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MORFOLOGIA BACTERIANA

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11/09/2017
1
Biologia IV
Profa. Dra. Ilana Camargo
MORFOLOGIA E ULTRA-
ESTRUTURA DE 
BACTÉRIAS 
A célula procariótica típica
Corte transversal de uma bactéria. a) Esquema. b) 
Micrografia. (Fonte: Tortora et al., 2005)
11/09/2017
2
A célula procariótica x célula eucariótica
✓ DNA (material genético) não está envolvido por uma
membrana e ele é um cromossomo circular.
✓ DNA não está associado a proteínas histonas.
✓ Não possuem organelas revestidas por membranas.
✓ Parede celular contendo quase sempre peptídeoglicano.
✓ Geralmente divisão celular por fissão binária (envolve
menos estruturas e processos que a divisão de eucariotos).
1 Cromossomo
DNA de dupla fita, circular, grande
E. coli – 1,3 m de comprimento
- 4,2 x 103 kb
Mycoplasma – 750 kb
Exceção:
Brucella abortus – 2 cromossomos 
diferentes
http://www.sciencebuddies.org/mentoring/plugin_bac_diversity_bacteria_and_dna.jpg
Replicação de DNA 
bacteriano
Procariotos - bactéria
11/09/2017
3
Procariotos - bactéria
E. coli 
- 4,2 x 103 kb
- ~4300 genes
Célula humana:
Quantidade de DNA: mais de 
1000 vezes superior;
Número de genes: 7 vezes 
maior
http://drugline.org/img/term/e-coli-4798_3.jpg
http://mercedesmoreira.blogspot.com.br/2012/08/actividad-n12-celulas.html
http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPages/R/RecombinantDNA.html
Plasmídeos
➢ DNA circular pequeno, de dupla fita, além do cromossomo bacteriano;
➢ São elementos genéticos extra-cromossômicos: não estão conectados ao
cromossomo bacteriano principal e replicam-se independentemente do DNA
cromossômico;
11/09/2017
4
Plasmídeos
➢ Contém de 5 a 100 genes não cruciais para a sobrevivência da bactéria em
condições ambientais normais;
➢ Podem ser ganhos ou perdidos sem lesar as células;
➢ Alguns conferem a vantagem da transferência de genes de resistência aos
antibióticos, tolerância aos metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de
enzimas.
➢ Podem ser utilizados para a manipulação genética.
http://www.asbmb.org/asbmbtoday/asbmbtoday_article.aspx?id=15152
- Origem de replicação para produzir
cópias que passam para células
filhas na divisão celular ou para
outra célula através da conjugação,
- Integrativos que se inserem no
cromossomo bacteriano ou não.
Conjugação
Plasmídeos
11/09/2017
5
Resistência aos antimicrobianos devido à 
aquisição de plasmídeos
Tamanho das células
Fonte: Madigan et al., 2004
11/09/2017
6
Tamanho das células - gigantes
Epulopiscium sp, bactéria endossimbionte de peixes herbívoros marinhos. 
Células podem atingir o tamanho de 600 µm por 80 µm.
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=107617
Morfologia celular: Forma e arranjo
Coco Baciloovaladas cilíndricas
11/09/2017
7
Frequentemente os arranjos 
são característicos de 
determinados gêneros
Morfologia celular: Forma e arranjo
Células de várias espécies permanecem unidas em grupos ou conjuntos 
após a divisão celular
Arranjos
Streptococcus sp.
Staphylococcus sp.
Forma de estrela: Stella
Forma quadrada e plana: HaloarculaEspiral
Morfologia celular: Forma e arranjo
Forma helicoidal (saca-rolhas) 
com corpo rígido, 
movimentação com flagelos
Forma helicoidal (saca-rolhas) 
com corpo flexível, 
movimentação com filamento 
axial (flagelo contido em 
bainha externa flexível)
Bacilo torcido
Intensamente espiralada
11/09/2017
8
o Parede celular
o Estruturas internas à parede
o Membrana citoplasmática
o Inclusões
o Endósporos
o Estruturas externas à parede
o Glicocálice (ou glicocálix)
o Flagelos
o Fímbrias e Pili
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Aula de hoje...
o Estrutura complexa, semi-rígida e que confere forma à célula.
o Previne a ruptura da célula (Lise celular) – fornece rigidez contra a
pressão de turgor (meio intracelular é geralmente mais concentrado
em solutos que o meio externo).
o Proteção contra choques físicos;
o Essencial para crescimento e divisão da célula;
o Importância clínica e taxonômica;
o Visualização individualizada somente em microscopia eletrônica.
Parede celular - Função
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9
Parede celular
Parede celular – Gram-Positivo e Gram-Negativo
Camada rígida
11/09/2017
10
Paredes celulares de Bacteria
Diagrama esquemático das paredes celulares de 
bactérias Gram-positivo (a) e Gram-negativo (b)
(Fonte: Madigan et al., 2004)
Parede das bactérias Gram-positivo
o Muitas camadas (até ~25) de peptideoglicano (corresponde a 90% da parede).
o Apresentam ácido teicóico e lipoteicóico (polissacarídeo ácido, com resíduo de glicerol 
fosfato ou ribitol fosfato), que confere carga negativa à superfície celular, regulando o 
movimento de íons + (Ca2+ e Mg2+) na célula.
o Ácidos teicóicos – respondem pela especificidade antigênica da parede, tornando 
possível a identificação de bactérias em testes laboratoriais.
Fonte: Madigan et al, 2004.
Ligação covalente com resíduos do ácido 
murâmico
Ligação covalente com lipídeos da membrana
11/09/2017
11
Parede das bactérias Gram-negativo
o Membrana externa composta de lipopolissacarídeo (LPS), lipoproteínas e 
fosfolipídeos. 
o Periplasma – espaço entre a MP e a ME – fluido com alta concentração de 
enzimas e proteínas de transporte (consistência de gel).
o Uma ou poucas camadas de peptideoglicano (que não contém ácido teicóico).
Fonte: Madigan et al, 2004.
Parede das Gram-negativo
o Membrana externa
o Permeável a pequenas moléculas pela presença de porinas, que permitem a 
passagem de moléculas hidrofílicas de baixa massa molecular (alguns 
nucleotídeos, dissacarídeos, peptídeos, aminoácidos, vitamina B12 e ferro).
o Propriedade tóxica: associada ao lipídeo A (=endotoxina) do LPS. 
Exemplos de gêneros patogênicos Escherichia, Salmonella e Shigella. 
o Polissacarídeos O do LPS atuam como antígenos e são úteis para diferenciar 
espécies de bactérias Gram-negativas.
Estrutura do lipopolissacarídeo de bactérias Gram-negativas. A composição 
química do lipídeo A e dos polissacarídeos é variável nas diferentes espécies.
Fonte: Madigan et al, 2004.
11/09/2017
12
Características comparativas entre Gram – e +
Característica Gram-positivo Gram-negativo
Reação de Gram.
Retém o 
corante violeta
Aparece o 
contracorante 
(safranina)
Camada de peptideoglicano.
Espessa –
múltiplas
Camada única –
fina
Ácidos teicóicos.
Presentes em 
muitas
Ausentes 
Espaço periplasmático. Ausente Presente
Membrana externa. Ausente Presente
Conteúdo de LPS. Nenhum Alto
Conteúdo de lipídeos e lipoproteínas. Baixo
Alto (devido à 
ME)
Toxinas produzidas. Exotoxinas Endotoxinas
Resistência à ruptura física. Alta Baixa
Ruptura da parede por lisozima. Alta Baixa
Sensibilidade à penicilina e às sulfonamidas. Alta Baixa
Sensibilidade à estreptomicina, cloranfenicol 
e tetraciclina.
Baixa Alta
Adaptado de Tortora et al., 2005.
11/09/2017
13
✓ Parede celular
o Estruturas internas à parede
o Membrana citoplasmática
o Inclusões
o Endósporos
o Estruturas externas à parede
o Glicocálice (ou glicocálix)
o Flagelos
o Fímbrias e Pili
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Membrana citoplasmática dos procariotos
Bicamada de fosfolipídios (invertidos)
Porção hidrofílica 
Porção hidrofóbica
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14
Membrana citoplasmática dos procariotos
o Bacteria possuem hopanol, em substituição ao esterol das 
MP dos eucariotos (o que torna a MP menos rígida).
o Algumas bactérias possuem dobras internas da MP onde 
localizam-seenzimas e pigmento envolvidos na fotossíntese 
(cromatóforos ou tilacóides).
Estrutura de uma bicamada lipídica. 
Fonte: Madigan et al., 2004.
Membrana citoplasmática dos procariotos
Funções:
-Barreira para a maior parte das moléculas 
solúveis em água, é muito mais seletiva que a 
Parede Celular.
- Sítio de localização de Permeases, proteínas 
específicas que transportam pequenas 
moléculas para dentro da célula;
-Enzimas produzem energia e auxiliam a 
síntese da Parede Celular.
11/09/2017
15
Membrana citoplasmática dos procariotos
Proton motive force is composed of 
∆pH and ∆ (membrane potential)
Redox loop and electron transfer chain
Dehydrogenase + quionone + Proton pump + cytochrome + ATP synthase
Funções de barreira: 
Osmose e Difusão
Membrana citoplasmática bacteriana
Permite a osmose - entrada de
água quando em uma solução
hipotônica (baixa concentração de
soluto) e saída de água de dentro da
célula para fora quando em solução
hipertônica (alta concentração de
soluto).
Também permite a difusão simples, a entrada de moléculas pequenas como
oxigênio e dióxido de carbono, dissolvidos por meio da membrana citoplasmática
sem gasto de energia (um processo passivo);
Entretanto, a maior parte dos nutrientes é transportada por permeases e
requer gasto de energia (processo ativo)
11/09/2017
16
✓ Parede
o Estruturas internas à parede
✓Membrana citoplasmática
o Citoplasma
o Inclusões
o Endósporos
o Estruturas externas à parede
o Glicocálice (ou glicocálix)
o Flagelos
o Fímbrias e Pili
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Citoplasma
Substância da célula dentro da membrana plasmática
Espesso, aquoso, semitransparente, elástico
80% - àgua
Proteínas (enzimas)
Carboidratos
Lipídeos
Íons inorgânicos
Compostos de peso molecular muito baixo
Principais estruturas:
DNA
Ribossomos
Inclusões
11/09/2017
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Inclusões da célula bacteriana
• Função de armazenamento de energia ou como reservatório de 
constituintes estruturais.
• Geralmente envolvidas por uma fina camada de lipídeos.
• Polímeros de armazenamento de carbono
– PHB (ácido poli-b-hidroxibutírico): natureza lipídica
– PHA (poli-b-hidroxialcanoato): nome coletivo para os grânulos 
acumulados, cujos polímeros podem variar de tamanho (C4 até 
C18).
– Glicogênio (polímero de glicose)
Estrutura química do PHB.
Micrografia eletrônica de uma seção da 
célula de Rhodovibrio sodomensis. 
(Madigan et al., 2004)
Inclusões da célula bacteriana
• Grânulos de polifosfato (volutina): reserva de fosfato inorgânico para 
ser usado na síntese de ATP (também encontrados em algas, fungos e 
protozoários). 
• Grânulos de enxofre: Thiobacillus (bactéria do enxofre)- glóbulos de 
enxofre no periplasma!.
• Magnetossomos: inclusões de óxidos de ferro - Fe3O4 – em algumas 
bactérias Gram-negativo. Função provável relacionada ao movimento –
atração magnética a sedimentos onde [ ] de O2 é menor.
• Vesículas de gás: em procariotos aquáticos (cianobactérias, 
fotossintéticas anoxigênicas), com função de aumentar a flutuabilidade.
Magnetossomos: fotomicrografia 
de Aquaspirillum 
magnetotacticum com uma 
cadeia de magnetossomos.
Fonte: Tortora et al., 2005.
11/09/2017
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✓ Parede celular
o Estruturas internas à parede
✓Membrana citoplasmática
✓ Inclusões
o Endósporos
o Estruturas externas à parede
o Glicocálice (ou glicocálix)
o Flagelos
o Fímbrias e Pili
o Locomoção da célula bacteriana
o Flagelar
o Deslizamento
o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)
Endósporos
• Estruturas de resistência (ao calor, à agentes químicos, à 
dessecação, radiação), desidratadas e duráveis.
• São formados em condições de exaustão de nutrientes no meio.
• Geralmente em bactérias do solo, Gram-positivo (descritos em 
cerca de 20 gêneros de Bacteria). Não se observou em Archaea.
• Bem estudados nos gêneros Clostridium e Bacillus.
• Podem permanecer dormentes por longos períodos de tempo:
– Clostridium aceticum: 34 anos, frasco perdido em depósito da 
Universidade da Califórnia.
– Thermoactinomyces: 2.000 anos. Fragmentos de ruínas de sítio 
arqueológico romano no Reino Unido.
11/09/2017
19
Formação do endósporo
• Condição de limitação de um ou mais nutrientes essenciais.
• Em B. subtilis, ~ 200 genes envolvidos no processo de 
esporulação. Processo completo pode levar 8 horas.
• Interrupção da síntese de proteínas envolvidas nas funções da 
célula vegetativa e ativação da síntese das proteínas específicas 
do esporo, em resposta a um sinal ambiental.
Célula com 
metabolismo ativo e 
úmida
Endósporo seco, 
metabolicamente inerte 
e extremamente 
resistente
Estágios da formação de um endósporo 
(fonte Tortora et al., 2005)
11/09/2017
20
Estrutura do endósporo
• Camadas adicionais e externas à parede 
celular que protegem o DNA, formadas 
basicamente por proteínas.
• Núcleo: parcialmente desidratado (contém 
de 10 a 30% de água da célula vegetativa) -
inativa as enzimas, aumenta a 
termoresistência.
– Apresenta altas [ ] de PPASs (pequenas 
proteínas de ácido solúveis de esporo): liga-se 
ao DNA, protegendo-o de possíveis danos 
causados pela radiação, calor seco e 
dessecamento; pode ser utilizado como fonte de 
energia e carbono na germinação do esporo. 
– Ácido dipicolínico: exclusivo dos esporos, 
corresponde a 10% do peso seco do esporo.
Endósporo bacteriano. (a) MET
de esporo maduro de Bacillus
megaterium. (b) Fotomicrografia
de fluorescência de célula de B.
subtilis em esporulação. O corante
liga-se a uma proteína da capa do
esporo.
Fonte: Madigan et al., 2004.
Germinação do endósporo
• Ativada por lesão física 
(aquecimento) ou química no 
revestimento do esporo.
• Enzimas do endósporo rompem 
as camadas extras.
• Intumescimento devido à 
entrada de água; síntese de 
novas moléculas de RNA, 
proteínas e DNA (se condições 
nutricionais foram favoráveis).
Germinação de um 
endósporo em 
Bacillus. (a) esporo 
maduro. (b) ativação –
perda de refringência. 
(c) e (d) extrusão –
nova célula emergindo.
Fonte: Madigan et al., 
2004.
11/09/2017
21
Bacillus anthracis – Endósporos e células vegetativas
Coloração de Schaeffer-Fulton
Localização, tamanho e forma dos endósporos
Esporos ovais: 
localização central 
(Bacillus cereus)
Esporos esféricos: 
localização terminal 
(Clostridium tetani)
Esporos ovais: 
localização subterminal 
(Clostridium subterminale)
São mais freqüentes nos gêneros Clostridium e Bacillus.
Geralmente em culturas que se aproximam do final de um crescimento 
ativo.
11/09/2017
22
Atrapalhou a tentativa de contrariar a
Teoria da Geração Espontânea
Condições de experimentos não eliminavam as formas latentes 
de bactérias e fungos;
No combate ao carbúnculo, os microbiologistas compreenderam 
que as formas latentes do bacilo do carbúnculo poderiam 
sobreviver no solo por anos!!
Técnicas de 
semeadura
11/09/2017
23
Objetivo dos métodos:
Diminuir a população microbiana, assim as células individuais estarão localizadas a
uma certa distância umas das outras.
Para obter uma cultura pura, uma colônia individual é transferida do meio para outro 
em placa ou tubo.
Isolamento de colônias para posteriormente obter cultura pura
Zona Asséptica
Bico de Bunssen
O bico de Bunssen e a zona asséptica/de segurança
11/09/2017
24
Manobras assépticas
Manobras assépticas
11/09/2017
25
Manobras assépticas
11/09/2017
26
Swab de algodão esterilizado
11/09/2017
27
Métodos de isolamento de microrganismos
em culturapura
Métodos de isolamento de microrganismos:
- Espalhamento em placa;
- Pour-plate;
- Esgotamento por estrias;
11/09/2017
28
Método 
Pour Plate
Método
Espalhamento
em placa
Espátula de Drigalski
11/09/2017
29
Método de espalhamento em placa
Método de esgotamento em placa
Por estrias
11/09/2017
30
Por estrias
Método de esgotamento em placa
Por estrias
11/09/2017
31
Cultura Pura
Onde todas as células na população são idênticas e todas
se originaram de uma mesma célula parenteral.
Natureza - Culturas mistas: muitas espécies diferentes no 
mesmo ambiente
Primeiro passo: Isolar as diferentes espécies contidas em um espécime (amostra).
Cultura 
mista
Cultura 
pura
11/09/2017
32
- Madigan et al., Microbiologia de Brock. São 
Paulo:Prentice-Hall, 10ª ed., 2004. Capítulo 4.
- Tortora et al., Microbiologia. Porto Alegre; 
ArtMed, 8ª ed., 2005. Capítulo 4.
Bibliografia
64
Microrganismos em meio de cultura
Fatores orgânicos de crescimento
11/09/2017
33
65
Nutrientes
Macronutrientes
Micronutrientes
66
• Carbono – elemento principal de todas as macromoléculas biológicas: 
• corresponde a 50% do peso seco da célula bacteriana típica.
• fontes orgânicas de C – proteínas, carboidratos e lipídeos 
• fonte inorgânica de C – CO2
• Nitrogênio – importante constituinte de proteínas, ácidos nucléicos:
• corresponde a 12-14% do peso seco da célula bacteriana típica.
• encontrado na natureza principalmente na forma de compostos inorgânicos: 
amônia (NH3), nitrato (NO3
-) ou N2. 
• fontes orgânicas: aminoácidos, bases nitrogenadas.
• Fósforo e Enxofre – juntos, correspondem a 4% do peso seco da célula bacteriana 
típica:
• Fósforo necessário para a síntese de ácidos nucléicos e fosfolipídeos. Forma 
usual encontrada na natureza – íon fosfato PO4
3- .
• Enxofre – constituinte dos aa cisteína e metionina e também de vitaminas 
(tiamina, biotina). Maior parte do enxofre utilizado nos processos celulares vem 
de fontes inorgânicas: íon sulfato (SO4
2-) e sulfeto (HS-).
Macronutrientes  necessários em grandes quantidades
11/09/2017
34
67
Macronutrientes
Madigan et al., 2004.
68
Micronutrientes (elementos-traço)
Madigan et al., 2004.
11/09/2017
35
69
Fatores orgânicos de crescimento
Algumas bactérias 
necessitam de fontes 
extracelulares de vitaminas, 
que atuam como coenzimas. 
Ex. bactérias lácticas 
(Streptococcus, Lactobacillus, 
Leuconostoc)
Madigan et al., 2004.
70
Microrganismos em meio de cultura
Meio de cultura satisfatório
Crescimento e multiplicação
Síntese de seus próprios monômeros
Deverá conter: Fonte de carbono
Nitrogênio
Sais inorgânicos
Em certos casos:
Vitaminas (tiamina, biotina, cobalamina...)
Outros fatores de crescimento
(Aminoácidos, purinas, pirimidinas)
11/09/2017
36
71
Nutricionalmente
Exigente
Não Exigente
Meio específico/
Ricos
Meio mínimo
Parasitas intracelulares obrigatórios
Pseudomonas
Soluções aquosas de glicose, amônia, fosfato, sulfato e outros minerais
Microrganismos em meio de cultura
72
Meios de Cultura
• Soluções nutrientes utilizadas para promover o crescimento de microrganismos 
em laboratório.
• Inóculo: microrganismos que são colocados em um meio de cultura para iniciar o 
crescimento.
• Cultura: microrganismos que crescem e se multiplicam nos meios de cultura.
Meios
Quimicamente definidos:
Quantidades precisas de compostos 
químicos inorgânicos ou orgânicos 
altamente purificados, adicionados a 
água destilada.
Complexos (ou indefinidos):
Não se conhece a composição precisa 
de alguns componentes. Empregam 
produtos de digestão da caseína 
(proteína do leite), de carne, de soja, de 
leveduras, extratos de plantas, entre 
outros.
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37
73
Meios de cultura
Utilizados para o cultivo dos microrganismos;
Quimicamente definidos – Definição exata
Retirando ou adicionando um constituinte ao meio definido, pode-se
saber se aquele constituinte é essencial para o crescimento do
microrganismo.
74
Meios comerciais
➢Já contém todos os componentes desejados;
➢Adiciona-se água
➢Esteriliza-se 121ºC durante 20 minutos.
➢Distribui-se em placas de Petri também esterilizadas.
➢Armazena-se em geladeira embaladas em sacos plásticos para diminuir 
a desidratação.
11/09/2017
38
75
Composição:
Peptona (Fonte de nitrogênio)
Triptose (reações de fermentações)
Extrato de carne (carboidratos, constituintes minerais, vitaminas)
Extrato de leveduras (Fonte de vitaminas)
Água (destilada / deionizada)
Sangue (Fator de crescimento, rico em nitrogênio, carboidratos e 
vitaminas)
Microrganismos em meio de cultura
76
Ágar: polissacarídeo complexo solidificante obtido de algas marinhas.
❖Poucos microrganismos degradam o ágar.
❖Temperatura de fusão inferior à temperatura da água.
❖Permanece líquido até 40ºC.
❖Na técnica de Pour plate o ágar é mantido a 50ºC e é adicionado sobre o 
inóculo sem afetar, ou causar danos a bactéria.
❖Dependendo de sua concentração os meios podem ser classificados
quanto a consistência:
- Líquido – menos de 1g de ágar por litro de água
- Semi-sólido – 4 g/L
- Sólido – 15 a 18 g/L
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39
77
Classificação quanto à função:
-Seletivo
-Diferencial
-Enriquecedor
-Transporte
78
Meios Seletivos
Favorece o crescimento da bactéria de interesse impedindo o 
crescimento de outras bactérias.
Inibidores: substâncias capazes de inibir algumas bactérias que não são 
de interesse.
1) Corantes: verde brilhante, eosina, cristal violeta...
2) Metais pesados: Bismuto;
3) Substâncias químicas: azida, citrato, desoxicolato, selenito e álcool 
feniletílico...
4) Agentes antimicrobianos: vancomicina, cloranfenicol
5) Meio hipertônico: alta concentração de sal (7,5%)
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79
Meio Diferencial
Utilizado para fácil detecção da colônia da bactéria de interesse quando 
existem outras bactérias crescendo na mesma placa do meio
Substâncias utilizadas como indicadores de atividade enzimáticas que 
auxiliam na identificação
-Indicadores de pH: fucsina, azul de metileno, vermelho neutro, vermelho de 
fenol e púrpura de bromocresol. Medem as variações de pH que resultam do 
metabolismo bacteriano de certos substratos.
- Indicadores diversos: detectam produtos bacterianos específicos. Ex.: íons 
ferro e ferroso para a detecção de sulfato de hidrogênio
80
Lactose +
(Amarelo)
CLED
(Cistina Lactose- Eletrólitos-Deficientes)
Com indicador azul de bromotimol
Meio diferencial
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Lactose +
(Rosa)
CLED
(Cistina Lactose- Eletrólitos-Deficientes)
Com indicador de Andrade!!
Meio diferencial
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Ágar MacConkey
Peptona de carne...................................................3
Peptona de caseína..............................................17
NaCl.........................................................................5
Lactose..................................................................10
Sais biliares.........................................................1,5
Vermelho neutro................................................0,03
Cristal violeta...................................................0,001
Ágar....................................................................13,5
Nitrogênio e 
carbono
Açúcar
Indicador de pH
Inibidor de 
Gram+
Inibidor de 
Gram+
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Meio Seletivo e Diferencial
Muito utilizado na rotina laboratorial
Ágar MacConkey – Seletivo e Diferencial
Seletivo: Cristal violeta e sais biliares – inibem bactérias Gram-positivo;
Diferencial:Este meio possui indicador de pH, por exemplo vermelho neutro:
quando o meio fica ácido a cor fica rosa.
Possui lactose que a bactéria pode degradar (fermentar) produzindo ácido
que diminui o pH do meio.
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MacConkey
Cultura mista!!!!!!
Lactose +
Lactose -
Seletivo para enterobactérias 
(Gram-negativo) a partir de 
fezes, urina, alimentos, 
água... 
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MacConkey
Cultura mista!!!!!!
1. Lactose –
2. Lactose +
Sais biliares e cristal violeta
inibem Gram-positivas
Meio seletivo e diferencial
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Ágar Manitol Hipertônico
Peptona...............................................................10
Extrato de carne..................................................1
NaCl.....................................................................75
Manitol................................................................10
Vermelho de fenol .......................................0,025
Ágar....................................................................12
Nitrogênio e 
carbono
carboidrato
Indicador de pH
Inibidor de algumas 
Gram+ e das Gram -
Meio Seletivo e Diferencial
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Ágar Manitol Hipertônico
Manitol +Manitol -
A degradação do manitol está relacionada com a patogenicidade, indicativo 
da presença de Staphylococcus aureus.
Crescem apenas bactérias que suportam grande concentração de sal!
Indicador Vermelho de fenol!!!
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E.M.B.
(Eosina Azul de metileno)
Para isolamento de 
Enterobactérias
(Gram–negativo)
Brilho verde metálico 
Escherichia coli???
Corantes inibem 
Gram-positivo
Meio seletivo e diferencial
Bactérias produtoras de ácidos fortes formam 
brilho verde metálico causado pela 
precipitação do corante nas colônias: 
SUGESTIVO de E. coli!!!
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E.M.B.
(Eosina Azul de metileno)
Para isolamento de 
Enterobactérias
(Gram–negativo)
Colônias pardo rósea
Produtora de ácido fraco
Ex: Enterobacter sp
Corantes inibem 
Gram-positivo
Meio seletivo e diferencial
90
Pseudomonas aeruginosa
Pigmento verde natural
Escherichia coli
Meio Mueller Hinton
Meio EMB
Serratia marcescens
Pigmento vermelho natural!!
Brilho verde metálico
somente no meio 
EMB!
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Momento I 
“Aprendendo Microbiologia com Poema e Poesia”
http://www.icej.org.br/?p=372
By Ilana Camargo
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Encontro com uma Drag queen verde!
Será que vai me notar?
Se isso não ocorrer, não vou chorar,
nem tampouco esporular!
Sou mesófilo e sempre estou com você.
No seu calor me sinto bem.
Vou crescer, você vai ver!!
Pode até me cortar o oxigênio,
como sou anaeróbio facultativo,
vou continuar a crescer, Oh! Gênio!
Porém, se no meu meio jogar sal,
me inibirá e te deixarei...
Não sou halófilo, afinal!
Se você quiser me ver,
me semeie em EMB e vou aparecer.
Fermento lactose e ácido forte pode ser observado.
Assim, como uma Drag queen verde, 
por todos posso ser notado.
Sou bacilo Gram Negativo.
Meu nome é Escherichia coli,
e nosso encontro pode ser divertido!
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De volta à aula...
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Rico X Enriquecimento
Rico: é o meio que é suplementado com sangue, soro, suplementos
vitamínicos e extrato de levedura para isolar microrganismos exigentes.
Ex: ágar Mueller Hinton suplementado com 5% de sangue de carneiro e
ágar chocolate
Meio de enriquecimento: Incrementa o crescimento de certas
espécies bacterianas ao mesmo tempo que inibe o desenvolvimento de
microrganismos que não sejam de interesse.
Ex.: Caldo GN e Caldo selenito.
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Ágar Mueller Hinton 
suplementado com sangue de 
carneiro a 5%.
Colônia
Hemólise
Meio rico
Permite o crescimento da 
maioria das bactérias
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Meios
Seletivo:
Favorece o crescimento do microrganismo de 
interesse e impede o crescimento de outros.
Ex.: Ágar sulfeto de bismuto para isolamento 
de Salmonella typhi a partir das fezes.
Diferencial:
Permite a fácil identificação da colônia da 
bactéria de interesse, dentre as colônias de 
outras bactérias crescidas no meio. 
Ex.: Meio ágar sangue para detectar a presença 
de Streptococcus pyogenes (forma-se um halo 
claro em torno da colônia pela lise das 
hemáceas)
de Enriquecimento:
Semelhante ao seletivo, mas 
suplementado por nutrientes especiais, 
com a característica de aumentar o número 
da bactéria de interesse tornando-a 
detectável.
Meios de Cultura

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