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Apostila Como fazer projetos inovadores

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Prévia do material em texto

Como fazer
projetos
inovadores
São Paulo
2011
2
Como fazer
projetos
inovadores
Esta apostila é destinada a todos os 
profissionais de educação que têm 
interesse em promover a inovação 
p e d a g ó g i c a p o r m e i o d o u s o 
das Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC).
3
Apresentação
 A Microsoft Educação tem a missão de ajudar alunos e educadores a alcançarem seu 
potencial pleno. Desde 2003, por meio da iniciativa mundial Parceiros na Aprendizagem, 
a instituição disponibiliza tecnologias e apoio pedagógico para o desenvolvimento das 
competências e habilidades de gestores, professores, estudantes e comunidade escolar. 
 Em 2006, a empresa lançou o Prêmio Microsoft Educadores Inovadores que 
reconhece e premia os melhores projetos educacionais que fazem uso da tecnologia. Com o 
objetivo de promover a melhora no ensino, o Prêmio recebeu, desde sua primeira edição, cerca 
de 2.900 trabalhos e divulgou as melhores práticas brasileiras por diversos lugares do mundo, 
dentre eles: África do Sul, Hong Kong, Filadélfia e Finlândia.
 Para dar continuidade ao debate sobre a inovação pedagógica, em março de 2010, a 
Microsoft reuniu dezessete educadores que se destacaram como vencedores no Prêmio. São 
eles: Alex Vieira dos Santos, Guilherme Erwin Hartung, Lucrécio Filho de Oliveira, Marcio Roberto 
Gonçalves de Vazzi, Teresinha Bernardete Motter, Armando Gil Ferreira, Claudia de Almeida Pires, 
Marisa Elsa Demarchi, Marise Martins Brandão, Marli Dagnese Fiorentin, Andréia Martins Ferreira, 
Luzânia Alves de Souza, Patrícia Mara Estrela Manso, Edilamar Caoneto Zago, Luiz Fernando 
Leandro, Maria de Fátima Martinez e Tatiani Ferrari.
 Realizado de duas maneiras, presencial e on-line, o trabalho do “Educadores 
Inovadores em Rede” teve duração de cinco meses e resultou na apostila “Como fazer 
projetos inovadores”. Sendo assim, o guia que se segue visa discutir o conceito de inovação 
e como as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) contribuem para os processos de 
ensino e aprendizagem, as competências do século XXI, apresentar a metodologia de projetos e 
mostrar exemplos práticos e replicáveis de projetos educacionais inovadores.
Palavras-chave: Educação. Inovação. Tecnologia.
4
Sumário
Lista de figuras ................................................................................................................................................................... 5
Lista de tabelas ................................................................................................................................................................... 6
1. O que é o educadores inovadores em rede .................................................................................7
1.1 Fórum presencial ....................................................................................................................................................... 7
1.2 Fórum on-line .................................................................................................................................................................9
2. Inovação .......................................................................................................................................11
2.1. O que significa inovar na educação? .................................................................................................................. 11
2.2 A tecnologia na educação ...................................................................................................................................... 14
3. As competências do século XXI .....................................................................................................15
4. Metodologia de projetos ............................................................................................................25
4.1 Conceitos fundamentais ......................................................................................................................................... 25
4.2 Os resultados da metodologia de projetos na prática de ensino ................................................................ 28
5. Avaliação de competências ..........................................................................................................30
5.1 Projetos de aprendizagem no contexto do currículo e da avaliação .......................................................... 30
6. Exemplos de projetos educacionais inovadores .......................................................................33
6.1 A construção do conhecimento em ambiente digital ..................................................................................... 33
6.2 Fractal multimída - jogos educativos, objetos de aprendizagem e animações ..................................... 35
6.3 Projeto barreiro - fruticultura doméstica em miniaterro sanitário controlado .......................................... 37
6.4 Fontes de energia: popularização das ciências através dos estudos de ciências, tecnologia e sociedade .................. 39
6.5 Robótica educacional à luz da pedagogia de projetos................................................................................... 42
6.6 Projeto: Escola.com Ciência ................................................................................................................................... 45
6.7 Ponto de ideias e soluções ambientais em 4r ................................................................................................... 47
6.8 Projeto: Projetos colaborativos de Blumenau .................................................................................................... 49
6.9 Voo-BPF Brasil, Portugal e França ..................................................................................................................... 51
6.10 Criar laços ................................................................................................................................................................. 53
6.11 Capacitação e uso de tecnologias por gestores educacionais, educadores e alunos da escola pública de Betim ................ 55
6.12 Projeto griot – contando histórias de outros povos ...................................................................................... 57
6.13 1ª exceleições do grêmio estudantil .................................................................................................................. 59
6.14 Ler e escrever? Com o computador! ............................................................................................................... 61
6.15 Revitalização do Córrego Cipoaba ................................................................................................................... 63
6.16 Tic´s: acesso e qualidade ...................................................................................................................................... 65
6.17 Tic´s: rompendo barreiras ................................................................................................................................... 67
7. Dicas para um projeto educacional inovador ...........................................................................69
7.1 Diagnóstico ............................................................................................................................................................... 69
7.2 O projeto ................................................................................................................................................................... 69
8. Submetendo seu projeto ao prêmio Microsoft Educadores Inovadores ...............................73
8.1 Apresentação geral .................................................................................................................................................. 73
8.2 Objetivo do projeto ..................................................................................................................................................73
8.3 Metodologia e desenvolvimento .......................................................................................................................... 73
8.4 Resultados ................................................................................................................................................................. 74
Créditos .............................................................................................................................................75
5
Lista de figuras
Figura 1: Gráfico retirado do folheto do projeto Campo Sustentável .......................................................... 31
Figura 2: Gráfico retirado do Virtual Classroom Tour (VCT) ............................................................................. 32
Figura 3: Gráfico retirado do folheto do projeto Romantismo no Século XXI .......................................... 32
Figura 4: Projeto .............................................................................................................................................................. 34
Figura 6 : Projeto .............................................................................................................................................................. 34
Figura 5: Projeto ............................................................................................................................................................... 34
Figura 7: Projeto ............................................................................................................................................................... 36
Figura 9: Projeto ............................................................................................................................................................... 36
Figura 8: Projeto ............................................................................................................................................................... 36
Figura 10: Projeto ............................................................................................................................................................. 38
Figura 12: Projeto ............................................................................................................................................................. 38
Figura 11: Projeto ............................................................................................................................................................. 38
Figura 13: Projeto ............................................................................................................................................................. 41
Figura 14: Projeto ............................................................................................................................................................. 41
Figura 15: Projeto ............................................................................................................................................................. 41
Figura 16: Projeto ............................................................................................................................................................. 44
Figura 17: Projeto ............................................................................................................................................................. 44
Figura 18: Projeto ............................................................................................................................................................. 44
Figura 19: Projeto ............................................................................................................................................................. 46
Figura 20: Projeto ............................................................................................................................................................. 46
Figura 21: Projeto ............................................................................................................................................................. 46
Figura 22: Projeto ............................................................................................................................................................. 48
Figura 23: Projeto ............................................................................................................................................................. 48
Figura 24: Projeto ............................................................................................................................................................. 50
Figura 25: Projeto ............................................................................................................................................................. 52
Figura 26: Projeto ............................................................................................................................................................. 52
Figura 27: Projeto ............................................................................................................................................................. 52
Figura 28: Projeto ............................................................................................................................................................. 54
Figura 29: Projeto ............................................................................................................................................................. 54
Figura 30: Projeto ............................................................................................................................................................. 54
Figura 31: Projeto ............................................................................................................................................................. 56
Figura 32: Projeto ............................................................................................................................................................. 56
Figura 33: Projeto ............................................................................................................................................................. 56
Figura 34: Projeto ............................................................................................................................................................. 58
Figura 35: Projeto ............................................................................................................................................................. 58
Figura 36: Projeto ............................................................................................................................................................. 58
Figura 37: Projeto ............................................................................................................................................................. 60
Figura 38: Projeto ............................................................................................................................................................. 60
Figura 39: Projeto ............................................................................................................................................................. 60
Figura 40: Projeto ............................................................................................................................................................. 62
Figura 41: Projeto ............................................................................................................................................................. 62
Figura 42: Projeto ............................................................................................................................................................. 62
Figura 43: Projeto .............................................................................................................................................................64
Figura 44: Projeto ............................................................................................................................................................. 64
Figura 45: Projeto ............................................................................................................................................................. 64
Figura 46: Projeto ............................................................................................................................................................. 66
Figura 47: Projeto ............................................................................................................................................................. 66
Figura 48: Projeto ............................................................................................................................................................. 68
Figura 49: Projeto ............................................................................................................................................................. 68
6
Lista de tabelas
TABELA 1 Programação Fórum Presencial – Educadores Inovadores ................................................ 8
TABELA 2 Estrutura do Fórum On-line...................................................................................................... 10
7
1. O que é o Educadores
Inovadores em Rede
 De iniciativa da Microsoft Educação, o “Educadores Inovadores em Rede” tem como 
objetivo discutir a inovação pedagógica por meio das Tecnologias da Informação e Comuni-
cação e compartilhar as experiências inovadoras com profissionais de educação. 
1.1 FÓRUM PRESENCIAL 
 Realizado em 19 de março de 2010, o “Educadores Inovadores - Fórum Presencial” reuniu 
os dezessete participantes na sede da Microsoft Brasil, em São Paulo. O objetivo do evento foi de 
aproximar os educadores, estimular a troca de experiências e apresentar a proposta do trabalho. 
O encontro contou com a presença de renomados especialistas em Tecnologia na Educação e 
uma programação rica em torno do tema “Inovação Pedagógica”. 
Confira abaixo: 
8
Fórum Presencial 
Programação
12h30 - 14h00 Almoço
14h00 - 14h05
14h05 - 14h45
Abertura
Emílio Munaro - Diretor de Educação da Microsoft Brasil
“O que são projetos educacionais inovadores e como usar as TICs
como apoio a essas práticas para melhoria do ensino e aprendizagem”
Eduardo Chaves - Professor de Filosofia da Educação
14h45 - 15h20
Adriana Martinelli - Coordenadora de Educação e Tecnologia do
Instituto Ayrton Senna
Regina Scarpa de Carvalho - Coordenadora pedagógica da 
Fundação Victor Civita
Proposta de trabalho colaborativo
15h20 - 16h25 Renata Aquino - Pesquisadora de Doutorado em Educação:
Currículo PUC-SP
16h25 - 16h40 Coffee break
Encerramento: Eduardo Chaves
16h40 - 17h10 Pedro Bojikian - Tecnologias gratuitas Microsoft
Como os juízes das etapas internacionais do Prêmio avaliam os
resultados
17h10 - 17h30
17h30 - 18h30
18h30 - 18h40
Ricardo Falzetta - Como usar o Ponto de Encontro
Debate:
Moderador: Eduardo Chaves
Educadores palestrantes: Regina Scarpa, Renata Aquino,
Adriana Martinelli e Ricardo Falzetta e educadores participantes das 
edições anteriores do Prêmio Microsoft Educadores Inovadores
Tabela 1: Programação Fórum Presencial – Educadores Inovadores
9
Fórum on-line
1.2 FÓRUM ON-LINE
 Depois do encontro presencial, os participantes deram início aos trabalhos no Fórum on-
line. Do dia 19 de março ao dia 04 de agosto de 2010, eles pesquisaram e discutiram assuntos 
em torno do tema “O que são projetos educacionais inovadores e como usar as TICs 
como apoio a essas práticas para melhoria do ensino e aprendizagem”. 
Foi criada uma comunidade virtual – Educadores Inovadores – no portal Ponto de Encontro 
(http://itn.abril.com.br), que serviu de centro de informações e troca de experiências do grupo. 
 A participação foi assíncrona e cada participante dedicou cerca de 4 horas semanais para 
ler e explorar os recursos indicados pelo mediador, debater no fórum, publicar reflexões nos blogs 
pessoais (construídos para este fim), comentar os blogs dos outros participantes, trocar e-mails 
e construir textos coletivos. Para certificação e reconhecimento pela atuação na comunidade 
foram considerados alguns pontos, como participação nas atividades propostas, contribuições 
relevantes para o grupo e cumprimento dos prazos.
Confira a estrutura do Fórum On-line:
10
Fórum on-line
Mês Temas Estratégias
Março/Abril
Apresentação e 
expectativas
· Fórum no Ponto de Encontro
para discussões
· Organização do blog: layout,
links dos outros blogs, links de
projetos
· Publicação no blog
· Publicação de fotos
· Leitura de textos
· Debates no fórum
· Publicação no blog
· Comentários nos blogs
· Construção de texto 
colaborativo utilizando Livre
Groups
· Leitura de textos
· Análise de projetos e
relatos de experiências
· Organização de materiais
no Skydrive
· Construção de texto
colaborativo utilizando Live 
Groups
· Leitura de textos, discussão
e publicação nos blogs
· Vídeo de 1 minuto a
respeito da experiência
Conceito de Inovação
Competências do Século
XXI
Metodologia de Projetos
Avaliação de Competências
Maio
Junho
Julho
Tabela 2: Estrutura do Fórum on-line
11
2. Inovação 
 Muitas são as definições para o termo “inovação”. Segundo o pesquisador brasileiro, 
Silvio Meira: 
A definição de inovação é ao mesmo tempo simples e complexa; e não 
é uma, são muitas, para todos os gostos. (MEIRA, 24 de março de 2010, 
postagem Dá pra definir inovação?, blog Dia a Dia)1 
 Sendo assim, as reflexões que apresentamos a seguir partem do ponto de vista dos 
profissionais envolvidos na iniciativa “Educadores Inovadores em Rede” e de autores cujas obras 
e publicações serviram de base para o desenvolvimento do trabalho. 
2.1. O QUE SIGNIFICA INOVAR NA EDUCAÇÃO?
 Para os membros do “Educadores Inovadores em Rede”, o ato de inovar parte do ato 
de questionar. Segundo eles, a inovação na educação está diretamente ligada à mudança, 
criatividade, transformação e experimentação. 
 E como isso é possível com uma formação conservadora, com provas de memorização e 
repetição? Em primeiro lugar, segundo os profissionais envolvidos na iniciativa, é essencial que 
o educador tenha mente aberta, esteja aberto a mudanças pedagógicas, seja empreendedor 
e flexível, para que de fato consiga promover uma educação voltada para o desenvolvimento 
humano. Para os “Educadores em Rede”, o Educador Inovador é aquele que sabe ou tenta criar 
novos espaços de aprendizagem em que o aluno é o centro do processo. Isso pode ser feito 
ao combinar o estudo com projetos, e ao imergir o aluno em atividades sociais e culturais com 
grupos diferentes dos quais ele está habituado. 
 
 Nesse sentido, o professor deve focar na aprendizagem do aluno e não na transmissão 
de conteúdos. Nesse espaço de aprendizagem o professor é o orientador para que os alunos 
colaborem, cooperem, sejam autores e desenvolvam competências para seguirem com 
autonomia, tornando-se responsáveis pela sua aprendizagem e pela dos colegas.
1 MEIRA, Silvio. Dá pra definir inovação? , postagem do dia 24 de março de 2010. 
Blog Dia a Dia, Bit a Bit (http://smeira.blog.terra.com.br/). 
12
 De acordo com o grupo, inovar é dar sentido ao conhecimento, que deve ser significativo 
para a vida dos alunos. Para isso, o Educador Inovador integra e contextualiza disciplinas, instala 
mais incertezas que certezas absolutas, instiga o fazer, experimenta coisas novas, promove a 
interação, trabalha a autoestima e a autoconfiança, valoriza a ética e a coletividade. São tais 
ações educacionais que irão atuar na formação de um cidadão capaz de agir na hora certa para 
transformar a sociedade,sem esperar que as soluções venham prontas.
 ABORDAGENS:
Alex Vieira
... o grande desafio é possibilitar que as perguntas sejam mais importantes do que as respostas, 
isso dentro de uma abordagem contextual. A inovação deve visar à formação do cidadão e sua 
inserção na sociedade, proporcionando competências para que o mesmo não só se adapte a 
novas situações, como também promova as mudanças sociais necessárias.
Andréia Rodrigues
Inovar significa pensar formas que ajudem a construir o caminho que os cidadãos vão trilhar 
nos próximos anos. Transformando-os em sujeitos capazes de pensar com criatividade, que 
tenham autoestima e capazes de enfrentar mudanças profissionais, acompanhando as 
transformações do seu tempo.
Armando Gil
Quero reforçar a ideia de que inovar é assumir riscos. Não podemos ficar engessados em ideias 
ultrapassadas.
Claudia Almeida
O desafio é “desafiar o aluno”, numa época em que os estímulos estão por toda parte. A atividade 
para ser desafiadora deve estimular a superação de obstáculos e mobilizar conhecimentos 
prévios.
2. Inovação 
“
“
“
“
”
”
”
”
13
Edilamar Caoneto
As atividades escolares devem transcender a sala de aula considerando quais as visões de 
mundo, qualidades humanas e habilidades são esperadas de uma criança ou de um jovem. 
Luzânia Alves de Souza
Organizar o trabalho que busque a aprendizagem dos alunos através de projetos, que articulem 
realidades diferentes da que ele está acostumado a experimentar, é desafiador para nós por 
exigir um alto nível de preparação pedagógica.
Márcio Vazzi
A criatividade deve ser valorizada para se obter a inovação, tanto por parte dos alunos como 
dos professores.
Maria de Fátima
A pedagogia deve favorecer a aprendizagem ativa, focada no fazer, na resolução de problemas 
e em desenvolvimento de projetos.
Marisa Elsa Demarchi
As tecnologias tem um papel fundamental de “dar novas possibilidades” às escolas, 
especialmente no sentido de ampliar os espaços de discussão entre educadores e alunos, dar 
mais visibilidade ao que é produzido em seus espaços. 
Marli Fiorentin
Sempre precisamos mostrar o porquê da importância daquele conhecimento pra vida. Assim 
fica mais fácil criar motivação e abrir caminho para o aprender.
Marise Brandão
Acredito que a inovação é uma coisa íntima, primeiro eu sinto a necessidade da mudança, 
penso em todas as possibilidades para mudar, acredito que posso e realizo.
2. Inovação 
“
“
“
“
“
“
“
”
”
”
”
”
”
”
14
Patrícia Mara Estrela Manso
O conceito de inovação está associado a mudanças, em um processo de busca pelo novo, de 
criação. Envolve a atitude de questionar as velhas estruturas e hábitos e trazer soluções do 
futuro para o presente.
Terezinha Bernadete Motter
Educador Inovador é o professor que sabe ou tenta criar novos espaços de aprendizagem 
onde o centro do processo é o aluno. Onde o professor não fixa um conteúdo e, dele, não 
pode afastar-se. Nesse espaço de aprendizagem o professor é o orientador para que os 
alunos colaborem, cooperem, sejam autores, desenvolvam competências para seguirem com 
autonomia, tornando-se responsáveis pela sua aprendizagem e pela dos colegas.
2.2 A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
 Segundo os membros do “Educadores Inovadores em Rede”, pela primeira vez há 
algo importante na escola que os alunos entendem e dominam melhor que os professores: a 
tecnologia. Esse fato por si só é um fator desencadeador de mudanças, desde que colocado a 
serviço da construção do conhecimento. Isso porque, o grupo acredita que inovar vai muito além 
de inserir ferramentas tecnológicas no ambiente escolar. Muitas escolas, apesar da aparência 
moderna, continuam com aulas tradicionais, centradas no ensino e não na aprendizagem.
 O grupo entende que a tecnologia facilita e muito a inovação e deve ser utilizada como 
um fator motivacional na aprendizagem do aluno, um meio propulsor para mudanças, e não 
como um fim em si mesmo. 
2. Inovação 
“
“
”
”
15
Competência = Capacidade = Saber Fazer
Competência - Conjunto integrado de habilidades,
informações e atitudes
(Por Eduardo Chaves, Educação Inovadora)
3. As Competências
do Século XXI
3.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A PONTE ENTRE A ESCOLA DE ONTEM E A 
ESCOLA DO FUTURO1
 As mudanças na sociedade, no trabalho e na vida das pessoas são evidentes. Com a 
grande expansão das tecnologias de informação e comunicação, as formas de comunicação, 
produção e de gestão do conhecimento se modificaram. Algumas situações indesejadas que 
ainda se encontram presentes nas escolas parecem estar com os dias contados: a competição 
entre alunos e entre professores, a produção individual de conhecimentos, a fragmentação e o 
isolamento das escolas. Para aqueles professores que ainda estão com os pés em dois mundos 
parece que a migração para produção de conhecimento de forma cooperativa e multidisciplinar 
não é tão fácil como possa parecer num primeiro momento. Assim, novas habilidades lhes 
são exigidas. Entre elas podemos citar: a da pesquisa permanente, o trabalho em grupos 
multi e interdisciplinares e o conhecimento das potencialidades das Tecnologias da 
Informação e Comunicação (TIC), dentre outras. 
 
 Segundo o Caderno da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a 
Cultura (UNESCO) Padrões de Competências em TIC para Professores2 a migração para criação 
dos conhecimentos se faz de forma gradual na maioria dos professores, passando por três 
abordagens: alfabetização em tecnologia, aprofundamento do conhecimento e criação 
do conhecimento. Em cada uma delas as habilidades exigidas são diferentes, se sofisticando 
bastante na última delas, (criação de conhecimentos). 
1 Texto coletivo: SANTOS, Alex Vieira dos; HARTUNG, Guilherme Erwin ;
MARTINEZ, Maria de Fátima ; FIORENTIN, Marli Dagnese; DEMARCHI, Marisa Elsa
2 Referência: PADRÕES DE COMPETÊNCIA em TIC para professores: Diretrizes de 
implementação.Versão 1.0. S.l. UNESCO. 2009. 7 p.
Tabela 3 – Esquema de Competência
16
 Aos educadores deste século, então, cabe a tarefa de preparar-se para oferecer 
possibilidades de desenvolvimento gradativo dessas habilidades. Sem dúvida, o uso das 
tecnologias de informação e conhecimento é uma dessas oportunidades, “por intermédio do uso 
corrente e efetivo da tecnologia os alunos têm a chance de adquirir complexas capacidades em 
tecnologia”. Ainda segundo o documento, em um ambiente educacional qualificado, a tecnologia 
pode permitir que os alunos se tornem usuários autores, pessoas que buscam, analisam e avaliam 
a informação, solucionam problemas e tomam decisões, sejam usuários criativos de ferramentas 
de produtividade, comunicadores, colaboradores, editores e produtores, cidadãos informados e 
possam oferecem contribuições. 
 Aos responsáveis pela formulação de políticas educacionais, então, cabe a tarefa 
de propiciar recursos técnicos e formação profissional aos docentes a fim de que se 
concretizem os padrões de competências indicados pela UNESCO já citados anteriormente: 
alfabetização tecnológica, aprofundamento de conhecimento e criação de conhecimento. 
 Finalmente, para construir uma sociedade baseada em conhecimento os educadores 
precisam “ser” continuamente desbravadores desse novo tempo a fim de que seus 
alunos possam conquistar tantas e quantas competências forem necessárias para 
“ser” no século XXI, uma sociedade baseada no conhecimento. 
 Para tal, são necessárias mudanças no formato das aulas, historicamente direcionadas 
pelo professor transmissor. Uma das maneiras encontradas para tornar o aluno o sujeito de seu 
próprio conhecimento é a pedagogia dos projetos. No entanto, quando o professor elabora um 
projeto pedagógico deve refletir sobre as competências e habilidades que quer desenvolver e 
quetransformações espera que aconteçam durante a criação, o desenrolar e após a aplicação 
do projeto nos alunos. É o momento áureo, quando é possível contemplar uma significativa 
transformação nos jovens, mas para isto é necessário que eles se sintam desafiados. Esse parece 
ser um dos pontos mais importantes. 
3. As Competências do Século XXI
17
 Ainda em relação aos projetos desenvolvidos nas escolas: por que não deixar que os 
alunos sejam coautores dos mesmos? Lançar ideias, coletar dados com eles, perguntar o que 
os aflige ou o que lhes deixam com dúvidas em sua vida? É a enchente em sua rua? O cadáver 
que apareceu em sua porta? A conta de “luz” que está alta ou o “gasto de energia” em sua 
comunidade? Será que não haveria tópicos de física, química, geografia ou mesmo inglês para 
ver com esses temas? Ou será que as competências desejadas realmente são as de memorização 
e acesso de informações como em um winchester e só se muda o nome de “assunto da unidade” 
(conteudista), para “projeto tal”? Não adianta inserir somente o termo projeto para que se tenha 
o desenvolvimento de competências inovadoras. Não adianta inserir TIC como novidade para 
dizer que a escola mudou. Antes de tudo é preciso que um projeto tome o corpo de um projeto, 
seja estruturado e pensado segundo seus critérios de execução e que os professores saibam e 
sejam parte do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola para que seu projeto não destoe de 
um contexto de aplicação. 
 Além disso, cada abordagem não se limita ao desenvolvimento exclusivo de habilidades 
em TIC, mas sim, de uma evolução mais ampla que contempla: as políticas educacionais, o 
currículo e a avaliação, a pedagogia, as TICs, a organização e administração da escola e o 
desenvolvimento profissional dos professores. 
 Estas novas abordagens na aprendizagem visam um papel mais autônomo, crítico e 
ativo dos indivíduos na sociedade, possibilitando uma participação nas decisões e articulações: 
Ciência, Sociedade e Tecnologia (SANTOS, 2005 e BAZZO, 1998)3. 
 
 Sintetizando, em relação a competências e habilidades para o século XXI pode-se afirmar 
que: 
a) não dá mais para centrar a aula em conteúdos, mas sim em adquirir habilidades
 que por sua vez levam o aluno a algumas competências; 
b) as competências precisam ser desenvolvidas para a resolução de problemas que 
vão surgindo no decorrer da vida; 
3 Referências: SANTOS, A. V. dos . Ensino das ciências: A contribuição do campo educação
CTS. Jornal da Ciência – SBPC, São Paulo, 25 de out. 2005. Disponível em:
http://www.jornaldaciencia.org.br. Consultado em 15 de julho de 2010 BAZZO, Walter A.
Ciência, Tecnologia e Sociedade e o contexto da educação tecnológica. Florianópolis, Edufsc, 1998.
3. As Competências do Século XXI
18
c) não basta saber, mas também saber fazer. falta muito ligar os saberes com a prática do 
dia a dia; 
d) o uso das tecnologias contribui para a autonomia e criatividade na aquisição 
dessas competências necessárias na resolução de problemas; 
e) o professor do século xxi precisa ter competência para flexibilizar o currículo de 
acordo com o interesse e necessidade dos educandos, saber utilizar as tecnologias 
para produção de conhecimento tanto seu quanto dos alunos, tornar-se também 
um aprendiz, propor trabalhos colaborativos.
 O aluno do século XXI precisa adquirir competências para resolução de problemas, 
para aprender a aprender, trabalhar de forma cooperativa, exercitar a autoria, tornar-se 
empreendedor. Os educadores e gestores parecem já estar conscientes da necessidade de 
mudanças na educação, porém existe ainda uma distância entre o que se diz e se faz na escola, 
na maioria dos casos. Estamos atravessando a ponte entre o antigo fazer e as exigências do 
novo século, em que a tecnologia é fato irreversível, sendo um instrumento de autonomia e 
cooperação, se bem utilizada. Associada a ela, novas posturas pedagógicas como o “Saber 
fazer” recomendado por (Delors, 1999)4, a partir da “compreensão do todo”, sugerida na teoria 
da complexidade por (Morin, 2003 e 2004), são a chave para que a educação de fato seja um 
agente transformador da sociedade. 5
4 Referências: DELORS, J. et al. Educação: um tesouro a descobrir. 
2. ed. São Paulo : Cortez, 1999.
5 Referências: MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina 
Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. 8. ed. São Paulo: Cortez, 
Brasília, DF: UNESCO. 2003.
3. As Competências do Século XXI
19
3.2 DANDO VOZ AOS ALUNOS6
 Diante de elevada possibilidade de crescimento cognitivo e dada a necessidade do 
uso da tecnologia no contexto atual, os docentes devem estar preparados para usá-las para 
benefício pessoal e, principalmente para qualificar a ação docente oportunizando que o aluno 
também seja usuário. Nesse sentido, a escola não pode estar alheia a essa necessidade. Deve 
sim, estendê-la através de ações que visem à inclusão e qualifiquem a formação de todos.
 Contudo, é sabido que a qualificação da aprendizagem não acontece se não estiver 
embasada numa proposta pedagógica que vise não apenas a mudança externa, mas sim, a 
mudança essencial: a revisão metodológica. Como sabemos, a metodologia tradicional embasada 
no repasse de conhecimentos já construídos não tem sido motivadora para os estudantes. Eles 
manifestam vontade de aprender, mas não se contentam com os velhos métodos.
 O educador deve ter um olhar diferenciado sobre a realidade vivida pelos estudantes. 
O uso de tecnologias faz parte da vida deles de uma forma muito simples. Eles cresceram 
tendo acesso a elas, diferentemente da realidade de alguns professores que agora, ainda estão 
aprendendo a lidar depois de adultos.
 Essa geração cresceu na frente de um computador. É a geração da informação on-line, 
via satélite. Isso se torna muito claro quando analisamos a elaboração de trabalhos e pesquisas 
feitas fora da escola, são quase que totalmente baseadas em sites. A grande maioria das citações 
bibliográficas é da internet. Os alunos dificilmente fazem trabalhos em bibliotecas, ou nas 
coleções de enciclopédias que hoje enfeitam as estantes de seus pais e avós. A grande maioria 
usa o computador para pesquisa, é a internet em casa ou a lan house de fácil acesso a qualquer 
um deles.
 Tendo consciência disso, é necessário fazer desse instrumento um auxílio, um recurso na 
construção do saber, uma vez que, a rede mundial de informações contém os mais diversos e 
múltiplos assuntos para a construção do conhecimento. Claro que sabemos que existem também 
sites e informações não confiáveis e até mesmo perigosas. Mas surge aí mais uma importante 
questão: ensiná-los a usar correta e adequadamente todo o benefício que a rede disponibiliza e 
que a internet não serve apenas para sites de bate papo, como MSN e Orkut.
6 Texto coletivo: VELOSO, Karla ; VAZZI, Marcio ; SANTOS, Armando Gil Ferreira dos ;
MOTTER, Teresinha Bernardete.
3. As Competências do Século XXI
20
Devemos mostrar como produzir um trabalho de qualidade utilizando o computador, e extinguir 
esse “fantasma” de que os alunos simplesmente selecionam, copiam e colam o que querem o 
famoso “Ctrl+C – Ctrl+V”. 
 Diante dessa realidade pensamos que é competência do professor no século em que 
estamos vivendo criar espaços de aprendizagem usando metodologias embasadas em 
teorias onde o centro do processo seja o aluno. Em momentos de resultados periódicos 
na escola, o problema de aprendizagem no grupo de alunos em que trabalhamos é sempre 
angustiante para o professor, porque temos a certeza de que alguma coisa não foi bem. Partimos 
para as ações que conhecemos como as recuperações paralelas ou contínuas, que de certa 
forma amenizam, porque o aluno é acompanhado mais de perto. Entretanto, os resultados nem 
sempre alcançam às nossas expectativase ficam registrados como pontos estatísticos nas metas 
escolares. Algumas práticas dissociadas propiciam a negação desse aluno em aprender dessa 
forma ou de outra. 
 Até mesmo o próprio lay-out de livros didáticos não consegue seduzi-lo, porque não tem 
qualquer forma de interatividade. Essa é a grande necessidade desses jovens. Nós professores 
temos uma fonte inesgotável de novas propostas e que só funciona, quando temos o olhar desse 
aluno.
 Assim como a sua autonomia deve ser desenvolvida ao longo de sua vida escolar, esse 
mesmo aluno tem a necessidade de compartilhar as suas produções e os seus resultados com 
os seus colegas, seus familiares e o professor, o que mostra a prática dessa efetiva interação. 
Daí então, é que vem a proposta inovadora do professor: por que não trabalhar de forma 
compartilhada?
 O que nossos alunos precisam aprender para conseguirem ser felizes em sua vida 
profissional e pessoal? Vamos elencar algumas habilidades que pensamos ser da maior 
importância:
3. As Competências do Século XXI
21
a) Habilidades para pesquisar (procurar, selecionar, guardar, compreender, depurar, 
elaborar);
b) Autores de sua Aprendizagem (Argumentar, fundamentar, questionar com 
propriedade, propor e contrapor); 
c) Usar Tecnologias Digitais (interagir através de e-mail, procurar e selecionar na 
Internet, editar, desenhar, hospedar, publicar, simular, experimentar); 
d) Colaboração em prol da aprendizagem (propor, sugerir, criticar, questionar).
 É possível desenvolver essas habilidades em uma prática tradicional, centrada no 
professor e nos conteúdos específicos elencados por ele? Se não usarmos as tecnologias 
digitais e as tecnologias da informação e da comunicação não poderemos desenvolver 
essas habilidades? Claro que podemos, a não ser as específicas, tão importantes pelo 
que já foi dito acima, as demais são perfeitamente construídas quando damos voz aos 
nossos alunos na autoria de sua aprendizagem. 
 Não podemos formar alunos que somente possuem conhecimento, e não saibam usá-
lo, segundo o professor Rubens Portugal o que todo empresário deseja nesse nosso tempo é: 
Um profissional que reflita na ação que está desempenhando, porém que vá muito além da 
simples reflexão e que se torne um artista na execução, ou seja, o desejado é um profissional 
que se não possui um conhecimento específico, reflita e busque-o, e, assim que o adquirir use-o 
adequadamente, apropriadamente, corretamente e artisticamente. (Rubens Portugal, citado em 
2003).
 Os profissionais de educação não podem ficar alheios a essa realidade que nos bate à 
porta todos os dias. 
Conhecimento é nada, ou quase nada, se não soubermos usá-lo adequadamente, 
apropriadamente e corretamente nas mais variadas situações da vida pessoal e 
profissional. Isso é competência. (AGUILAR, 2002) 7
7 Referência: AGUILAR, Marcelo A. Era do conhecimento ou da competência? 
Revista @prender Virtual. Disponível em www.aprendervirtual.com . 2002
3. As Competências do Século XXI
22
3.3 EDUCAÇÃO E COMPETÊNCIAS NO CONTEXTO DA SOCIEDADE GLOBALIZADA 
DO SÉCULO XXI8
 
 O inciso primeiro do artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 
afirma que toda pessoa – crianças, adolescentes ou adultos – devem se beneficiar de uma 
formação concebida para responder às suas necessidades educativas fundamentais. Essas 
necessidades compreendem tanto os instrumentos de aprendizagem essenciais (leitura, escrita, 
expressão oral, cálculo, resolução de problemas) como conteúdos educativos (conceitos, atitudes, 
valores). Portanto, todo o Ensino Básico tem a obrigação de desenvolver competências 
humanas que servirão de base para conhecer, relacionar, contextualizar e interpretar 
os problemas atuais, entendendo e interagindo com o mundo, apropriando-se do 
conhecimento e propondo soluções para a resolução de problemas, formando pessoas 
comunicativas, transformadoras e autônomas.
 As competências necessárias a construir na Educação Básica, o papel da escola e dos 
educadores na sociedade brasileira atual são discutidos frente às necessidades do mercado 
global, onde os princípios neoliberais, focados na eficácia e na qualidade exigem do ser humano 
a aplicabilidade de múltiplas dimensões cognitivas e socioafetivas.
 As necessidades criadas pelo mercado capitalista neoliberal requerem trabalhadores e 
consumidores competentes, formados e qualificados. Estas habilidades e competências 
deveriam ser desenvolvidas e privilegiadas pelas escolas, como espaço de vivência e simulações 
da sociedade, desde a infância onde naturalmente existe o prazer e a curiosidade para o 
aprendizado.
 
 Como afirmou Bernard Charlot9, “não se trata apenas de desenvolver competências, técnicas 
novas, mas também de aumentar o nível de formação básica da população: o autoatendimento 
nos bancos e nas estações de metrô, o uso da Internet, a compra de brinquedos eletrônicos para 
os seus filhos, até a escolha do seu hambúrguer por combinação de várias opções ou a faxina de 
escritórios cheios de conexões elétricas exigem modos de raciocínio outros que não os antigos”. 
8 Texto coletivo: FERREIRA, Andréia Martins ; CAONETO, Edilamar ; SOUZA, Luzânia Alves de; 
BRANDÃO, Marise ; MANSO, Patrícia Mara Estrela ;FERRARI, Tatiane.
9 CHARLOT, Bernard. Educação e Globalização. Uma tentativa de colocar ordem no
debate. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 4, pp. 129-136. Acessado em 20 de maio de 2010
em http://sisifo.fpce.ul.pt
3. As Competências do Século XXI
23
 Mas o que temos, na maioria das vezes, é um modelo educacional tradicional; que não 
acompanhou as mudanças, onde existe a imposição de conteúdos. Uma escola centrada em 
currículos sem vínculos com a realidade do educando, onde o professor é detentor e transmissor 
da informação e o aluno é o receptor passivo e tem que adequar-se a esta educação massificada, 
padronizada e excludente. 
 A escola atual precisa se reinventar para formar e transformar seres humanos que 
transformam o mundo e se transformam com ele. Para isto, é necessário estabelecer relações 
entre as várias áreas do conhecimento e construir novos significados; pensando, julgando, 
decidindo, propondo e sabendo fazer, justamente o contrário do que ainda é feito.
 Trabalhar com blocos disciplinares, fragmentando ou confundindo o conhecimento 
com acúmulo de informações, não parece um caminho coerente com as exigências do século 
XXI para alunos e professores. Segundo Eduardo Chaves10, no artigo Educação Orientada para 
Competências e Currículo Centrado em Problemas, uma educação orientada para competências 
deve desenvolver, em continuidade com a competência e habilidade que o aprendente vinha 
desenvolvendo. São muito importantes competências na absorção, transmissão, na análise 
e no acesso à informação, deve haver competência epistemológica, ética e estética, 
na compreensão leitora, no relacionamento interpessoal e no plano pessoal, além da 
competência de gerenciar a própria vida ao longo de suas diferentes fases.
 
 Neste aspecto a Educação Básica é falha no sentido de que não consegue desenvolver 
totalmente estas competências. A preocupação com a formação cidadã dos alunos está restrita 
aos inúmeros planos e projetos pré-concebidos para outras realidades. As habilidades exigidas 
para a construção de uma competência variam de acordo com o contexto social e histórico, 
econômico e educacional de cada pessoa envolvida nos processos de ensinar e aprender, dentro 
e fora da escola. 
10 Referência : CHAVES, Eduardo O. C. Educação Orientada para Competências e Currículo 
Centrado em Problemas. Acessado em 13 de maio de 2010 em
http://4pilares.net/text-cont/chaves-curriculo.htm
3. As Competências do Século XXI
24
 Na prática muitos adolescentes, quando concluem o Ensino Básico, não conseguem 
compreender o mundo a sua volta e nem serem cidadãosconscientes de seus valores e atitudes. 
Isto ocorre porque na escola falta espaço de vivência e de discussões dos referenciais éticos, 
necessários para a construção de toda e qualquer ação cidadã, faltam debates e discussões 
sobre a dignidade do ser humano, igualdade de direitos, importância da solidariedade, entre 
outros. 
 
 As exigências de nosso século não são nada simples para educadores e alunos. As 
competências pressupõem operações mentais, ou seja, capacidade para usar as habilidades 
adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. Dessa forma o papel do educador, requer 
visão para buscar soluções, coragem para inovar em sua metodologia, focando muito 
mais em criar situações desafiadoras dentro do cotidiano da sociedade em que vivem; 
trabalhar em colaboração tanto com os colegas como também com seus alunos para 
que todos os envolvidos desenvolvam habilidades e possam adquirir competências 
que os levem, não só a aprender o que está sendo feito, mas a aprender fazer.
 Como vivemos um processo de intensa transformação, onde a formação integral e o 
desenvolvimento humano assumem dimensões extraordinariamente importantes, educadores e 
educandos devem aprender a pensar juntos, a trabalhar em grupo e a gerir suas vidas individuais 
e em coletividade. Assim, os pilares em que os educadores do século XXI devem se apoiar 
estão em uma pedagogia ativa, criativa, dinâmica, apoiada na descoberta, na pesquisa, 
na investigação e no diálogo. É neste contexto que o uso das ferramentas tecnológicas e a 
criação de materiais didáticos personalizados devem ser utilizados e apropriados por todos os 
envolvidos no processo educativo.
3. As Competências do Século XXI
25
A Pedagogia de Projetos visa à ressignificação do espaço escolar, transformando-o em 
um espaço vivo de interações aberto ao real e as suas múltiplas dimensões. O trabalho 
com projetos traz uma nova perspectiva para entendermos o processo ensino/
aprendizagem. Aprender deixa de ser um simples ato de memorização e ensinar não 
significa mais repassar conteúdos prontos. (DEWEY, 1956) 1
4.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
 Baseado no capítulo 10 (E os Projetos de Aprendizagem?) do artigo “Projetos de 
Aprendizagem no Contexto do Currículo e da Avaliação” de Eduardo Chaves.
 A metodologia de projetos consiste na prática de aprendizagem que permite que os 
alunos construam as competências que são necessárias para fazer coisas que lhe interessam – 
especialmente no contexto de seu projeto de vida. O que lhes interessa pode, entretanto, ser 
coisas simples, por exemplo, encontrar resposta para alguma questão que os preocupe.
 O ser humano não aprende sozinho, e, portanto, não se educa sozinho. Sua aprendizagem, 
e a sua educação, acontece em um contexto social. Mas esse fato não quer dizer que a 
aprendizagem do ser humano é exclusiva e necessariamente produzida pela ação de terceiros, 
e que, sendo assim, outros o educam. 
 É conhecida a tese de Paulo Freire de que ninguém educa ninguém, mas ninguém, 
tampouco, se educa sozinho: o ser humano se educa em comunhão, no contexto de viver sua 
vida neste mundo (Pedagogia do Oprimido, 1987).
 Aprender, portanto, é construir competência: é conseguir fazer o que antes não se 
conseguia fazer, e, portanto, envolve ampliação da autonomia. Educação é o nome dado a esse 
processo de aquisição ou construção de competências através da aprendizagem, com vistas à 
crescente autonomização do indivíduo. 
 
1 DEWEY, John. The Child and the Curriculum. The School and Society. Chicago: 
The Chicago University Press, 1956.
____. Vida e Educação. Trad. Anísio Teixeira. São Paulo: Nacional, 1959.John. 
4. Metodologia de projetos
26
 A construção da aprendizagem é algo que só acontece quando o aluno é ativo, quando 
está interessado no que está fazendo, quando sua motivação é intrínseca, não extrínseca. Isso 
significa, que a aprendizagem, para ser bem sucedida, é autogerada ou autoiniciada, e, não só 
isso, mas, também, autoconduzida e autossustentada. Ela decorre daquilo que o aluno faz, não 
de algo que o professor faz nele, para ele ou por ele.
 
 Eduardo Chaves defende a tese de que a aprendizagem que acontece quando os alunos 
se envolvem em “projetos de aprendizagem”, de sua própria escolha, alicerçados em seus 
interesses, e em geral transdisciplinares, é a aprendizagem mais desejável e significativa, por 
uma série de razões, que a seguir são especificadas: 
a) a pedagogia de projetos de aprendizagem vê a educação, e, portanto, a 
aprendizagem como o principal mecanismo pelo qual o ser humano projeta e constrói a 
sua própria vida, e, portanto, como algo que lhe é natural e intrinsecamente motivador, 
procurando, assim, evitar que a criança seja vista como um ser essencialmente refratário 
à aprendizagem, que precisa, por isso, ser obrigado a aprender através de mecanismos 
artificiais de recompensas e punições que agem como motivadores externos; 
b) a pedagogia de projetos de aprendizagem incentiva a criança a explorar e a investigar 
seus interesses – as coisas que ela gosta de fazer e que gostaria de aprender – e atribui 
ao educador a responsabilidade de encontrar maneiras de, a partir desses interesses, 
tornar a atividade da criança útil no desenvolvimento das competências básicas 
necessárias para que ela se torne capaz de sonhar seus próprios sonhos e transformá-
los em realidade, procurando, assim, evitar que a criança seja obrigada a deixar de lado 
seus interesses, sua imaginação e sua criatividade ao entrar na escola; 
c) a pedagogia de projetos de aprendizagem procura evitar que a aprendizagem se torne 
algo passivo, e, por conseguinte, desinteressante, abrindo o maior espaço possível 
para o envolvimento ativo da criança, não só na concepção e na elaboração dos seus 
projetos de aprendizagem, mas também na sua implementação e avaliação, pois esse 
envolvimento não só a motiva (por estar relacionado com seus interesses) como torna 
a sua aprendizagem ativa e significativa – um real fazer mais do que um mero absorver 
de informações;
4. Metodologia de projetos
27
d) a pedagogia de projetos de aprendizagem procura, assim, estabelecer uma estreita 
relação entre a aprendizagem que acontece na escola e a vida e a experiência da 
criança, reconstituindo o vínculo entre seus processos cognitivos e seus processos vitais, 
pois os projetos que ela escolhe partem, inevitavelmente, de questões relacionadas à 
sua vida e à sua experiência que lhe parecem importantes e sobre as quais ela se 
interessa em aprender mais;
e) a pedagogia de projetos de aprendizagem rejeita a noção de que todas as crianças 
devam aprender as mesmas coisas, pelos mesmos métodos, nos mesmos ritmos e nos 
mesmos momentos – independentemente de seus interesses, de suas aptidões, de seu 
estilo cognitivo, de seu estado de espírito, etc.;
f) a pedagogia de projetos de aprendizagem busca, portanto, evitar que o objetivo 
do aprendizado escolar seja definido como a absorção, pela criança, de grandes 
quantidades de informação (fatos, conceitos, princípios, valores, procedimentos), e que 
o aprender da criança seja visto como o subproduto esperado da ação do professor 
(algo que se espera que o professor faça, através do ensino, e que a criança apenas 
“sofre”, em mais de um sentido); 
g) a tecnologia digital é parte integrante e indissociável na metodologia de projetos de 
aprendizagem pelo fato de ser um espaço efetivo para: interação, aprendizagem 
colaborativa, disseminação de processos e resultados.
 Para que os projetos de aprendizagem façam o que deles se espera, é necessário que 
cada um deles especifique com clareza quais competências, dentre as previstas no 
currículo, os alunos que estão incluídos irão desenvolver. E as atividades executadas 
no curso da implementação do projeto, devem estar diretamente relacionadas ao 
desenvolvimento das competênciasprevistas. Sem isso, projetos serão algo divertido e 
recreativo, mas que não contribuirão decisivamente para a aprendizagem dos alunos.
4. Metodologia de projetos
28
4.2 OS RESULTADOS DA METODOLOGIA DE PROJETOS NA PRÁTICA DE ENSINO
Baseado em textos dos educadores Márcio Vazzi e Terezinha Bernardete Motter
 Para que os alunos se interessem pelas disciplinas e conteúdos tradicionais dos currículos 
escolares, é preciso que haja uma aplicação ou justificativa para a matemática, química, biologia 
ou outra disciplina “existir na face da terra”, pois caso contrário, parece que os alunos não dão o 
devido valor a estes saberes. 
 Isso valoriza as diversas formas de aprendizagem (GARDNER), pois, ao utilizar 
elementos do cotidiano, a escola e o educador não somente facilitam a aprendizagem de 
conceitos, como também desenvolvem no aluno a atitude de associar os conceitos científicos à 
realidade vivenciada, favorecendo ambientes para uma efetiva apropriação dos conhecimentos 
(SOUSA, 2008).
 O aluno precisa ser desafiado a entender e reconstruir o mundo que o cerca e com isso 
o aprendizado se torna efetivo e terá valor para toda sua vida. 
 Outro fator importante a ser considerado na realização de projetos voltados para a 
educação é a proximidade e relação da ciência com os conteúdos discutidos e trabalhados, pois 
estes saberes são a base para a compreensão do mundo que nos cerca. O que também faz 
a diferença na hora de desenvolver projetos educacionais é a CRIATIVIDADE, pois ela ajuda a 
aplicar e difundir os conceitos presentes no currículo escolar. 
 A criatividade resume muito bem o conceito de inovação uma vez que, se considerarmos 
a inovação como a prática de criar e mudar a forma de fazer as coisas, nada melhor do que 
a criatividade para inventar uma nova maneira de lecionar e de fazer as coisas. Isso acaba 
“contaminando” os alunos que também criam e inovam a maneira de aprender e quando esta 
simbiose torna-se parte do dia a dia escolar, tudo isso que chamamos de “processo ensino/
aprendizagem” passa a ser feito de maneira tão natural e prazerosa que nem percebemos. 
 Se o professor tenta fazer isso, ele pode ser considerado um Educador Inovador, pois cria 
novos espaços de aprendizagem onde o centro do processo é o aluno. 
4. Metodologia de projetos
29
 Nesse espaço de aprendizagem o professor é o orientador para que os estudantes 
colaborem, cooperem, sejam autores, desenvolvam competências para seguirem com autonomia, 
tornando-se responsáveis pela sua aprendizagem e pela dos colegas. 
 Certamente há muitos que já refletem com seus alunos as práticas pedagógicas, as teorias 
de aprendizagem e novas metodologias para a superação de uma prática tradicional centrada 
no professor e nos conteúdos.
 Por isso, quando sugerimos um tema ou os alunos o escolhem, a partir de sua vivência e 
de seu desejo, a aprendizagem é muito maior. Desta forma outros professores da mesma turma 
podem entrar no projeto desenvolvendo habilidades e competências mais precisas para aquele 
ano.
 Se pudermos usar as tecnologias digitais para o auxílio da construção desse projeto tanto 
melhor, ele não ficará restrito a esse grupo de alunos, será socializado com muitos outros que 
aprenderão também.
4. Metodologia de projetos
30
5.1 PROJETOS DE APRENDIZAGEM NO CONTEXTO DO CURRÍCULO E DA 
AVALIAÇÃO
Por Eduardo Chaves
 Avaliar se alguém assimilou ou não as informações que lhe transmitimos é relativamente 
fácil – e pode ser feito através de testes, provas e exames, até mesmo com questões de múltipla 
escolha. Avaliar se alguém desenvolveu alguma competência relativamente complexa, como 
pensar criticamente, não é fácil – e não se faz através de testes, provas e exames. 
 Para saber se uma criança aprendeu a andar a observamos. Para saber se aprendeu a falar, 
novamente a observamos – mas agora podemos e devemos também interagir com ela. Para 
saber se uma criança está alfabetizada, novamente a observamos – e, também, interagimos com 
ela. A professora alfabetizadora em regra conhece bem os seus alunos, porque os acompanha 
no dia a dia e interage com eles. Quando chega uma visita à sua classe e lhe pergunta quem 
já está alfabetizado ali, ela não precisa aplicar um teste, uma prova, um exame. Ela sabe. Sabe 
porque conhece seus alunos. Sabe porque os acompanha o tempo todo. Sabe porque interage 
diariamente com eles. Assim ela não hesita em dizer os nomes de quem já está alfabetizado, 
daqueles que estão chegando lá, e daqueles que ainda estão meio longinhos (infelizmente, 
sempre os há). 
 A avaliação de outras competências se dá da mesma maneira: observando, interagindo e, 
de vez em quando, colocando um desafio pertinente para ver como a criança se sai. Para avaliar 
dessa forma, alguns procedimentos preliminares são essenciais e indispensáveis: 
a) definição operacional de cada competência constante do currículo;
b) selecionar indicadores que evidenciam que a competência está desenvolvida; 
c) especificar conceitos que especificam o nível de desenvolvimento daquela competência 
no aluno; 
d) definir critérios para atribuir esses conceitos aos alunos.
5. Avaliação de competências
31
 Isso feito, chegada a hora, os alunos são avaliados, recebendo conceitos para cada 
competência. A avaliação se dá com base nas informações coletadas pelos professores (que 
devem estar no Portfólio de Aprendizagem do aluno), com base em informações prestadas 
pelos pais, com base em depoimentos dos colegas e com base em entrevista com o próprio 
aluno (autoavaliação). 
EXEMPLOS DE GRÁFICOS DE APRENDIZAGEM
Campo Sustentável 
 
0% 20% 40% 60% 80% 100%0% 20% 40% 60% 80% 100%
GeografiaGeografia
Saúde e Segurança no trabalhoSaúde e Segurança no trabalho
Uso e Manejo do SoloUso e Manejo do Solo
CiênciasCiências
ZootecniaZootecnia
Produção AnimalProdução Animal
Produção VegetalProdução Vegetal
SociologIaSociologIa
BiologIaBiologIa
Economia DomésticaEconomia Doméstica
ArtesArtes
Nível de aprendizagem depois do projetoNível de aprendizagem depois do projeto
Nível de aprendizagem antes do projetoNível de aprendizagem antes do projeto
Figura 1: Gráfico retirado do folheto do projeto Campo Sustentável, 
página 4/6
5. Avaliação de competências
32
Escola na Nuvem 
 
Romantismo no Século XXI
 
100 1200 20 40 60 80
Você sabe o que é Romantismo?
Quantos alunos sabiam antes do projeto
Quantos alunos sabiam depois do projetoQuantos alunos sabiam depois do projeto
GRÁFICO DE APR
ENDIZAGEM
Figura 3: Gráfico retirado do folheto do projeto Romantismo no Século 
XXI, página 10/12
5. Avaliação de competências
0% 20% 40% 60% 80% 100%0% 20% 40% 60% 80% 100%
PortuguêsPortuguês
Gráfico de AprendizagemGráfico de Aprendizagem
MatemáticaMatemática
HistóriaHistória
FísicaFísica
GeografiaGeografia
QuímicaQuímica
BiologiaBiologia
InglêsInglês
ArtesArtes
NOTAS DEPOISNOTAS DEPOIS
NOTAS ANTESNOTAS ANTES
Figura 2: Gráfico retirado do Virtual Classroom Tour (VCT), Slide 15/19
33
6.1 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM AMBIENTE DIGITAL
Autor: Teresinha Bernardete Motter
Contato: bernardetemotter@terra.com.br
Escola: Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza
Cidade: Caxias do Sul - RS
Áreas de aprendizagem: Português, Matemática, História, Geografia, Biologia e Artes 
Público-alvo: Ensino Fundamental
Descrição:
 O projeto privilegia as questões de investigação que nascem dos interesses e necessidades 
dos alunos e a busca autônoma de respostas para elas.
Objetivo: 
 Interagir com professoras e com crianças das séries iniciais no Laboratório de Informática 
Educacional (LIE) visando à construção e a aplicação do conhecimento construído, refletindo 
sobre práticas pedagógicas desenvolvidas no curso de formação de professores de séries iniciais.
Passoa passo:
 O trabalho é desenvolvido em dois momentos distintos: No primeiro momento (primeiro 
semestre letivo), as professorandas são pesquisadoras que se debruçam sobre um tema de 
interesse para aprender e, dentro dessa aprendizagem, criam espaços virtuais para a publicação 
dos projetos. No segundo momento (segundo semestre letivo), as educadoras ampliam 
o conhecimento construído, atuando na orientação de alunos das séries iniciais do Ensino 
Fundamental (Curso de Aplicação).
a) solicitação às alunas que formem grupos por afinidade. Cada uma deve pensar em 
algo que gostaria muito de saber, referente a alguma disciplina ou qualquer outro 
assunto que tenha curiosidade. Escolhido o tema por grupo, elas estruturam um 
questionamento, uma questão de investigação; 
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
34
b) no momento seguinte as alunas elencam as dúvidas e certezas que possuem a respeito 
da questão de investigação, elegem os conceitos principais para a construção do mapa 
conceitual que as guiará no processo. Decidem também de que forma serão julgados 
(significações) para poder seguir um caminho, que não precisará em hipótese alguma 
ser definitivo;
c) paralelo a esse momento, criam o site para a publicação dos projetos, construído através 
de entrevistas, leituras e observação no seu meio. Construído também pela interação e 
cooperação com seus pares, colegas dos grupos, professores e todos os interessados. 
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
 Figura 4: Projeto 
Fonte: Arquivo pessoal
 Figura 5: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
 Figura 6 : Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
35
6.2 FRACTAL MULTIMÍDA - JOGOS EDUCATIVOS, OBJETOS DE APRENDIZAGEM E ANIMAÇÕES 
Autores: Guilherme Hartung e Alexandre Becker 
Contato: guilhermeeh@ig.com.br
Escola: Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio
Cidade: Petrópolis-RJ
Áreas de aprendizagem: Português, Matemática, História, Geografia, Química, Física, Biologia, 
Inglês, Artes, Informática
Descrição:
 Simulação de uma empresa, na qual os aluno e professores podem idealizar um produto, 
que pode ser um objeto de aprendizagem, um game educativo ou uma animação. 
Objetivo:
 O objetivo geral do projeto é criar uma grande rede social que ultrapasse as limitações 
geográficas entre os integrantes diretos do projeto (que são os alunos que produzem os jogos 
eletrônicos educativos, objetos de aprendizagem e animações em softwares de autoria) e a 
comunidade escolar, que além de ser usuária desses produtos, pode interferir, criticar, requisitar 
novos produtos, fazer download dos produtos disponíveis, modificá-los e publicá-los com novas 
características.
Passo a passo:
a) primeiramente a equipe é convocada para uma reunião, geralmente no próprio 
laboratório de informática. Nesta reunião, quando o novo produto ainda não está 
definido, é feito um verdadeiro brainstorming, onde os alunos ficam a vontade para 
lançar ideias, enquanto o educador anota as sugestões. Nessa reunião é percebido um 
primeiro momento colaborativo, quando um complementa a ideia do outro;
 
b) são definidos então detalhes como, o público alvo e o cronograma para o 
desenvolvimento do produto;
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
36
c) já cumprindo o cronograma, a equipe de arte se reúne para discutir aspectos do 
visual do produto e a distribuição de tarefas. No mesmo momento, os programadores 
já adiantam o processo, criando uma espécie de engenharia do produto, com arte 
provisória (por exemplo, o personagem é um círculo), porém com a programação 
quase pronta;
d) quando o produto começa a tomar forma, a equipe de publicidade já inicia uma 
divulgação postando em blogs, mandando e-mails, espalhando a notícia pela escola;
e) quando uma fase do jogo, se for o caso, fica pronta, o jogo é compartilhado pela 
internet como versão beta, para críticas e sugestões. Só então, depois dos testes o 
objeto de aprendizagem (produto) é finalizado, antes do deadline;
f) com o produto compartilhado, qualquer um no planeta que tenha acesso a internet 
pode fazer o download do produto, alterá-lo conforme sua vontade, e postá-lo como 
um novo produto baseado no original.
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
 Figura 7: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal Figura 8: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
 Figura 9: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
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6.3 PROJETO BARREIRO - FRUTICULTURA DOMÉSTICA EM MINI ATERRO SANITÁRIO CONTROLADO
 
Autores: Lucrécio Filho de Oliveira 
Contato: lucrecio.filho@folha.com.br / 6207.loliveira@fundacaobradesco.org.br
Escola: Escola de Canuanã
Cidade: Formoso do Araguaia-TO
Áreas de aprendizagem: Português, Matemática, História, Geografia, Biologia
Público-alvo: 6º, 7º, 8º e 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio - Curso Técnico 
em Agropecuária
Descrição:
 Os alunos se propuseram a desenvolver o projeto Barreiro nas comunidades dos 
assentamentos, nas escolas rurais e nas fazendas próximas à Escola de Canuanã.
Objetivo:
 Sensibilizar os participantes para o problema do lixo doméstico que gera contaminação 
ambiental, melhorar o ambiente, condições sanitárias e o aspecto das propriedades rurais 
e desenvolver o protagonismo juvenil em alunos da Educação Básica e Curso Técnico em 
Agropecuária.
Passo a passo:
a) os alunos do 8º ano foram os gestores, responsáveis pelo projeto, implantação da coleta 
seletiva, reutilização dos restos de varrição para compostagem, abertura e manejo do 
miniaterro sanitário controlado; 
b) o plantio da bananeira no miniaterro sanitário é de responsabilidade das turmas dos 6º 
e 7º anos; 
d) os alunos do 9º ano são responsáveis por todos os registros do projeto; fotos, filmes e 
demais registros; 
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
38
e) os alunos do curso técnico em agropecuária são os responsáveis por prestarem 
assessoria no cultivo da bananeira no miniaterro sanitário controlado; 
f) os professores das diversas áreas trabalham juntos para preparar os eventos previstos 
no projeto, como visitas aos moradores do assentamento, palestra, ou preparação de 
materiais de divulgação; 
g) de maneira interdisciplinar, os grupos de alunos desenvolvem ações específicas de acordo 
com a sua série e são acompanhadas pelos professores que são os colaboradores 
do projeto. Os professores da área ambiental, geografia e produção vegetal atuam 
diretamente nas ações juntamente com os grupos de alunos.
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
 Figura 10: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
 Figura 11: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
 Figura 12: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
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6.4 FONTES DE ENERGIA: POPULARIZAÇÃO DAS CIÊNCIAS ATRAVÉS DOS ESTUDOS 
DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
Autores: Alex Vieira dos Santos
Contato: alexvieiradossantos@uol.com.br
Escola: Colégio Estadual Luiz Pinto de Carvalho 
Cidade: Salvador - BA
Áreas de aprendizagem: Matemática, História, Geografia, Química, Física, Biologia e Inglês. 
Público-alvo: 3º ano do Ensino Médio
Descrição:
 Projeto que busca possibilitar a compreensão das fontes de energia renováveis e não 
renováveis, buscando analisar a partir de um problema norteador, quais os recursos e possibilidades 
das fontes de energia no contexto social. O presente trabalho propõe uma abordagem do tema 
fontes de energia no ensino de ciências na escola de Ensino Médio, inspirando-se, dentre outros 
aspectos, no campo de educação de Ciências, Tecnologia e Sociedade (CTS) e no uso das TIC’s 
como suporte pedagógico. 
Objetivos:
a) identificar as diferentes fontes de energia (solar, biomassa, eólica, hidroelétrica, petróleo, 
termoelétrica, biomassa, geotermica e maremotriz), seu contexto de produção, custos e 
benefícios, bem como, as relações com seu uso social; 
b) possibilitar que o educandopossa buscar soluções energéticas para uma demanda de 
energia elétrica aplicada a um problema exposto em sala de aula;
c) popularizar as fontes de energia e por extensão os conceitos científicos que as cercam 
e, de outro modo, desenvolver um senso crítico acerca da produção de energia, seus 
benefícios e seus malefícios;
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
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d) analisar as possíveis controvérsias entre as fontes de energia no que tange seu uso 
social, seu consumo, seus custos, os processos tecnológicos envolvidos em sua geração 
e sua relação com a qualidade de vida dos que dela utilizam;
 
e) a ideia é apresentar ao estudante, um contexto de ensino que privilegie o aluno-cidadão 
como foco central, e não como um mero expectador, inerte aos acontecimentos e 
reprodutor de conhecimentos. Os estudos CTS para educação se mostram como um 
meio de socializar e trazer informações que parecem óbvias, mas que ainda, em muitos 
contextos são praticamente desconhecidas.
Passo a passo:
a) após avaliação da importância do tema para os alunos e da experiência na disciplina 
de física, foi criado um grupo virtual em um site gratuito. Nesse grupo os professores 
puderam criar um ambiente que seria propício à troca de informações referentes ao 
trabalho; 
b) um dos primeiros passos foi a aplicação de questionário diagnóstico sobre os conceitos 
que os alunos trazem do que sejam as fontes de energia elétrica, seu consumo e 
seus impactos ambientais. O questionário é aplicado através de enquetes criadas em 
site de relacionamento, sendo as questões de múltipla escolha. Não é descartada a 
possibilidade de respostas discursivas através de postagens em fórum na comunidade 
criada pelo coordenador do projeto;
c) na sala de aula, durante o decorrer da unidade, são apresentados e confrontados 
os conceitos referentes à energia, em especial o conceito de energia elétrica e, 
posteriormente, utilizando-se de vídeos, quadro branco e projetor multimídia, como 
um conceito mediador com a turma; 
d) as turmas são divididas em oito equipes, formando assim o leque de fontes de energia 
que cada sala irá pesquisar: (a) eólica, (b) termoelétrica, (c) solar, (d) hidroelétrica, (e) 
biomassa, (f) petróleo, (g) nuclear e (h) geotérmica e (i) maremotriz; 
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
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e) acontece um debate onde os alunos devem expor suas pesquisas e conclusões sobre 
o problema referente às fontes de energia, bem como sobre possíveis dúvidas e/ou 
perguntas. para tal, é estabelecido um júri assistido, onde os professores (mediadores) 
atuam como legisladores de um município que necessita de abastecimento de energia 
que obedeçam a critérios estabelecidos pelos mesmos nas recomendações entregues 
aos alunos no início das atividades; 
f) é no debate (reunião de licitação) que os alunos expõem seus projetos e suas maquetes 
para solucionar o problema de demanda energética do município. Solicita-se ainda 
a possibilidade de amostragem de gráficos e cartazes informativos sobre o tema. As 
maquetes, futuro material da atividade, são expostas no pátio da escola e os alunos 
ficam à disposição dos visitantes para esclarecer mais dúvidas, logo após o debate. É 
no debate que os professores podem por mediação intervir e, na medida do possível, 
corrigir algumas visões empíricas da ciência e de seus conceitos; 
g) o blog/site ou similar é desenvolvido durante o período das atividades, como forma 
de registro das etapas e ao final como avaliação do percurso de pesquisa e atividades 
desenvolvidas pela equipe. servirá como um diário de bordo, onde os alunos irão expor 
os resultados de suas pesquisas através de textos e imagens. para fins de avaliação, será 
analisado parcialmente ao final da atividade, e a última avaliação no final da unidade. 
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
 Figura 13: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
 Figura 14: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
 Figura 15: Projeto
Fonte: Arquivo pessoal
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6.5 ROBÓTICA EDUCACIONAL À LUZ DA PEDAGOGIA DE PROJETOS
Autor: Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi
Contato: profmarcio@vazzi.com.br
Escola: ETEC Dr. Adail Nunes da Silva (Taquaritinga/SP)
Cidade: Monte Alto-SP 
Áreas de aprendizagem: Disciplina IMC (Instalação e Manutenção de Computadores)
Descrição:
 Os alunos são colocados em contato direto com peças e equipamentos eletrônicos e 
são orientados a resolver problemas físicos e mecânicos de computadores, além de montagem, 
formatação e configuração de PC’s.
Objetivo:
 A ideia deste projeto é fornecer subsídios para a criação de uma pedagogia mais dinâmica 
baseada na criatividade e aplicações práticas dos próprios alunos levando-os à construção do 
próprio conhecimento e não apenas à transmissão de saberes estanques pelo professor.
Passo a passo:
 Para realizar o projeto, não houve a necessidade de nenhum tipo de parceria formal, o 
que ocorreu foi o auxílio de lojas de informática, na doação de ”sucatas”, doação das lojas do 
comércio local, que cederam as tintas ou ferragens necessárias. A turma também contou com 
a ajuda de prestadores de serviço como serralheiros, torneiros e marceneiros no auxílio e na 
confecção dos protótipos robóticos. 
 Os componentes eletrônicos necessários à confecção da parte eletrônica geralmente são 
adquiridos pelos próprios alunos, professores ou com auxílio da escola.
 A cada semestre, dois ou mais grupos de alunos se interessam em desenvolver seus 
Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) na área de automação e controle, mais conhecido entre 
os jovens como robótica.
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
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Os grupos variam de três a seis alunos em média e a cada semestre um novo grupo é orientado.
a) em primeiro lugar o grupo deve demonstrar interesse pela área de automação e 
apresentar uma proposta de projeto detalhando o objetivo e as habilidades individuais 
do grupo diante do projeto a ser estudado;
b) uma vez aprovado, o grupo procura o professor da disciplina trabalho de conclusão de 
curso (tcc) para confirmar o ”aceite” de tema para a banca;
c) depois de definido o projeto os próprios alunos (sob orientação) dão início às pesquisas 
e desenvolvimento de seu projeto, ora obtendo conceitos das demais disciplinas do 
curso, ora em pesquisas em outras instituições ou através da internet;
d) após a fase de definição do projeto, os alunos escolhem o banco de dados e a linguagem 
de programação atual para o desenvolvimento do software final. Entre as linguagens 
destaca-se o visual basic e alguns projetos em delphi; 
e) todos os alunos utilizam o sistema operacional windows pela compatibilidade com o 
visual basic, facilidade de acesso e configuração e por ser mais facilmente compreendido 
e aceito pelo público em geral; 
f) são os próprios alunos que confeccionam seus protótipos, realizam a montagem, 
formatação e configuração do computador que será utilizado no projeto. Com isto 
eles aplicam na prática todo o conteúdo curricular da disciplina, além de descobrirem 
outros conceitos de áreas bem distintas e ligadas diretamente ao seu trabalho; 
g) os conteúdos extras são desenvolvidos por meio de trabalhos e atividades que são 
realizadas extraclasses. O autor do projeto sempre solicita aos alunos que façam uma 
reflexão do que estão aprendendo e como o projeto em que eles estão trabalhando irá 
influenciar a vida das pessoas; 
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores
44
h) este trabalho pode ser visto nas redações dos textos que fazem parte do livro de 
trabalho de conclusão de curso (tcc) que todos os grupos devem apresentar ao final 
dos projetos. Este livro é avaliado como parte dos requisitos para a obtenção do 
certificado e se traduz praticamente em uma monografia e roteiro de todo o trabalho 
desenvolvido. 
6. Exemplos de Projetos
educacionais inovadores

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