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AULA 02 - DC - CONCEITO DE DIREITO CONSTITUCIONAL

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AULA 02
CONCEITO DE DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Marcelo Leandro Pereira Lopes
marcelolpl1@hotmail.com
Marcelo Leandro Pereira Lopes
marcelolpl1@hotmail.com
marcelolpl.blogspot.com
CURRÍCULO RESUMIDO:
Bacharel em Direito pela UFPI
Especialista em Direito Constitucional ESAPI/UFPI
Mestrando em Ciências da Educação UDE
Mestrando em Direito UCB
Professor Universitário
Pesquisador Política, Estado e Direito Constitucional
Diretor Presidente da FUNPESP
LATTES: http://lattes.cnpq.br/6764192599101350 
CONCEITO DE DIREITO CONSTITUCIONAL
“É a ciência positiva das constituições” (Pinto Ferreira)
“O ramo do Direito Público que expõe, interpreta e
sistematiza os princípios e normas fundamentais do
Estado” (JOSÉ AFONSO DA SILVA)
OUTRAS DESIGNAÇÕES
Lei Fundamental
Lei Suprema 
Lei das Leis
Lei Maior
Carta Magna
CARACTERÍSTICAS
a) COMPLEXA
b) ENCICLOPÉDICA
c) TRONCO
d) SÍNTESE
e) TEÓRICO-PRÁTICA
“O direito constitucional é o tronco ao qual se prendem, mas do 
qual também derivam, os vários ramos da mesma 
ordenação”. (SANTI, Romano. Principii di Diritto Costituzionale Generale. – 2ª ed. –
Milano, 1947. p. 9)
“Direito constitucional é a parcela da ordem jurídica que 
compreende a ordenação sistemática e racional de um 
conjunto de normas supremas encarregadas de organizar a 
estrutura do Estado e delimitar as relações de poder”. (BULOS, 
Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. – São Paulo: Saraiva, 2007. p. 2) 
OBJETO
O objeto de estudo do Direito Constitucional “é constituído 
pelas normas fundamentais do Estado, isto é, pelas normas 
relativas à estrutura do Estado, forma de governo, modo de 
aquisição e exercício do poder, estabelecimento de seus 
órgãos, limites de sua atuação, direitos fundamentais do 
homem e respectivas garantias e regras básicas de ordem 
econômica e social” (José Afonso da Silva). 
Simplificando: o objeto de estudo do Direito 
Constitucional é a Constituição.
NATUREZA E ASPECTOS (CONTEÚDOS)
O Direito Constitucional é o ramo do direito público interno que
estuda a Constituição, ou seja, a lei de organização do Estado, em
seus aspectos fundamentais:
-forma de Estado (unitário ou federal)
- forma de governo (monarquia ou república)
- sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo)
- modo de aquisição, exercício e perda do poder político
- órgãos de atuação do Estado (Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário)
- principais postulados da ordem econômica e social
- limites à atuação do Estado (direitos fundamentais da pessoa
humana)
METODOLOGIA
Metodologia de estudo – sincretismo metódico, ou, utilização 
simultânea dos seguintes métodos:
1 – Exegético – análise e interpretação minuciosas dos 
dispositivos constitucionais;
2 – Dogmático ou lógico – interligação entre o sistema 
constitucional e a doutrina política, buscando a dedução lógica dos 
preceitos vigentes na ordem normativa;
3 – Histórico – origem, formação e evolução dos preceitos 
constitucionais. Dá importância aos elementos sociológicos que 
influem nos mesmos.
CONTEÚDO CIENTÍFICO
O conteúdo científico do Direito Constitucional abrange à seguintes disciplinas:
Direito Constitucional Positivo ou Particular: é o que tem por objeto o estudo dos
princípios e normas de uma constituição concreta, de um Estado determinado;
compreende a interpretação, sistematização e crítica das normas jurídico-constitucionais
desse Estado, configuradas na constituição vigente, nos seus legados históricos e sua
conexão com a realidade sócio-cultural.
Direito Constitucional Comparado: é o estudo teórico das normas jurídico-constitucionais
positivas (não necessariamente vigentes) de vários Estados, preocupando-se em destacar
as singularidades e os contrastes entre eles ou entre grupo deles.
Direito Constitucional Geral: delineia uma série de princípios, de conceitos e de
instituições que se acham em vários direitos positivos ou em grupos deles para classifica-
los e sistematizá-los numa visão unitária; é uma ciência, que visa generalizar os princípios
teóricos do Direito Constitucional particular e, ao mesmo tempo, constatar pontos de
contato e independência do Direito Constitucional Positivo dos vários Estados que adotam
formas semelhantes do Governo.
Direito Constitucional Internacional: estuda os princípios e regras que estruturam os
conteúdos das constituições supranacionais. Ex.: Constituição Européia.
FONTES
1 – Escritas
A – Normas constitucionais;
B – Leis complementares – necessárias à aplicação de vários dispositivos constitucionais. Ex.: Código
Tributário Nacional, Código Penal;
C – Prescrições administrativas contidas em regulamentos e decretos. Ex.: Resoluções do Banco Central
acerca do Sistema Financeiro Nacional.
D – Os regimentos das Casas do Poder Legislativo ou dos tribunais superiores;
E – Os tratados internacionais, as normas de Direito Canônico, a legislação estrangeira, as resoluções da
comunidade internacional pelos seus órgãos representativos (Organização Mundial do Comércio, por exemplo),
sempre que o Estado os aprovar ou reconhecer, consoante art. 5º, § 2º, CF;
F – Jurisprudência – cautelosamente, já que a rigor não cria Direito, apesar de revelá-lo ou declará-lo
vigente; nos EUA as sentenças da Suprema Corte integram quase metade da Constituição, conforme SANCHEZ
AGESTA;
G – Doutrina – caráter auxiliar de fonte instrumental ou de conhecimento.
2 – Não-escritas
A – Costume – “forma-se quando a prática repetida de certos atos induz uma determinada coletividade
à crença ou convicção de que esses atos são necessários ou indispensáveis”. Eis a lição de PAULO BONAVIDES.
Aplicação: art. 4º, LICC;
B – Usos constitucionais – relevância maior nos países desprovidos de Constituição escrita. Exs.: usos
como a dissolução dos Comuns, a convocação do Parlamento, na Inglaterra; práticas como as convenções
partidárias, bem como de funcionamento do Poder Executivo, nos Estados Unidos.

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