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AO JUÍZO DA... VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO Artigo 319 I c/c artigo 46 CPC JOAQUIM MARANHÃO, qualificação completa..., ANTÔNIO MARANHÃO qualificação completa..., E MARTA MARANHÃO qualificação completa..., vem por seu advogado, in fine, assinado com escritório na rua nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., com endereço eletronico nos termos da procuração anexa para fins do artigo 77 pg 5 do CPC, ajuízar: AÇÃO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO Pelo rito comum artigo 318 CPC, em face de MANUEL MARANHÃO qualificação completa, FLORINDA MARANHÃO qualificação completa, e RICARDO MARANHÃO qualificação completa, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. I- DA AUDIENCIA DE MEDIAÇÃO Inicialmente cumpre informar que os autores tem interesse na realização da audiencia de mediação previsto no artigo 165 pg 3 do CPC, cumprindo assim o requisito elencado no mesmo. II. DOS FATOS Ocorre que os Réus Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, pais dos Autores, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam -lhe um de seus imóveis, um sitio situado na Rua Bromélia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ., por preço certo e ajustado em R$200.000,00 (duzentos mil reais), venda consagrada através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente. O negócio jurídico fora celebrado sem a expressa anuência dos demais filhos acerca do referido contrato de compra e venda. III. DOS FUNDAMENTOS O negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre a sua passividade de anulação, por inequívoco convencimento de que ocorrera a venda do imóvel sem o consentimento expresso dos demais descendentes, havendo, pois a possibilidade de anulação nos termos do artigo 496 do CC e jurisprudência pacificada no Superior Tribunal de Justiça. Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante RECURSO ESPECIAL Nº 9 53. 46 1 - SC (2007/ 0114207 -8) (f) RELATOR: MINISTRO SIDNEI BENETI RECORRENTE : PATRICK SANTOS GOMES ADVOGADO : ALEX SANDRO SOM MARIVA RECORRIDO : ARLEY GOMES E OUTRO ADVOGADO : CRISTIAN E SMERALDINO FERREIRA DIREITO CIVIL. VENDA DE ASCENDENTE A DESCENDENTE SEM ANUÊNCIA DOS DEMAIS. ANULABILIDADE . REQUISITOS DA ANULAÇÃO PRESENTES . 1. Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário, a alienação feita por ascendente à descendente é, desde o regime originário do Código Civil de 1916 (art . 11 32 ), ato jurídic o anulável. Tal orientação veio a se consolidar de modo expresso no novo Código Civil ( CC /2002, art . 496). 2.- Além da iniciativa da parte interessada, para a invalidação desse ato de alienação é necessário : a) fato da venda ; b) relação de ascendência e descendência entre vendedor e comprador; c ) falta de consentimento de outros descendentes (CC/ 1916, art . 1132) , d) a configuração de simulação , consistente em doação disfarçada (REs p 476 5 57 /PR , Re l. Mi n. NAN C Y A NDR IG HI , 3ª T., DJ 22 .3 .2 0 04) ou , alternativamente , e ) a demonstração de prejuízo (ER Esp 661 85 8/ PR , 2ª Seção, Re l. Min. FERNANDO GONÇALVE S, Dj e 19 .1 2. 20 08; R Esp 75 21 49/ A L, Re l. M in . RAUL ARAÚJO , 4 ª T. , 2. 10. 20 10) . 3.- No caso concreto estão presentes todos os requisitos para a anulação do ato. 4.- Desnecessidade do acionamento de todos os herdeiros ou citação destes para o processo, ante a não anuência irretorquível de dois deles para com a alienação realizada por avô a neto . 5.- Alegação de nulidade afastada, pretensam ente decorrente de julgamento antecipado da lide, quando haveria alegação de não simulação de venda, mas , sim, de efetiva ocorrência de pagamento de valores a título de transferência de sociedade e de pagamentos decorrentes de obrigações morais e econômicas , à ausência de comprovação e, mesmo, de alegação crível da existência desses débitos, salientando -se a não especificidade de fatos antagônic os aos da inicial na contestação ( CP C, a rt . 30 2) , de modo que válido o julgamento antecipado da lide. IV- DOS PEDIDOS Diante do exposto requer a este juízo: A) Que seja designada audiencia de mediação na forma do artigo 334 do CPC B) A citação dos réus para oferecerem resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão. C) Que seja julgado procedente o pedido para anulação do negócio jurídico. D) Condenar o réu ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios na ordem de 20% do valor da causa. V- DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu. VI- DO VALOR DA CAUSA Dá-se o valor a causa de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) Nestes Termos Pede Deferimento ADVOGADA - OAB
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