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* TENS Marcos Miranda * TENS T ranscutaneous E lectrical N nerve S timulation * Descrição dos termos Transcutânea: descreve o modo como a terapia é aplicada. Os estímulos elétricos são transmitidos através da pele sem lesão da barreira cutânea. Elétrica: procedimento da passagem de impulsos elétricos de baixa voltagem, controlados, através da pele e ao tecido subjacente para agir como estímulo. Nervosa: o objetivo final da estimulação elétrica produzida seria o SN aferente, com a finalidade de controle e modulação da dor. * TENS Desenvolvido por Melzack e Wall (1965), também foram eles que explicaram a teoria da comporta/portão para o controle e modulação da dor. * Características da Corrente Corrente de baixa frequência (0-250Hz) despolarizada corrente alternada e pulsada T variável de 0-250 Amplitude/intensidade variável de 0-100ma * Formas de controle da dor pela TENS Teoria das comportas; Liberação de opióides endógenos; Inibição direta sobre um nervo lesado; * TEORIA DAS COMPORTAS INIBIÇÃO PRÉ-SINÁPTICA O estímulo doloroso é captado pelos nociceptores, que transmitem este impulso através das fibras aferentes mielinizadas tipo III ou Aδ e amielinizadas do tipo IV ou C, até o corno posterior da medula, onde fazem sinapse com as células T , que irão projetar os estímulos aos centros superiores. * TEORIA DAS COMPORTAS INIBIÇÃO PRÉ-SINÁPTICA Ao aplicarmos a TENS iremos estimular as fibras aferentes do tipo II ou Aβ e também A ou Ia e IB (Receptores de tato e pressão ou mecanoreceptores), que são de grosso calibre e alta velocidade de condução. Estas por sua vez, irão fazer sinapse com um interneurônio da substância gelatinosa e em seguida com as células T gerando um estímulo inibitório sobre estas células, consequentemente teremos um bloqueio, a nível de medula, do estímulo proveniente dos nociceptores ou doloroso. * Inibição Pré-sináptica * Estimulação da liberação de Peptídeos Opióides Endógenos Os interneurônios inibitórios presentes na SG também podem ser influenciados por informações descendentes, provenientes de centros cerebrais superiores(subst cinzenta periaquedutal e núcleos da Rafe).Estas estruturas possuem receptores para opióides como a encefalina e endorfina. * Estimulação da liberação de Peptídeos Opióides Endógenos Com a aplicação da TENS, observa-se o aumento de opióides Endógenos (principalmente ENDORFINAS e ENCEFALINAS). Isto provoca uma ativação endorfínica-encefalínica da atividade destes centros superiores, que por sua vez promovem influências descendentes ativadoras dos interneurônios da SG, que irão inibir a ação das células T na propagação do estímulo doloroso, evocada pelas fibras III e IV ou A delta e C, aos centros superiores. Estas substâncias exercem a mesma ação que os alcalóides opiáceos exógenos no bloqueio da atividade das fibras II e IV (morfina, lidocaína). * Substância cinzenta Peri-aquedutal Núcleo da Rafe SG CT Centros superiores Aferentes mecanoceptores Aferentes nociceptores + + + _ + * Inibição direta dos disparos anormais de um nervo lesado Quando um nervo periférico sofre lesão, sua extremidade proximal produz inúmeras descargas elétricas espontâneas e anormais. TENS pode produzir um alívio da dor mediante a uma inibição direta do disparo elétrico produzido nos nervos lesados. * Frequência de tratamento F baixa = 1 a 20Hz estimula-se a liberação de endorfinas F alta = 20 a 250Hz teoria das comportas * Frequência de condução nervosa 80 – 150Hz fibras do tipo A∝e Aβ (Ia e Ib, II) 10 – 30 Hz fibras do tipo Aδ (III) 0,1 a 10 Hz fibras do tipo C (IV) * Largura/comprimento do pulso Larg de pulso maior = Liberação de endorfinas Larg de pulso menor = teoria das comportas * Tipos de estimulação TENS Convencional: alta frequência(50-200Hz) e pulso estreito(45-80 us); TENS breve/Intensa: F alta(100-200Hz) e pulso largo(150-250 us); TENS Acupuntura: Baixa F (10- 30Hz) e pulso largo(150-250 us); TENS por trem de pulso(BURST): F alta ou baixa pulso largo(100-200 us) * Modos de estimulação para o controle da dor Estimulação em nível subsensorial; Estimulação em nível sensorial; Estimulação em nível motor; Estimulação em nível nocivo; * Estimulação em nível subsensorial São estimulações abaixo do limiar sensorial, onde as amplitudes de corrente máxima não ultrapassam 1Ma, não produzindo estimulação nem em nervo nem em músculo (microcorrentes); Não há evidências para a eficácia da estimulação elétrica abaixo do limiar sensorial para o tratamento da dor. * Estimulação em nível sensorial A estimulação NO ou ACIMA do limiar sensorial e abaixo do limiar motor. Geralmente é produzida por uma modulação com freqüência alta (acima de 50 Hz) e larguras de pulso relativamente baixas (2 a 50 us) sendo esta forma de estimulação conhecida como TENS convencional . O paciente deve relatar uma sensação de formigamento se produção de contração muscular. * Estimulação em nível sensorial Mecanismo de controle da dor pela teoria das comportas . A resposta de controle da dor é imediata e pouco persistente após a interrupção do estímulo. O paciente pode fazer uso dessa forma de estimulação durante todo o dia. Nesta forma de estimulação devemos posicionar os eletrodos ao redor ou sobre o local da dor. * Estimulação em nível motor Forma de estimulação que produza uma contração muscular visível. È usada principalmente para o controle da dor não aguda. É modulada com uma freqüência baixa (2 a 10 Hz) e pulsos largos (> 150 us) com amplitudes suficientes para produzir contração muscular visível e forte. Esta forma de estimulação é conhecida como TENS acupuntura. * Estimulação em nível motor O mecanismo de controle da dor se dá pela liberação de opióides endógenos onde a resposta de controle da dor é não-imediata mas de longa duração. Podemos conseguir também uma estimulação em nível motor com BURTS de pulsos estreitos. Exige um tempo de aplicação elevado (30 a 45 min) porém deve ser mantida por muito mais . * Estimulação em nível nocivo A aplicação de corrente terapêutica para produzir um estímulo doloroso no local da dor. É modulada com uma baixa ou alta freqüência e pulsos extremamente largos (mais de 1 segundo) com intensidades que produzam estimulação sensorial nociva com ou sem contração muscular.Acredita-se que o controle da dor se dá por liberação de endorfinas. Devido ao seu desconforto inerente, é raramente usada na prática clínica como uma primeira abordagem. * Efeito placebo da estimulação elétrica para dor Petrie e Halzlemam demonstraram que a estimulação elétrica simulada pode ser um forte placebo. “Qualquer benefício produzido pela TENS relacionado com o efeito placebo não tem sido mostrado convincente em estudos” * Variações de freqüência , largura e amplitude de pulso - TENS VIF - Adaptação do organismo a estímulos constantes. Possibilidade de variação da freqüência, largura e amplitude do pulso, onde se produzirá estímulos diferentes durante todo o tratamento com o intuito de diminuir ou evitar a adaptação do organismo frente ao estímulo introduzido e aumentar a eficácia da estimulação. * Tipos de padrões de pulso da TENS * Tempo de tratamento Mínimo de 25 minutos e máximo indeterminado. * Colocação dos eletrodos Bilateral (2 lados da área a ser tratada); Proximal (acima do nível da lesão); Distal (Pelo menos um na periferia da dor); Linar (distal e proximal); Alternado ; Cruzado ; Miótomo; * Indicações Amplo espectro de dores em fase aguda Amplo espectro de dores em fase crônica Diminuição da demanda medicamentosa * TENS * TENS * TENS * TENS * TENS * TENS * TENS * TENS (Dismenorréia) * TENS – Dor de dente e disfunção de ATM * TENS - Cefaléias
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