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PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO - UNIDADE III

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Planejamento e 
Controle da Produção
Programação da produção
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Antonio Marcos Crivelaro
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
5
•	Introdução
•	 Classificação dos sistemas de produção
•	 Ferramentas de programação
Nesta Unidade é fundamental o entendimento das funções gerenciais de planejamento, organização 
e controle, voltadas à produção de um bem ou serviço. É importante compreender a cadeia produtiva 
e a classificação dos sistemas de produção, além de saber utilizar as ferramentas de programação 
para os profissionais participantes do planejamento, programação e controle da produção e estoques.
Compreender as definições de planejar, organizar e controlar. 
Identificar e caracterizar as classificações dos sistemas de produção 
pelo grau de padronização, pelos tipos de operações nos produtos, 
pela natureza dos produtos e seus tipos. Executar o gráfico 
(diagrama) de Gantt. 
Programação da produção
6
Unidade: Programação da Produção
Contextualização
É importante compreender a cadeia produtiva e a classificação dos sistemas de produção. 
Saber utilizar as ferramentas de programação é fundamental para os profissionais participantes 
do planejamento, programação e controle da produção e estoques. 
Aspectos do dia a dia de nossa vida pessoal também ocorrem nas atividades profissionais. 
Exemplo disso é o nosso trabalho diário, em que realizamos a prestação de serviço para quem 
nos contratou. Isso também acontece nas indústrias de manufatura e empresas prestadoras 
de serviços. Em nossa vida pessoal e profissional é necessário planejar as ações que serão 
executadas, organizar o sistema produtivo e controlar o processo, para que tudo ocorra conforme 
o planejado.
Exemplificando com fatos do cotidiano, o que é necessário para fazer o serviço contratado? 
Quais matérias-primas e insumos são necessários? Quanto tempo há para realizar o serviço? 
Quais as condições de trabalho? Qual quantidade de serviço a ser realizada? O que deve ser 
adquirido? Como controlar a qualidade e a quantidade de serviço realizado? Tendo essas 
informações, estabelecem-se as necessidades de materiais e equipamentos para a elaboração 
do serviço contratado. Podem surgir questões pontuais, como doenças ou acidentes. Todas 
essas preocupações são similares quando comparadas com as necessidades corporativa.
Uma empresa pode passar por situações mais complexas, como armazenagem, manutenção 
ou quebra de equipamentos, falta de matéria prima etc. Mas, similarmente ao nosso cotidiano, 
a instituição precisa estimar as eventualidades inerentes à atividade de produção.
Para cada tipo de produto existem questões estabelecidas e eventualidades que devem ser 
administradas na programação da produção.
A experiência acumulada pelos membros da equipe de produção é o ponto fundamental para 
o sucesso da empresa, especialmente no atendimento à demanda de produtos pelos seus clientes.
Assim, com este exemplo simples de nosso cotidiano, lembre-se que as organizações podem 
ter situações mais complexas em seu dia a dia. 
Cabe ao engenheiro de produção identificar as características de sua empresa e construir um 
sistema de produção capaz de atender suas necessidades produtivas e de mercado.
7
Introdução
Os conceitos e técnicas abordados em planejamento e controle da produção referem-se às 
funções gerenciais de planejamento, organização e controle das atividades voltadas à produção 
de um bem ou serviço. 
Planejar é estabelecer as linhas de ação que devem ser seguidas para satisfazer objetivos 
estabelecidos e estipular o momento em que essas devem ocorrer, além dos profissionais e 
recursos envolvidos. Organizar é o processo de otimizar os recursos humanos, financeiros e 
produtivos com seu melhor aproveitamento.
Finalmente, controlar é o processo de avaliar o desempenho e, se necessário, intervir com a 
aplicação de medidas corretivas. Portanto, o controle consiste em verificar permanentemente se 
a execução de atividades ocorre de acordo com as diretrizes e planos organizacionais, a fim de 
permitir o necessário ajustamento dos planos anteriores e a formulação de novos planos.
A questão-chave é a necessidade de utilizar informações relevantes, tratar adequadamente 
os dados e gerir tomadas de decisões inteligentes para tornar eficientes os sistemas produtivos.
O planejamento e controle da produção não toma decisões nem administra as operações de 
produção, apenas fornece suporte para que os agentes tomadores de decisões desempenhem 
essas atividades satisfatoriamente.
Em Numa organização produtiva, a função produção desempenha um papel central porque é 
responsável pela produção de bens e serviços que são a razão de sua existência. Consiste em adicionar 
valor aos bens ou serviços durante o processo de transformação. Assim, todas as atividades produtivas 
que não adicionarem valor aos bens ou serviços devem ser consideradas como perdas ou eliminadas.
Por exemplo, as companhias aéreas que lideram os rankings internacionais de qualidade na 
prestação de serviço pautam suas estratégias de excelência na fundamentação de quatro pilares: 
recursos humanos, confiabilidade, necessidades e diferenciação. 
No quesito recursos humanos é perceptível que o cliente interno deva ser valorizado. A cordialidade 
e receptividade são marcas registradas das companhias aéreas e seus valores são bem definidos e 
divulgados para seus colaboradores. Existe uma instrução clara de que, em caso de dúvida em 
algum processo decisório, o colaborador deve agir segundo os valores da empresa.
A confiabilidade de uma companhia de aviação está intimamente ligada à idade e políticas 
de manutenção das aeronaves que compõem a frota e a reputação da empresa montadora e 
dos fornecedores de turbina, motores, freios, trem de aterrisagem etc.
A quantidade de acidentes aéreos é pequena perante outros meios de transporte, mas os passageiros 
de companhias aéreas consultam rankings de problemas ocorridos com aeronaves e idade da frota.
Quanto às necessidades, a prestação de serviços no setor aéreo deve buscar a excelência. Isso 
pode ser efetivado com a utilização de espaços amplos e confortáveis em aeroportos modernos, 
com salas VIP e serviços de restaurantes e Internet.
Na diferenciação as empresas aéreas procuram oferecer, por exemplo, serviços de bordo 
diferenciados, maior quantidade de opções de classes de embarque e rotas alternativas sem escalas.
8
Unidade: Programação da Produção
Estudo de caso: Azul Linhas Aéreas Brasileiras
David Neeleman, fundador e presidente do Conselho da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, 
mantém contato com os passageiros, profere palestras de boas-vindas a novos funcionários e 
exige resultados rápidos com educação e bom-humor. 
Nascido em São Paulo e filho de pais americanos, o empresário iniciou sua trajetória 
profissional em uma agência de viagens em Utah (EUA). Em seguida, fundou sua primeira 
companhia de aviação, a Morris West, pioneira na comercialização de passagens por meio de 
e-tickets, montou a empresa canadense Westjet e, em 1999, fundou a Jet Blue, uma das maiores 
companhias estadunidenses de low cost. 
A Azul é considerada inovadora em diversos aspectos: promoveu um concurso entre os 
futuros clientes para a escolha do nome da empresa; utiliza aviões da Embraer, que oferecem 
mais espaço para as pernas, destituindo aquela desconfortável poltrona do meio; oferece um 
ótimo serviço de bordo, que inclui inúmeros tipos de snacks; possui entretenimento a bordo com 
monitores individuais; garante uma malha abrangente, que inclui cidades do interior com voos 
sem escalas e um programa de relacionamento inovador; entre outros diferenciais.
Em maio de 2012 um importante ato marcou a história da Companhia: a Azul e a Trip 
assinaram acordo de associação, criando a terceiramaior empresa da atual aviação brasileira. 
Juntas, Azul e Trip somam 126 aeronaves, servindo mais de cem destinos, com aproximadamente 
novecentos voos diários. Atualmente, com quase 18% de participação do mercado doméstico, 
a Azul consolida-se como a terceira maior companhia aérea do País. Neste período, a empresa 
atingiu recordes mundiais e conquistou alguns dos melhores índices do setor de aviação brasileira 
(cujos dados estão disponíveis em: <http://www.voeazul.com.br>).
A programação em uma linha aérea é uma tarefa sofisticada. Por exemplo, pela Lei trabalhista, 
permite-se que os membros da tripulação estejam em serviço apenas em um determinado número 
de horas por dia. Tal determinação legal comumente não é cumprida devido a inúmeros fatores, 
como mau tempo (tempestades e nevascas) ou falhas mecânicas que impedem a aeronave de voar.
A programação, por si, é um processo que se orienta do planejamento existente e aloca recursos 
ao longo do tempo para a realização tarefas necessárias ao cumprimento da função produção. 
Adotando o exemplo do refinamento de petróleo e a produção de seus derivados (gasolina, 
óleo diesel, querosene etc.), destaca-se o objetivo comum que visa associar segurança e 
qualidade de seus produtos à lucratividade do processo, a qual depende, entre outros fatores, da 
minimização dos custos das respectivas cadeias de suprimento, obtida pelo ótimo gerenciamento 
dos recursos ora disponíveis, segundo um planejamento previamente elaborado. 
O contínuo crescimento da população humana faz crescer diariamente a demanda de fontes 
de energia, tais como os produtos petrolíferos. Por outro lado, as leis ambientais e a instabilidade 
econômica nos mercados internacionais exigem que as refinarias desse tipo de combustível 
tornem-se cada vez mais eficientes na conversão do petróleo bruto em produtos petrolíferos de 
maior valor comercial, enquanto a qualidade desses derivados devem ser consistentes com as 
atuais leis ambientais. 
Nos dias atuais, a sobrevivência e o crescimento das organizações dependem fundamentalmente 
competitividade entres essas. De modo que um dos fatores mais relevantes para o alcance de 
maior competitividade consiste na estratégia de melhoria da produtividade nas organizações.
9
A busca contínua pela melhoria da produtividade remete as organizações a um esforço de 
racionalização e melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. Os benefícios são amplos e 
reconhecidos. Contudo, cada componente organizacional deve estar engajado na obtenção de 
melhores níveis de produtividade na organização, contribuindo para o resultado do todo. 
 
 Diálogo com o Autor
Em cada tipo de negócio existe a necessidade de melhorar a produtividade. Para isso, é necessário a 
compreensão de toda a cadeia produtiva e de marketing.
Classificação dos sistemas de produção
A cadeia produtiva cliente/fornecedor configura o encadeamento das microoperações para 
formar as macrooperações, definindo os relacionamentos dos consumidores e fornecedores 
internos e externos. Se todas as funções da organização são conjuntos de operações que 
compõem micro e macrooperações em uma cadeia de clientes e fornecedores, então essas 
funções (e não apenas a função produção) requerem o estabelecimento de processos de gestão 
para a tomada de decisões que podem utilizar-se dos mesmos métodos e técnicas desenvolvidos 
no contexto da função produção. Em outras palavras, todas as funções podem ser vistas como 
produção, pois fornecem bens ou serviços para outras partes da organização. As implicações 
desta análise são importantes: significa que todos os gerentes de uma organização são, em 
alguma extensão, gerentes de produção que precisam organizar eficazmente seus inputs e 
outputs, da mesma forma que ocorre na produção de bens e serviços.
Existem inúmeras formas de classificar os sistemas de produção, tais como:
 · Pelo grau de padronização dos produtos;
 · Pelo tipo de operação que sofrem os produtos;
 · Pela natureza do produto.
A finalidade é facilitar o entendimento das características inerentes a cada sistema de produção 
e sua relação com a complexidade das atividades de planejamento e controle.
A classificação dos sistemas de produção em função do grau de padronização dos produtos 
(os sistemas produtivos) podem ser classificados como: 
 · Sistemas que produzem produtos padronizados;
 · Sistemas que produzem produtos sob medida (customizados).
10
Unidade: Programação da Produção
Em função do tipo de operação que sofrem os produtos, os sistemas de produção podem 
classificados como: 
 · Processos contínuos que envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser 
identificados individualmente;
 · Processos discretos que envolvem a produção de bens ou serviços que podem ser 
isolados, em lotes ou unidades, particularizando-os uns dos outros como:
 ○Processos repetitivos em massa;
 ○Processos repetitivos em lotes (intermitentes);
 ○Processos job shop (oficina);
 ○Processos por projeto.
Sistema de produção tipo Processos contínuos – a produção se dá em larga escala e paradas no processo 
são onerosas ou tecnicamente inadequadas. Possuem alta uniformidade na produção e demanda de 
bens ou serviços. Favorecem a automatização, não existindo considerável flexibilidade no sistema. São 
necessários altos investimentos em equipamentos e instalações. A mão de obra é empregada apenas para 
a condução e manutenção das instalações, sendo seu custo proporcionalmente pequeno em relação a 
outros fatores produtivos. Exemplos de processos contínuos são: energia elétrica, petróleo e derivados, 
produtos químicos de forma geral, serviços de aquecimento.
O cumprimento dos objetivos da organização como um todo e da unidade fabril não é tarefa 
fácil, dado que uma refinaria normalmente tem diversas configurações disponíveis para o refino 
do petróleo, sendo que cada uma dessas configurações pode fazer uso de diferentes unidades de 
processo, de acordo com a demanda e a especificação dos produtos finais, tornando necessária 
a utilização de ferramentas computacionais, tais como modelos de planejamento e programação 
de produção para dar apoio às tomadas de decisão em refinarias de petróleo.
Obter resultados econômicos ótimos em uma refinaria depende, em grande medida, de tomar 
as decisões corretas no momento certo. Tais decisões são geralmente tomadas em diferentes 
níveis hierárquicos (controle avançado de processo, otimização em tempo real, programação da 
produção, planejamento da produção e planejamento estratégico) e em distintos horizontes de 
tempo (segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos). 
As figuras 1 e 2 apresentam uma refinaria de petróleo e sua complexidade industrial:
Fonte: Julie Elliott-Abshire/Freeimages.com
Figura 2 – Detalhe das instalações industriais.Figura 1 – Vista geral de uma refinaria de petróleo.
Fonte: Michael & Christa Richert/Freeimages.com
11
Sistema de produção tipo Processos repetitivos em massa – são empregados na produção 
em grande escala de produtos altamente padronizados (estandartizados), isto é, com baixa 
variedade. Normalmente, a demanda pelos produtos são estáveis, fazendo com que seus 
projetos tenham pouca alteração em curto prazo, possibilitando a montagem de uma estrutura 
produtiva altamente especializada e pouco flexível, onde os altos investimentos podem ser 
amortizados durante um longo prazo. O produto permite interrupção no processo produtivo. 
Exemplos de processos em massa são: automóveis, eletrodomésticos, têxteis, cerâmicos, abate 
e beneficiamento de animais e a prestação de serviços em grande escala como transporte aéreo 
e editoração de jornais. As figuras 3 e 4 ilustram processos em massa:
Figura 4 – Indústria de beneficiamento de carne bovina.Figura 3 – Executivo atuando como editor de jornal.
Fonte: Ivan Soares Ferrer/Freeimages.com.Fonte: André Montejorge/Freeimages.com
Sistema de produção tipo Processos repetitivos em lotes (Intermitentes) caracteriza-se pela 
produção de um volume médio de bens ou serviços padronizados em lotes, sendo que cada lote 
segue uma série de operações que necessita ser programada à medida que as operações anteriores 
forem realizadas. O sistema produtivo deve ser relativamente flexível. Aqui não se produz toda 
a previsão de uma vez. A previsão é dividida em partes, onde cada uma é denominada lote. 
Os equipamentos são pouco especializados e a mão de obra é polivalente, visando atender 
diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda. Exemplos de processos intermitentes 
são: têxteis em pequena escala, sapatos, alimentos industrializados, restaurantes etc. As figuras 
5 e 6 apresentam processos intermitentes:
Fonte: Mike-Kevin Maul/Freeimages.com
Figura 6 – Detalhe da apresentação de uma sobremesa.Figura 5 – Veículos preparados especialmente para corridas de stock car.
Fonte: Vinicius Basaglia/Freeimages.com.
12
Unidade: Programação da Produção
Sistema de produção tipo Processos job shop (Oficina) caracteriza-se com a produção de 
itens altamente customizados a partir de pedidos de clientes. Portanto, são produtos com alta 
variedade, personalizados, onde os recursos produtivos são compartilhados entre os diferentes 
produtos. Os itens produzidos enquadram-se em uma mesma categoria, que justificam a 
manutenção de instalações e equipamentos para a produção. Alto grau de ociosidade dos 
equipamentos. Os produtos têm uma data específica para serem concluídos. O cliente participa 
diretamente da definição do produto. Alta flexibilidade dos recursos produtivos. Exemplos de 
processos job shop: produção de protótipos, equipamentos sob encomenda, carros esportivos 
e prestação de serviços específicos os executados por agências de propaganda. As figuras 7 e 8 
dão visualidade a tal categoria:
Figura 8 – Mesa de som para gravação musical.Figura 7 – Material de produção de propaganda.
Fonte: Anna Maria Lopez/Freeimages.com
Sistema de produção tipo Processos por projeto consiste no atendimento a necessidades 
específicas do cliente, com todas as suas atividades voltadas para esta meta. São produtos de 
alta variedade, baixo volume (comumente únicos), customizados e com os recursos produtivos 
dedicados. Os produtos têm uma data específica para serem concluídos. São concebidos em 
estreita ligação com os clientes, de modo que suas especificações impõem uma organização 
dedicada ao projeto. Exige-se alta flexibilidade dos recursos produtivos. Ex: navios, usinas 
hidroelétricas, edifícios, satélites etc. e na prestação de serviços específicos, como escritórios de 
advocacia, engenharia etc. As figuras 9 e 10 são ilustrações de processos por projeto:
Fonte: Julie Elliott-Abshire/Freeimages.com
Figura 10 – Mesa de som para gravação musical.Figura 9 – Projeto estação espacial.
Fonte: Harry Fodor/Freeimages.com
Fonte: Teakettle/Freeimages.com
13
O tipo de processo produtivo define a complexidade do planejamento e controle das 
atividades. As atividades de Planejamento e Controle da Produção (PCP) são simplificadas à 
medida que se reduz a variedade de produtos concorrentes por uma mesma gama de recursos.
Processos contínuos e processos intermitentes em massa são mais fáceis de serem administrados 
do que processos repetitivos em lote e sob encomenda, pois a variedade de produtos é pequena 
e o fluxo produtivo uniforme. Nos processos intermitentes em lote e sob encomenda, uma 
alteração na composição da demanda exige o replanejamento de todos os recursos produtivos.
A classificação dos sistemas de produção em função da natureza dos produtos está relacionada 
se os sistemas de produção são para a geração de bens ou serviços. No caso de bens tangíveis, 
o sistema de produção é denominado manufatura de bens, enquanto para bens intangíveis o 
sistema de produção é chamado de elaboração de projetos. Por outro lado, na prestação de 
serviços, como no caso de uma consultoria ou o transporte de pessoas, o sistema de produção 
é denominado prestação de serviços.
A manufatura de bens, elaboração de projetos e a prestação de serviços são parecidos sob 
o aspecto de transformar insumos em produtos úteis aos clientes através da aplicação de um 
sistema de produção. Contudo, existem diferenças em suas execuções como, por exemplo, na 
orientação do produto, contato com os clientes, uniformidade dos fatores produtivos e avaliação 
do sistema de produção.
Ferramentas de programação
O planejamento estratégico da empresa como um todo determina, condiciona ou restringe o 
planejamento estratégico da função produção (bem como das demais funções organizacionais). 
Cabe ao PCP providenciar que o sistema produtivo opere coerentemente com objetivos da 
empresa. A competência da função produção em traduzir objetivos estratégicos da empresa 
em objetivos estratégicos da produção determina a eficácia do PCP. A competência da função 
produção ao traduzir “objetivos” em “alcançar seus objetivos estratégicos” determina não 
apenas a performance da função produção em si, como também a performance da empresa 
como um todo.
A programação é importante tanto para processos de serviços quanto para processos de 
fabricação. A programação envolve uma enorme quantidade de detalhes e, sem dúvida, a 
utilização de hardware, software e Internet permite a agilização da cadeia de suprimentos e 
a redução de custos. É necessário que a empresa tenha uma ampla visão de sua estrutura 
administrativa e processual, assim como o conhecimento dos fatores externos que afetam os 
resultados para, utilizando o planejamento estratégico, transformar a missão, valores e políticas 
em objetivos e metas.
14
Unidade: Programação da Produção
A automação industrial se resume em reduzir a necessidade da intervenção humana em 
um processo de produção ou máquinas, abrindo portas para o uso de sistemas de controle. 
Com a elevação da produtividade em um mercado competitivo, torna-se inevitável explorar 
a produção ao máximo com um menor consumo possível de energia, redução de emissão de 
resíduos e melhoramento da segurança, além de tornar o processo mais produtivo, eficaz ao 
mesmo tempo que custos são reduzidos. A automação desempenha cada vez mais um papel 
importante na economia mundial, otimizando inúmeras operações que envolvem velocidade, 
confiança, versatilidade e fluxo de produção.
Um ponto que vale destacar é a diferença entre a automação e a mecanização. Mesmo que em 
um primeiro instante estas duas palavras possam dar a impressão de ter um significado semelhante, 
seus conceitos são completamente diferentes. A automação permite realizar algum trabalho por meio 
de máquinas controladas automaticamente. Já a mecanização simplesmente se limita ao emprego 
de máquinas para a execução de alguma tarefa, substituindo o esforço físico.
Os estoques não devem ser utilizados para amortecer incertezas de demanda e isso incentiva 
a programação de funcionários para lidar com as necessidades variadas dos clientes.
O gestor deve identificar medidas de desempenho ao selecionar uma programação de 
atividades. A avaliação de tempos totais é, sem dúvida, uma das mais importantes: tempo de 
fluxo da tarefa, tempo de processamento total, pedido vencido, estoque em processo, estoque 
total, dentre outros cenários.
Na área médica, por exemplo, o monitoramento do estado de saúde dos pacientes orienta o 
médico a estabelecer uma programação de remédios, repousos e exames clínicos. O correto 
cumprimento dessa programação, ou melhor dizendo, tratamento, permitirá uma rápida melhoria 
do paciente. O processamento de fluxo contínuo de dados surge como uma área de pesquisa 
(automação industrial) em expansão e está voltada para o processamento de informações 
produzidas por dispositivos que geram grandesvolumes de dados em alta velocidade e com limitado 
tempo de vida útil. Por exemplo, as informações geradas por sensores que coletam os sinais vitais 
de pacientes, tratam-se de sequências contínuas e ilimitadas de dados. Nesse contexto, existe uma 
grande necessidade da automatização dos processos hospitalares, visto que a maioria dos hospitais 
ainda realiza manualmente tais procedimentos, dificultando o controle dos dados e gerenciamento 
das informações, podendo cometer erros graves em relação aos pacientes, inclusive.
Figura 12 – Estetoscópio.Figura 11 – Profissional de saúde.
Fonte: Thinkstock/Getty Images Fonte: Thinkstock/Getty Images
15
Figura 14 – Monitor cardíaco.Figura 13 – Monitor de diabete.
Fonte: Thinkstock/Getty Images Fonte: Thinkstock/Getty Images
O gráfico de Gantt (gráfico de barras) pode ser utilizado como ferramenta para monitorar o 
progresso do trabalho e visualizar a carga nas estações de trabalho. A primeira utilização deseja 
apresentar a condição corrente de cada tarefa em relação a sua data de inicio, de término e a 
relação com as demais atividades.
Quando está focado nas estações de trabalho, o gráfico de Gantt utiliza da mesma notação 
anterior, mas destaca a carga de operação de cada atividade e o tempo improdutivo. Dessa forma, 
a utilização dessa ferramenta permite que todos os interessados possam verificar o andamento 
das atividades. É útil para o gerenciamento de projetos onde existem diversos envolvidos.
O gráfico deve ser composto pelas dimensões atividades e tempo; na vertical devem ser 
listadas todas as atividades que se deseja controlar, as quais precisam ter a região equivalente 
ao tempo necessário para sua execução hachurada ao longo do eixo horizontal. Cada bloco 
representa uma atividade. Assim, o tamanho do bloco, em relação ao eixo vertical, define o 
tempo previsto que essa atividade levará. 
Figura 16 – Calendário para marcar início e fim de atividades.Figura 15 – Ampulheta de areia para medir intervalo de tempo.
Fonte: Thinkstock/Getty Images Fonte: Maxime Perron Caissy/Freeimages.com
16
Unidade: Programação da Produção
Gráfico 1 – Diagrama de Gantt. 
Quadro 1 – Instruções para a execução do Diagrama de Gantt.
Fonte: <http://www.ehow.com.br/diagrama-gantt-gerencia-projetos-como_7289>.
Você Sabia ?
O gráfico de Gantt foi criado pelo engenheiro mecânico norte-americano Henry Gantt, em 
1903, quando Gantt apresentou na American Society of Mechanical Engineers (ASME) um artigo 
intitulado A graphical daily balance in manufature (cuja tradução é Um controle gráfico diário de 
produção), ou seja, este método gráfico de acompanhamento dos fluxos de produção. Em 1917, 
durante a Primeira Guerra Mundial, Gantt desenvolveu utilizou esse gráfico para a construção de 
navios de guerra.
17
Tipos de sistemas de produção
O sistema de produção pode ser classificado em empurrado e puxado. 
Sistema de produção empurrado é determinado a partir do comportamento do mercado. 
Nesse modelo a produção em uma empresa começa antes da ocorrência da demanda pelo 
produto. Ou seja, a produção depende de uma ordem anteriormente enviada, geralmente 
advinda de um sistema Material Requirement Planning (MRP).
Após o recebimento de tal ordem é iniciada a produção em lotes de tamanho padrão. Aqui 
não existe qualquer relação com a real demanda dos clientes da empresa. Esse modelo de 
produção surgiu no início da Era Industrial, onde a qualidade dos produtos não era um fator 
de importância, uma vez que existia uma demanda praticamente infinita em um mercado 
sem competição. O volume dos produtos produzidos para atender tal demanda era a única 
preocupação das indústrias daquela época.
Figura 17 – Sistema produtivo de peças cerâmicas.
Fonte: Iker/Freeimages.com
Sistema de produção puxado é o método de controle da produção em que as atividades fluxo 
abaixo avisam as atividades fluxo acima sobre suas necessidades. Permite conectar processos, 
de modo a possibilitar a produção do que é realmente necessário, evitando o excesso produtivo 
(fazer mais ou antes do necessário) e as faltas de materiais. Como resultado, temos menores 
estoques, disponibilidade permanente de material, maior produtividade, melhores níveis de 
entrega, maior facilidade de exposição de problemas, entre outros aspectos.
18
Unidade: Programação da Produção
Um dos instrumentos empregados como sinalização e operacionalização desse sistema pode 
ser o conhecido cartão Kanban, que traduzido do japonês significa sinal, ou quadro de sinais. 
Para Pensar
Em uma padaria a quantidade da oferta de pães pode variar durante as horas do dia. A produção 
pode ser empurrada nas horas de menor procura e ser puxada nas horas de pico na procura 
desse produto. 
Ideias-chave
O sistema de produção depende do grau de padronização, tipo de operações e da natureza dos produtos.
19
Material Complementar
 · Sobre recrutamento via internet
ARAGÃO Jr., Dmontier Pinheiro; NOVAES, Antônio Galvão; LUNA, Mônica Maria 
Mendes Luna. Uso de agentes no controle da cadeia de suprimentos: uma 
proposta para sistema de produção puxada. 2013. Disponível em: <http://www.anpet.
org.br/ssat/interface/content/autor/trabalhos/publicacao/2013/296_AC.pdf>. Acesso em: 
14 jul. 2014.
BASSO, Renato Gioielli; LAURINDO, Fernando Jose Barbin; SPINOLA, Mauro de 
Mesquita. Equilibrando serviço e inventário - um Sistema híbrido push/pull de planejamento 
de produção no mercado de bens de consumo no Brasil. In: ENCONTRO NACIONAL DE 
ENGENHARIA DE PRODUCAO (ENEGEP), 33, 8/11 out. 2013, Salvador, BA. Anais... 
Salvador, BA: ABEPRO, 2013. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/
enegep2013_TN_STP_ 177_008_22418.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2014.
LIMA, Hellany Cybelle Araujo de et al. Caracterização do processo produtivo de uma 
empresa do ramo alimentício da Cidade de Sumé/PB. Disponível em: In: ENCONTRO 
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO (ENEGEP), 33, 8/11 out. 2013, Salvador, 
BA. Anais... Salvador, BA: ABEPRO, 2013. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/
biblioteca/enegep 2013_TN_STP_177_007_23108.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2014. 
20
Unidade: Programação da Produção
Referências
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais. São Paulo: Atlas,1999.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. 4. ed. Porto Alegre, RS: 
Bookman, 2001. 
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégicas 
para a redução de custos e melhorias dos serviços. São Paulo: Pioneira, 2002.
MORAES, C.; CASTRUCCI, P. Engenharia de automação industrial. Rio de Janeiro: 
LTC, 2001. 
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