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Artigo - Programa de treino de força aumenta força muscular e nível de atividade física em indivíduos jovens com Síndrome de Down

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Programa de treino de força aumenta força muscular e nível de atividade física em indivíduos jovens com Síndrome de Down: Um teste randomizado
Esse estudo investiga os efeitos de um programa de treino progressivo de resistência (PRT) em adolescentes e adultos jovens com síndrome de Down. 68 indivíduos jovens com síndorme de Down (30 mulheres, 38 homens; média de idade 17,9 - 2.6 anos) e com desabilidade intelectual leve à moderada foram alocados aleatoriamente para um programa PRT (n=34) ou para um grupo social (n= 34). Os participantes no programa PRT treinaram 2 vezes por semana por 10 semanas em um ginásio comunitário com um estudante de fisioterapia como mentor usando máquinas com cargas. O grupo social completou um programa de 10 semanas de atividades sociais também com um estudante como mentor, uma vez por semana, com duração de 90 minutos. Performance, força muscular e níveis de atividade física foram avaliados nas semanas 0, 11 e 24 por um assistente que não sabia das alocações do grupo. Os dados foram analisados usando ANCOVA com base nos métodos covariáveis. Os participantes tiveram frequência de 92% nas sessões. Não houve diferença entre os grupos no desempenho de tarefas de trabalho. O grupo PRT aumentou sua força dos membros superiores e inferiores na semana 11 comparado com o grupo controle, mas apenas os membros inferiores ganharam força na semana 24. Houve diferença significativa nos níveis de atividade física a favor do grupo PRT na semana 24, mas não na semana 11. O grupo PRT usando um estudante como mentor ajudou os indivíduos jovens com Down a ficarem mais fortes e mais ativamente físicos, mas seu efeito em desempenhar tarefas é incerto.
1. Introdução
Força muscular nos membros superiores e inferiores é 50% menor em pessoas com Down comparadas com seus pares sem deficiência e ainda comparados com seus pares com uma deficiência intelectual, mas que não possuem síndrome de down. Força muscular adequada é importante para indivíduos jovens que possuem síndrome de down quando os mesmos avançam da adolescência para a idade adulta, pois suas atividades no trabalho tipicamente enfatizam as habilidades físicas, e não as cognitivas. Fraqueza muscular pode tornar o componente físico dessas tarefas muito difícil e podem impactar na habilidade para realizar atividades diárias. Melhoras da força muscular veem sendo associadas a mudanças positivas em atividades funcionais em adultos com Down e em tarefas no trabalho em pessoas com deficiências intelectuais. Sendo assim, força muscular adequada e habilidade física podem ser fatores importantes para participação em empregos para esse grupo de pessoas.
Pessoas com Down podem melhorar sua força muscular executando treino progressivo de resistência (PRT). Esse tipo de treino é considerado como a melhor maneira de melhorar a força muscular e evoluir o treino com suficiente intensidade e aumento de carga. Poucos estudos investigaram os benefícios do PRT para pessoas com síndrome de Down. Esses estudos mostraram melhora na força muscular e redução no tempo para subir escadas. No entanto, nenhum desses estudos incluíram um período de acompanhamento ou avaliaram resultados para performance em atividades no trabalho. Se PRT teve um impacto nas atividades no trabalho, pode ser importante para o desenvolvimento vocacional de pessoas jovens com Down. Acrescentando, se os benefícios do PRT forem sustentados além da duração do programa, indicaria que os resultados foram significativos e que devem ser incorporados nas vidas dos participantes.
A baixa aderência de pessoas com Down em realizar atividade física tem sido mostrada. A OMS indica que adultos, inclusive os com Down, realizar 150 minutos de atividade física com intensidade moderada toda semana.
As razões da baixa aderência de pessoas com Down em realizar atividade física são complexas e multifatoriais. Uma das barreiras é a necessidade de alguém para realizar o exercício, a falta de motivação e a falta de programas cabíveis. Ter companhia para se exercitar promove a interação social que dá um significado ao exercício físico para pessoas com Down. Também providencia a supervisão que é necessária para alguns para obter apoio motivacional e para garantir que o exercício seja executado de maneira correta. PRT pode ser realizado com um parceiro que no caso dos indivíduos jovens com síndrome de Down é importante para dar o suporte social que eles precisam. Um mentor que seja estudante seria o parceiro ideal para um adolescente ou um adulto jovem com Down, já que teriam idades próximas e a relação seria significativa. Este modelo de entrega de exercício foi encontrado para ser viável e para resultar em melhorias na força muscular. No entanto, os efeitos do modelo de mudanças na atividade física ou mudanças no desempenho da tarefa de trabalho ainda não foram exploradas.
Jovens com Down devem ser encorajados a fazer exercícios enquanto eles estão na fase de transição para a fase adulta, já que nessa fase (adulta) eles podem se tornar menos ativos fisicamente. É especialmente importante que eles se exercitem, pois os mesmos são suscetíveis a adquirirem doenças crônicas como a diabetes, osteoporose e obesidade, e declínio prematuro de função ao decorrer dos anos. Pessoas com Down que são fisicamente ativas vivem mais tempo e com melhores condições e não precisam de muitas intervenções médicas. Sendo assim, não é surpresa o porque de programas para aumentar a atividade física têm sido recomendados para pessoas com deficiências intelectuais ou Down.
Nosso primeiro objetivo foi investigar se o programa PRT melhoraria tarefas no trabalho em adolescentes e adultos novos com síndrome de Down. O segundo objetivo era saber se aumentava força muscular e nível de atividade física.
Discussão
As descobertas para o estudo foram
1 - PRT sendo aplicado com um estudante como mentor foi efetivo e seguro em fazer com que adolescentes e adultos mais novos com Down ficassem mais fortes. 
2 - PRT pode não ter tido um efeito na realização de tarefas funcionais.
3 - O ganho de força de membros inferiores foi mantido por 6 meses após o PRT. 
4 - Os que participaram do PRT mantiveram seus níveis de atividade física por 6 meses comparados aos do grupo controle

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