particularidades. Em um estudo, o movimento de um líquido pode ser classificado em: - escoamento forçado - escoamento livre O escoamento forçado é aquele que se processa no interior de um conduto estando o contorno da veia líquida totalmente em contato com a parede do conduto. Como exemplo tem-se a rede de abastecimento de uma cidade, o conduto de recalque de uma estação elevatória, etc. No interior do conduto, o líquido exerce uma pressão diferente da pressão atmosférica. O escoamento livre processa com a superfície do líquido em contato com a atmosfera. É o caso do movimento das águas nos canais e cursos de águas naturais. Um canal é dito uniforme quando possui características geométricas constantes, isto é, um canal uniforme é aquele que tem traçado retilíneo, seção transversal, rugosidade das paredes e declividade constantes. 5 a) Elementos da seção transversal A seção transversal de um canal é definida como sendo aquela normal à direção do escoamento do líquido. Destacando-se os seguintes elementos: - Área molhada (A): é a área limitada pela superfície livre e pela linha de contato do líquido com as paredes do canal. - Perímetro molhado (P): é o comprimento da linha de contato do líquido com as paredes do canal. - Raio hidráulico (R): é o quociente da área molhada pelo perímetro molhado. - Profundidade (y): é a máxima altura da lâmina de água da seção transversal até o fundo do canal. - Largura (B): é a distância da superfície livre em contato com a atmosfera. a1) Velocidade Média: a velocidade da água numa seção transversal varia de ponto para ponto. Na hidráulica dos canais, considera-se a velocidade média V que é o quociente da vazão Q pela área molhada A. A Q V a2) Movimento Uniforme: denomina-se movimento uniforme nos canais aquele em que a superfície livre é paralela ao fundo do canal. Têm-se satisfeitas então as seguintes condições: - a velocidade média é constante ao longo do canal e - a área molhada é constante; O movimento do líquido é motivado através de uma força constante que é o componente do peso do líquido no sentido do movimento (P. senө). A esta força, opõem-se as forças devido ao atrito do líquido no canal. Num comprimento dx, o atrito F é expresso por: 6 dxP V dxPF CF 2 2 0 Onde 0 = atrito por unidade de superfície P = perímetro molhado C F = coeficiente de atrito = massa específica do líquido V = velocidade média Porém, o componente do peso do líquido na direção do escoamento será: sengdxAsenP Então, igualando-se as expressões: senPF ou sengdxAdxPVCF 2 2 Portanto: g V A P sen CF 2 2 Na hidráulica dos canais, o seno do ângulo de inclinação do fundo do canal corresponde a declividade “i”. Então: g V R i C F 2 2 ou iRCiR g V CF . 2 que é a equação de Chézy. Atualmente, para dimensionamento dos canais utiliza-se a fórmula de Manning, com coeficiente C: 61 R n C iR n V 2 13 21 Onde n= coeficiente de rugosidade, resumindo, temos: n Q 1 . A . iR 243 1 7 III) MATERIAL UTILIZADO Esta Bancada de Ensaios nada mais é do que um canal de paredes transparentes onde serão feitos os ensaios. Com a montagem de acessórios em seu interior pode- se observar os fenômenos hidráulicos em estudo. O mesmo faz parte de um circuito fechado, onde a água é bombeada de um reservatório para o canal e, através do mesmo, é devolvida ao reservatório. Compõem este banco de ensaios os seguintes itens: - reservatório - conjunto motor-bomba - canalização de alimentação - um suporte fixo e outro móvel - base metálica do canal - canal em acrílico transparente - uma caixa de alimentação do canal com o regulador de vazão - uma caixa de retorno com válvula de fundo - um medidor de vazão do tipo diafragma na saída da bomba. Dimensões aproximadas do equipamento: 0,90m largura x 1,60m altura x 5,00m comprimento. Estrutura: confeccionada em perfil de aço zincado e pintura eletrostática, volante para levantamento do canal revestido em acetato celulose, fuso em aço inox com rosca M-30, suporte da tubulação confeccionados em polipropileno, escala milimétrica em vinil adesivo com 300mm de comprimento. Canal: confeccionado em acrílico com espessura 10mm, sendo a caixa de alimentação do canal com válvula reguladora confeccionada em acrílico espessura 10mm e a caixa de retorno com válvula de fundo, também confeccionada em acrílico espessura 10mm. Todos os parafusos de fixação confeccionados em aço inoxidável. Reservatório: injetado em polipropileno com capacidade para 372L. Conjunto motor-bomba: é composto por Bomba com tratamento superficial de níquel químico para evitar corrosão e sujar a água do equipamento. Possui motor 1¹/² CV, chave liga-desliga, tubo em PVC, flanges, cotovelos, luvas, reduções em aço zincado com pintura eletrostática, parafusos de fixação em aço inoxidável. Tubulações: tubos em PVC, flanges, cotovelos, luvas, reduções em aço zincado com pintura eletrostática, registro de esfera passagem livre 2¹/²” em aço inoxidável. Acessórios: Comporta de fundo confeccionada em acrílico cristal com tomadas de pressão em latão e flanges de aço com tratamento superficial em níquel químico, Vertedor 8 triangular confeccionado em acrílico cristal, Vertedor com contração lateral confeccionado em acrílico cristal, Conj. Manômetro diferencial com tubo em “U” utilizando água como fluído manométrico e Piezômetro para medidas diferenciais com base para fixação dos tubos confeccionado em chapa de aço zincada com pintura eletrostática, tripé em tubo de aço 1020 com pintura eletrostática, tubos de vidro em “U” de Ø 10mm e mangueira látex transparente de 1500mm de comprimento, Medidor de Vazão tipo Diafragma confeccionado em acrílico transparente (Placa de Orifício). IV) PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Apresentamos, a seguir, alguns de vários experimentos que podem ser efetuados neste Banco de Ensaios: a) Ensaios de Bomba Centrífuga a1) Determinação das curvas características de uma bomba centrífuga: Os sistemas de bombeamento são utilizados quando queremos transferir um determinado volume de líquido de um local mais baixo para outro em atitude mais elevada ou na mesma cota, simplesmente para vencer as perdas de carga oriundas do movimento do fluído na tubulação. As bombas centrífugas, muito utilizadas, são assim chamadas por fazer essa transformação de energia através de forças centrífugas. O líquido entra na bomba através da tubulação de sucção, paralelamente ao eixo da bomba e perpendicularmente em direção ao centro de um rotor acoplado ao eixo da bomba. O rotor, ao girar, confere ao líquido um movimento rotativo em direção à carcaça da bomba. A carcaça é a parte fixa da bomba que direciona convenientemente o fluxo em direção à saída (tubulação de recalque). Com isso, é dado ao líquido um acréscimo de pressão que permite o seu transporte. É interessante notar que na tubulação de sucção o líquido esta normalmente sob baixas pressões (em geral menores que a pressão atmosférica) e ao passar pelo rotor recebe um acréscimo de pressão determinado pelas características intrínsecas de cada bomba (geometria, diâmetro, tamanho do rotor, potência do motor, etc). Assim sendo, cada bomba apresenta uma série de curvas características que permitem conhecer o seu desempenho para uma conveniente aplicação nos projetos de sistemas de bombeamento (estes dados são conseguidos nos catálogos dos fabricantes). Nesta Bancada faremos a determinação das seguintes curvas características: - Altura total de elevação em função da vazão - Rendimento da bomba em função da vazão - Potência no eixo em função da vazão a2) Dedução teórica: 9 Aplicando-se Bernoulli entre os pontos 1 e 2 da instalação da bomba (sucção e recalque junto à bomba), temos: 2 2 22 1 2 11 22 Z g VP HtZ g VP , então temos: 1 2 11 2 2 22 22 Z g VP Z g VP Ht Obs: A velocidade é obtida da vazão medida no diafragma instalado no recalque pela equação da continuidade: Q=VA; retirar o valor de V1 e V2. a3) Potência elétrica (potência fornecida ao motor): P.elétr. = )(cos3 wattsIV P.elétr. = )( 5,735 cos3 CV IV onde: V = tensão medida na alimentação do motor I = corrente medida na alimentação do motor cos = fator de potência (admitir igual a 0,9) a4) Potência no eixo do motor: Neste caso, pode-se admitir um rendimento de 60%. Desta forma, temos: .60,0 PelétreixoP a5) Potência útil Pu ou potência hidráulica Ph: )( 5,735 CV HtQ PhPu Onde: = peso específico do líquido ( água = 9,789 N/m³ a 20°C). Q = vazão (m³/s) Ht = altura manométrica (mca) Rendimento da bomba b : (%)100x eixoP Ph b a6) Vazão da bomba Q: 10 Medida no diafragma instalado na tubulação de recalque: nHKQ Onde: Q = l/s cmH a7) Metodologia dos ensaios Seqüência de operações: Manter o registro da linha totalmente aberto; Fazer as leituras da vazão no Diafragma e no Manômetro diferencial entre sucção e recalque; Fazer a leitura da tensão e da corrente com um Multímetro Digital; Diminuir a vazão, fechando um pouco o registro de recalque e, em seguida, fazer as leituras do segundo ponto (exceto a voltagem); Repetir as operações de diminuição da vazão e leituras até o fechamento total do registro de recalque (ponto de vazão zero e altura manométrica máxima ou “shut-off”); a8) Apuração dos resultados: Para cada ponto lido, deverão ser determinados: A vazão “Q” A altura total de elevação da bomba “Ht” A potência elétrica consumida “Pelétr” A potência no eixo da bomba “Peixo” A potência hidráulica ou potência útil “Ph” O rendimento da bomba “ b ” Traçar, em papel milimetrado, o gráfico, das curvas características da bomba, quais sejam: )( )( )( Qfb QfPeixo QfHt Determinar as características nominais da bomba, isto é: Ht, Peixo, b , Q, no ponto de rendimento máximo (ponto de funcionamento). b) Estudo com medidores em regime crítico 11 b1) Conceitos teóricos: - Energia específica (ou carga específica) A “energia específica” de um líquido que escoa em um canal é a energia total da unidade de peso deste líquido em relaçãoao leito do canal tomado como plano de referência. É, portanto, a soma da energia cinética (ou de velocidade) e da energia estática (ou de pressão), correspondente à profundidade do líquido. A energia de posição é considerada nula em face da declividade do canal ser muito pequena (termo “Z” do teorema de Bernoulli). Este conceito foi introduzido na literatura técnica em 1912 por Bakhmeteff para canais de pequena declividade e tomando o coeficiente de Coriolis, igual a 1, pode ser expresso através da seguinte fórmula: H g E V 2 2 Onde: E = energia específica em m H = profundidade de escoamento em m V = velocidade média em m/s g = aceleração da gravidade 9,81 m/s² Observando esta fórmula, pode-se dizer que para um dado canal e vazão, a carga específica ou energia específica é função apenas da profundidade da água. - Variação da energia específica (profundidade crítica) Exemplo: Para uma vazão constante, variando-se a profundidade de água do canal, pode-se traçar a curva de variação da energia específica em função da profundidade. Para um canal retangular, com 3,00m de largura e conduzindo 4,50m³/s de água, teríamos: H (m) Área (m²) Velocidade (m/s) V²/2g (m) “E” (m) 0,30 0,90 5,00 1,27 1,57 0,40 1,20 3,75 0,72 1,12 0,50 1,50 3,00 0,46 0,96 0,60 1,80 2,50 0,32 0,92 E mínimo = H crítico 0,70 2,10 2,14 0,23 0,93 0,80 2,40 1,88 0,18 0,98 0,90 2,70 1,67 0,14 1,04 1,00 3,00 1,50 0,11 1,11 12 Como podemos observar pelos dados apresentados na tabela acima, na qual se fez a análise da energia específica em função da profundidade “H”, num canal com características citadas existe um ponto onde a energia específica é um mínimo. Isso sempre ocorre e, nesse ponto, a profundidade “H” é chamada profundidade crítica e a energia específica de energia crítica. b2) Metodologia: No banco de ensaios Abrir o registro de recalque ao máximo Fazer a leitura do nível de água e determinar a carga H Levantar a vazão de escoamento através do diafragma Calcular a velocidade média (Q=VA) Mudar a inclinação do canal (mantendo a vazão constante sempre) Medir a nova profundidade ou carga H Repetir o aumento da inclinação do canal de 6 à 8 vezes Montar com os valores lidos uma tabela demonstrada b3) Apuração dos resultados Da tabela, retirar o valor de E mínimo e H crítico e plotar em papel milimetrado os dados da tabela (HxE). Observando esta figura, verifica-se que há uma profundidade de água no canal correspondente à carga ou energia específica mínima que será denominada profundidade crítica Hc. Então, para uma dada vazão, quando a profundidade da água no canal é maior que a profundidade crítica, o escoamento que se estabelece denomina-se Regime Subcrítico ou Fluvial. Quando a profundidade da água é menor que a profundidade crítica, tem-se Regime Supercrítico ou Torrencial. b4) Resumo: - Regime subcrítico: H>Hc - Regime crítico: H=Hc - Regime supercrítico: H<Hc c) Ensaios com movimento uniforme de escoamento em canais No estudo do movimento uniforme defronta-se com problemas de duas naturezas: 1) Situações em que a seção transversal do canal é conhecida, que é o nosso caso. 2) Problemas em que buscaremos determinar a seção transversal do canal. O primeiro grupo de problemas tem a sua resolução através do emprego da fórmula: 13 , 1 2 1 3 2 iRA n Q Enquanto que o segundo grupo requer para sua solução, outras equações estranhas à hidráulica (condição de mínimo custo). Portanto, para o primeiro grupo de problemas podem ocorrer as seguintes situações: Elementos conhecidos Incógnitas Q, H i Q, i H H, i Q Para a resolução dos três problemas, utiliza-se a fórmula apresentada anteriormente, e dela temos: iRAn Q 2 1 3 21 = iK 2 1 , onde “K” é denominado coeficiente de descarga do canal. Uma vez conhecida a seção transversal do canal, constrói-se o gráfico da função K(H). c1) Experimento 1: Conhecidas a vazão Q e a profundidade de escoamento (medidas no banco de ensaios) H, determina-se através do gráfico da função K(H) o coeficiente K correspondente. A declividade i será determinada pela expressão: K Q i 2 2 c2) Experimento 2: Conhecidas a vazão Q e a declividade i , (levantada e visualizada no banco de ensaios), calcula-se o coeficiente K através da equação ,2 1 iKQ com o auxílio do gráfico da função K(H) determina-se a profundidade de escoamento H. c3) Experimento 3: Conhecida a profundidade do escoamento H, determina-se através do gráfico da função K(H) o coeficiente K. A vazão pode ser determinada com o emprego da fórmula: iKQ 2 1 . 14 Como exemplo numérico, demonstramos uma seção retangular (como no nosso caso), com largura 2,00m. O coeficiente de rugosidade das paredes será considerado com o valor .013,0 Então, temos o quadro abaixo: H (m) A (m²) P (m) R (m) K m³/s 0,50 1,00 3,00 0,33 36,69 1,00 2,00 4,00 0,50 96,92 1,50 3,00 5,00 0,60 164,08 Este quadro pode ser representado graficamente: )(KfH Para uma vazão de 5m³/s e profundidade de escoamento de 0,80m buscaremos determinar a declividade i do canal. Experimento 1 H = 0,80m; portanto K = 71m³/s A declividade i será: mmi K Q /005,0 71 5 2 2 2 2 Este problema pode ser resolvido com o emprego de um ábaco “A1”, em anexo, como mostramos a seguir: a) Determinar a relação b H ; b) O valor da relação b H é identificado no eixo das ordenadas e traça-se uma horizontal até atingir a curva m=0 (canal retangular), 15 c) Traça-se uma vertical até atingir o eixo das abscissas e lê-se o valor da expressão 2 1 3 8 i b n Q numericamente, tem-se: 4,0 00,2 80,0 b H 15,0 2 1 3 8 ib nQ então: mm b nQ /005,0 15,0.00,2 013,0.5 15,0. 1 2 3 8 2 3 8 A grande vantagem do emprego do ábaco A1 (anexo) consiste na eliminação da fase de cálculos da área molhada, do perímetro molhado, do raio hidráulico e da construção do ábaco KfH , permitindo chegar ao conhecimento da incógnita com rapidez. O banco de ensaios permite retirar as incógnitas com a observação e o levantamento de dados através das medidas realizadas com esta finalidade. d) Ensaios com vertedor Estes medidores baseiam-se em dados empíricos, experimentais e suas equações partem destes estudos e análises. Neste estudo, far-se-á as medidas da carga “H” do medidor (vertedor), partindo de uma vazão máxima até o fechamento total da válvula de controle (vazão zero). A ponta limnimétrica para a medida da carga “H” deverá estar instalada a uma distância mínima 5x “H”máx., a partir da soleira do vertedor à montante. Utilizando fórmulas empíricas já determinadas por outros pesquisadores, calcularemos as vazões para cada abertura da válvula, possibilitando a análise das eventuais discrepâncias entre valores obtidos. d1) Fórmulas para o cálculo da vazão: Equação de Francis: Qf = 1,838 L.H 2/3 Onde: Qf = vazão (m 3/s) L = Largura do vertedor (m) H = Carga do vertedor (diferença entre a soleira do vertedor e o nível d’água).(m)16 Equação de Rehbock: 2 3 0011,0.. 0011,0 24,0782,1 HL P H Qr Onde: Qr = vazão (m 3/s) H = carga do vertor (m) P = distância do fundo do canal até a soleira do vertedor (m) L = Largura do vertedor (m) d2) Gráfico a ser elaborado - Com os pares de valores H e Q, lidos e calculados, traçar em papel milimetrado a curva do aparelho: H = f(Q). - Comparar o resultado com a vazão medida pelo diafragma instalado no recalque do conjunto motor-bomba. - Estimar o desvio entre as equações apresentadas. e) Estudo entre largura relativa e1) Vertedores sem contração lateral (L=B), onde L é a largura da crista do vertedor e B é a largura do canal de acesso. e2) Vertedores contraídos (L<B), com uma contração e com duas contrações. São considerados contraídos os vertedores cuja largura é menor do que a do canal de acesso. e3) Influência das contrações = (L<B) - Para uma contração L’ = L – 0,1H - Para duas contrações L’ = L – 0,2H Fórmula de Francis para duas contrações: Q = 1,838 2 3 10 2 H H L (sem influência da velocidade de chegada) f) Equação de Francis que leva em conta a velocidade da água no canal de acesso 2 3 22 3 2 22 838,1 g v g v HLQ , onde v é a velocidade do canal. Com isso podemos repetir o experimento para que possamos verificar estas interferências no escoamento fazendo a análise dos resultados. 17 Complementando, pode-se fazer o experimento utilizando o vertedor de parede espessa. Aplicando Torricelli sobre o vertedor, temos: hHgV 2 ; hHgLhQ 2 ou para largura unitária L = 1,00 : 322 hHhgQ derivando (Hh2 – h3) e igualando a zero: 2Hh – 3h2 = 0 2H = 3h substituindo na equação anterior, Hh 3 2 HgHLQ 3 1 2 3 2 2 3 . 3 2 3 2 LH g Q Q = 1,71 LH3/2 Proceder no mesmo experimento apresentado anteriormente, fazendo análise dos resultados obtidos. g) Empuxo sobre superfície plana Conceito: Empuxo = Força Do estudo da grandeza e direção do empuxo em uma superfície plana imersa, temos: E = γ y senØA = γ h A onde: γ = peso específico do líquido h = distância da superfície do líquido até o centro geométrico da área em estudo A = área onde está atuando o empuxo (Ex: comporta de fundo em um canal) O empuxo exercido sobre uma superfície plana imersa é igual ao produto da área pela pressão relativa ao centro de gravidade da área. - Ponto de aplicação (comporta vertical) O empuxo não está aplicado no centro de gravidade da figura, mas um pouco abaixo, num ponto que se denomina Centro de Pressão (CP): hA I hhp 0 Onde: I0 = momento de inércia relativo ao eixo que passa pelo centro geométrico da peça Exemplo: peça retangular de base b e altura d: 12 3 0 bd I 18 Exemplo de aplicação: Determinar o empuxo exercido pela água em uma comporta vertical de 3x4m, cujo topo encontra-se a 5m de profundidade. Obs: γa = 9789 N/m3 KNxAhE 76443 2 3 59789 Determinação do centro de pressão - comporta vertical: Ø = 900; yp = hp/senØ = hp senhy / Ø = h então: 9 12 34 12 33 0 xbd I m x hA I hhp 615,6 2 3 5.43 9 2 3 50 Com esta apresentação poderemos confirmar estes valores com a correta instalação dos Piezômetros na comporta de fundo, comparando seus valores visualizados e calculados. V) RESUMO São muitas as variáveis que podem ser montadas para cada experimento. Apresentamos, assim, as principais: - Determinação das curvas características de uma bomba centrífuga - Determinação do ponto de funcionamento da bomba - Estudo da Energia específica e carga crítica - Estudo do escoamento em um canal - Equação da energia e resistência ao escoamento - Equação da quantidade de movimento: força sobre comporta - Equação da continuidade - Equações empíricas dos vertedores - Medição de vazão - Medição de nível d’água - Medição de pressão por manômetros de coluna de líquido manométrico - Soluções práticas por amostragem VI) ANEXOS 19 - Ábaco A1: - Valores de µ para as fórmulas de Manning e de Ganguillet Kutter, segundo R. E. Horton: 20 Natureza da Parede Estado da Parede Perfeito Bom Regular Ruim Cimento Liso 1,010 1,011 0,012 0,013 Argamassa de Cimento 0,011 0,012 0,013 0,015 Aquedutos de madeira aparelhada 0,010 0,012 0,013 0,014 Aquedutos de madeira não aparelhada 0,011 0,013 0,014 0,015 Canais revestidos de concreto 0,012 0,014 0,016 0,018 Pedras brutas rejuntadas com cimento 0,017 0,020 0,025 0,030 Pedras não rejuntadas 0,025 0,030 0,033 0,035 Pedras talhadas 0,013 0,014 0,015 0,017 Paredes metálicas de seção semi- circular, lisas 0,011 0,012 0,0275 0,030 Paredes de terra, canais retos e uniformes 0,017 0,020 0,0225 0,030 Paredes de pedra, lisas em canais uniformes 0,025 0,030 0,033 0,035 Paredes rugosas de pedras irregulares 0,035 0,040 0,045 - Canais de terra com grandes meandros 0,0225 0,025 0,0275 0,030 Canais de terra, dragados 0,025 0,0275 0,030 0,033 Canais com leito de pedras rugosas e com vegetações nas margens de terra 0,025 0,030 0,035 0,040 Canais com fundo de terra e com pedras nas margens 0,028 0,030 0,033 0,035 Canais naturais: 1º) Limpos, margens retilíneas, nível máximo sem zonas mortas profundas 0,025 0,0275 0,030 0,033 2º) Mesmo que o 1º, porém com alguma vegetação e pedra 0,030 0,033 0,035 0,040 3º) Com meandros, zonas mortas e regiões pouco profundas, limpas 0,035 0,040 0,045 0,050 4º) Mesmo que o 3º, durante estiagem, sendo declividade e seção menores 0,040 0,045 0,050 0,055 5º) Mesmo que o 3º, com algumas vegetações e pedras nas margens 0,033 0,035 0,040 0,045 6º) Mesmo que o 4º, com pedras 0,045 0,050 0,055 0,060 7º) Zonas de pequena velocidade com vegetação ou zonas mortas profundas 0,050 0,060 0,070 0,080 8º) Zonas com muitas vegetações 0,075 0,100 0,125 0,150 Fonte: Hidráulica Geral – Fascículo2 Prof. Carlito Flávio Pimenta (1970) VII) BIBLIOGRAFIA 21 AZEVEDO NETTO, S.M. Manual de Hidráulica – Editor Edgard Blücher – 8ª ed. 1998 NUVOLARI, A.; FIRSOFF,W. Hidráulica Aplicada – Laboratório - FATEC-SP, 1992. Apostila ITO, A.E Hidráulica dos Canais – Apostila do curso de extensão universitária - FATEC-SP, 1984 STREETER,V. Mecânica dos Fluídos - Editor McGraw-Hill, São Paulo, 1979.